Economia pauta primeiro dia da Convenção Nacional do Partido Republicano


Republicanos compararam os preços nos governos Trump e Biden e culparam o democrata pela inflação

Por Jéssica Petrovna

A economia e pautou o primeiro dia de Convenção Nacional Republicana sob o lema “Faça América Rica de Novo”, uma adaptação do slogan trumpista “Make America Great Again” com apelo à prosperidade. Discurso após discursos, os republicanos descreveram os Estados Unidos como um país em crise, traçando comparações entre os governos Donald Trump e Joe Biden.

No meio da noite, Trump chegou à Convenção com um curativo na orelha atingida de raspão no atentado ao seu comício. Parecendo emocionado, ele entrou ao som de “God Bless the USA” e sentou-se ao lado J.D. Vance, senador por Ohio anunciado mais cedo como candidato a vice-presidente.

Em mensagem gravada exibida antes da sua entrada, Trump repetiu as alegações sem provas de fraude nas eleições. “Fiquem atentos porque essas pessoas querem trapacear e trapaceiam porque, francamente, é a única coisa que fazem bem”, disse. Foi a primeira e uma das raras menções ao sistema eleitoral na noite dedicada à economia.

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Mesmo sem Donald Trump discursar, a abertura da Convenção reforçou o seu domínio sobre o Partido Republicano com falas que o exaltavam como único capaz de restaurar o “sonho americano”.

Donald Trump e seu candidato a vice-presidente J.D. Vance na Convenção Republicana. Foto: Evan Vucci/AP

“Podemos consertar o desastre democrata quando reelegermos Donald Trump como presidente”, disse o deputado John James, do Michigan, Estado decisivo nas eleições. “Com Trump, as famílias americanas tinham mais dinheiro no bolso, podiam investir, comprar uma casa. Com Joe Biden, tudo mudou.’

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Apesar dos dados positivos na economia americana, os republicanos reunidos em Wisconsin, outro Estado decisivo, insistiram que a vida dos americanos era melhor sob Donald Trump. Eles compararam preços, sobretudo dos combustíveis, e culparam Joe Biden pela inflação.

Um comercial exibido no intervalo reforçava a tônica do primeiro dia de Convenção ao mostrar americanos comuns insatisfeitos com o custo de vida e o preço da gasolina.

“Sei que os americanos podem se identificar quando digo que toda vez que encho meu tanque de gasolina, vou ao supermercado e tento pagar as contas, penso: quem não sente falta dos dias de Trump?”, dizia Sarah Workman, uma mãe solteira do Arizona que trabalha em dois empregos.

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De fato, a gasolina era mais barata durante o governo Trump, quando o galão chegou a custar menos de US$ 2, mas por causa da pandemia. Com a imposição de lockdowns contra a covid, a demanda global por petróleo despencou, assim como os preços.

Já no governo Biden, os combustíveis dispararam como efeito da guerra na Ucrânia e da imposição de sanções contra Rússia. Em 2022, o galão de gasolina nos Estados Unidos chegou a custar US$ 5. Desde agosto passado tem se mantido abaixo de US$ 4, com preço médio de US$ 3,50.

Cartaz de "Faça a América Grande de Novo" na Convenção Republicana. Foto: Nam Y. Huh/AP
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“Sob Donald Trump, o sonho americano estava vivo e bem, disse Mark Robinson, o vice-governador da Carolina do Norte, mais um Estado que tende a ser decisivo. “Com Biden, os preços no supermercado dispararam e e gasolina quase dobrou”, comparou.

Robinson é conhecido pela sua retórica agressiva — ele disse que “algumas pessoas precisam ser mortas” ao discursar numa igreja há cerca de duas semanas —, mas preferiu focar em questões econômicas durante a Convenção Republicana. Lembrou da infância pobre e da origem trabalhadora ao dizer que não veio da “elite”.

Robinson, primeiro vice-governador negro do seu Estado, foi escalado para discursar, assim como quase todos os parlamentares republicanos negros no momento em que o partido tenta avançar sobre o eleitorado que ajudou a eleger Joe Biden na última eleição.

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Ao mesmo tempo, os republicanos apostam no candidato a vice-presidente J.D. Vance, antigo crítico convertido ao trumpismo, para reforçar a base na classe trabalhadora branca.

Assim como a economia, a imigração esteve presente nos discursos da primeira noite de Convenção. “A imigração ilegal está esmagando os trabalhadores americanos”, declarou o senador Tim Scott, ecoando a posição de Trump, que tenta vincular o fluxo na fronteira à economia.

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O discurso de Tim Scott exemplifica também como a linguagem religiosa permeou as falas na Convenção Republicana. Ele descreveu o atentado contra Donald Trump em termos bíblicos e disse que “o diabo chegou à Pensilvânia segurando um rifle”.

O primeiro dia foi encerrado com uma benção do reverendo James Roemke. Antes disso, ele imitou a voz de Donald Trump ao dizer “vocês serão abençoados. Vocês ficarão tão cansados de serem abençoados, eu garanto” e reproduzir a dancinha que o líder republicano costuma fazer em seus eventos de campanha.

A Convenção Republicana segue até a quinta-feira e a expectativa é que Donald Trump fale no último dia. Será o primeiro discurso após o ataque a tiros que interrompeu o seu comício na Pensilvânia no sábado.

Mais cedo, os republicanos fizeram um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do atentado. Um apoiador de Trump que participava do evento de campanha morreu e outros dois ficaram feridos.

A economia e pautou o primeiro dia de Convenção Nacional Republicana sob o lema “Faça América Rica de Novo”, uma adaptação do slogan trumpista “Make America Great Again” com apelo à prosperidade. Discurso após discursos, os republicanos descreveram os Estados Unidos como um país em crise, traçando comparações entre os governos Donald Trump e Joe Biden.

No meio da noite, Trump chegou à Convenção com um curativo na orelha atingida de raspão no atentado ao seu comício. Parecendo emocionado, ele entrou ao som de “God Bless the USA” e sentou-se ao lado J.D. Vance, senador por Ohio anunciado mais cedo como candidato a vice-presidente.

Em mensagem gravada exibida antes da sua entrada, Trump repetiu as alegações sem provas de fraude nas eleições. “Fiquem atentos porque essas pessoas querem trapacear e trapaceiam porque, francamente, é a única coisa que fazem bem”, disse. Foi a primeira e uma das raras menções ao sistema eleitoral na noite dedicada à economia.

Mesmo sem Donald Trump discursar, a abertura da Convenção reforçou o seu domínio sobre o Partido Republicano com falas que o exaltavam como único capaz de restaurar o “sonho americano”.

Donald Trump e seu candidato a vice-presidente J.D. Vance na Convenção Republicana. Foto: Evan Vucci/AP

“Podemos consertar o desastre democrata quando reelegermos Donald Trump como presidente”, disse o deputado John James, do Michigan, Estado decisivo nas eleições. “Com Trump, as famílias americanas tinham mais dinheiro no bolso, podiam investir, comprar uma casa. Com Joe Biden, tudo mudou.’

Apesar dos dados positivos na economia americana, os republicanos reunidos em Wisconsin, outro Estado decisivo, insistiram que a vida dos americanos era melhor sob Donald Trump. Eles compararam preços, sobretudo dos combustíveis, e culparam Joe Biden pela inflação.

Um comercial exibido no intervalo reforçava a tônica do primeiro dia de Convenção ao mostrar americanos comuns insatisfeitos com o custo de vida e o preço da gasolina.

“Sei que os americanos podem se identificar quando digo que toda vez que encho meu tanque de gasolina, vou ao supermercado e tento pagar as contas, penso: quem não sente falta dos dias de Trump?”, dizia Sarah Workman, uma mãe solteira do Arizona que trabalha em dois empregos.

De fato, a gasolina era mais barata durante o governo Trump, quando o galão chegou a custar menos de US$ 2, mas por causa da pandemia. Com a imposição de lockdowns contra a covid, a demanda global por petróleo despencou, assim como os preços.

Já no governo Biden, os combustíveis dispararam como efeito da guerra na Ucrânia e da imposição de sanções contra Rússia. Em 2022, o galão de gasolina nos Estados Unidos chegou a custar US$ 5. Desde agosto passado tem se mantido abaixo de US$ 4, com preço médio de US$ 3,50.

Cartaz de "Faça a América Grande de Novo" na Convenção Republicana. Foto: Nam Y. Huh/AP

“Sob Donald Trump, o sonho americano estava vivo e bem, disse Mark Robinson, o vice-governador da Carolina do Norte, mais um Estado que tende a ser decisivo. “Com Biden, os preços no supermercado dispararam e e gasolina quase dobrou”, comparou.

Robinson é conhecido pela sua retórica agressiva — ele disse que “algumas pessoas precisam ser mortas” ao discursar numa igreja há cerca de duas semanas —, mas preferiu focar em questões econômicas durante a Convenção Republicana. Lembrou da infância pobre e da origem trabalhadora ao dizer que não veio da “elite”.

Robinson, primeiro vice-governador negro do seu Estado, foi escalado para discursar, assim como quase todos os parlamentares republicanos negros no momento em que o partido tenta avançar sobre o eleitorado que ajudou a eleger Joe Biden na última eleição.

Ao mesmo tempo, os republicanos apostam no candidato a vice-presidente J.D. Vance, antigo crítico convertido ao trumpismo, para reforçar a base na classe trabalhadora branca.

Assim como a economia, a imigração esteve presente nos discursos da primeira noite de Convenção. “A imigração ilegal está esmagando os trabalhadores americanos”, declarou o senador Tim Scott, ecoando a posição de Trump, que tenta vincular o fluxo na fronteira à economia.

O discurso de Tim Scott exemplifica também como a linguagem religiosa permeou as falas na Convenção Republicana. Ele descreveu o atentado contra Donald Trump em termos bíblicos e disse que “o diabo chegou à Pensilvânia segurando um rifle”.

O primeiro dia foi encerrado com uma benção do reverendo James Roemke. Antes disso, ele imitou a voz de Donald Trump ao dizer “vocês serão abençoados. Vocês ficarão tão cansados de serem abençoados, eu garanto” e reproduzir a dancinha que o líder republicano costuma fazer em seus eventos de campanha.

A Convenção Republicana segue até a quinta-feira e a expectativa é que Donald Trump fale no último dia. Será o primeiro discurso após o ataque a tiros que interrompeu o seu comício na Pensilvânia no sábado.

Mais cedo, os republicanos fizeram um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do atentado. Um apoiador de Trump que participava do evento de campanha morreu e outros dois ficaram feridos.

A economia e pautou o primeiro dia de Convenção Nacional Republicana sob o lema “Faça América Rica de Novo”, uma adaptação do slogan trumpista “Make America Great Again” com apelo à prosperidade. Discurso após discursos, os republicanos descreveram os Estados Unidos como um país em crise, traçando comparações entre os governos Donald Trump e Joe Biden.

No meio da noite, Trump chegou à Convenção com um curativo na orelha atingida de raspão no atentado ao seu comício. Parecendo emocionado, ele entrou ao som de “God Bless the USA” e sentou-se ao lado J.D. Vance, senador por Ohio anunciado mais cedo como candidato a vice-presidente.

Em mensagem gravada exibida antes da sua entrada, Trump repetiu as alegações sem provas de fraude nas eleições. “Fiquem atentos porque essas pessoas querem trapacear e trapaceiam porque, francamente, é a única coisa que fazem bem”, disse. Foi a primeira e uma das raras menções ao sistema eleitoral na noite dedicada à economia.

Mesmo sem Donald Trump discursar, a abertura da Convenção reforçou o seu domínio sobre o Partido Republicano com falas que o exaltavam como único capaz de restaurar o “sonho americano”.

Donald Trump e seu candidato a vice-presidente J.D. Vance na Convenção Republicana. Foto: Evan Vucci/AP

“Podemos consertar o desastre democrata quando reelegermos Donald Trump como presidente”, disse o deputado John James, do Michigan, Estado decisivo nas eleições. “Com Trump, as famílias americanas tinham mais dinheiro no bolso, podiam investir, comprar uma casa. Com Joe Biden, tudo mudou.’

Apesar dos dados positivos na economia americana, os republicanos reunidos em Wisconsin, outro Estado decisivo, insistiram que a vida dos americanos era melhor sob Donald Trump. Eles compararam preços, sobretudo dos combustíveis, e culparam Joe Biden pela inflação.

Um comercial exibido no intervalo reforçava a tônica do primeiro dia de Convenção ao mostrar americanos comuns insatisfeitos com o custo de vida e o preço da gasolina.

“Sei que os americanos podem se identificar quando digo que toda vez que encho meu tanque de gasolina, vou ao supermercado e tento pagar as contas, penso: quem não sente falta dos dias de Trump?”, dizia Sarah Workman, uma mãe solteira do Arizona que trabalha em dois empregos.

De fato, a gasolina era mais barata durante o governo Trump, quando o galão chegou a custar menos de US$ 2, mas por causa da pandemia. Com a imposição de lockdowns contra a covid, a demanda global por petróleo despencou, assim como os preços.

Já no governo Biden, os combustíveis dispararam como efeito da guerra na Ucrânia e da imposição de sanções contra Rússia. Em 2022, o galão de gasolina nos Estados Unidos chegou a custar US$ 5. Desde agosto passado tem se mantido abaixo de US$ 4, com preço médio de US$ 3,50.

Cartaz de "Faça a América Grande de Novo" na Convenção Republicana. Foto: Nam Y. Huh/AP

“Sob Donald Trump, o sonho americano estava vivo e bem, disse Mark Robinson, o vice-governador da Carolina do Norte, mais um Estado que tende a ser decisivo. “Com Biden, os preços no supermercado dispararam e e gasolina quase dobrou”, comparou.

Robinson é conhecido pela sua retórica agressiva — ele disse que “algumas pessoas precisam ser mortas” ao discursar numa igreja há cerca de duas semanas —, mas preferiu focar em questões econômicas durante a Convenção Republicana. Lembrou da infância pobre e da origem trabalhadora ao dizer que não veio da “elite”.

Robinson, primeiro vice-governador negro do seu Estado, foi escalado para discursar, assim como quase todos os parlamentares republicanos negros no momento em que o partido tenta avançar sobre o eleitorado que ajudou a eleger Joe Biden na última eleição.

Ao mesmo tempo, os republicanos apostam no candidato a vice-presidente J.D. Vance, antigo crítico convertido ao trumpismo, para reforçar a base na classe trabalhadora branca.

Assim como a economia, a imigração esteve presente nos discursos da primeira noite de Convenção. “A imigração ilegal está esmagando os trabalhadores americanos”, declarou o senador Tim Scott, ecoando a posição de Trump, que tenta vincular o fluxo na fronteira à economia.

O discurso de Tim Scott exemplifica também como a linguagem religiosa permeou as falas na Convenção Republicana. Ele descreveu o atentado contra Donald Trump em termos bíblicos e disse que “o diabo chegou à Pensilvânia segurando um rifle”.

O primeiro dia foi encerrado com uma benção do reverendo James Roemke. Antes disso, ele imitou a voz de Donald Trump ao dizer “vocês serão abençoados. Vocês ficarão tão cansados de serem abençoados, eu garanto” e reproduzir a dancinha que o líder republicano costuma fazer em seus eventos de campanha.

A Convenção Republicana segue até a quinta-feira e a expectativa é que Donald Trump fale no último dia. Será o primeiro discurso após o ataque a tiros que interrompeu o seu comício na Pensilvânia no sábado.

Mais cedo, os republicanos fizeram um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do atentado. Um apoiador de Trump que participava do evento de campanha morreu e outros dois ficaram feridos.

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