Egípcios voltam às ruas e exigem governo civil


Seis meses após a queda de Mubarak, mais de 230 pessoas ficam feridas em violentos choques contra forças da junta militar que governa o país

CAIROSeis meses depois do início da revolução que derrubou o ditador Hosni Mubarak, os egípcios voltaram às ruas no fim de semana, dessa vez contra a junta militar que governa o país. Cerca de 230 pessoas ficaram feridas em confrontos com o Exército. A Praça Tahrir, no Cairo, palco dos protestos pró-democracia, voltou a ficar ocupada por manifestantes que exigem que o poder seja entregue a um governo civil. Depois de duas semanas acampados na praça, os manifestantes iniciaram, no sábado, uma marcha em direção à sede da junta militar, mas foram impedidos de chegar por barricadas do Exército. Eles foram agredidos por homens armados com facas e pedaços de pau. Ontem, ao menos 35 dos mais de 230 feridos permaneciam hospitalizados. A junta militar acusou os manifestantes de traição e pediu que os egípcios "honrosos" enfrentem as ações que impedem o retorno da vida normal no país. Em janeiro, Mubarak também usou homens armados para agredir os manifestantes. Nos protestos do fim de semana, no entanto, não se sabe se os agressores são apoiados por simpatizantes do regime anterior ou pela própria junta militar. Fontes afirmam que, pressionado, o Exército está em alerta. Ontem, uma coalizão de 28 partidos políticos rejeitou a proposta da nova lei eleitoral apresentada pelos militares. As legendas afirmam que a lei permite o retorno de membros do regime de Mubarak ao Parlamento por meio de suborno e de ameaças para conseguir cadeiras nas listas abertas de candidaturas.Balanço. A Irmandade Muçulmana, grupo islâmico de oposição, foi quem mais se beneficiou dos protestos. Antes considerado ilegal, o grupo criou o Partido Liberdade e Justiça e é um dos favoritos nas próximas eleições legislativas. O vice-presidente do partido, Esam El-Erian, ressaltou que agora é o momento de os egípcios recuperarem a confiança e perderem o medo da polícia. Perseguida durante o regime de Mubarak, a Irmandade Muçulmana apoia os esforços para que o ex-ditador seja julgado por abuso de poder e enriquecimento ilícito. / EFE

CAIROSeis meses depois do início da revolução que derrubou o ditador Hosni Mubarak, os egípcios voltaram às ruas no fim de semana, dessa vez contra a junta militar que governa o país. Cerca de 230 pessoas ficaram feridas em confrontos com o Exército. A Praça Tahrir, no Cairo, palco dos protestos pró-democracia, voltou a ficar ocupada por manifestantes que exigem que o poder seja entregue a um governo civil. Depois de duas semanas acampados na praça, os manifestantes iniciaram, no sábado, uma marcha em direção à sede da junta militar, mas foram impedidos de chegar por barricadas do Exército. Eles foram agredidos por homens armados com facas e pedaços de pau. Ontem, ao menos 35 dos mais de 230 feridos permaneciam hospitalizados. A junta militar acusou os manifestantes de traição e pediu que os egípcios "honrosos" enfrentem as ações que impedem o retorno da vida normal no país. Em janeiro, Mubarak também usou homens armados para agredir os manifestantes. Nos protestos do fim de semana, no entanto, não se sabe se os agressores são apoiados por simpatizantes do regime anterior ou pela própria junta militar. Fontes afirmam que, pressionado, o Exército está em alerta. Ontem, uma coalizão de 28 partidos políticos rejeitou a proposta da nova lei eleitoral apresentada pelos militares. As legendas afirmam que a lei permite o retorno de membros do regime de Mubarak ao Parlamento por meio de suborno e de ameaças para conseguir cadeiras nas listas abertas de candidaturas.Balanço. A Irmandade Muçulmana, grupo islâmico de oposição, foi quem mais se beneficiou dos protestos. Antes considerado ilegal, o grupo criou o Partido Liberdade e Justiça e é um dos favoritos nas próximas eleições legislativas. O vice-presidente do partido, Esam El-Erian, ressaltou que agora é o momento de os egípcios recuperarem a confiança e perderem o medo da polícia. Perseguida durante o regime de Mubarak, a Irmandade Muçulmana apoia os esforços para que o ex-ditador seja julgado por abuso de poder e enriquecimento ilícito. / EFE

CAIROSeis meses depois do início da revolução que derrubou o ditador Hosni Mubarak, os egípcios voltaram às ruas no fim de semana, dessa vez contra a junta militar que governa o país. Cerca de 230 pessoas ficaram feridas em confrontos com o Exército. A Praça Tahrir, no Cairo, palco dos protestos pró-democracia, voltou a ficar ocupada por manifestantes que exigem que o poder seja entregue a um governo civil. Depois de duas semanas acampados na praça, os manifestantes iniciaram, no sábado, uma marcha em direção à sede da junta militar, mas foram impedidos de chegar por barricadas do Exército. Eles foram agredidos por homens armados com facas e pedaços de pau. Ontem, ao menos 35 dos mais de 230 feridos permaneciam hospitalizados. A junta militar acusou os manifestantes de traição e pediu que os egípcios "honrosos" enfrentem as ações que impedem o retorno da vida normal no país. Em janeiro, Mubarak também usou homens armados para agredir os manifestantes. Nos protestos do fim de semana, no entanto, não se sabe se os agressores são apoiados por simpatizantes do regime anterior ou pela própria junta militar. Fontes afirmam que, pressionado, o Exército está em alerta. Ontem, uma coalizão de 28 partidos políticos rejeitou a proposta da nova lei eleitoral apresentada pelos militares. As legendas afirmam que a lei permite o retorno de membros do regime de Mubarak ao Parlamento por meio de suborno e de ameaças para conseguir cadeiras nas listas abertas de candidaturas.Balanço. A Irmandade Muçulmana, grupo islâmico de oposição, foi quem mais se beneficiou dos protestos. Antes considerado ilegal, o grupo criou o Partido Liberdade e Justiça e é um dos favoritos nas próximas eleições legislativas. O vice-presidente do partido, Esam El-Erian, ressaltou que agora é o momento de os egípcios recuperarem a confiança e perderem o medo da polícia. Perseguida durante o regime de Mubarak, a Irmandade Muçulmana apoia os esforços para que o ex-ditador seja julgado por abuso de poder e enriquecimento ilícito. / EFE

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