‘É como minha namorada espiritual’, diz peruano que tinha múmia pré-hispânica em casa


Múmia, que era transportada na mochila térmica de entregas a domicílio do rapaz, na verdade, era de um homem e não de uma mulher, como ele acreditava

Por Redação
Atualização:

PUNO - A polícia do Peru apreendeu no fim de semana uma múmia pré-hispânica na mochila de um entregador, que estava em sua casa havia cerca de três décadas, segundo um comunicado oficial e um vídeo que viralizou nas redes sociais.

Julio César Bermejo, o homem de 26 anos que possuía os restos mortais mumificados, está detido enquanto o Ministério Público apura as circunstâncias do caso, disseram autoridades à agência de notícias France Presse na terça-feira, 28.

O Ministério da Cultura peruano informou que “o bem cultural pré-hispânico” tem entre “600 e 800 anos” e foi identificado como “um indivíduo masculino adulto mumificado, presumivelmente da zona leste de Puno”, uma região nos Andes peruanos, cerca de 1,3 mil km a sudeste de Lima.

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Membros da Diretoria Descentralizada de Cultura de Puno e a polícia investigam múmia encontrada em mochila térmica de entregador peruano, em Puno Foto: Photo by Puno TV / AFP - 25/2/2023

A polícia encontrou a múmia no sábado enquanto patrulhava um parque na cidade de Puno, onde Bermejo se encontrava com amigos.

Em declarações feitas em vídeo a um jornalista local, Bermejo disse que a múmia, a quem chama “carinhosamente” de “Juanita”, estava há “quase 30 anos” em sua casa, levada por seu pai.

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“Ele pegou de um policial por dinheiro que ele havia emprestado e depois se apegou a ela”, contou o jovem. “Em casa, ela fica no meu quarto, dorme comigo. Eu cuido dela, eu a mantenho, ela é como minha namorada espiritual”, acrescentou.

Juan, não Juanita

No entanto, ao verificar os restos mortais, um especialista do Ministério da Cultura afirmou que “não é Juanita, é Juan”, apontando se tratar de um homem de pelo menos 45 anos, dada a conformação da estrutura óssea do crânio.

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Bermejo negou ter tentado vender a múmia e alegou que a transportava na mochila térmica de entregas em domicílio porque seus “amigos queriam vê-la” antes de doá-la a um museu da região.

“Se me comporto mal, ela me castiga, puxa meu pé”, disse ele, descrevendo-a como uma energia.

No comunicado divulgado no domingo, o Ministério da Cultura informou que “ordenou de imediato a custódia” dos restos mortais mumificados, “a fim de proteger e preservar o patrimônio”.

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O Peru tem um patrimônio arqueológico inestimável. O destino mais cobiçado pelos turistas no país é a cidadela de pedra de Machu Picchu, construída no século 15 pelo imperador inca Pachacútec, perto de Cusco, a capital imperial inca./AFP

PUNO - A polícia do Peru apreendeu no fim de semana uma múmia pré-hispânica na mochila de um entregador, que estava em sua casa havia cerca de três décadas, segundo um comunicado oficial e um vídeo que viralizou nas redes sociais.

Julio César Bermejo, o homem de 26 anos que possuía os restos mortais mumificados, está detido enquanto o Ministério Público apura as circunstâncias do caso, disseram autoridades à agência de notícias France Presse na terça-feira, 28.

O Ministério da Cultura peruano informou que “o bem cultural pré-hispânico” tem entre “600 e 800 anos” e foi identificado como “um indivíduo masculino adulto mumificado, presumivelmente da zona leste de Puno”, uma região nos Andes peruanos, cerca de 1,3 mil km a sudeste de Lima.

Membros da Diretoria Descentralizada de Cultura de Puno e a polícia investigam múmia encontrada em mochila térmica de entregador peruano, em Puno Foto: Photo by Puno TV / AFP - 25/2/2023

A polícia encontrou a múmia no sábado enquanto patrulhava um parque na cidade de Puno, onde Bermejo se encontrava com amigos.

Em declarações feitas em vídeo a um jornalista local, Bermejo disse que a múmia, a quem chama “carinhosamente” de “Juanita”, estava há “quase 30 anos” em sua casa, levada por seu pai.

“Ele pegou de um policial por dinheiro que ele havia emprestado e depois se apegou a ela”, contou o jovem. “Em casa, ela fica no meu quarto, dorme comigo. Eu cuido dela, eu a mantenho, ela é como minha namorada espiritual”, acrescentou.

Juan, não Juanita

No entanto, ao verificar os restos mortais, um especialista do Ministério da Cultura afirmou que “não é Juanita, é Juan”, apontando se tratar de um homem de pelo menos 45 anos, dada a conformação da estrutura óssea do crânio.

Bermejo negou ter tentado vender a múmia e alegou que a transportava na mochila térmica de entregas em domicílio porque seus “amigos queriam vê-la” antes de doá-la a um museu da região.

“Se me comporto mal, ela me castiga, puxa meu pé”, disse ele, descrevendo-a como uma energia.

No comunicado divulgado no domingo, o Ministério da Cultura informou que “ordenou de imediato a custódia” dos restos mortais mumificados, “a fim de proteger e preservar o patrimônio”.

O Peru tem um patrimônio arqueológico inestimável. O destino mais cobiçado pelos turistas no país é a cidadela de pedra de Machu Picchu, construída no século 15 pelo imperador inca Pachacútec, perto de Cusco, a capital imperial inca./AFP

PUNO - A polícia do Peru apreendeu no fim de semana uma múmia pré-hispânica na mochila de um entregador, que estava em sua casa havia cerca de três décadas, segundo um comunicado oficial e um vídeo que viralizou nas redes sociais.

Julio César Bermejo, o homem de 26 anos que possuía os restos mortais mumificados, está detido enquanto o Ministério Público apura as circunstâncias do caso, disseram autoridades à agência de notícias France Presse na terça-feira, 28.

O Ministério da Cultura peruano informou que “o bem cultural pré-hispânico” tem entre “600 e 800 anos” e foi identificado como “um indivíduo masculino adulto mumificado, presumivelmente da zona leste de Puno”, uma região nos Andes peruanos, cerca de 1,3 mil km a sudeste de Lima.

Membros da Diretoria Descentralizada de Cultura de Puno e a polícia investigam múmia encontrada em mochila térmica de entregador peruano, em Puno Foto: Photo by Puno TV / AFP - 25/2/2023

A polícia encontrou a múmia no sábado enquanto patrulhava um parque na cidade de Puno, onde Bermejo se encontrava com amigos.

Em declarações feitas em vídeo a um jornalista local, Bermejo disse que a múmia, a quem chama “carinhosamente” de “Juanita”, estava há “quase 30 anos” em sua casa, levada por seu pai.

“Ele pegou de um policial por dinheiro que ele havia emprestado e depois se apegou a ela”, contou o jovem. “Em casa, ela fica no meu quarto, dorme comigo. Eu cuido dela, eu a mantenho, ela é como minha namorada espiritual”, acrescentou.

Juan, não Juanita

No entanto, ao verificar os restos mortais, um especialista do Ministério da Cultura afirmou que “não é Juanita, é Juan”, apontando se tratar de um homem de pelo menos 45 anos, dada a conformação da estrutura óssea do crânio.

Bermejo negou ter tentado vender a múmia e alegou que a transportava na mochila térmica de entregas em domicílio porque seus “amigos queriam vê-la” antes de doá-la a um museu da região.

“Se me comporto mal, ela me castiga, puxa meu pé”, disse ele, descrevendo-a como uma energia.

No comunicado divulgado no domingo, o Ministério da Cultura informou que “ordenou de imediato a custódia” dos restos mortais mumificados, “a fim de proteger e preservar o patrimônio”.

O Peru tem um patrimônio arqueológico inestimável. O destino mais cobiçado pelos turistas no país é a cidadela de pedra de Machu Picchu, construída no século 15 pelo imperador inca Pachacútec, perto de Cusco, a capital imperial inca./AFP

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