É preciso parar de subestimar os ucranianos; leia análise


Além de não atingir seus objetivos, a Rússia vem sofrendo perdas pesadas na Ucrânia

Por Max Boot

THE WASHINGTON POST - Os EUA tinham boas informações sobre o plano russo de invadir a Ucrânia, mas não sabiam como a invasão se sairia. No início da guerra, Kiev cairia em dois dias. Isso foi há mais de um mês. O erro é a imagem espelhada dos EUA no Afeganistão, onde os americanos foram surpreendidos pela velocidade do colapso.

Um soldado ucraniano caminha pelo vilarejo de Mala Rogan, em Kharkiv; exército do país enfrenta russos com fúria Foto: Aris Messinis / AFP
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Contratempos da Rússia mudaram essa visão, mas ainda parece haver a suposição de que, mais cedo ou mais tarde, ela esmagará a resistência ucraniana. No entanto, embora os russos tenham demonstrado disposição para cometer crimes de guerra, não há indicação de que estejam vencendo.

Os ucranianos mostraram habilidade e estão tirando o máximo das armas ocidentais. Eles recuaram para as cidades, onde o poder aéreo e dos blindados russos é dissipado, e começaram a fustigar comandantes e linhas de suprimentos.

A Rússia, com seu sistema de comando centralizado e suboficiais inexperientes, demorou a responder. Os russos, aparentemente, não têm um único comandante encarregado da guerra. Suas unidades estão espalhadas por um país maior do que a França e muitas vezes operam com objetivos opostos.

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Agora, a Ucrânia partiu para a ofensiva, libertou Irpin e empurrou os russos por mais de 32 quilômetros. Forças ucranianas retomaram Trostianets, reabriram a estrada para Sumy e avançam para aliviar a pressão sobre Kharkiv.

Além de não atingir seus objetivos, a Rússia vem sofrendo perdas: mais de 300 tanques, um navio de desembarque, de 7 mil a 15 mil soldados, segundo a Otan, e até 30 mil homens feridos ou capturados – muito perto das perdas soviéticas em 10 anos de guerra no Afeganistão. Entre as baixas estão sete generais e muitos oficiais. Enquanto isso, o moral está tão baixo que um chefe de brigada russo teria sido atropelado e morto por seus próprios homens.

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Este não é o retrato de um país que está prestes a derrotar a Ucrânia. Em vez disso, a Rússia pode estar reduzindo suas ambições, ao dizer que a missão é capturar Donbas. O que não faz sentido. Analistas dizem que Kiev era o principal objetivo, mas a manobra pode dar a Putin uma saída do atoleiro. Toda a invasão foi caótica, construída sobre mentiras e sabotada por incompetência. Isso não vai mudar. Por isso, chega de superestimar os russos e subestimar os ucranianos.

* É colunista

THE WASHINGTON POST - Os EUA tinham boas informações sobre o plano russo de invadir a Ucrânia, mas não sabiam como a invasão se sairia. No início da guerra, Kiev cairia em dois dias. Isso foi há mais de um mês. O erro é a imagem espelhada dos EUA no Afeganistão, onde os americanos foram surpreendidos pela velocidade do colapso.

Um soldado ucraniano caminha pelo vilarejo de Mala Rogan, em Kharkiv; exército do país enfrenta russos com fúria Foto: Aris Messinis / AFP

Contratempos da Rússia mudaram essa visão, mas ainda parece haver a suposição de que, mais cedo ou mais tarde, ela esmagará a resistência ucraniana. No entanto, embora os russos tenham demonstrado disposição para cometer crimes de guerra, não há indicação de que estejam vencendo.

Os ucranianos mostraram habilidade e estão tirando o máximo das armas ocidentais. Eles recuaram para as cidades, onde o poder aéreo e dos blindados russos é dissipado, e começaram a fustigar comandantes e linhas de suprimentos.

A Rússia, com seu sistema de comando centralizado e suboficiais inexperientes, demorou a responder. Os russos, aparentemente, não têm um único comandante encarregado da guerra. Suas unidades estão espalhadas por um país maior do que a França e muitas vezes operam com objetivos opostos.

Agora, a Ucrânia partiu para a ofensiva, libertou Irpin e empurrou os russos por mais de 32 quilômetros. Forças ucranianas retomaram Trostianets, reabriram a estrada para Sumy e avançam para aliviar a pressão sobre Kharkiv.

Além de não atingir seus objetivos, a Rússia vem sofrendo perdas: mais de 300 tanques, um navio de desembarque, de 7 mil a 15 mil soldados, segundo a Otan, e até 30 mil homens feridos ou capturados – muito perto das perdas soviéticas em 10 anos de guerra no Afeganistão. Entre as baixas estão sete generais e muitos oficiais. Enquanto isso, o moral está tão baixo que um chefe de brigada russo teria sido atropelado e morto por seus próprios homens.

Este não é o retrato de um país que está prestes a derrotar a Ucrânia. Em vez disso, a Rússia pode estar reduzindo suas ambições, ao dizer que a missão é capturar Donbas. O que não faz sentido. Analistas dizem que Kiev era o principal objetivo, mas a manobra pode dar a Putin uma saída do atoleiro. Toda a invasão foi caótica, construída sobre mentiras e sabotada por incompetência. Isso não vai mudar. Por isso, chega de superestimar os russos e subestimar os ucranianos.

* É colunista

THE WASHINGTON POST - Os EUA tinham boas informações sobre o plano russo de invadir a Ucrânia, mas não sabiam como a invasão se sairia. No início da guerra, Kiev cairia em dois dias. Isso foi há mais de um mês. O erro é a imagem espelhada dos EUA no Afeganistão, onde os americanos foram surpreendidos pela velocidade do colapso.

Um soldado ucraniano caminha pelo vilarejo de Mala Rogan, em Kharkiv; exército do país enfrenta russos com fúria Foto: Aris Messinis / AFP

Contratempos da Rússia mudaram essa visão, mas ainda parece haver a suposição de que, mais cedo ou mais tarde, ela esmagará a resistência ucraniana. No entanto, embora os russos tenham demonstrado disposição para cometer crimes de guerra, não há indicação de que estejam vencendo.

Os ucranianos mostraram habilidade e estão tirando o máximo das armas ocidentais. Eles recuaram para as cidades, onde o poder aéreo e dos blindados russos é dissipado, e começaram a fustigar comandantes e linhas de suprimentos.

A Rússia, com seu sistema de comando centralizado e suboficiais inexperientes, demorou a responder. Os russos, aparentemente, não têm um único comandante encarregado da guerra. Suas unidades estão espalhadas por um país maior do que a França e muitas vezes operam com objetivos opostos.

Agora, a Ucrânia partiu para a ofensiva, libertou Irpin e empurrou os russos por mais de 32 quilômetros. Forças ucranianas retomaram Trostianets, reabriram a estrada para Sumy e avançam para aliviar a pressão sobre Kharkiv.

Além de não atingir seus objetivos, a Rússia vem sofrendo perdas: mais de 300 tanques, um navio de desembarque, de 7 mil a 15 mil soldados, segundo a Otan, e até 30 mil homens feridos ou capturados – muito perto das perdas soviéticas em 10 anos de guerra no Afeganistão. Entre as baixas estão sete generais e muitos oficiais. Enquanto isso, o moral está tão baixo que um chefe de brigada russo teria sido atropelado e morto por seus próprios homens.

Este não é o retrato de um país que está prestes a derrotar a Ucrânia. Em vez disso, a Rússia pode estar reduzindo suas ambições, ao dizer que a missão é capturar Donbas. O que não faz sentido. Analistas dizem que Kiev era o principal objetivo, mas a manobra pode dar a Putin uma saída do atoleiro. Toda a invasão foi caótica, construída sobre mentiras e sabotada por incompetência. Isso não vai mudar. Por isso, chega de superestimar os russos e subestimar os ucranianos.

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