Eleições no Uruguai: conheça os candidatos à presidência e suas propostas


Álvaro Delgado, o candidato governista, e Yamandú Orsi, da Frente Ampla, se enfrentam no segundo turno das eleições presidenciais do Uruguai

Por Redação

MONTEVIDEO - Os uruguaios vão as urnas neste domingo, 24, para um segundo turno de votação para escolher seu próximo presidente, com o partido conservador governista e a coalizão de esquerda travados em uma disputa acirrada após não conseguirem obter a vitória na votação do mês passado.

A eleição se transformou em uma disputa acirrada entre Álvaro Delgado, o candidato governista, e Yamandú Orsi, da Frente Ampla, uma coalizão de partidos de esquerda e centro-esquerda que governou o Uruguai por 15 anos até a vitória do presidente Luis Lacalle Pou em 2019.

Sob a supervisão da Frente Ampla, o Uruguai legalizou o aborto, o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a venda de cannabis. No primeiro turno, a Frente Ampla de Orsi obteve 44% dos votos, enquanto o Partido Nacional de Delgado teve 27%. Mas os outros partidos conservadores que compõem a coalizão do governo — em particular, o Partido Colorado — obtiveram 20% dos votos coletivamente, o suficiente para dar a Delgado uma vantagem sobre seu desafiante desta vez.

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Uruguaios vão as urnas neste domingo para definir o próximo presidente do país  Foto: Natacha Pisarenko/AP

O Congresso acabou dividido igualmente na votação de outubro. A maioria das pesquisas mostrou um empate virtual entre Delgado e Orsi, com quase 10% dos eleitores uruguaios ainda indecisos.

Campanha

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Analistas dizem que as campanhas sem brilho dos candidatos e o amplo consenso sobre questões-chave geraram indecisão e apatia entre os uruguaios, em uma eleição dominada por discussões sobre gastos sociais e preocupações com a crescente desigualdade de renda, mas livre da raiva anti-establishment que levou populistas ao poder em outros lugares.

Ambos os candidatos também estão apelando para a angústia dos eleitores sobre um aumento nos crimes violentos que abalou uma nação há muito considerada uma das mais seguras e estáveis da região.

Delgado promete políticas duras contra o crime e uma nova prisão de segurança máxima, enquanto Orsi defende uma abordagem voltada para a comunidade para a prevenção do crime.

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O candidato presidencial governista Álvaro Delgado vota em Montevideo, Uruguai  Foto: Dante Fernandez/AFP

Delgado, de 55 anos, é um veterinário rural com uma longa carreira no Partido Nacional. Durante a campanha, ele prometeu continuar o legado do atual presidente Lacalle Pou — de certa forma, transformando a eleição em um referendo sobre sua liderança. Ele fez campanha sob o slogan “reeleger um bom governo”.

O presidente — que constitucionalmente não pode concorrer a um segundo mandato consecutivo — agora desfruta de altos índices de aprovação e uma economia forte que deve crescer 3,2% este ano, de acordo com o Fundo Monetário Internacional. A inflação também diminuiu nos últimos meses, impulsionando sua coalizão.

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Delgado serviu mais recentemente como Secretário da Presidência de Lacalle Pou e promete prosseguir com as políticas pró-business de seu antecessor. Ele continuaria pressionando por um acordo comercial com a China, o que gerou polêmica no Mercosul.

O candidato presidencial da Frente Ampla, Yamandú Orsi, vota em Canelones, Uruguai  Foto: Matilde Campodonico/AP

Herdeiro de Mujica

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Orsi, de 57 anos, é professor de história e duas vezes prefeito da cidade de Canelones. É amplamente visto como herdeiro do icônico ex-presidente José “Pepe” Mujica, ex-guerrilheiro marxista que elevou o perfil internacional do Uruguai como uma das nações mais progressistas da região, entre 2010 e 2015;

Mujica, agora com 89 anos e se recuperando de um câncer de esôfago, foi um dos primeiros a votar após a abertura das urnas.

“Quando se trata de governar, com a estrutura parlamentar que teremos, o governo será forçado a negociar”, disse ele a repórteres ao sair de sua seção eleitoral local, elogiando a democracia robusta e sensata do Uruguai.

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Embora prometa forjar uma “nova esquerda” no Uruguai, Orsi não planeja mudanças drásticas. Ele prefere negociar qualquer acordo com Pequim por meio do Mercosul. Ele propõe incentivos fiscais para atrair investimentos e reformas da Previdência Social que reduziriam a idade de aposentadoria, mas não chegam a uma reforma radical buscada pelos sindicatos do Uruguai.

Os dois candidatos prometeram dialogo e uma transição tranquila a partir de segunda-feira, 25./ COM AP

MONTEVIDEO - Os uruguaios vão as urnas neste domingo, 24, para um segundo turno de votação para escolher seu próximo presidente, com o partido conservador governista e a coalizão de esquerda travados em uma disputa acirrada após não conseguirem obter a vitória na votação do mês passado.

A eleição se transformou em uma disputa acirrada entre Álvaro Delgado, o candidato governista, e Yamandú Orsi, da Frente Ampla, uma coalizão de partidos de esquerda e centro-esquerda que governou o Uruguai por 15 anos até a vitória do presidente Luis Lacalle Pou em 2019.

Sob a supervisão da Frente Ampla, o Uruguai legalizou o aborto, o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a venda de cannabis. No primeiro turno, a Frente Ampla de Orsi obteve 44% dos votos, enquanto o Partido Nacional de Delgado teve 27%. Mas os outros partidos conservadores que compõem a coalizão do governo — em particular, o Partido Colorado — obtiveram 20% dos votos coletivamente, o suficiente para dar a Delgado uma vantagem sobre seu desafiante desta vez.

Uruguaios vão as urnas neste domingo para definir o próximo presidente do país  Foto: Natacha Pisarenko/AP

O Congresso acabou dividido igualmente na votação de outubro. A maioria das pesquisas mostrou um empate virtual entre Delgado e Orsi, com quase 10% dos eleitores uruguaios ainda indecisos.

Campanha

Analistas dizem que as campanhas sem brilho dos candidatos e o amplo consenso sobre questões-chave geraram indecisão e apatia entre os uruguaios, em uma eleição dominada por discussões sobre gastos sociais e preocupações com a crescente desigualdade de renda, mas livre da raiva anti-establishment que levou populistas ao poder em outros lugares.

Ambos os candidatos também estão apelando para a angústia dos eleitores sobre um aumento nos crimes violentos que abalou uma nação há muito considerada uma das mais seguras e estáveis da região.

Delgado promete políticas duras contra o crime e uma nova prisão de segurança máxima, enquanto Orsi defende uma abordagem voltada para a comunidade para a prevenção do crime.

O candidato presidencial governista Álvaro Delgado vota em Montevideo, Uruguai  Foto: Dante Fernandez/AFP

Delgado, de 55 anos, é um veterinário rural com uma longa carreira no Partido Nacional. Durante a campanha, ele prometeu continuar o legado do atual presidente Lacalle Pou — de certa forma, transformando a eleição em um referendo sobre sua liderança. Ele fez campanha sob o slogan “reeleger um bom governo”.

O presidente — que constitucionalmente não pode concorrer a um segundo mandato consecutivo — agora desfruta de altos índices de aprovação e uma economia forte que deve crescer 3,2% este ano, de acordo com o Fundo Monetário Internacional. A inflação também diminuiu nos últimos meses, impulsionando sua coalizão.

Delgado serviu mais recentemente como Secretário da Presidência de Lacalle Pou e promete prosseguir com as políticas pró-business de seu antecessor. Ele continuaria pressionando por um acordo comercial com a China, o que gerou polêmica no Mercosul.

O candidato presidencial da Frente Ampla, Yamandú Orsi, vota em Canelones, Uruguai  Foto: Matilde Campodonico/AP

Herdeiro de Mujica

Orsi, de 57 anos, é professor de história e duas vezes prefeito da cidade de Canelones. É amplamente visto como herdeiro do icônico ex-presidente José “Pepe” Mujica, ex-guerrilheiro marxista que elevou o perfil internacional do Uruguai como uma das nações mais progressistas da região, entre 2010 e 2015;

Mujica, agora com 89 anos e se recuperando de um câncer de esôfago, foi um dos primeiros a votar após a abertura das urnas.

“Quando se trata de governar, com a estrutura parlamentar que teremos, o governo será forçado a negociar”, disse ele a repórteres ao sair de sua seção eleitoral local, elogiando a democracia robusta e sensata do Uruguai.

Embora prometa forjar uma “nova esquerda” no Uruguai, Orsi não planeja mudanças drásticas. Ele prefere negociar qualquer acordo com Pequim por meio do Mercosul. Ele propõe incentivos fiscais para atrair investimentos e reformas da Previdência Social que reduziriam a idade de aposentadoria, mas não chegam a uma reforma radical buscada pelos sindicatos do Uruguai.

Os dois candidatos prometeram dialogo e uma transição tranquila a partir de segunda-feira, 25./ COM AP

MONTEVIDEO - Os uruguaios vão as urnas neste domingo, 24, para um segundo turno de votação para escolher seu próximo presidente, com o partido conservador governista e a coalizão de esquerda travados em uma disputa acirrada após não conseguirem obter a vitória na votação do mês passado.

A eleição se transformou em uma disputa acirrada entre Álvaro Delgado, o candidato governista, e Yamandú Orsi, da Frente Ampla, uma coalizão de partidos de esquerda e centro-esquerda que governou o Uruguai por 15 anos até a vitória do presidente Luis Lacalle Pou em 2019.

Sob a supervisão da Frente Ampla, o Uruguai legalizou o aborto, o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a venda de cannabis. No primeiro turno, a Frente Ampla de Orsi obteve 44% dos votos, enquanto o Partido Nacional de Delgado teve 27%. Mas os outros partidos conservadores que compõem a coalizão do governo — em particular, o Partido Colorado — obtiveram 20% dos votos coletivamente, o suficiente para dar a Delgado uma vantagem sobre seu desafiante desta vez.

Uruguaios vão as urnas neste domingo para definir o próximo presidente do país  Foto: Natacha Pisarenko/AP

O Congresso acabou dividido igualmente na votação de outubro. A maioria das pesquisas mostrou um empate virtual entre Delgado e Orsi, com quase 10% dos eleitores uruguaios ainda indecisos.

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Ambos os candidatos também estão apelando para a angústia dos eleitores sobre um aumento nos crimes violentos que abalou uma nação há muito considerada uma das mais seguras e estáveis da região.

Delgado promete políticas duras contra o crime e uma nova prisão de segurança máxima, enquanto Orsi defende uma abordagem voltada para a comunidade para a prevenção do crime.

O candidato presidencial governista Álvaro Delgado vota em Montevideo, Uruguai  Foto: Dante Fernandez/AFP

Delgado, de 55 anos, é um veterinário rural com uma longa carreira no Partido Nacional. Durante a campanha, ele prometeu continuar o legado do atual presidente Lacalle Pou — de certa forma, transformando a eleição em um referendo sobre sua liderança. Ele fez campanha sob o slogan “reeleger um bom governo”.

O presidente — que constitucionalmente não pode concorrer a um segundo mandato consecutivo — agora desfruta de altos índices de aprovação e uma economia forte que deve crescer 3,2% este ano, de acordo com o Fundo Monetário Internacional. A inflação também diminuiu nos últimos meses, impulsionando sua coalizão.

Delgado serviu mais recentemente como Secretário da Presidência de Lacalle Pou e promete prosseguir com as políticas pró-business de seu antecessor. Ele continuaria pressionando por um acordo comercial com a China, o que gerou polêmica no Mercosul.

O candidato presidencial da Frente Ampla, Yamandú Orsi, vota em Canelones, Uruguai  Foto: Matilde Campodonico/AP

Herdeiro de Mujica

Orsi, de 57 anos, é professor de história e duas vezes prefeito da cidade de Canelones. É amplamente visto como herdeiro do icônico ex-presidente José “Pepe” Mujica, ex-guerrilheiro marxista que elevou o perfil internacional do Uruguai como uma das nações mais progressistas da região, entre 2010 e 2015;

Mujica, agora com 89 anos e se recuperando de um câncer de esôfago, foi um dos primeiros a votar após a abertura das urnas.

“Quando se trata de governar, com a estrutura parlamentar que teremos, o governo será forçado a negociar”, disse ele a repórteres ao sair de sua seção eleitoral local, elogiando a democracia robusta e sensata do Uruguai.

Embora prometa forjar uma “nova esquerda” no Uruguai, Orsi não planeja mudanças drásticas. Ele prefere negociar qualquer acordo com Pequim por meio do Mercosul. Ele propõe incentivos fiscais para atrair investimentos e reformas da Previdência Social que reduziriam a idade de aposentadoria, mas não chegam a uma reforma radical buscada pelos sindicatos do Uruguai.

Os dois candidatos prometeram dialogo e uma transição tranquila a partir de segunda-feira, 25./ COM AP

MONTEVIDEO - Os uruguaios vão as urnas neste domingo, 24, para um segundo turno de votação para escolher seu próximo presidente, com o partido conservador governista e a coalizão de esquerda travados em uma disputa acirrada após não conseguirem obter a vitória na votação do mês passado.

A eleição se transformou em uma disputa acirrada entre Álvaro Delgado, o candidato governista, e Yamandú Orsi, da Frente Ampla, uma coalizão de partidos de esquerda e centro-esquerda que governou o Uruguai por 15 anos até a vitória do presidente Luis Lacalle Pou em 2019.

Sob a supervisão da Frente Ampla, o Uruguai legalizou o aborto, o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a venda de cannabis. No primeiro turno, a Frente Ampla de Orsi obteve 44% dos votos, enquanto o Partido Nacional de Delgado teve 27%. Mas os outros partidos conservadores que compõem a coalizão do governo — em particular, o Partido Colorado — obtiveram 20% dos votos coletivamente, o suficiente para dar a Delgado uma vantagem sobre seu desafiante desta vez.

Uruguaios vão as urnas neste domingo para definir o próximo presidente do país  Foto: Natacha Pisarenko/AP

O Congresso acabou dividido igualmente na votação de outubro. A maioria das pesquisas mostrou um empate virtual entre Delgado e Orsi, com quase 10% dos eleitores uruguaios ainda indecisos.

Campanha

Analistas dizem que as campanhas sem brilho dos candidatos e o amplo consenso sobre questões-chave geraram indecisão e apatia entre os uruguaios, em uma eleição dominada por discussões sobre gastos sociais e preocupações com a crescente desigualdade de renda, mas livre da raiva anti-establishment que levou populistas ao poder em outros lugares.

Ambos os candidatos também estão apelando para a angústia dos eleitores sobre um aumento nos crimes violentos que abalou uma nação há muito considerada uma das mais seguras e estáveis da região.

Delgado promete políticas duras contra o crime e uma nova prisão de segurança máxima, enquanto Orsi defende uma abordagem voltada para a comunidade para a prevenção do crime.

O candidato presidencial governista Álvaro Delgado vota em Montevideo, Uruguai  Foto: Dante Fernandez/AFP

Delgado, de 55 anos, é um veterinário rural com uma longa carreira no Partido Nacional. Durante a campanha, ele prometeu continuar o legado do atual presidente Lacalle Pou — de certa forma, transformando a eleição em um referendo sobre sua liderança. Ele fez campanha sob o slogan “reeleger um bom governo”.

O presidente — que constitucionalmente não pode concorrer a um segundo mandato consecutivo — agora desfruta de altos índices de aprovação e uma economia forte que deve crescer 3,2% este ano, de acordo com o Fundo Monetário Internacional. A inflação também diminuiu nos últimos meses, impulsionando sua coalizão.

Delgado serviu mais recentemente como Secretário da Presidência de Lacalle Pou e promete prosseguir com as políticas pró-business de seu antecessor. Ele continuaria pressionando por um acordo comercial com a China, o que gerou polêmica no Mercosul.

O candidato presidencial da Frente Ampla, Yamandú Orsi, vota em Canelones, Uruguai  Foto: Matilde Campodonico/AP

Herdeiro de Mujica

Orsi, de 57 anos, é professor de história e duas vezes prefeito da cidade de Canelones. É amplamente visto como herdeiro do icônico ex-presidente José “Pepe” Mujica, ex-guerrilheiro marxista que elevou o perfil internacional do Uruguai como uma das nações mais progressistas da região, entre 2010 e 2015;

Mujica, agora com 89 anos e se recuperando de um câncer de esôfago, foi um dos primeiros a votar após a abertura das urnas.

“Quando se trata de governar, com a estrutura parlamentar que teremos, o governo será forçado a negociar”, disse ele a repórteres ao sair de sua seção eleitoral local, elogiando a democracia robusta e sensata do Uruguai.

Embora prometa forjar uma “nova esquerda” no Uruguai, Orsi não planeja mudanças drásticas. Ele prefere negociar qualquer acordo com Pequim por meio do Mercosul. Ele propõe incentivos fiscais para atrair investimentos e reformas da Previdência Social que reduziriam a idade de aposentadoria, mas não chegam a uma reforma radical buscada pelos sindicatos do Uruguai.

Os dois candidatos prometeram dialogo e uma transição tranquila a partir de segunda-feira, 25./ COM AP

MONTEVIDEO - Os uruguaios vão as urnas neste domingo, 24, para um segundo turno de votação para escolher seu próximo presidente, com o partido conservador governista e a coalizão de esquerda travados em uma disputa acirrada após não conseguirem obter a vitória na votação do mês passado.

A eleição se transformou em uma disputa acirrada entre Álvaro Delgado, o candidato governista, e Yamandú Orsi, da Frente Ampla, uma coalizão de partidos de esquerda e centro-esquerda que governou o Uruguai por 15 anos até a vitória do presidente Luis Lacalle Pou em 2019.

Sob a supervisão da Frente Ampla, o Uruguai legalizou o aborto, o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a venda de cannabis. No primeiro turno, a Frente Ampla de Orsi obteve 44% dos votos, enquanto o Partido Nacional de Delgado teve 27%. Mas os outros partidos conservadores que compõem a coalizão do governo — em particular, o Partido Colorado — obtiveram 20% dos votos coletivamente, o suficiente para dar a Delgado uma vantagem sobre seu desafiante desta vez.

Uruguaios vão as urnas neste domingo para definir o próximo presidente do país  Foto: Natacha Pisarenko/AP

O Congresso acabou dividido igualmente na votação de outubro. A maioria das pesquisas mostrou um empate virtual entre Delgado e Orsi, com quase 10% dos eleitores uruguaios ainda indecisos.

Campanha

Analistas dizem que as campanhas sem brilho dos candidatos e o amplo consenso sobre questões-chave geraram indecisão e apatia entre os uruguaios, em uma eleição dominada por discussões sobre gastos sociais e preocupações com a crescente desigualdade de renda, mas livre da raiva anti-establishment que levou populistas ao poder em outros lugares.

Ambos os candidatos também estão apelando para a angústia dos eleitores sobre um aumento nos crimes violentos que abalou uma nação há muito considerada uma das mais seguras e estáveis da região.

Delgado promete políticas duras contra o crime e uma nova prisão de segurança máxima, enquanto Orsi defende uma abordagem voltada para a comunidade para a prevenção do crime.

O candidato presidencial governista Álvaro Delgado vota em Montevideo, Uruguai  Foto: Dante Fernandez/AFP

Delgado, de 55 anos, é um veterinário rural com uma longa carreira no Partido Nacional. Durante a campanha, ele prometeu continuar o legado do atual presidente Lacalle Pou — de certa forma, transformando a eleição em um referendo sobre sua liderança. Ele fez campanha sob o slogan “reeleger um bom governo”.

O presidente — que constitucionalmente não pode concorrer a um segundo mandato consecutivo — agora desfruta de altos índices de aprovação e uma economia forte que deve crescer 3,2% este ano, de acordo com o Fundo Monetário Internacional. A inflação também diminuiu nos últimos meses, impulsionando sua coalizão.

Delgado serviu mais recentemente como Secretário da Presidência de Lacalle Pou e promete prosseguir com as políticas pró-business de seu antecessor. Ele continuaria pressionando por um acordo comercial com a China, o que gerou polêmica no Mercosul.

O candidato presidencial da Frente Ampla, Yamandú Orsi, vota em Canelones, Uruguai  Foto: Matilde Campodonico/AP

Herdeiro de Mujica

Orsi, de 57 anos, é professor de história e duas vezes prefeito da cidade de Canelones. É amplamente visto como herdeiro do icônico ex-presidente José “Pepe” Mujica, ex-guerrilheiro marxista que elevou o perfil internacional do Uruguai como uma das nações mais progressistas da região, entre 2010 e 2015;

Mujica, agora com 89 anos e se recuperando de um câncer de esôfago, foi um dos primeiros a votar após a abertura das urnas.

“Quando se trata de governar, com a estrutura parlamentar que teremos, o governo será forçado a negociar”, disse ele a repórteres ao sair de sua seção eleitoral local, elogiando a democracia robusta e sensata do Uruguai.

Embora prometa forjar uma “nova esquerda” no Uruguai, Orsi não planeja mudanças drásticas. Ele prefere negociar qualquer acordo com Pequim por meio do Mercosul. Ele propõe incentivos fiscais para atrair investimentos e reformas da Previdência Social que reduziriam a idade de aposentadoria, mas não chegam a uma reforma radical buscada pelos sindicatos do Uruguai.

Os dois candidatos prometeram dialogo e uma transição tranquila a partir de segunda-feira, 25./ COM AP

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