Eleições na Colômbia: Petro busca mais votos na periferia de Bogotá na reta final do segundo turno


Com pesquisas mostrando empate entre os candidatos, campanha do esquerdista quer ampliar margem em reduto Petrista na capital colombiana

Por Fernanda Simas
Atualização:

ENVIADA ESPECIAL A BOGOTÁ - Para vencer as eleições na Colômbia, o esquerdista Gustavo Petro precisa superar o recorde de votos que teve no primeiro turno, 8.527.768. Para isso, partidários do ex-guerrilheiro têm ido além dos atos de campanha oficiais e organizam eventos com o lema “cada voto importa”, pedindo que aqueles que já votam por Petro possam conversar e tentar convencer ao menos uma pessoa a mais a fazer o mesmo neste domingo, segundo turno.

“Por meio da arte, da cultura, conseguimos uma mudança para o país, que é justamente o que necessitamos. E Ciudad Bolívar é essa mudança”, afirma Edilesa Jasmin García, líder social local e articuladora de um evento artístico no bairro da capital colombiana que tem 731.125 moradores.

Aos poucos, a população foi parando na ponte que fica na entrada de Lucero, um dos acessos à Ciudad Bolívar.

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Enquanto rappers, dançarinos, artistas de circo e grafiteiros chegavam para suas apresentações, folders sobre as propostas de Petro e da vice, Francia Márquez, eram distribuídos às pessoas que desciam da ponte e passavam pelo local.

“Precisamos de educação gratuita. Se não for gratuita, que seja pelo menos acessível. E o único que representa isso é Petro”, diz o morador Pablo Poera, acompanhado da mulher, Caterine Gutiérrez e do filho. “Aqui no bairro, muitos perderam o trabalho com a pandemia”, diz.

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Segundo o Observatório de Desenvolvimento Econômico de Bogotá, os moradores de Ciudad Bolívar trabalham, em sua maioria (29,6%), no setor de comércio, hotelaria e restaurantes, seguido de serviços sociais e comunitários (21%).

Evento de campanha de Petro reúne artistas de rua na entrada de Ciudad Bolívar Foto: Fernanda Simas

“Precisamos que as coisas sejam mais fáceis”, complementa Yasbleme González, jovem que também assiste ao evento.

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“Nessa campanha, a esquerda reivindica uma mudança social do Estado, principalmente depois da pandemia, com a crise econômica e social que causou. Enquanto isso, a direita considera que é preciso ter cuidado para não gastar mais e colocar em risco a estabilidade econômica do país. Por trás disso, eleitoralmente se vê que nas grandes cidades, os bairros mais pobres estão votando pela esquerda, enquanto os mais riscos votaram muito mais por Federico Gutiérrez e agora estão se voltando mais para Rodolfo Hernandez”, explica o professor de Ciência Política da Universidade do Rosario Yann Basset.

Atualmente, 8,9% da população de Ciudad Bolívar se encontra em situação de pobreza multidimensional, ou seja, que não têm apenas pouca renda, mas também não têm acesso a itens como saúde, educação e serviços públicos. No caso da região, a maior demanda é por saúde (69,5% não têm acesso). Além disso, no bairro, a maior parte da população (54,6%) pertence à classificação de extrato 1, ou seja, pessoas que têm pouca renda e necessidades básicas não atendidas.

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Eleições na Colômbia: Partidários do esquerdista Gustavo Petro realizam ato com artistas de rua e pedem mais votos no segundo turno

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Enquanto a noite se aproximava e a temperatura caía, cerca de 6°C, um dos apoiadores do evento começou a distribuir chocolate quente aos presentes. As irmãs Tainara e Andy Allin, de 17 anos e 16 anos, respectivamente, não tiram os olhos das performances, mas lamentam não poderem votar.

Voto apenas com 18 anos

Na Colômbia, o voto é facultativo a partir dos 18 anos. No primeiro turno, a participação foi de 55%, um número considerado alto para o país. Dos 1.769.761 votos que Petro recebeu em Bogotá, 158.622 saíram de Ciudad Bolívar.

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“É um sentimento de tristeza, de decepção até, porque não podemos votar já que não somos maiores de idade. E queríamos poder votar por Petro porque ele é o único que nos dá esperança”, afirma Tainara.

A irmã concorda e cita a dificuldade vivida ao longo da pandemia no bairro onde as duas nasceram. “Foi terrível. Não estávamos acostumados ao que acabamos nos acostumando.”

O evento da tarde de segunda não teve a participação de Petro ou Francia. A ideia dos articuladores da campanha agora é que cada eleitor do ex-guerrilheiro consiga atrair um voto mais que seja. “Cada voto conta e pode fazer a diferença, não podemos nos acomodar achando que a eleição está ganha”, diz Edilesa Jasmin.

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Enquanto ocorria o evento em Ciudad Bolívar, Petro estava em Yopal, no Departamento de Casanare, visitando uma produção de gado.

ENVIADA ESPECIAL A BOGOTÁ - Para vencer as eleições na Colômbia, o esquerdista Gustavo Petro precisa superar o recorde de votos que teve no primeiro turno, 8.527.768. Para isso, partidários do ex-guerrilheiro têm ido além dos atos de campanha oficiais e organizam eventos com o lema “cada voto importa”, pedindo que aqueles que já votam por Petro possam conversar e tentar convencer ao menos uma pessoa a mais a fazer o mesmo neste domingo, segundo turno.

“Por meio da arte, da cultura, conseguimos uma mudança para o país, que é justamente o que necessitamos. E Ciudad Bolívar é essa mudança”, afirma Edilesa Jasmin García, líder social local e articuladora de um evento artístico no bairro da capital colombiana que tem 731.125 moradores.

Aos poucos, a população foi parando na ponte que fica na entrada de Lucero, um dos acessos à Ciudad Bolívar.

Enquanto rappers, dançarinos, artistas de circo e grafiteiros chegavam para suas apresentações, folders sobre as propostas de Petro e da vice, Francia Márquez, eram distribuídos às pessoas que desciam da ponte e passavam pelo local.

“Precisamos de educação gratuita. Se não for gratuita, que seja pelo menos acessível. E o único que representa isso é Petro”, diz o morador Pablo Poera, acompanhado da mulher, Caterine Gutiérrez e do filho. “Aqui no bairro, muitos perderam o trabalho com a pandemia”, diz.

Segundo o Observatório de Desenvolvimento Econômico de Bogotá, os moradores de Ciudad Bolívar trabalham, em sua maioria (29,6%), no setor de comércio, hotelaria e restaurantes, seguido de serviços sociais e comunitários (21%).

Evento de campanha de Petro reúne artistas de rua na entrada de Ciudad Bolívar Foto: Fernanda Simas

“Precisamos que as coisas sejam mais fáceis”, complementa Yasbleme González, jovem que também assiste ao evento.

“Nessa campanha, a esquerda reivindica uma mudança social do Estado, principalmente depois da pandemia, com a crise econômica e social que causou. Enquanto isso, a direita considera que é preciso ter cuidado para não gastar mais e colocar em risco a estabilidade econômica do país. Por trás disso, eleitoralmente se vê que nas grandes cidades, os bairros mais pobres estão votando pela esquerda, enquanto os mais riscos votaram muito mais por Federico Gutiérrez e agora estão se voltando mais para Rodolfo Hernandez”, explica o professor de Ciência Política da Universidade do Rosario Yann Basset.

Atualmente, 8,9% da população de Ciudad Bolívar se encontra em situação de pobreza multidimensional, ou seja, que não têm apenas pouca renda, mas também não têm acesso a itens como saúde, educação e serviços públicos. No caso da região, a maior demanda é por saúde (69,5% não têm acesso). Além disso, no bairro, a maior parte da população (54,6%) pertence à classificação de extrato 1, ou seja, pessoas que têm pouca renda e necessidades básicas não atendidas.

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Eleições na Colômbia: Partidários do esquerdista Gustavo Petro realizam ato com artistas de rua e pedem mais votos no segundo turno

Enquanto a noite se aproximava e a temperatura caía, cerca de 6°C, um dos apoiadores do evento começou a distribuir chocolate quente aos presentes. As irmãs Tainara e Andy Allin, de 17 anos e 16 anos, respectivamente, não tiram os olhos das performances, mas lamentam não poderem votar.

Voto apenas com 18 anos

Na Colômbia, o voto é facultativo a partir dos 18 anos. No primeiro turno, a participação foi de 55%, um número considerado alto para o país. Dos 1.769.761 votos que Petro recebeu em Bogotá, 158.622 saíram de Ciudad Bolívar.

“É um sentimento de tristeza, de decepção até, porque não podemos votar já que não somos maiores de idade. E queríamos poder votar por Petro porque ele é o único que nos dá esperança”, afirma Tainara.

A irmã concorda e cita a dificuldade vivida ao longo da pandemia no bairro onde as duas nasceram. “Foi terrível. Não estávamos acostumados ao que acabamos nos acostumando.”

O evento da tarde de segunda não teve a participação de Petro ou Francia. A ideia dos articuladores da campanha agora é que cada eleitor do ex-guerrilheiro consiga atrair um voto mais que seja. “Cada voto conta e pode fazer a diferença, não podemos nos acomodar achando que a eleição está ganha”, diz Edilesa Jasmin.

Enquanto ocorria o evento em Ciudad Bolívar, Petro estava em Yopal, no Departamento de Casanare, visitando uma produção de gado.

ENVIADA ESPECIAL A BOGOTÁ - Para vencer as eleições na Colômbia, o esquerdista Gustavo Petro precisa superar o recorde de votos que teve no primeiro turno, 8.527.768. Para isso, partidários do ex-guerrilheiro têm ido além dos atos de campanha oficiais e organizam eventos com o lema “cada voto importa”, pedindo que aqueles que já votam por Petro possam conversar e tentar convencer ao menos uma pessoa a mais a fazer o mesmo neste domingo, segundo turno.

“Por meio da arte, da cultura, conseguimos uma mudança para o país, que é justamente o que necessitamos. E Ciudad Bolívar é essa mudança”, afirma Edilesa Jasmin García, líder social local e articuladora de um evento artístico no bairro da capital colombiana que tem 731.125 moradores.

Aos poucos, a população foi parando na ponte que fica na entrada de Lucero, um dos acessos à Ciudad Bolívar.

Enquanto rappers, dançarinos, artistas de circo e grafiteiros chegavam para suas apresentações, folders sobre as propostas de Petro e da vice, Francia Márquez, eram distribuídos às pessoas que desciam da ponte e passavam pelo local.

“Precisamos de educação gratuita. Se não for gratuita, que seja pelo menos acessível. E o único que representa isso é Petro”, diz o morador Pablo Poera, acompanhado da mulher, Caterine Gutiérrez e do filho. “Aqui no bairro, muitos perderam o trabalho com a pandemia”, diz.

Segundo o Observatório de Desenvolvimento Econômico de Bogotá, os moradores de Ciudad Bolívar trabalham, em sua maioria (29,6%), no setor de comércio, hotelaria e restaurantes, seguido de serviços sociais e comunitários (21%).

Evento de campanha de Petro reúne artistas de rua na entrada de Ciudad Bolívar Foto: Fernanda Simas

“Precisamos que as coisas sejam mais fáceis”, complementa Yasbleme González, jovem que também assiste ao evento.

“Nessa campanha, a esquerda reivindica uma mudança social do Estado, principalmente depois da pandemia, com a crise econômica e social que causou. Enquanto isso, a direita considera que é preciso ter cuidado para não gastar mais e colocar em risco a estabilidade econômica do país. Por trás disso, eleitoralmente se vê que nas grandes cidades, os bairros mais pobres estão votando pela esquerda, enquanto os mais riscos votaram muito mais por Federico Gutiérrez e agora estão se voltando mais para Rodolfo Hernandez”, explica o professor de Ciência Política da Universidade do Rosario Yann Basset.

Atualmente, 8,9% da população de Ciudad Bolívar se encontra em situação de pobreza multidimensional, ou seja, que não têm apenas pouca renda, mas também não têm acesso a itens como saúde, educação e serviços públicos. No caso da região, a maior demanda é por saúde (69,5% não têm acesso). Além disso, no bairro, a maior parte da população (54,6%) pertence à classificação de extrato 1, ou seja, pessoas que têm pouca renda e necessidades básicas não atendidas.

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Eleições na Colômbia: Partidários do esquerdista Gustavo Petro realizam ato com artistas de rua e pedem mais votos no segundo turno

Enquanto a noite se aproximava e a temperatura caía, cerca de 6°C, um dos apoiadores do evento começou a distribuir chocolate quente aos presentes. As irmãs Tainara e Andy Allin, de 17 anos e 16 anos, respectivamente, não tiram os olhos das performances, mas lamentam não poderem votar.

Voto apenas com 18 anos

Na Colômbia, o voto é facultativo a partir dos 18 anos. No primeiro turno, a participação foi de 55%, um número considerado alto para o país. Dos 1.769.761 votos que Petro recebeu em Bogotá, 158.622 saíram de Ciudad Bolívar.

“É um sentimento de tristeza, de decepção até, porque não podemos votar já que não somos maiores de idade. E queríamos poder votar por Petro porque ele é o único que nos dá esperança”, afirma Tainara.

A irmã concorda e cita a dificuldade vivida ao longo da pandemia no bairro onde as duas nasceram. “Foi terrível. Não estávamos acostumados ao que acabamos nos acostumando.”

O evento da tarde de segunda não teve a participação de Petro ou Francia. A ideia dos articuladores da campanha agora é que cada eleitor do ex-guerrilheiro consiga atrair um voto mais que seja. “Cada voto conta e pode fazer a diferença, não podemos nos acomodar achando que a eleição está ganha”, diz Edilesa Jasmin.

Enquanto ocorria o evento em Ciudad Bolívar, Petro estava em Yopal, no Departamento de Casanare, visitando uma produção de gado.

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