Divulgação de memorando sobre FBI divide republicanos


Membros do partido de Trump temem que documento que contesta FBI leve a demissões de responsáveis por investigar elo com russos

Atualização:

WASHINGTON - Membros do Partido Republicano no Comitê de Inteligência da Câmara tentaram se distanciar ontem das críticas do presidente Donald Trump à investigação do procurador especial Robert Mueller sobre a interferência russa na eleição de 2016 depois de o presidente ter autorizado a publicação de um memorando do próprio partido que questiona a imparcialidade do FBI sobre a legenda. 

+ Artigo: No confronto Donald Trump versus FBI, Trump será vencido

Parte dos deputados da comissão tem tentado desde a divulgação do texto, na sexta-feira, divergiram da posição do presidente e de outros deputados do partido, entre eles o presidente da comissão, o republicano Devin Nunes. 

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Ao longo do fim de semana, a comunidade de inteligência americana também teceu uma série de críticas contra a medida. O ex-chefe da CIA John Brennan fez duras críticas a Nunes e disse que ele abusou de sua posição como presidente do comitê para partidarizá-lo. Representantes do FBI, por seu lado, temem o impacto do memorando em investigações futuras da entidade. 

Donald Trump visita o Departamento de Segurança Nacional em Virginia Foto: EFE/EPA/ANDREW HARRER / POOL

Membros do próprio Partido Republicano dentro do Comitê temem que, com base no relatório, Trump demita o subsecretário de Justiça Rod Rosenstein, responsável por supervisionar a investigação de Mueller. Para o deputado Trey Gowdy, que ajudou a elaborar o memorando, ele não é motivo para intervenções no Departamento de Justiça. 

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“Penso que isso não deve ter nenhuma influência na investigação sobre a Rússia”, disse ele ao programa Face the Nation, da rede de TV CBS.

+ Trump dá aval a relatório republicano que acusa FBI de má-fé e reabre crise

Desde que assumiu a investigação, em maio, Mueller já indiciou ex-colaboradores de Trump, como o ex-assessor de Segurança Nacional, Michael Flynn e o ex-chefe de campanha Paul Manafort, além de ter fechado um acordo de delação premiada com o ex-assessor de campanha George Papadopoulos, que se reuniu com emissários do Kremlin em 2016. 

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Nas próximas semanas, Mueller deve questionar Trump sobre o suposto conluio com os russos. 

Em junho Trump quis destituir o procurador especial Robert S. Mueller III, mas recuou depois de o conselheiro da Casa Branca Donald McGahn ameaçar se demitir. Reince Priebus, ex-chefe de gabinete da Casa Branca, disse que nunca ouviu rumores nesse sentido.

Críticas

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 Em outro programa de TV dominical, o ex-chefe da CIA disse que Nunes divulgou informação exclusivamente com o fim de acusar o FBI de partidarizar as investigações. “É abominável e claramente salienta o quão partidário é o senhor Devin Nunes”, disse Brennan em entrevista no programa  Meet the Press, da NBC. “Ele abusou do seu cargo.”

+ FBI critica Trump por tentativa de divulgar relatório

Brennan chefiou a CIA durante investigação sobre a as relações da campanha de Trump com a Rússia antes de ser substituído pelo nomeado do presidente, Mike Pompeo. Segundo ele, o FBI cooperou de maneira profissional com a CIA quando teve de fornecer informações sobre o início das investigações, ainda durante a campanha presidencial. 

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Temores

Membros do FBI temem que as críticas feitas pelos republicanos no memorando sejam imprecisas e tenham impacto em investigações, tanto em andamento, quanto que podem vir a ocorrer, uma vez que a independência da agência é tida como fundamental para o seu trabalho. 

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O presidente Donald Trump convocou na terça-feira a unidade dos americanos para criar um país ‘seguro, forte e orgulhoso’. O magnata também pediu que o Congresso aprove uma polêmica reforma migratória em seu primeiro discurso sobre o Estado da União.

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Um agente do FBI disse que o clima na autarquia é de muita raiva, “É irônico que uma entidade que geralmente tende para os conservadores está sendo demonizada pelos próprios conservadores”, disse o oficial, que pediu para não ser identificado. “Estão todos perplexos.”

+ Investigação sobre Rússia chega ao gabinete de Donald Trump

Na sexta-feira, o diretor do FBI Christopher Wray mandou uma mensagem de vídeo para os membros da agência pedindo que todos seus funcionários mantenham a calma e sigam trabalhando com afinco. 

“Vocês todos passaram por momentos muito difíceis nos últimos nove meses e eu sei que é uma situação instável, para dizer o mínimo”, diz ele no vídeo. “Os últimos dias não têm sido muito úteis para diminuir essa sensação, mas quero deixar claro que eu sei o que vocês representam e é assim que quero que continuemos.” / W. POST

WASHINGTON - Membros do Partido Republicano no Comitê de Inteligência da Câmara tentaram se distanciar ontem das críticas do presidente Donald Trump à investigação do procurador especial Robert Mueller sobre a interferência russa na eleição de 2016 depois de o presidente ter autorizado a publicação de um memorando do próprio partido que questiona a imparcialidade do FBI sobre a legenda. 

+ Artigo: No confronto Donald Trump versus FBI, Trump será vencido

Parte dos deputados da comissão tem tentado desde a divulgação do texto, na sexta-feira, divergiram da posição do presidente e de outros deputados do partido, entre eles o presidente da comissão, o republicano Devin Nunes. 

Ao longo do fim de semana, a comunidade de inteligência americana também teceu uma série de críticas contra a medida. O ex-chefe da CIA John Brennan fez duras críticas a Nunes e disse que ele abusou de sua posição como presidente do comitê para partidarizá-lo. Representantes do FBI, por seu lado, temem o impacto do memorando em investigações futuras da entidade. 

Donald Trump visita o Departamento de Segurança Nacional em Virginia Foto: EFE/EPA/ANDREW HARRER / POOL

Membros do próprio Partido Republicano dentro do Comitê temem que, com base no relatório, Trump demita o subsecretário de Justiça Rod Rosenstein, responsável por supervisionar a investigação de Mueller. Para o deputado Trey Gowdy, que ajudou a elaborar o memorando, ele não é motivo para intervenções no Departamento de Justiça. 

“Penso que isso não deve ter nenhuma influência na investigação sobre a Rússia”, disse ele ao programa Face the Nation, da rede de TV CBS.

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Desde que assumiu a investigação, em maio, Mueller já indiciou ex-colaboradores de Trump, como o ex-assessor de Segurança Nacional, Michael Flynn e o ex-chefe de campanha Paul Manafort, além de ter fechado um acordo de delação premiada com o ex-assessor de campanha George Papadopoulos, que se reuniu com emissários do Kremlin em 2016. 

Nas próximas semanas, Mueller deve questionar Trump sobre o suposto conluio com os russos. 

Em junho Trump quis destituir o procurador especial Robert S. Mueller III, mas recuou depois de o conselheiro da Casa Branca Donald McGahn ameaçar se demitir. Reince Priebus, ex-chefe de gabinete da Casa Branca, disse que nunca ouviu rumores nesse sentido.

Críticas

 Em outro programa de TV dominical, o ex-chefe da CIA disse que Nunes divulgou informação exclusivamente com o fim de acusar o FBI de partidarizar as investigações. “É abominável e claramente salienta o quão partidário é o senhor Devin Nunes”, disse Brennan em entrevista no programa  Meet the Press, da NBC. “Ele abusou do seu cargo.”

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Brennan chefiou a CIA durante investigação sobre a as relações da campanha de Trump com a Rússia antes de ser substituído pelo nomeado do presidente, Mike Pompeo. Segundo ele, o FBI cooperou de maneira profissional com a CIA quando teve de fornecer informações sobre o início das investigações, ainda durante a campanha presidencial. 

Temores

Membros do FBI temem que as críticas feitas pelos republicanos no memorando sejam imprecisas e tenham impacto em investigações, tanto em andamento, quanto que podem vir a ocorrer, uma vez que a independência da agência é tida como fundamental para o seu trabalho. 

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O presidente Donald Trump convocou na terça-feira a unidade dos americanos para criar um país ‘seguro, forte e orgulhoso’. O magnata também pediu que o Congresso aprove uma polêmica reforma migratória em seu primeiro discurso sobre o Estado da União.

Um agente do FBI disse que o clima na autarquia é de muita raiva, “É irônico que uma entidade que geralmente tende para os conservadores está sendo demonizada pelos próprios conservadores”, disse o oficial, que pediu para não ser identificado. “Estão todos perplexos.”

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Na sexta-feira, o diretor do FBI Christopher Wray mandou uma mensagem de vídeo para os membros da agência pedindo que todos seus funcionários mantenham a calma e sigam trabalhando com afinco. 

“Vocês todos passaram por momentos muito difíceis nos últimos nove meses e eu sei que é uma situação instável, para dizer o mínimo”, diz ele no vídeo. “Os últimos dias não têm sido muito úteis para diminuir essa sensação, mas quero deixar claro que eu sei o que vocês representam e é assim que quero que continuemos.” / W. POST

WASHINGTON - Membros do Partido Republicano no Comitê de Inteligência da Câmara tentaram se distanciar ontem das críticas do presidente Donald Trump à investigação do procurador especial Robert Mueller sobre a interferência russa na eleição de 2016 depois de o presidente ter autorizado a publicação de um memorando do próprio partido que questiona a imparcialidade do FBI sobre a legenda. 

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Parte dos deputados da comissão tem tentado desde a divulgação do texto, na sexta-feira, divergiram da posição do presidente e de outros deputados do partido, entre eles o presidente da comissão, o republicano Devin Nunes. 

Ao longo do fim de semana, a comunidade de inteligência americana também teceu uma série de críticas contra a medida. O ex-chefe da CIA John Brennan fez duras críticas a Nunes e disse que ele abusou de sua posição como presidente do comitê para partidarizá-lo. Representantes do FBI, por seu lado, temem o impacto do memorando em investigações futuras da entidade. 

Donald Trump visita o Departamento de Segurança Nacional em Virginia Foto: EFE/EPA/ANDREW HARRER / POOL

Membros do próprio Partido Republicano dentro do Comitê temem que, com base no relatório, Trump demita o subsecretário de Justiça Rod Rosenstein, responsável por supervisionar a investigação de Mueller. Para o deputado Trey Gowdy, que ajudou a elaborar o memorando, ele não é motivo para intervenções no Departamento de Justiça. 

“Penso que isso não deve ter nenhuma influência na investigação sobre a Rússia”, disse ele ao programa Face the Nation, da rede de TV CBS.

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Desde que assumiu a investigação, em maio, Mueller já indiciou ex-colaboradores de Trump, como o ex-assessor de Segurança Nacional, Michael Flynn e o ex-chefe de campanha Paul Manafort, além de ter fechado um acordo de delação premiada com o ex-assessor de campanha George Papadopoulos, que se reuniu com emissários do Kremlin em 2016. 

Nas próximas semanas, Mueller deve questionar Trump sobre o suposto conluio com os russos. 

Em junho Trump quis destituir o procurador especial Robert S. Mueller III, mas recuou depois de o conselheiro da Casa Branca Donald McGahn ameaçar se demitir. Reince Priebus, ex-chefe de gabinete da Casa Branca, disse que nunca ouviu rumores nesse sentido.

Críticas

 Em outro programa de TV dominical, o ex-chefe da CIA disse que Nunes divulgou informação exclusivamente com o fim de acusar o FBI de partidarizar as investigações. “É abominável e claramente salienta o quão partidário é o senhor Devin Nunes”, disse Brennan em entrevista no programa  Meet the Press, da NBC. “Ele abusou do seu cargo.”

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Brennan chefiou a CIA durante investigação sobre a as relações da campanha de Trump com a Rússia antes de ser substituído pelo nomeado do presidente, Mike Pompeo. Segundo ele, o FBI cooperou de maneira profissional com a CIA quando teve de fornecer informações sobre o início das investigações, ainda durante a campanha presidencial. 

Temores

Membros do FBI temem que as críticas feitas pelos republicanos no memorando sejam imprecisas e tenham impacto em investigações, tanto em andamento, quanto que podem vir a ocorrer, uma vez que a independência da agência é tida como fundamental para o seu trabalho. 

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O presidente Donald Trump convocou na terça-feira a unidade dos americanos para criar um país ‘seguro, forte e orgulhoso’. O magnata também pediu que o Congresso aprove uma polêmica reforma migratória em seu primeiro discurso sobre o Estado da União.

Um agente do FBI disse que o clima na autarquia é de muita raiva, “É irônico que uma entidade que geralmente tende para os conservadores está sendo demonizada pelos próprios conservadores”, disse o oficial, que pediu para não ser identificado. “Estão todos perplexos.”

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Na sexta-feira, o diretor do FBI Christopher Wray mandou uma mensagem de vídeo para os membros da agência pedindo que todos seus funcionários mantenham a calma e sigam trabalhando com afinco. 

“Vocês todos passaram por momentos muito difíceis nos últimos nove meses e eu sei que é uma situação instável, para dizer o mínimo”, diz ele no vídeo. “Os últimos dias não têm sido muito úteis para diminuir essa sensação, mas quero deixar claro que eu sei o que vocês representam e é assim que quero que continuemos.” / W. POST

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