Eleição na Venezuela: quais apurações mostram derrota de Maduro e vitória da oposição?


Feitas com base em atas eleitorais disponíveis e em posse da oposição, apurações identificaram que o opositor recebeu pelo menos meio milhão de votos a mais que o divulgado pelo órgão eleitoral do país

Por Redação
Atualização:

Ao menos três apurações independentes indicam que o opositor venezuelano Edmundo González Urrutia venceu as eleições contra o ditador Nicolás Maduro nas eleições da Venezuela, diferentemente do que afirma o resultado oficial do Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Feitas com base em atas eleitorais disponíveis, as apurações identificaram que o opositor recebeu pelo menos meio milhão de votos a mais que o divulgado pelo órgão eleitoral do país, dominado pelo chavismo.

Em meio a demora do CNE em publicar as atas eleitorais, exigidas pela comunidade internacional, incluindo o Brasil, as verificações oferecem outros dados sobre a votação venezuelana. Observadores independentes, como a organização americana Carter Center, afirmam que sem as atas, que indicam os resultados desagregados por mesa de votação, não é possível atestar a veracidade das eleições. A oposição acusa a ditadura de fraude eleitoral e autoproclamou González como presidente eleito.

Países como os Estados Unidos, a Argentina, o Uruguai e o Equador reconheceram Edmundo González Urrutia como o verdadeiro vencedor das eleições venezuelanas. Nações governadas pela esquerda, como o Brasil, a Colômbia e o México, cobram as publicações das atas para reconhecer os resultados.

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Imagem do dia 29 de julho mostra a líder opositora Maria Corina Machado declarando vitória a Edmundo González Urrutia, que disputou a eleição na Venezuela contra o ditador Nicolás Maduro. Opositora alega fraude e cobra publicação de atas por CNE Foto: Federico Parra/AFP

Associated Press

Uma análise das atas de contagem feita pela agência de notícias Associated Press indica uma vitória do opositor González Urrutia sobre o ditador Nicolás Maduro. Com 10,26 milhões de votos analisados, Gonzáles Urrutia obteve 6,89 milhões de votos, quase meio milhão a mais do que o alegado pelo CNE. Maduro recebeu 3,13 milhões de votos, segundo a tabulação da AP.

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A agência analisou 24 mil imagens das atas disponibilizadas pela oposição, o que corresponde a 79% das urnas eletrônicas. Segundo a agência, 4% das atas fornecidas não puderam ser verificadas por serem consideradas com qualidade ruim de imagem. Cada ata codificou a contagem de votos em códigos QR, que a AP decodificou e analisou eletronicamente.

Em comparação, os resultados atualizados do Conselho Nacional Eleitoral do governo, divulgados na sexta-feira, dizem que, com base em 96,87% das atas de contagem, Maduro teve 6,4 milhões de votos, e González, 5,3 milhões.

Leia a reportagem completa para saber mais detalhes sobre a apuração.

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Imagem do dia 29 mostra policiais e manifestantes venezuelanos em Puerto La Cruz, no estado de Anzoategui. Protestos explodiram no país após indícios de fraude nas eleições Foto: Carlos Landaeta/AFP

Washington Post

O jornal americano The Washington Post de mais de 23 mil boletins de urnas coletados pela oposição, a mesma amostra analisada pela Associated Press e que representa 79% das urnas eletrônicas da Venezuela. O Post analisou dados de 23.720 das folhas de contagem. Dessas, González obteve 67% dos votos, contra 30% de Maduro.

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A apuração do jornal acrescenta que mesmo que Maduro ganhasse todos os votos dos 21% restantes, assumindo um comparecimento semelhante, ele ainda ficaria mais de 1,5 milhão de votos atrás de González.

Para corroborar a autenticidade das folhas de apuração publicadas on-line, um repórter do The Washington Post analisou centenas de folhas de apuração físicas, armazenadas pela oposição em caixas de papelão em locais secretos em todo o país para evitar a repressão do governo.

Leia a reportagem completa para saber mais detalhes sobre a apuração.

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Imagem mostra duas pessoas segurando atas eleitorais em uma caixa de papelão, guardada em um local secreto de Caracas  Foto: The Washington Post

AltaVista

Os dados da plataforma AltaVista, desenvolvida por uma organização sem fins lucrativos da Venezuela que pediu anonimato por temor à segurança das pessoas envolvidas, indicam uma vitória do opositor González Urrutia por 66,23% dos votos contra 31,27% de Nicolás Maduro. O resultado, que mostra uma diferença de 34 pontos percentuais, é próximo ao que indicava as pesquisas pré-eleitorais e pesquisas boca de urna da consultoria de dados Edison Research, baseada nos EUA, no dia da eleição. Também corrobora com o divulgado pela líder opositora María Corina Machado, que alega ter acesso a 84% das atas eleitorais que a oposição teve acesso.

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O método da AltaVista consiste em uma amostra de 1,5 mil urnas das mais de 30 mil disponíveis nas eleições, selecionadas aleatoriamente, mas obedecendo critérios de influência eleitoral para não diminuir o risco de receber mais dados de locais predominantemente chavistas ou de oposição. Com informações de eleições anteriores, cada uma das urnas recebeu uma pontuação de 0 a 7, em que 0 eram as mais oposicionistas possíveis e 7 as mais chavistas.

Os cálculos foram desenvolvidos por especialistas da organização e validado por estatísticos e cientistas políticos brasileiros com experiência em tratamento de dados eleitorais, especialmente em contextos pouco democráticos.

Leia a reportagem completa para saber mais detalhes sobre a apuração.

Imagem mostra a líder opositora venezuelana, Maria Corina Machado (com o microfone) ao lado de Edmundo González Urrutia, candidato que afirma ter vencido Maduro nas eleições. Investigação do The Washington Post atesta vitória do opositor  Foto: Cristian Hernandez/AP

Ao menos três apurações independentes indicam que o opositor venezuelano Edmundo González Urrutia venceu as eleições contra o ditador Nicolás Maduro nas eleições da Venezuela, diferentemente do que afirma o resultado oficial do Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Feitas com base em atas eleitorais disponíveis, as apurações identificaram que o opositor recebeu pelo menos meio milhão de votos a mais que o divulgado pelo órgão eleitoral do país, dominado pelo chavismo.

Em meio a demora do CNE em publicar as atas eleitorais, exigidas pela comunidade internacional, incluindo o Brasil, as verificações oferecem outros dados sobre a votação venezuelana. Observadores independentes, como a organização americana Carter Center, afirmam que sem as atas, que indicam os resultados desagregados por mesa de votação, não é possível atestar a veracidade das eleições. A oposição acusa a ditadura de fraude eleitoral e autoproclamou González como presidente eleito.

Países como os Estados Unidos, a Argentina, o Uruguai e o Equador reconheceram Edmundo González Urrutia como o verdadeiro vencedor das eleições venezuelanas. Nações governadas pela esquerda, como o Brasil, a Colômbia e o México, cobram as publicações das atas para reconhecer os resultados.

Imagem do dia 29 de julho mostra a líder opositora Maria Corina Machado declarando vitória a Edmundo González Urrutia, que disputou a eleição na Venezuela contra o ditador Nicolás Maduro. Opositora alega fraude e cobra publicação de atas por CNE Foto: Federico Parra/AFP

Associated Press

Uma análise das atas de contagem feita pela agência de notícias Associated Press indica uma vitória do opositor González Urrutia sobre o ditador Nicolás Maduro. Com 10,26 milhões de votos analisados, Gonzáles Urrutia obteve 6,89 milhões de votos, quase meio milhão a mais do que o alegado pelo CNE. Maduro recebeu 3,13 milhões de votos, segundo a tabulação da AP.

A agência analisou 24 mil imagens das atas disponibilizadas pela oposição, o que corresponde a 79% das urnas eletrônicas. Segundo a agência, 4% das atas fornecidas não puderam ser verificadas por serem consideradas com qualidade ruim de imagem. Cada ata codificou a contagem de votos em códigos QR, que a AP decodificou e analisou eletronicamente.

Em comparação, os resultados atualizados do Conselho Nacional Eleitoral do governo, divulgados na sexta-feira, dizem que, com base em 96,87% das atas de contagem, Maduro teve 6,4 milhões de votos, e González, 5,3 milhões.

Leia a reportagem completa para saber mais detalhes sobre a apuração.

Imagem do dia 29 mostra policiais e manifestantes venezuelanos em Puerto La Cruz, no estado de Anzoategui. Protestos explodiram no país após indícios de fraude nas eleições Foto: Carlos Landaeta/AFP

Washington Post

O jornal americano The Washington Post de mais de 23 mil boletins de urnas coletados pela oposição, a mesma amostra analisada pela Associated Press e que representa 79% das urnas eletrônicas da Venezuela. O Post analisou dados de 23.720 das folhas de contagem. Dessas, González obteve 67% dos votos, contra 30% de Maduro.

A apuração do jornal acrescenta que mesmo que Maduro ganhasse todos os votos dos 21% restantes, assumindo um comparecimento semelhante, ele ainda ficaria mais de 1,5 milhão de votos atrás de González.

Para corroborar a autenticidade das folhas de apuração publicadas on-line, um repórter do The Washington Post analisou centenas de folhas de apuração físicas, armazenadas pela oposição em caixas de papelão em locais secretos em todo o país para evitar a repressão do governo.

Leia a reportagem completa para saber mais detalhes sobre a apuração.

Imagem mostra duas pessoas segurando atas eleitorais em uma caixa de papelão, guardada em um local secreto de Caracas  Foto: The Washington Post

AltaVista

Os dados da plataforma AltaVista, desenvolvida por uma organização sem fins lucrativos da Venezuela que pediu anonimato por temor à segurança das pessoas envolvidas, indicam uma vitória do opositor González Urrutia por 66,23% dos votos contra 31,27% de Nicolás Maduro. O resultado, que mostra uma diferença de 34 pontos percentuais, é próximo ao que indicava as pesquisas pré-eleitorais e pesquisas boca de urna da consultoria de dados Edison Research, baseada nos EUA, no dia da eleição. Também corrobora com o divulgado pela líder opositora María Corina Machado, que alega ter acesso a 84% das atas eleitorais que a oposição teve acesso.

O método da AltaVista consiste em uma amostra de 1,5 mil urnas das mais de 30 mil disponíveis nas eleições, selecionadas aleatoriamente, mas obedecendo critérios de influência eleitoral para não diminuir o risco de receber mais dados de locais predominantemente chavistas ou de oposição. Com informações de eleições anteriores, cada uma das urnas recebeu uma pontuação de 0 a 7, em que 0 eram as mais oposicionistas possíveis e 7 as mais chavistas.

Os cálculos foram desenvolvidos por especialistas da organização e validado por estatísticos e cientistas políticos brasileiros com experiência em tratamento de dados eleitorais, especialmente em contextos pouco democráticos.

Leia a reportagem completa para saber mais detalhes sobre a apuração.

Imagem mostra a líder opositora venezuelana, Maria Corina Machado (com o microfone) ao lado de Edmundo González Urrutia, candidato que afirma ter vencido Maduro nas eleições. Investigação do The Washington Post atesta vitória do opositor  Foto: Cristian Hernandez/AP

Ao menos três apurações independentes indicam que o opositor venezuelano Edmundo González Urrutia venceu as eleições contra o ditador Nicolás Maduro nas eleições da Venezuela, diferentemente do que afirma o resultado oficial do Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Feitas com base em atas eleitorais disponíveis, as apurações identificaram que o opositor recebeu pelo menos meio milhão de votos a mais que o divulgado pelo órgão eleitoral do país, dominado pelo chavismo.

Em meio a demora do CNE em publicar as atas eleitorais, exigidas pela comunidade internacional, incluindo o Brasil, as verificações oferecem outros dados sobre a votação venezuelana. Observadores independentes, como a organização americana Carter Center, afirmam que sem as atas, que indicam os resultados desagregados por mesa de votação, não é possível atestar a veracidade das eleições. A oposição acusa a ditadura de fraude eleitoral e autoproclamou González como presidente eleito.

Países como os Estados Unidos, a Argentina, o Uruguai e o Equador reconheceram Edmundo González Urrutia como o verdadeiro vencedor das eleições venezuelanas. Nações governadas pela esquerda, como o Brasil, a Colômbia e o México, cobram as publicações das atas para reconhecer os resultados.

Imagem do dia 29 de julho mostra a líder opositora Maria Corina Machado declarando vitória a Edmundo González Urrutia, que disputou a eleição na Venezuela contra o ditador Nicolás Maduro. Opositora alega fraude e cobra publicação de atas por CNE Foto: Federico Parra/AFP

Associated Press

Uma análise das atas de contagem feita pela agência de notícias Associated Press indica uma vitória do opositor González Urrutia sobre o ditador Nicolás Maduro. Com 10,26 milhões de votos analisados, Gonzáles Urrutia obteve 6,89 milhões de votos, quase meio milhão a mais do que o alegado pelo CNE. Maduro recebeu 3,13 milhões de votos, segundo a tabulação da AP.

A agência analisou 24 mil imagens das atas disponibilizadas pela oposição, o que corresponde a 79% das urnas eletrônicas. Segundo a agência, 4% das atas fornecidas não puderam ser verificadas por serem consideradas com qualidade ruim de imagem. Cada ata codificou a contagem de votos em códigos QR, que a AP decodificou e analisou eletronicamente.

Em comparação, os resultados atualizados do Conselho Nacional Eleitoral do governo, divulgados na sexta-feira, dizem que, com base em 96,87% das atas de contagem, Maduro teve 6,4 milhões de votos, e González, 5,3 milhões.

Leia a reportagem completa para saber mais detalhes sobre a apuração.

Imagem do dia 29 mostra policiais e manifestantes venezuelanos em Puerto La Cruz, no estado de Anzoategui. Protestos explodiram no país após indícios de fraude nas eleições Foto: Carlos Landaeta/AFP

Washington Post

O jornal americano The Washington Post de mais de 23 mil boletins de urnas coletados pela oposição, a mesma amostra analisada pela Associated Press e que representa 79% das urnas eletrônicas da Venezuela. O Post analisou dados de 23.720 das folhas de contagem. Dessas, González obteve 67% dos votos, contra 30% de Maduro.

A apuração do jornal acrescenta que mesmo que Maduro ganhasse todos os votos dos 21% restantes, assumindo um comparecimento semelhante, ele ainda ficaria mais de 1,5 milhão de votos atrás de González.

Para corroborar a autenticidade das folhas de apuração publicadas on-line, um repórter do The Washington Post analisou centenas de folhas de apuração físicas, armazenadas pela oposição em caixas de papelão em locais secretos em todo o país para evitar a repressão do governo.

Leia a reportagem completa para saber mais detalhes sobre a apuração.

Imagem mostra duas pessoas segurando atas eleitorais em uma caixa de papelão, guardada em um local secreto de Caracas  Foto: The Washington Post

AltaVista

Os dados da plataforma AltaVista, desenvolvida por uma organização sem fins lucrativos da Venezuela que pediu anonimato por temor à segurança das pessoas envolvidas, indicam uma vitória do opositor González Urrutia por 66,23% dos votos contra 31,27% de Nicolás Maduro. O resultado, que mostra uma diferença de 34 pontos percentuais, é próximo ao que indicava as pesquisas pré-eleitorais e pesquisas boca de urna da consultoria de dados Edison Research, baseada nos EUA, no dia da eleição. Também corrobora com o divulgado pela líder opositora María Corina Machado, que alega ter acesso a 84% das atas eleitorais que a oposição teve acesso.

O método da AltaVista consiste em uma amostra de 1,5 mil urnas das mais de 30 mil disponíveis nas eleições, selecionadas aleatoriamente, mas obedecendo critérios de influência eleitoral para não diminuir o risco de receber mais dados de locais predominantemente chavistas ou de oposição. Com informações de eleições anteriores, cada uma das urnas recebeu uma pontuação de 0 a 7, em que 0 eram as mais oposicionistas possíveis e 7 as mais chavistas.

Os cálculos foram desenvolvidos por especialistas da organização e validado por estatísticos e cientistas políticos brasileiros com experiência em tratamento de dados eleitorais, especialmente em contextos pouco democráticos.

Leia a reportagem completa para saber mais detalhes sobre a apuração.

Imagem mostra a líder opositora venezuelana, Maria Corina Machado (com o microfone) ao lado de Edmundo González Urrutia, candidato que afirma ter vencido Maduro nas eleições. Investigação do The Washington Post atesta vitória do opositor  Foto: Cristian Hernandez/AP

Ao menos três apurações independentes indicam que o opositor venezuelano Edmundo González Urrutia venceu as eleições contra o ditador Nicolás Maduro nas eleições da Venezuela, diferentemente do que afirma o resultado oficial do Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Feitas com base em atas eleitorais disponíveis, as apurações identificaram que o opositor recebeu pelo menos meio milhão de votos a mais que o divulgado pelo órgão eleitoral do país, dominado pelo chavismo.

Em meio a demora do CNE em publicar as atas eleitorais, exigidas pela comunidade internacional, incluindo o Brasil, as verificações oferecem outros dados sobre a votação venezuelana. Observadores independentes, como a organização americana Carter Center, afirmam que sem as atas, que indicam os resultados desagregados por mesa de votação, não é possível atestar a veracidade das eleições. A oposição acusa a ditadura de fraude eleitoral e autoproclamou González como presidente eleito.

Países como os Estados Unidos, a Argentina, o Uruguai e o Equador reconheceram Edmundo González Urrutia como o verdadeiro vencedor das eleições venezuelanas. Nações governadas pela esquerda, como o Brasil, a Colômbia e o México, cobram as publicações das atas para reconhecer os resultados.

Imagem do dia 29 de julho mostra a líder opositora Maria Corina Machado declarando vitória a Edmundo González Urrutia, que disputou a eleição na Venezuela contra o ditador Nicolás Maduro. Opositora alega fraude e cobra publicação de atas por CNE Foto: Federico Parra/AFP

Associated Press

Uma análise das atas de contagem feita pela agência de notícias Associated Press indica uma vitória do opositor González Urrutia sobre o ditador Nicolás Maduro. Com 10,26 milhões de votos analisados, Gonzáles Urrutia obteve 6,89 milhões de votos, quase meio milhão a mais do que o alegado pelo CNE. Maduro recebeu 3,13 milhões de votos, segundo a tabulação da AP.

A agência analisou 24 mil imagens das atas disponibilizadas pela oposição, o que corresponde a 79% das urnas eletrônicas. Segundo a agência, 4% das atas fornecidas não puderam ser verificadas por serem consideradas com qualidade ruim de imagem. Cada ata codificou a contagem de votos em códigos QR, que a AP decodificou e analisou eletronicamente.

Em comparação, os resultados atualizados do Conselho Nacional Eleitoral do governo, divulgados na sexta-feira, dizem que, com base em 96,87% das atas de contagem, Maduro teve 6,4 milhões de votos, e González, 5,3 milhões.

Leia a reportagem completa para saber mais detalhes sobre a apuração.

Imagem do dia 29 mostra policiais e manifestantes venezuelanos em Puerto La Cruz, no estado de Anzoategui. Protestos explodiram no país após indícios de fraude nas eleições Foto: Carlos Landaeta/AFP

Washington Post

O jornal americano The Washington Post de mais de 23 mil boletins de urnas coletados pela oposição, a mesma amostra analisada pela Associated Press e que representa 79% das urnas eletrônicas da Venezuela. O Post analisou dados de 23.720 das folhas de contagem. Dessas, González obteve 67% dos votos, contra 30% de Maduro.

A apuração do jornal acrescenta que mesmo que Maduro ganhasse todos os votos dos 21% restantes, assumindo um comparecimento semelhante, ele ainda ficaria mais de 1,5 milhão de votos atrás de González.

Para corroborar a autenticidade das folhas de apuração publicadas on-line, um repórter do The Washington Post analisou centenas de folhas de apuração físicas, armazenadas pela oposição em caixas de papelão em locais secretos em todo o país para evitar a repressão do governo.

Leia a reportagem completa para saber mais detalhes sobre a apuração.

Imagem mostra duas pessoas segurando atas eleitorais em uma caixa de papelão, guardada em um local secreto de Caracas  Foto: The Washington Post

AltaVista

Os dados da plataforma AltaVista, desenvolvida por uma organização sem fins lucrativos da Venezuela que pediu anonimato por temor à segurança das pessoas envolvidas, indicam uma vitória do opositor González Urrutia por 66,23% dos votos contra 31,27% de Nicolás Maduro. O resultado, que mostra uma diferença de 34 pontos percentuais, é próximo ao que indicava as pesquisas pré-eleitorais e pesquisas boca de urna da consultoria de dados Edison Research, baseada nos EUA, no dia da eleição. Também corrobora com o divulgado pela líder opositora María Corina Machado, que alega ter acesso a 84% das atas eleitorais que a oposição teve acesso.

O método da AltaVista consiste em uma amostra de 1,5 mil urnas das mais de 30 mil disponíveis nas eleições, selecionadas aleatoriamente, mas obedecendo critérios de influência eleitoral para não diminuir o risco de receber mais dados de locais predominantemente chavistas ou de oposição. Com informações de eleições anteriores, cada uma das urnas recebeu uma pontuação de 0 a 7, em que 0 eram as mais oposicionistas possíveis e 7 as mais chavistas.

Os cálculos foram desenvolvidos por especialistas da organização e validado por estatísticos e cientistas políticos brasileiros com experiência em tratamento de dados eleitorais, especialmente em contextos pouco democráticos.

Leia a reportagem completa para saber mais detalhes sobre a apuração.

Imagem mostra a líder opositora venezuelana, Maria Corina Machado (com o microfone) ao lado de Edmundo González Urrutia, candidato que afirma ter vencido Maduro nas eleições. Investigação do The Washington Post atesta vitória do opositor  Foto: Cristian Hernandez/AP

Ao menos três apurações independentes indicam que o opositor venezuelano Edmundo González Urrutia venceu as eleições contra o ditador Nicolás Maduro nas eleições da Venezuela, diferentemente do que afirma o resultado oficial do Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Feitas com base em atas eleitorais disponíveis, as apurações identificaram que o opositor recebeu pelo menos meio milhão de votos a mais que o divulgado pelo órgão eleitoral do país, dominado pelo chavismo.

Em meio a demora do CNE em publicar as atas eleitorais, exigidas pela comunidade internacional, incluindo o Brasil, as verificações oferecem outros dados sobre a votação venezuelana. Observadores independentes, como a organização americana Carter Center, afirmam que sem as atas, que indicam os resultados desagregados por mesa de votação, não é possível atestar a veracidade das eleições. A oposição acusa a ditadura de fraude eleitoral e autoproclamou González como presidente eleito.

Países como os Estados Unidos, a Argentina, o Uruguai e o Equador reconheceram Edmundo González Urrutia como o verdadeiro vencedor das eleições venezuelanas. Nações governadas pela esquerda, como o Brasil, a Colômbia e o México, cobram as publicações das atas para reconhecer os resultados.

Imagem do dia 29 de julho mostra a líder opositora Maria Corina Machado declarando vitória a Edmundo González Urrutia, que disputou a eleição na Venezuela contra o ditador Nicolás Maduro. Opositora alega fraude e cobra publicação de atas por CNE Foto: Federico Parra/AFP

Associated Press

Uma análise das atas de contagem feita pela agência de notícias Associated Press indica uma vitória do opositor González Urrutia sobre o ditador Nicolás Maduro. Com 10,26 milhões de votos analisados, Gonzáles Urrutia obteve 6,89 milhões de votos, quase meio milhão a mais do que o alegado pelo CNE. Maduro recebeu 3,13 milhões de votos, segundo a tabulação da AP.

A agência analisou 24 mil imagens das atas disponibilizadas pela oposição, o que corresponde a 79% das urnas eletrônicas. Segundo a agência, 4% das atas fornecidas não puderam ser verificadas por serem consideradas com qualidade ruim de imagem. Cada ata codificou a contagem de votos em códigos QR, que a AP decodificou e analisou eletronicamente.

Em comparação, os resultados atualizados do Conselho Nacional Eleitoral do governo, divulgados na sexta-feira, dizem que, com base em 96,87% das atas de contagem, Maduro teve 6,4 milhões de votos, e González, 5,3 milhões.

Leia a reportagem completa para saber mais detalhes sobre a apuração.

Imagem do dia 29 mostra policiais e manifestantes venezuelanos em Puerto La Cruz, no estado de Anzoategui. Protestos explodiram no país após indícios de fraude nas eleições Foto: Carlos Landaeta/AFP

Washington Post

O jornal americano The Washington Post de mais de 23 mil boletins de urnas coletados pela oposição, a mesma amostra analisada pela Associated Press e que representa 79% das urnas eletrônicas da Venezuela. O Post analisou dados de 23.720 das folhas de contagem. Dessas, González obteve 67% dos votos, contra 30% de Maduro.

A apuração do jornal acrescenta que mesmo que Maduro ganhasse todos os votos dos 21% restantes, assumindo um comparecimento semelhante, ele ainda ficaria mais de 1,5 milhão de votos atrás de González.

Para corroborar a autenticidade das folhas de apuração publicadas on-line, um repórter do The Washington Post analisou centenas de folhas de apuração físicas, armazenadas pela oposição em caixas de papelão em locais secretos em todo o país para evitar a repressão do governo.

Leia a reportagem completa para saber mais detalhes sobre a apuração.

Imagem mostra duas pessoas segurando atas eleitorais em uma caixa de papelão, guardada em um local secreto de Caracas  Foto: The Washington Post

AltaVista

Os dados da plataforma AltaVista, desenvolvida por uma organização sem fins lucrativos da Venezuela que pediu anonimato por temor à segurança das pessoas envolvidas, indicam uma vitória do opositor González Urrutia por 66,23% dos votos contra 31,27% de Nicolás Maduro. O resultado, que mostra uma diferença de 34 pontos percentuais, é próximo ao que indicava as pesquisas pré-eleitorais e pesquisas boca de urna da consultoria de dados Edison Research, baseada nos EUA, no dia da eleição. Também corrobora com o divulgado pela líder opositora María Corina Machado, que alega ter acesso a 84% das atas eleitorais que a oposição teve acesso.

O método da AltaVista consiste em uma amostra de 1,5 mil urnas das mais de 30 mil disponíveis nas eleições, selecionadas aleatoriamente, mas obedecendo critérios de influência eleitoral para não diminuir o risco de receber mais dados de locais predominantemente chavistas ou de oposição. Com informações de eleições anteriores, cada uma das urnas recebeu uma pontuação de 0 a 7, em que 0 eram as mais oposicionistas possíveis e 7 as mais chavistas.

Os cálculos foram desenvolvidos por especialistas da organização e validado por estatísticos e cientistas políticos brasileiros com experiência em tratamento de dados eleitorais, especialmente em contextos pouco democráticos.

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Imagem mostra a líder opositora venezuelana, Maria Corina Machado (com o microfone) ao lado de Edmundo González Urrutia, candidato que afirma ter vencido Maduro nas eleições. Investigação do The Washington Post atesta vitória do opositor  Foto: Cristian Hernandez/AP

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