Egito recebe nova rodada de negociações por cessar-fogo em Gaza


EUA afirmam que Israel concordou ‘mais ou menos’ com termos do acordo e que responsabilidade recai sobre o Hamas; governo israelense, porém, diz não enviar delegação enquanto não tiver lista de reféns ainda vivos

Por Redação
Atualização:

Negociadores do grupo terrorista Hamas, de Catar e dos Estados Unidos chegaram neste domingo, 3, ao Egito para uma nova rodada de negociações no momento em que cresce a esperança por um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Israel não enviou uma delegação e diz esperar uma lista dos reféns ainda vivos sob o poder do Hamas.

Cairo, Doha e Washington, que têm atuado como mediadores, tentam costurar há semanas uma nova trégua na guerra. Ontem, uma autoridade americana disse que Israel concordou “mais ou menos” com os termos do acordo - que prevê uma pausa nos combates de seis semanas para liberação de reféns e aumento do ajuda humanitária em Gaza - e disse que agora a responsabilidade recai sobre o Hamas.

Israel afirmou que não vai enviar uma delegação neste domingo ao Cairo devido à recusa do grupo islâmico Hamas em compartilhar sua lista de reféns vivos, segundo informaram fontes oficiais citadas pelos meios de comunicação israelenses. O governo israelense já tinha avisado que, se não recebesse mais informações sobre o estado de saúde das pessoas em cativeiro, não continuaria a negociar com a organização islâmica.

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A pressão por cessar-fogo aumentou com a morte de dezenas de palestinos desesperados atrás de um comboio com ajuda humanitária. O Hamas acusou Israel de abrir fogo contra civis que esperam por comida. Tel-Aviv, por outro lado, admite disparos, mas atribui o alto número de mortes a uma confusão.

Palestinos buscam por desaparecidos sobs os escombros após ataque em Rafah, 3 de março de 2024  Foto: EFE/EPA/HAITHAM IMAD

A primeira e única pausa nos combates aconteceu no fim de novembro, quando cerca de 100 reféns israelenses foram liberados em troca de prisioneiros palestinos.

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A guerra foi desencadeada pelo ataque terrorista do Hamas, que matou 1,2 mil pessoas em Israel e levou mais 240 como reféns. Do lado palestino, o número de mortos passa de 30 mil, segundo o ministério da Saúde local. Estimativas americanas apontam que mais de 25 mil mulheres e crianças estão entre as vítimas.

Os responsáveis do Hamas têm se mostrado mais otimistas quanto à possibilidade de uma trégua, mas exigem a entrada de mais ajuda humanitária em Gaza. Por sua vez, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou na quinta-feira passada que só enviaria uma delegação para negociar no Cairo se o Hamas divulgasse a lista de reféns ainda vivos desde o seu sequestro no último dia 7 de outubro, quando mais de 250 pessoas foram levadas para Gaza.

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O grupo islâmico anunciou recentemente a morte de sete pessoas que estavam em cativeiro nas últimas semanas, e divulgou a identidade de apenas três deles. O Hamas aumentou assim para 70 o número de reféns mortos “pelos bombardeios israelenses”, embora Israel só tenha confirmado a morte de 30, do total de 130 que ainda estão no interior do enclave palestino.

Protestos contra guerra

No sábado, cerca de 15 mil israelenses se somaram à marcha que chegou a Jerusalém para exigir um acordo que permita a liberação dos reféns. Os familiares dos reféns têm pressionado Netanyahu há meses para chegar a um acordo com o Hamas que permita a libertação dos seus entes queridos através de protestos e marchas.

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A marcha começou na quarta-feira passada em Reim, sede do festival de música onde o Hamas matou cerca de 360 pessoas no dia 7 de outubro, e chegou a Jerusalém, onde os protestos devem continuar na Praça Paris, em frente à casa do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu.

Após quatro dias de caminhada, na entrada de Jerusalém, os manifestantes leram os nomes dos 130 reféns que ainda estão no enclave palestino. Cerca de 30 deles já estariam mortos.

Israelenses protestam pela liberação de reféns, Jerusalém, 2 de março de 2024. Foto: REUTERS/Ronen Zvulun
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Os reféns já libertados Luis Har, Fernando Merman, Clara Merman e Gabriela Leimberg - todos da mesma família, sequestrados no kibutz Nir Yitzhak - lideraram a reta final da marcha.

Luis Har e Fernando Merman são os cidadãos israelense-argentinos que Israel resgatou no começo do ano em operação em Rafah, sul de Gaza. Clara e Gabriela foram libertadas durante o cessar-fogo de novembro./AFP e EFE

Negociadores do grupo terrorista Hamas, de Catar e dos Estados Unidos chegaram neste domingo, 3, ao Egito para uma nova rodada de negociações no momento em que cresce a esperança por um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Israel não enviou uma delegação e diz esperar uma lista dos reféns ainda vivos sob o poder do Hamas.

Cairo, Doha e Washington, que têm atuado como mediadores, tentam costurar há semanas uma nova trégua na guerra. Ontem, uma autoridade americana disse que Israel concordou “mais ou menos” com os termos do acordo - que prevê uma pausa nos combates de seis semanas para liberação de reféns e aumento do ajuda humanitária em Gaza - e disse que agora a responsabilidade recai sobre o Hamas.

Israel afirmou que não vai enviar uma delegação neste domingo ao Cairo devido à recusa do grupo islâmico Hamas em compartilhar sua lista de reféns vivos, segundo informaram fontes oficiais citadas pelos meios de comunicação israelenses. O governo israelense já tinha avisado que, se não recebesse mais informações sobre o estado de saúde das pessoas em cativeiro, não continuaria a negociar com a organização islâmica.

A pressão por cessar-fogo aumentou com a morte de dezenas de palestinos desesperados atrás de um comboio com ajuda humanitária. O Hamas acusou Israel de abrir fogo contra civis que esperam por comida. Tel-Aviv, por outro lado, admite disparos, mas atribui o alto número de mortes a uma confusão.

Palestinos buscam por desaparecidos sobs os escombros após ataque em Rafah, 3 de março de 2024  Foto: EFE/EPA/HAITHAM IMAD

A primeira e única pausa nos combates aconteceu no fim de novembro, quando cerca de 100 reféns israelenses foram liberados em troca de prisioneiros palestinos.

A guerra foi desencadeada pelo ataque terrorista do Hamas, que matou 1,2 mil pessoas em Israel e levou mais 240 como reféns. Do lado palestino, o número de mortos passa de 30 mil, segundo o ministério da Saúde local. Estimativas americanas apontam que mais de 25 mil mulheres e crianças estão entre as vítimas.

Os responsáveis do Hamas têm se mostrado mais otimistas quanto à possibilidade de uma trégua, mas exigem a entrada de mais ajuda humanitária em Gaza. Por sua vez, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou na quinta-feira passada que só enviaria uma delegação para negociar no Cairo se o Hamas divulgasse a lista de reféns ainda vivos desde o seu sequestro no último dia 7 de outubro, quando mais de 250 pessoas foram levadas para Gaza.

O grupo islâmico anunciou recentemente a morte de sete pessoas que estavam em cativeiro nas últimas semanas, e divulgou a identidade de apenas três deles. O Hamas aumentou assim para 70 o número de reféns mortos “pelos bombardeios israelenses”, embora Israel só tenha confirmado a morte de 30, do total de 130 que ainda estão no interior do enclave palestino.

Protestos contra guerra

No sábado, cerca de 15 mil israelenses se somaram à marcha que chegou a Jerusalém para exigir um acordo que permita a liberação dos reféns. Os familiares dos reféns têm pressionado Netanyahu há meses para chegar a um acordo com o Hamas que permita a libertação dos seus entes queridos através de protestos e marchas.

A marcha começou na quarta-feira passada em Reim, sede do festival de música onde o Hamas matou cerca de 360 pessoas no dia 7 de outubro, e chegou a Jerusalém, onde os protestos devem continuar na Praça Paris, em frente à casa do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu.

Após quatro dias de caminhada, na entrada de Jerusalém, os manifestantes leram os nomes dos 130 reféns que ainda estão no enclave palestino. Cerca de 30 deles já estariam mortos.

Israelenses protestam pela liberação de reféns, Jerusalém, 2 de março de 2024. Foto: REUTERS/Ronen Zvulun

Os reféns já libertados Luis Har, Fernando Merman, Clara Merman e Gabriela Leimberg - todos da mesma família, sequestrados no kibutz Nir Yitzhak - lideraram a reta final da marcha.

Luis Har e Fernando Merman são os cidadãos israelense-argentinos que Israel resgatou no começo do ano em operação em Rafah, sul de Gaza. Clara e Gabriela foram libertadas durante o cessar-fogo de novembro./AFP e EFE

Negociadores do grupo terrorista Hamas, de Catar e dos Estados Unidos chegaram neste domingo, 3, ao Egito para uma nova rodada de negociações no momento em que cresce a esperança por um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Israel não enviou uma delegação e diz esperar uma lista dos reféns ainda vivos sob o poder do Hamas.

Cairo, Doha e Washington, que têm atuado como mediadores, tentam costurar há semanas uma nova trégua na guerra. Ontem, uma autoridade americana disse que Israel concordou “mais ou menos” com os termos do acordo - que prevê uma pausa nos combates de seis semanas para liberação de reféns e aumento do ajuda humanitária em Gaza - e disse que agora a responsabilidade recai sobre o Hamas.

Israel afirmou que não vai enviar uma delegação neste domingo ao Cairo devido à recusa do grupo islâmico Hamas em compartilhar sua lista de reféns vivos, segundo informaram fontes oficiais citadas pelos meios de comunicação israelenses. O governo israelense já tinha avisado que, se não recebesse mais informações sobre o estado de saúde das pessoas em cativeiro, não continuaria a negociar com a organização islâmica.

A pressão por cessar-fogo aumentou com a morte de dezenas de palestinos desesperados atrás de um comboio com ajuda humanitária. O Hamas acusou Israel de abrir fogo contra civis que esperam por comida. Tel-Aviv, por outro lado, admite disparos, mas atribui o alto número de mortes a uma confusão.

Palestinos buscam por desaparecidos sobs os escombros após ataque em Rafah, 3 de março de 2024  Foto: EFE/EPA/HAITHAM IMAD

A primeira e única pausa nos combates aconteceu no fim de novembro, quando cerca de 100 reféns israelenses foram liberados em troca de prisioneiros palestinos.

A guerra foi desencadeada pelo ataque terrorista do Hamas, que matou 1,2 mil pessoas em Israel e levou mais 240 como reféns. Do lado palestino, o número de mortos passa de 30 mil, segundo o ministério da Saúde local. Estimativas americanas apontam que mais de 25 mil mulheres e crianças estão entre as vítimas.

Os responsáveis do Hamas têm se mostrado mais otimistas quanto à possibilidade de uma trégua, mas exigem a entrada de mais ajuda humanitária em Gaza. Por sua vez, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou na quinta-feira passada que só enviaria uma delegação para negociar no Cairo se o Hamas divulgasse a lista de reféns ainda vivos desde o seu sequestro no último dia 7 de outubro, quando mais de 250 pessoas foram levadas para Gaza.

O grupo islâmico anunciou recentemente a morte de sete pessoas que estavam em cativeiro nas últimas semanas, e divulgou a identidade de apenas três deles. O Hamas aumentou assim para 70 o número de reféns mortos “pelos bombardeios israelenses”, embora Israel só tenha confirmado a morte de 30, do total de 130 que ainda estão no interior do enclave palestino.

Protestos contra guerra

No sábado, cerca de 15 mil israelenses se somaram à marcha que chegou a Jerusalém para exigir um acordo que permita a liberação dos reféns. Os familiares dos reféns têm pressionado Netanyahu há meses para chegar a um acordo com o Hamas que permita a libertação dos seus entes queridos através de protestos e marchas.

A marcha começou na quarta-feira passada em Reim, sede do festival de música onde o Hamas matou cerca de 360 pessoas no dia 7 de outubro, e chegou a Jerusalém, onde os protestos devem continuar na Praça Paris, em frente à casa do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu.

Após quatro dias de caminhada, na entrada de Jerusalém, os manifestantes leram os nomes dos 130 reféns que ainda estão no enclave palestino. Cerca de 30 deles já estariam mortos.

Israelenses protestam pela liberação de reféns, Jerusalém, 2 de março de 2024. Foto: REUTERS/Ronen Zvulun

Os reféns já libertados Luis Har, Fernando Merman, Clara Merman e Gabriela Leimberg - todos da mesma família, sequestrados no kibutz Nir Yitzhak - lideraram a reta final da marcha.

Luis Har e Fernando Merman são os cidadãos israelense-argentinos que Israel resgatou no começo do ano em operação em Rafah, sul de Gaza. Clara e Gabriela foram libertadas durante o cessar-fogo de novembro./AFP e EFE

Negociadores do grupo terrorista Hamas, de Catar e dos Estados Unidos chegaram neste domingo, 3, ao Egito para uma nova rodada de negociações no momento em que cresce a esperança por um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Israel não enviou uma delegação e diz esperar uma lista dos reféns ainda vivos sob o poder do Hamas.

Cairo, Doha e Washington, que têm atuado como mediadores, tentam costurar há semanas uma nova trégua na guerra. Ontem, uma autoridade americana disse que Israel concordou “mais ou menos” com os termos do acordo - que prevê uma pausa nos combates de seis semanas para liberação de reféns e aumento do ajuda humanitária em Gaza - e disse que agora a responsabilidade recai sobre o Hamas.

Israel afirmou que não vai enviar uma delegação neste domingo ao Cairo devido à recusa do grupo islâmico Hamas em compartilhar sua lista de reféns vivos, segundo informaram fontes oficiais citadas pelos meios de comunicação israelenses. O governo israelense já tinha avisado que, se não recebesse mais informações sobre o estado de saúde das pessoas em cativeiro, não continuaria a negociar com a organização islâmica.

A pressão por cessar-fogo aumentou com a morte de dezenas de palestinos desesperados atrás de um comboio com ajuda humanitária. O Hamas acusou Israel de abrir fogo contra civis que esperam por comida. Tel-Aviv, por outro lado, admite disparos, mas atribui o alto número de mortes a uma confusão.

Palestinos buscam por desaparecidos sobs os escombros após ataque em Rafah, 3 de março de 2024  Foto: EFE/EPA/HAITHAM IMAD

A primeira e única pausa nos combates aconteceu no fim de novembro, quando cerca de 100 reféns israelenses foram liberados em troca de prisioneiros palestinos.

A guerra foi desencadeada pelo ataque terrorista do Hamas, que matou 1,2 mil pessoas em Israel e levou mais 240 como reféns. Do lado palestino, o número de mortos passa de 30 mil, segundo o ministério da Saúde local. Estimativas americanas apontam que mais de 25 mil mulheres e crianças estão entre as vítimas.

Os responsáveis do Hamas têm se mostrado mais otimistas quanto à possibilidade de uma trégua, mas exigem a entrada de mais ajuda humanitária em Gaza. Por sua vez, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou na quinta-feira passada que só enviaria uma delegação para negociar no Cairo se o Hamas divulgasse a lista de reféns ainda vivos desde o seu sequestro no último dia 7 de outubro, quando mais de 250 pessoas foram levadas para Gaza.

O grupo islâmico anunciou recentemente a morte de sete pessoas que estavam em cativeiro nas últimas semanas, e divulgou a identidade de apenas três deles. O Hamas aumentou assim para 70 o número de reféns mortos “pelos bombardeios israelenses”, embora Israel só tenha confirmado a morte de 30, do total de 130 que ainda estão no interior do enclave palestino.

Protestos contra guerra

No sábado, cerca de 15 mil israelenses se somaram à marcha que chegou a Jerusalém para exigir um acordo que permita a liberação dos reféns. Os familiares dos reféns têm pressionado Netanyahu há meses para chegar a um acordo com o Hamas que permita a libertação dos seus entes queridos através de protestos e marchas.

A marcha começou na quarta-feira passada em Reim, sede do festival de música onde o Hamas matou cerca de 360 pessoas no dia 7 de outubro, e chegou a Jerusalém, onde os protestos devem continuar na Praça Paris, em frente à casa do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu.

Após quatro dias de caminhada, na entrada de Jerusalém, os manifestantes leram os nomes dos 130 reféns que ainda estão no enclave palestino. Cerca de 30 deles já estariam mortos.

Israelenses protestam pela liberação de reféns, Jerusalém, 2 de março de 2024. Foto: REUTERS/Ronen Zvulun

Os reféns já libertados Luis Har, Fernando Merman, Clara Merman e Gabriela Leimberg - todos da mesma família, sequestrados no kibutz Nir Yitzhak - lideraram a reta final da marcha.

Luis Har e Fernando Merman são os cidadãos israelense-argentinos que Israel resgatou no começo do ano em operação em Rafah, sul de Gaza. Clara e Gabriela foram libertadas durante o cessar-fogo de novembro./AFP e EFE

Negociadores do grupo terrorista Hamas, de Catar e dos Estados Unidos chegaram neste domingo, 3, ao Egito para uma nova rodada de negociações no momento em que cresce a esperança por um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Israel não enviou uma delegação e diz esperar uma lista dos reféns ainda vivos sob o poder do Hamas.

Cairo, Doha e Washington, que têm atuado como mediadores, tentam costurar há semanas uma nova trégua na guerra. Ontem, uma autoridade americana disse que Israel concordou “mais ou menos” com os termos do acordo - que prevê uma pausa nos combates de seis semanas para liberação de reféns e aumento do ajuda humanitária em Gaza - e disse que agora a responsabilidade recai sobre o Hamas.

Israel afirmou que não vai enviar uma delegação neste domingo ao Cairo devido à recusa do grupo islâmico Hamas em compartilhar sua lista de reféns vivos, segundo informaram fontes oficiais citadas pelos meios de comunicação israelenses. O governo israelense já tinha avisado que, se não recebesse mais informações sobre o estado de saúde das pessoas em cativeiro, não continuaria a negociar com a organização islâmica.

A pressão por cessar-fogo aumentou com a morte de dezenas de palestinos desesperados atrás de um comboio com ajuda humanitária. O Hamas acusou Israel de abrir fogo contra civis que esperam por comida. Tel-Aviv, por outro lado, admite disparos, mas atribui o alto número de mortes a uma confusão.

Palestinos buscam por desaparecidos sobs os escombros após ataque em Rafah, 3 de março de 2024  Foto: EFE/EPA/HAITHAM IMAD

A primeira e única pausa nos combates aconteceu no fim de novembro, quando cerca de 100 reféns israelenses foram liberados em troca de prisioneiros palestinos.

A guerra foi desencadeada pelo ataque terrorista do Hamas, que matou 1,2 mil pessoas em Israel e levou mais 240 como reféns. Do lado palestino, o número de mortos passa de 30 mil, segundo o ministério da Saúde local. Estimativas americanas apontam que mais de 25 mil mulheres e crianças estão entre as vítimas.

Os responsáveis do Hamas têm se mostrado mais otimistas quanto à possibilidade de uma trégua, mas exigem a entrada de mais ajuda humanitária em Gaza. Por sua vez, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou na quinta-feira passada que só enviaria uma delegação para negociar no Cairo se o Hamas divulgasse a lista de reféns ainda vivos desde o seu sequestro no último dia 7 de outubro, quando mais de 250 pessoas foram levadas para Gaza.

O grupo islâmico anunciou recentemente a morte de sete pessoas que estavam em cativeiro nas últimas semanas, e divulgou a identidade de apenas três deles. O Hamas aumentou assim para 70 o número de reféns mortos “pelos bombardeios israelenses”, embora Israel só tenha confirmado a morte de 30, do total de 130 que ainda estão no interior do enclave palestino.

Protestos contra guerra

No sábado, cerca de 15 mil israelenses se somaram à marcha que chegou a Jerusalém para exigir um acordo que permita a liberação dos reféns. Os familiares dos reféns têm pressionado Netanyahu há meses para chegar a um acordo com o Hamas que permita a libertação dos seus entes queridos através de protestos e marchas.

A marcha começou na quarta-feira passada em Reim, sede do festival de música onde o Hamas matou cerca de 360 pessoas no dia 7 de outubro, e chegou a Jerusalém, onde os protestos devem continuar na Praça Paris, em frente à casa do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu.

Após quatro dias de caminhada, na entrada de Jerusalém, os manifestantes leram os nomes dos 130 reféns que ainda estão no enclave palestino. Cerca de 30 deles já estariam mortos.

Israelenses protestam pela liberação de reféns, Jerusalém, 2 de março de 2024. Foto: REUTERS/Ronen Zvulun

Os reféns já libertados Luis Har, Fernando Merman, Clara Merman e Gabriela Leimberg - todos da mesma família, sequestrados no kibutz Nir Yitzhak - lideraram a reta final da marcha.

Luis Har e Fernando Merman são os cidadãos israelense-argentinos que Israel resgatou no começo do ano em operação em Rafah, sul de Gaza. Clara e Gabriela foram libertadas durante o cessar-fogo de novembro./AFP e EFE

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