Donald Trump anuncia J.D. Vance como candidato a vice-presidente na chapa republicana


O anúncio marca primeiro dia da Convenção Nacional Republicana, que ocorre após atentado contra líder republicano

Por Redação
Atualização:

WISCONSIN - O ex-presidente Donald Trump confirmou o nome de J.D. Vance, senador por Ohio, como candidato a vice-presidente. O anúncio marca o primeiro dia da Convenção Nacional Republicana, em Milwaukee, Wisconsin, que formalizou Trump para disputa à Casa Branca.

“Após longa deliberação e reflexão, e considerando os enormes talentos de muitas outras pessoas, decidi que a pessoa mais adequada para assumir o cargo de vice-presidente dos Estados Unidos é o senador J.D. Vance, do grande Estado de Ohio”, escreveu Donald Trump na sua rede, a Truth Social, destacando o currículo do companheiro de chapa.

“Durante a campanha, se concentrará fortemente nas pessoas pelas quais lutou de forma tão brilhante, os trabalhadores e fazendeiros americanos da Pensilvânia, Michigan, Wisconsin, Ohio, Minnesota e muito além...”, conclui o anúncio.

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JD Vance e Donald Trump em comício em Ohio. F Foto: Jeff Dean/Associated Press

Minutos após a confirmação do vice, Eric Trump, filho do ex-presidente, oficializou que o Donald Trump conquistou os 125 delegados da Flórida e, com isso, atingiu a votação necessária para ser confirmado como candidato republicano à Casa Branca. O anúncio era esperado com a vitória esmagadora nas primárias, liquidadas ainda em março, na Superterça, que tirou Niki Haley do páreo.

Republicanos e ativistas contra o aborto elogiaram a escolha de J.D. Vance, que se opõe a interrupção da gravidez mesmo em casos de incesto ou estupro e considera exceções apenas em caso de risco à vida da mulher. Assim como Trump, no entanto, ele tem dito que a decisão deve ficar a cargo dos Estados, afastando a proibição nacional defendida por grupos antiaborto.

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Rapidamente, a campanha de Joe Biden à reeleição atacou as posições do candidato a vice em questões como aborto e impostos. “Ele fala muito sobre os trabalhadores. Mas agora, ele e Trump querem aumentar os impostos sobre as famílias da classe média e, ao mesmo tempo, promover mais cortes de impostos para os ricos”, afirma a publicação nas redes sociais acompanhada por uma imagem que diz “Proteja a democracia. Derrote Trump-Vance” e um link para a página de doações.

O democrata pretende retomar as atividades de campanha nesta terça-feira, em Las Vagas, depois de adiar a parada que faria hoje em Austin, Texas, e retirar anúncios de rádio e televisão enquanto tentava projetar uma mensagem de união nacional à luz do atentado contra Trump, que foi repudiado por Biden.

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O líder do Partido Republicano afirma ter sido atingido de raspão na orelha ao ter o comício em Butler, na Pensilvânia, interrompido por um ataque a tiros no sábado.

Um apoiador que participava da atividade de campanha morreu e outros dois ficaram feridos. O atirador, identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, foi morto por contra-atiradores do Serviço Secreto. O FBI acredita que ele agiu sozinho e investiga a motivação do crime.

A Convenção Nacional do Partido Republicano começou nesta segunda-feira, 15, com um minuto de silêncio em homenagem às vítimas. O discurso de Trump na Convenção será o primeiro do ex-presidente após o atentado.

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Delegado do Texas com cartaz "Faça América Grande de Novo", slogan de Donald Trump, durante a Convenção Nacional do Partido Republicano.  Foto: Kamil Krzaczynski/AFP

O que você precisa saber sobre J.D. Vance

O senador J.D. Vance, de Ohio, o recém-anunciado companheiro de chapa do ex-presidente Donald J. Trump, passou por uma rápida jornada nos últimos oito anos, de autor best-seller e crítico declarado de Trump a um de seus mais ferrenhos defensores.

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Antes de entrar na política, Vance, de 39 anos, era conhecido como o autor de “Hillbilly Elegy”, um best-seller de memórias que relata sua criação em uma família pobre e também serviu como uma espécie de exame sociológico dos americanos brancos da classe trabalhadora. O livro foi publicado pouco antes da eleição de Donald Trump em 2016, e muitos leitores o buscaram após sua vitória como uma espécie de guia para entender o apoio a Trump entre as comunidades brancas da classe trabalhadora.

O próprio Vance denunciou veementemente Trump durante sua campanha de 2016. Mas o abraçou em 2022, vencendo uma disputada republicana para o Senado com o apoio de Trump e se tornando uma voz pró-Trump no Congresso.

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Aqui está mais sobre os antecedentes e as opiniões de Vance.

Antecedentes pessoais: Ele nasceu em Middletown, Ohio, e passou parte de sua infância em Jackson, Kentucky, sendo criado por seus avós maternos enquanto sua mãe lutava contra o vício em drogas, antes de retornar a Middletown. Após o ensino médio, ele se alistou nos fuzileiros navais e foi enviado ao Iraque, trabalhando em relações públicas. Posteriormente, frequentou a Universidade Estadual de Ohio e a Faculdade de Direito de Yale.

Carreira em finanças: Vance trabalhou para o capitalista de risco conservador Peter Thiel antes de fundar sua própria firma de capital de risco. Thiel doou milhões de dólares para a campanha de Vance ao Senado em 2022.

“Hillbilly Elegy”: O momento da publicação de seu livro, no ano em que Trump foi eleito, ajudou a elevar seu perfil. Ele argumentou que a falta de iniciativa pessoal era responsável pelo sofrimento econômico, abuso de drogas e outras lutas em comunidades brancas da classe trabalhadora como a dele, e escreveu sobre “uma disposição para culpar todos, menos a si mesmo”. Desde que se alinhou a Trump, ele tem voltado sua culpa para fontes externas, como a imigração.

Crítica a Trump: Durante a campanha de 2016, Vance criticou fortemente Trump, descrevendo-o como “heroína cultural” e como um demagogo que estava “levando a classe trabalhadora branca a um lugar muito sombrio”. Ele se descreveu como “um cara do ‘Never Trump’”. Em um post no Twitter que ele já deletou, e chamou Trump de “repreensível” porque ele “faz as pessoas de quem eu me importo terem medo. Imigrantes, muçulmanos, etc.”

Campanha para o Senado: Depois de decidir concorrer ao Senado em 2022, ele se recaracterizou como um apoiador inabalável de Trump. Vance pediu desculpas por denunciar Trump, adotou suas posições rígidas sobre imigração e outras questões, e ganhou o endosso de Trump. Ele disse que o mandato de Trump na Casa Branca provou que sua oposição estava errada. Ele também disse em 2019 que “a popularidade de Trump na casa dos Vance aumentou substancialmente” por causa das audiências de confirmação da Suprema Corte de Brett M. Kavanaugh, durante as quais o juiz — que Trump havia nomeado, e para quem a esposa de Vance havia trabalhado — foi acusado de agressão sexual.

Negação da eleição: Ele não se comprometeu a aceitar os resultados da eleição deste ano. “Se tivermos uma eleição livre e justa, aceitarei os resultados”, disse ele à CNN em maio. É uma ressalva que muitos republicanos têm usado, deixando a porta aberta para a noção de fraude e ajudando a semear dúvidas antecipadamente. Em fevereiro, ele disse à ABC News que, se tivesse sido vice-presidente em 6 de janeiro de 2021, ele não teria certificado a eleição como Mike Pence fez, mas teria “dito aos estados, como Pensilvânia, Geórgia e tantos outros, que precisávamos ter múltiplas listas de eleitores, e acho que o Congresso dos EUA deveria ter discutido isso a partir daí.”/COM NY TIMES

WISCONSIN - O ex-presidente Donald Trump confirmou o nome de J.D. Vance, senador por Ohio, como candidato a vice-presidente. O anúncio marca o primeiro dia da Convenção Nacional Republicana, em Milwaukee, Wisconsin, que formalizou Trump para disputa à Casa Branca.

“Após longa deliberação e reflexão, e considerando os enormes talentos de muitas outras pessoas, decidi que a pessoa mais adequada para assumir o cargo de vice-presidente dos Estados Unidos é o senador J.D. Vance, do grande Estado de Ohio”, escreveu Donald Trump na sua rede, a Truth Social, destacando o currículo do companheiro de chapa.

“Durante a campanha, se concentrará fortemente nas pessoas pelas quais lutou de forma tão brilhante, os trabalhadores e fazendeiros americanos da Pensilvânia, Michigan, Wisconsin, Ohio, Minnesota e muito além...”, conclui o anúncio.

JD Vance e Donald Trump em comício em Ohio. F Foto: Jeff Dean/Associated Press

Minutos após a confirmação do vice, Eric Trump, filho do ex-presidente, oficializou que o Donald Trump conquistou os 125 delegados da Flórida e, com isso, atingiu a votação necessária para ser confirmado como candidato republicano à Casa Branca. O anúncio era esperado com a vitória esmagadora nas primárias, liquidadas ainda em março, na Superterça, que tirou Niki Haley do páreo.

Republicanos e ativistas contra o aborto elogiaram a escolha de J.D. Vance, que se opõe a interrupção da gravidez mesmo em casos de incesto ou estupro e considera exceções apenas em caso de risco à vida da mulher. Assim como Trump, no entanto, ele tem dito que a decisão deve ficar a cargo dos Estados, afastando a proibição nacional defendida por grupos antiaborto.

Rapidamente, a campanha de Joe Biden à reeleição atacou as posições do candidato a vice em questões como aborto e impostos. “Ele fala muito sobre os trabalhadores. Mas agora, ele e Trump querem aumentar os impostos sobre as famílias da classe média e, ao mesmo tempo, promover mais cortes de impostos para os ricos”, afirma a publicação nas redes sociais acompanhada por uma imagem que diz “Proteja a democracia. Derrote Trump-Vance” e um link para a página de doações.

O democrata pretende retomar as atividades de campanha nesta terça-feira, em Las Vagas, depois de adiar a parada que faria hoje em Austin, Texas, e retirar anúncios de rádio e televisão enquanto tentava projetar uma mensagem de união nacional à luz do atentado contra Trump, que foi repudiado por Biden.

O líder do Partido Republicano afirma ter sido atingido de raspão na orelha ao ter o comício em Butler, na Pensilvânia, interrompido por um ataque a tiros no sábado.

Um apoiador que participava da atividade de campanha morreu e outros dois ficaram feridos. O atirador, identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, foi morto por contra-atiradores do Serviço Secreto. O FBI acredita que ele agiu sozinho e investiga a motivação do crime.

A Convenção Nacional do Partido Republicano começou nesta segunda-feira, 15, com um minuto de silêncio em homenagem às vítimas. O discurso de Trump na Convenção será o primeiro do ex-presidente após o atentado.

Delegado do Texas com cartaz "Faça América Grande de Novo", slogan de Donald Trump, durante a Convenção Nacional do Partido Republicano.  Foto: Kamil Krzaczynski/AFP

O que você precisa saber sobre J.D. Vance

O senador J.D. Vance, de Ohio, o recém-anunciado companheiro de chapa do ex-presidente Donald J. Trump, passou por uma rápida jornada nos últimos oito anos, de autor best-seller e crítico declarado de Trump a um de seus mais ferrenhos defensores.

Antes de entrar na política, Vance, de 39 anos, era conhecido como o autor de “Hillbilly Elegy”, um best-seller de memórias que relata sua criação em uma família pobre e também serviu como uma espécie de exame sociológico dos americanos brancos da classe trabalhadora. O livro foi publicado pouco antes da eleição de Donald Trump em 2016, e muitos leitores o buscaram após sua vitória como uma espécie de guia para entender o apoio a Trump entre as comunidades brancas da classe trabalhadora.

O próprio Vance denunciou veementemente Trump durante sua campanha de 2016. Mas o abraçou em 2022, vencendo uma disputada republicana para o Senado com o apoio de Trump e se tornando uma voz pró-Trump no Congresso.

Aqui está mais sobre os antecedentes e as opiniões de Vance.

Antecedentes pessoais: Ele nasceu em Middletown, Ohio, e passou parte de sua infância em Jackson, Kentucky, sendo criado por seus avós maternos enquanto sua mãe lutava contra o vício em drogas, antes de retornar a Middletown. Após o ensino médio, ele se alistou nos fuzileiros navais e foi enviado ao Iraque, trabalhando em relações públicas. Posteriormente, frequentou a Universidade Estadual de Ohio e a Faculdade de Direito de Yale.

Carreira em finanças: Vance trabalhou para o capitalista de risco conservador Peter Thiel antes de fundar sua própria firma de capital de risco. Thiel doou milhões de dólares para a campanha de Vance ao Senado em 2022.

“Hillbilly Elegy”: O momento da publicação de seu livro, no ano em que Trump foi eleito, ajudou a elevar seu perfil. Ele argumentou que a falta de iniciativa pessoal era responsável pelo sofrimento econômico, abuso de drogas e outras lutas em comunidades brancas da classe trabalhadora como a dele, e escreveu sobre “uma disposição para culpar todos, menos a si mesmo”. Desde que se alinhou a Trump, ele tem voltado sua culpa para fontes externas, como a imigração.

Crítica a Trump: Durante a campanha de 2016, Vance criticou fortemente Trump, descrevendo-o como “heroína cultural” e como um demagogo que estava “levando a classe trabalhadora branca a um lugar muito sombrio”. Ele se descreveu como “um cara do ‘Never Trump’”. Em um post no Twitter que ele já deletou, e chamou Trump de “repreensível” porque ele “faz as pessoas de quem eu me importo terem medo. Imigrantes, muçulmanos, etc.”

Campanha para o Senado: Depois de decidir concorrer ao Senado em 2022, ele se recaracterizou como um apoiador inabalável de Trump. Vance pediu desculpas por denunciar Trump, adotou suas posições rígidas sobre imigração e outras questões, e ganhou o endosso de Trump. Ele disse que o mandato de Trump na Casa Branca provou que sua oposição estava errada. Ele também disse em 2019 que “a popularidade de Trump na casa dos Vance aumentou substancialmente” por causa das audiências de confirmação da Suprema Corte de Brett M. Kavanaugh, durante as quais o juiz — que Trump havia nomeado, e para quem a esposa de Vance havia trabalhado — foi acusado de agressão sexual.

Negação da eleição: Ele não se comprometeu a aceitar os resultados da eleição deste ano. “Se tivermos uma eleição livre e justa, aceitarei os resultados”, disse ele à CNN em maio. É uma ressalva que muitos republicanos têm usado, deixando a porta aberta para a noção de fraude e ajudando a semear dúvidas antecipadamente. Em fevereiro, ele disse à ABC News que, se tivesse sido vice-presidente em 6 de janeiro de 2021, ele não teria certificado a eleição como Mike Pence fez, mas teria “dito aos estados, como Pensilvânia, Geórgia e tantos outros, que precisávamos ter múltiplas listas de eleitores, e acho que o Congresso dos EUA deveria ter discutido isso a partir daí.”/COM NY TIMES

WISCONSIN - O ex-presidente Donald Trump confirmou o nome de J.D. Vance, senador por Ohio, como candidato a vice-presidente. O anúncio marca o primeiro dia da Convenção Nacional Republicana, em Milwaukee, Wisconsin, que formalizou Trump para disputa à Casa Branca.

“Após longa deliberação e reflexão, e considerando os enormes talentos de muitas outras pessoas, decidi que a pessoa mais adequada para assumir o cargo de vice-presidente dos Estados Unidos é o senador J.D. Vance, do grande Estado de Ohio”, escreveu Donald Trump na sua rede, a Truth Social, destacando o currículo do companheiro de chapa.

“Durante a campanha, se concentrará fortemente nas pessoas pelas quais lutou de forma tão brilhante, os trabalhadores e fazendeiros americanos da Pensilvânia, Michigan, Wisconsin, Ohio, Minnesota e muito além...”, conclui o anúncio.

JD Vance e Donald Trump em comício em Ohio. F Foto: Jeff Dean/Associated Press

Minutos após a confirmação do vice, Eric Trump, filho do ex-presidente, oficializou que o Donald Trump conquistou os 125 delegados da Flórida e, com isso, atingiu a votação necessária para ser confirmado como candidato republicano à Casa Branca. O anúncio era esperado com a vitória esmagadora nas primárias, liquidadas ainda em março, na Superterça, que tirou Niki Haley do páreo.

Republicanos e ativistas contra o aborto elogiaram a escolha de J.D. Vance, que se opõe a interrupção da gravidez mesmo em casos de incesto ou estupro e considera exceções apenas em caso de risco à vida da mulher. Assim como Trump, no entanto, ele tem dito que a decisão deve ficar a cargo dos Estados, afastando a proibição nacional defendida por grupos antiaborto.

Rapidamente, a campanha de Joe Biden à reeleição atacou as posições do candidato a vice em questões como aborto e impostos. “Ele fala muito sobre os trabalhadores. Mas agora, ele e Trump querem aumentar os impostos sobre as famílias da classe média e, ao mesmo tempo, promover mais cortes de impostos para os ricos”, afirma a publicação nas redes sociais acompanhada por uma imagem que diz “Proteja a democracia. Derrote Trump-Vance” e um link para a página de doações.

O democrata pretende retomar as atividades de campanha nesta terça-feira, em Las Vagas, depois de adiar a parada que faria hoje em Austin, Texas, e retirar anúncios de rádio e televisão enquanto tentava projetar uma mensagem de união nacional à luz do atentado contra Trump, que foi repudiado por Biden.

O líder do Partido Republicano afirma ter sido atingido de raspão na orelha ao ter o comício em Butler, na Pensilvânia, interrompido por um ataque a tiros no sábado.

Um apoiador que participava da atividade de campanha morreu e outros dois ficaram feridos. O atirador, identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, foi morto por contra-atiradores do Serviço Secreto. O FBI acredita que ele agiu sozinho e investiga a motivação do crime.

A Convenção Nacional do Partido Republicano começou nesta segunda-feira, 15, com um minuto de silêncio em homenagem às vítimas. O discurso de Trump na Convenção será o primeiro do ex-presidente após o atentado.

Delegado do Texas com cartaz "Faça América Grande de Novo", slogan de Donald Trump, durante a Convenção Nacional do Partido Republicano.  Foto: Kamil Krzaczynski/AFP

O que você precisa saber sobre J.D. Vance

O senador J.D. Vance, de Ohio, o recém-anunciado companheiro de chapa do ex-presidente Donald J. Trump, passou por uma rápida jornada nos últimos oito anos, de autor best-seller e crítico declarado de Trump a um de seus mais ferrenhos defensores.

Antes de entrar na política, Vance, de 39 anos, era conhecido como o autor de “Hillbilly Elegy”, um best-seller de memórias que relata sua criação em uma família pobre e também serviu como uma espécie de exame sociológico dos americanos brancos da classe trabalhadora. O livro foi publicado pouco antes da eleição de Donald Trump em 2016, e muitos leitores o buscaram após sua vitória como uma espécie de guia para entender o apoio a Trump entre as comunidades brancas da classe trabalhadora.

O próprio Vance denunciou veementemente Trump durante sua campanha de 2016. Mas o abraçou em 2022, vencendo uma disputada republicana para o Senado com o apoio de Trump e se tornando uma voz pró-Trump no Congresso.

Aqui está mais sobre os antecedentes e as opiniões de Vance.

Antecedentes pessoais: Ele nasceu em Middletown, Ohio, e passou parte de sua infância em Jackson, Kentucky, sendo criado por seus avós maternos enquanto sua mãe lutava contra o vício em drogas, antes de retornar a Middletown. Após o ensino médio, ele se alistou nos fuzileiros navais e foi enviado ao Iraque, trabalhando em relações públicas. Posteriormente, frequentou a Universidade Estadual de Ohio e a Faculdade de Direito de Yale.

Carreira em finanças: Vance trabalhou para o capitalista de risco conservador Peter Thiel antes de fundar sua própria firma de capital de risco. Thiel doou milhões de dólares para a campanha de Vance ao Senado em 2022.

“Hillbilly Elegy”: O momento da publicação de seu livro, no ano em que Trump foi eleito, ajudou a elevar seu perfil. Ele argumentou que a falta de iniciativa pessoal era responsável pelo sofrimento econômico, abuso de drogas e outras lutas em comunidades brancas da classe trabalhadora como a dele, e escreveu sobre “uma disposição para culpar todos, menos a si mesmo”. Desde que se alinhou a Trump, ele tem voltado sua culpa para fontes externas, como a imigração.

Crítica a Trump: Durante a campanha de 2016, Vance criticou fortemente Trump, descrevendo-o como “heroína cultural” e como um demagogo que estava “levando a classe trabalhadora branca a um lugar muito sombrio”. Ele se descreveu como “um cara do ‘Never Trump’”. Em um post no Twitter que ele já deletou, e chamou Trump de “repreensível” porque ele “faz as pessoas de quem eu me importo terem medo. Imigrantes, muçulmanos, etc.”

Campanha para o Senado: Depois de decidir concorrer ao Senado em 2022, ele se recaracterizou como um apoiador inabalável de Trump. Vance pediu desculpas por denunciar Trump, adotou suas posições rígidas sobre imigração e outras questões, e ganhou o endosso de Trump. Ele disse que o mandato de Trump na Casa Branca provou que sua oposição estava errada. Ele também disse em 2019 que “a popularidade de Trump na casa dos Vance aumentou substancialmente” por causa das audiências de confirmação da Suprema Corte de Brett M. Kavanaugh, durante as quais o juiz — que Trump havia nomeado, e para quem a esposa de Vance havia trabalhado — foi acusado de agressão sexual.

Negação da eleição: Ele não se comprometeu a aceitar os resultados da eleição deste ano. “Se tivermos uma eleição livre e justa, aceitarei os resultados”, disse ele à CNN em maio. É uma ressalva que muitos republicanos têm usado, deixando a porta aberta para a noção de fraude e ajudando a semear dúvidas antecipadamente. Em fevereiro, ele disse à ABC News que, se tivesse sido vice-presidente em 6 de janeiro de 2021, ele não teria certificado a eleição como Mike Pence fez, mas teria “dito aos estados, como Pensilvânia, Geórgia e tantos outros, que precisávamos ter múltiplas listas de eleitores, e acho que o Congresso dos EUA deveria ter discutido isso a partir daí.”/COM NY TIMES

WISCONSIN - O ex-presidente Donald Trump confirmou o nome de J.D. Vance, senador por Ohio, como candidato a vice-presidente. O anúncio marca o primeiro dia da Convenção Nacional Republicana, em Milwaukee, Wisconsin, que formalizou Trump para disputa à Casa Branca.

“Após longa deliberação e reflexão, e considerando os enormes talentos de muitas outras pessoas, decidi que a pessoa mais adequada para assumir o cargo de vice-presidente dos Estados Unidos é o senador J.D. Vance, do grande Estado de Ohio”, escreveu Donald Trump na sua rede, a Truth Social, destacando o currículo do companheiro de chapa.

“Durante a campanha, se concentrará fortemente nas pessoas pelas quais lutou de forma tão brilhante, os trabalhadores e fazendeiros americanos da Pensilvânia, Michigan, Wisconsin, Ohio, Minnesota e muito além...”, conclui o anúncio.

JD Vance e Donald Trump em comício em Ohio. F Foto: Jeff Dean/Associated Press

Minutos após a confirmação do vice, Eric Trump, filho do ex-presidente, oficializou que o Donald Trump conquistou os 125 delegados da Flórida e, com isso, atingiu a votação necessária para ser confirmado como candidato republicano à Casa Branca. O anúncio era esperado com a vitória esmagadora nas primárias, liquidadas ainda em março, na Superterça, que tirou Niki Haley do páreo.

Republicanos e ativistas contra o aborto elogiaram a escolha de J.D. Vance, que se opõe a interrupção da gravidez mesmo em casos de incesto ou estupro e considera exceções apenas em caso de risco à vida da mulher. Assim como Trump, no entanto, ele tem dito que a decisão deve ficar a cargo dos Estados, afastando a proibição nacional defendida por grupos antiaborto.

Rapidamente, a campanha de Joe Biden à reeleição atacou as posições do candidato a vice em questões como aborto e impostos. “Ele fala muito sobre os trabalhadores. Mas agora, ele e Trump querem aumentar os impostos sobre as famílias da classe média e, ao mesmo tempo, promover mais cortes de impostos para os ricos”, afirma a publicação nas redes sociais acompanhada por uma imagem que diz “Proteja a democracia. Derrote Trump-Vance” e um link para a página de doações.

O democrata pretende retomar as atividades de campanha nesta terça-feira, em Las Vagas, depois de adiar a parada que faria hoje em Austin, Texas, e retirar anúncios de rádio e televisão enquanto tentava projetar uma mensagem de união nacional à luz do atentado contra Trump, que foi repudiado por Biden.

O líder do Partido Republicano afirma ter sido atingido de raspão na orelha ao ter o comício em Butler, na Pensilvânia, interrompido por um ataque a tiros no sábado.

Um apoiador que participava da atividade de campanha morreu e outros dois ficaram feridos. O atirador, identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, foi morto por contra-atiradores do Serviço Secreto. O FBI acredita que ele agiu sozinho e investiga a motivação do crime.

A Convenção Nacional do Partido Republicano começou nesta segunda-feira, 15, com um minuto de silêncio em homenagem às vítimas. O discurso de Trump na Convenção será o primeiro do ex-presidente após o atentado.

Delegado do Texas com cartaz "Faça América Grande de Novo", slogan de Donald Trump, durante a Convenção Nacional do Partido Republicano.  Foto: Kamil Krzaczynski/AFP

O que você precisa saber sobre J.D. Vance

O senador J.D. Vance, de Ohio, o recém-anunciado companheiro de chapa do ex-presidente Donald J. Trump, passou por uma rápida jornada nos últimos oito anos, de autor best-seller e crítico declarado de Trump a um de seus mais ferrenhos defensores.

Antes de entrar na política, Vance, de 39 anos, era conhecido como o autor de “Hillbilly Elegy”, um best-seller de memórias que relata sua criação em uma família pobre e também serviu como uma espécie de exame sociológico dos americanos brancos da classe trabalhadora. O livro foi publicado pouco antes da eleição de Donald Trump em 2016, e muitos leitores o buscaram após sua vitória como uma espécie de guia para entender o apoio a Trump entre as comunidades brancas da classe trabalhadora.

O próprio Vance denunciou veementemente Trump durante sua campanha de 2016. Mas o abraçou em 2022, vencendo uma disputada republicana para o Senado com o apoio de Trump e se tornando uma voz pró-Trump no Congresso.

Aqui está mais sobre os antecedentes e as opiniões de Vance.

Antecedentes pessoais: Ele nasceu em Middletown, Ohio, e passou parte de sua infância em Jackson, Kentucky, sendo criado por seus avós maternos enquanto sua mãe lutava contra o vício em drogas, antes de retornar a Middletown. Após o ensino médio, ele se alistou nos fuzileiros navais e foi enviado ao Iraque, trabalhando em relações públicas. Posteriormente, frequentou a Universidade Estadual de Ohio e a Faculdade de Direito de Yale.

Carreira em finanças: Vance trabalhou para o capitalista de risco conservador Peter Thiel antes de fundar sua própria firma de capital de risco. Thiel doou milhões de dólares para a campanha de Vance ao Senado em 2022.

“Hillbilly Elegy”: O momento da publicação de seu livro, no ano em que Trump foi eleito, ajudou a elevar seu perfil. Ele argumentou que a falta de iniciativa pessoal era responsável pelo sofrimento econômico, abuso de drogas e outras lutas em comunidades brancas da classe trabalhadora como a dele, e escreveu sobre “uma disposição para culpar todos, menos a si mesmo”. Desde que se alinhou a Trump, ele tem voltado sua culpa para fontes externas, como a imigração.

Crítica a Trump: Durante a campanha de 2016, Vance criticou fortemente Trump, descrevendo-o como “heroína cultural” e como um demagogo que estava “levando a classe trabalhadora branca a um lugar muito sombrio”. Ele se descreveu como “um cara do ‘Never Trump’”. Em um post no Twitter que ele já deletou, e chamou Trump de “repreensível” porque ele “faz as pessoas de quem eu me importo terem medo. Imigrantes, muçulmanos, etc.”

Campanha para o Senado: Depois de decidir concorrer ao Senado em 2022, ele se recaracterizou como um apoiador inabalável de Trump. Vance pediu desculpas por denunciar Trump, adotou suas posições rígidas sobre imigração e outras questões, e ganhou o endosso de Trump. Ele disse que o mandato de Trump na Casa Branca provou que sua oposição estava errada. Ele também disse em 2019 que “a popularidade de Trump na casa dos Vance aumentou substancialmente” por causa das audiências de confirmação da Suprema Corte de Brett M. Kavanaugh, durante as quais o juiz — que Trump havia nomeado, e para quem a esposa de Vance havia trabalhado — foi acusado de agressão sexual.

Negação da eleição: Ele não se comprometeu a aceitar os resultados da eleição deste ano. “Se tivermos uma eleição livre e justa, aceitarei os resultados”, disse ele à CNN em maio. É uma ressalva que muitos republicanos têm usado, deixando a porta aberta para a noção de fraude e ajudando a semear dúvidas antecipadamente. Em fevereiro, ele disse à ABC News que, se tivesse sido vice-presidente em 6 de janeiro de 2021, ele não teria certificado a eleição como Mike Pence fez, mas teria “dito aos estados, como Pensilvânia, Geórgia e tantos outros, que precisávamos ter múltiplas listas de eleitores, e acho que o Congresso dos EUA deveria ter discutido isso a partir daí.”/COM NY TIMES

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