Após seis semanas, as eleições nacionais da Índia chegaram ao fim neste sábado, 1, com a maioria das pesquisas projetando a reeleição do primeiro-ministro do país, Narendra Modi. A contagem de votos começará na terça-feira, 4, e o vencedor deve ser anunciado até quinta-feira, 6.
A eleição é considerada uma das mais importantes na história da Índia. Se Modi vencer, ele será apenas o segundo líder indiano a manter o poder por três mandatos consecutivos, após Jawaharlal Nehru, primeiro-ministro do país entre 1947 e 1964.
As pesquisas realizadas pelos principais canais de notícias de televisão projetaram que a aliança liderada pelo Partido Bharatiya Janata (BJP), de Modi, estava à frente da ampla aliança de oposição liderada pelo Partido do Congresso. As pesquisas indicaram, ainda, que Modi e seus aliados poderiam conquistar mais de 350 assentos dos 543 disponíveis - muito à frente dos 272 assentos necessários para formar o próximo governo.
A aliança de oposição “INDIA”, liderada pelo partido do Congresso de Rahul Gandhi, foi projetada para ganhar entre 125 e 182 cadeiras.
Em seus primeiros comentários após o término da votação, Modi reivindicou a vitória sem se referir às pesquisas de boca de urna.
“Posso dizer com confiança que o povo da Índia votou em números recordes para reeleger o governo”, disse ele no X, sem fornecer provas de sua afirmação.
“A oportunista Aliança INDI não conseguiu atingir os eleitores. Eles são castaístas e corruptos”, afirmou o primeiro-ministro, se referindo a preconceitos de casta social, muito presente na Índia.
As pesquisas pré-eleitorais diziam que o BJP manteria facilmente sua maioria na eleição. No entanto, o partido enfrentou uma campanha vigorosa da aliança “INDIA”, o que gerou dúvidas sobre a proximidade da disputa, e muitos analistas políticos previram que a margem de vitória do BJP seria menor ou próxima da contagem de 2019.
A oposição rejeitou as pesquisas de boca de urna e, antes de sua publicação, chamou-as de “pré-acertadas”. A maioria dos partidos de oposição acusa os principais canais de notícias da Índia de serem tendenciosos a favor de Modi, acusações que os canais negam. Eles também dizem que as pesquisas de boca de urna na Índia não são, em sua maioria, científicas. / Com informações da Reuters