Eleições nos EUA: Comitê democrata adia em uma semana nomeação de Biden à reeleição


Comitê Nacional Democrata adiou plano de nomear o presidente à medida que incômodo com ele persiste; crise começou após desempenho desastroso de democrata no debate contra Donald Trump

Por Reid J. Epstein

WASHINGTON – O Comitê Nacional Democrata adiou em uma semana os planos de nomeação do presidente Joe Biden na chapa para as eleições presidenciais dos Estados Unidos, que seria feito através de uma votação virtual. O adiamento acontece em meio à crise sofrida pela campanha de Biden entre eleitores e políticos democratas que estão incomodados com a persistência dele de tentar a reeleição após o desempenho desastroso no debate contra Donald Trump.

O episódio junto com as aparições públicas irregulares de Biden e dificuldades nas pesquisas causaram preocupações dentro do Partido Democrata. Quase dois terços dos democratas querem que ele abandone a eleição, segundo uma pesquisa da Associated Press e pelo Centro Nacional de Pesquisa de Opinião (Norc, na sigla em inglês) divulgada nesta quarta-feira, 17. Os democratas que estão no Congresso também alertaram que a posição política de Biden de insistência na candidatura vai tornar mais difícil vencer as eleições.

O senador Chuck Schumer, líder da maioria democrata, foi um dos que pressionaram o partido a adiar o início de seu processo de nomeação, de acordo com uma fonte familiarizada com o envolvimento de Schumer.

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Imagem desta terça-feira, 16, mostra o presidente Joe Biden durante um discurso em Las Vegas do Norte, em Nevada. Cerca de 20 democratas pedem que Biden desista de tentar a reeleição Foto: Ronda Churchill/AP

Nesta quarta, o deputado Adam B. Schiff, candidato ao Senado pelo Estado da Califórnia e um dos principais aliados da ex-presidente Nancy Pelosi, pediu a Biden que desistisse da disputa. “Nossa nação está numa encruzilhada”, disse ele ao jornal Los Angeles Times. “Uma segunda presidência de Trump minará a própria base de nossa democracia, e tenho sérias preocupações sobre se o presidente (Biden) pode derrotar Donald Trump em novembro.”

O deputado Jared Huffman, que nos últimos dias reuniu colegas para pressionar o Comitê Nacional Democrata (DNC, na sigla em inglês) a atrasar o processo, disse que o novo cronograma do partido é “um passo positivo”, mas que não deve aliviar as preocupações sobre a viabilidade de Biden. “É muito melhor do que um processo congestionado que nos dividirá na próxima semana”, disse Huffman. “Toda essa ideia de nomeá-lo em meados de julho desmoronou sob pressão, e isso, eu acho, é uma coisa boa.”

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Huffman disse que ajudou a persuadir dezenas de congressistas democratas a assinar uma carta protestando contra um processo de nomeação que poderia ter começado na segunda-feira. Dado o cronograma que o partido anunciou nesta quarta, Huffman disse que não enviará a carta.

Críticas internas e mudanças de prazo

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A ansiedade com a fraqueza de Biden como nome da chapa trouxe novo escrutínio para um processo de nomeação do DNC que estava em vigor desde maio, mas recebeu pouca atenção fora do partido.

O DNC enfrentou uma enxurrada de críticas quando foi revelado na terça-feira que o partido poderia começar a confirmar Biden na cabeça de chapa já na próxima segunda-feira. Jaime Harrison, presidente do partido, travou batalhas nas redes sociais sobre o processo enquanto procurava defender e explicar as regras do comitê.

Nesta quarta-feira, os democratas informaram a seus filiados que os delegados definidos para nomear Biden não começariam a votar em sua votação virtual antes de 1.º de agosto. O informe foi feito através de uma carta dos co-presidentes do comitê de regras da convenção do partido e diz que as autoridades querem concluir o processo até 7 de agosto.

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Em maio, funcionários do alto escalão do partido concordaram em nomear Biden em uma votação virtual antes da convenção nacional em Chicago, que deve começar em 19 de agosto. Os democratas, então, estavam preocupados com o prazo de 7 de agosto para colocar os candidatos presidenciais na cédula de votação em Ohio. Posteriormente, os legisladores de Ohio adiaram o prazo do estado para 1.º de setembro, embora a mudança só seja confirmada em 1.º de setembro.

Imagem mostra governador de Minnesota, Tim Walz, em uma conferência de imprensa nesta quinta-feira, 17, em Milwaukee, Wisconsin. Walz informou que comitê decidiu adiar a nomeação de Biden Foto: Jim Vondruska/AFP

Autoridades do DNC expressaram preocupação de que uma nomeação após 7 de agosto possa deixar o partido em risco legal em Ohio. Washington, Montana, Oklahoma e Califórnia também têm prazos de acesso às urnas durante a semana da convenção do partido.

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Huffman e outros democratas argumentaram que o prazo de 7 de agosto de Ohio não apresenta risco legal e pode ser ignorado.

O governador Tim Walz, de Minnesota, co-presidente do comitê democrata, disse nesta quarta-feira em uma entrevista coletiva em Milwaukee, à margem da Convenção Nacional Republicana, que o momento da convenção exigia uma nomeação virtual antes que os delegados se reunissem em Chicago. O processo para a nomeação, segundo ele, não está sendo feito de forma apressada. “Só precisamos fazer isso”, disse ele.

“Não importa o que possa ser relatado, nosso objetivo não é apressar”, escreveram Walz e Leah Daughtry, outra co-presidente, na carta enviada aos membros do partido. “Nossos objetivos são manter nossa tradição de transparência, nosso compromisso com um processo de nomeação eficaz que entregue um indicado em todas as cédulas estaduais e, finalmente, colocar nossos indicados em um caminho para a vitória em novembro.”

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Pressão sobre Biden

A declaração de Schiff nesta quarta-feira significa que mais de 20 congressistas democratas pediram que Biden encerre sua campanha e permita que um candidato substituto seja escolhido. Ele disse repetidas vezes que irá permanecer na corrida.

Não há nenhum mecanismo para que o partido retire Biden como seu candidato se ele não optar por desistir. A grande maioria dos mais de 4,6 mil delegados à convenção do partido deve votar em Biden no primeiro escrutínio, independentemente de quando essa votação ocorra.

WASHINGTON – O Comitê Nacional Democrata adiou em uma semana os planos de nomeação do presidente Joe Biden na chapa para as eleições presidenciais dos Estados Unidos, que seria feito através de uma votação virtual. O adiamento acontece em meio à crise sofrida pela campanha de Biden entre eleitores e políticos democratas que estão incomodados com a persistência dele de tentar a reeleição após o desempenho desastroso no debate contra Donald Trump.

O episódio junto com as aparições públicas irregulares de Biden e dificuldades nas pesquisas causaram preocupações dentro do Partido Democrata. Quase dois terços dos democratas querem que ele abandone a eleição, segundo uma pesquisa da Associated Press e pelo Centro Nacional de Pesquisa de Opinião (Norc, na sigla em inglês) divulgada nesta quarta-feira, 17. Os democratas que estão no Congresso também alertaram que a posição política de Biden de insistência na candidatura vai tornar mais difícil vencer as eleições.

O senador Chuck Schumer, líder da maioria democrata, foi um dos que pressionaram o partido a adiar o início de seu processo de nomeação, de acordo com uma fonte familiarizada com o envolvimento de Schumer.

Imagem desta terça-feira, 16, mostra o presidente Joe Biden durante um discurso em Las Vegas do Norte, em Nevada. Cerca de 20 democratas pedem que Biden desista de tentar a reeleição Foto: Ronda Churchill/AP

Nesta quarta, o deputado Adam B. Schiff, candidato ao Senado pelo Estado da Califórnia e um dos principais aliados da ex-presidente Nancy Pelosi, pediu a Biden que desistisse da disputa. “Nossa nação está numa encruzilhada”, disse ele ao jornal Los Angeles Times. “Uma segunda presidência de Trump minará a própria base de nossa democracia, e tenho sérias preocupações sobre se o presidente (Biden) pode derrotar Donald Trump em novembro.”

O deputado Jared Huffman, que nos últimos dias reuniu colegas para pressionar o Comitê Nacional Democrata (DNC, na sigla em inglês) a atrasar o processo, disse que o novo cronograma do partido é “um passo positivo”, mas que não deve aliviar as preocupações sobre a viabilidade de Biden. “É muito melhor do que um processo congestionado que nos dividirá na próxima semana”, disse Huffman. “Toda essa ideia de nomeá-lo em meados de julho desmoronou sob pressão, e isso, eu acho, é uma coisa boa.”

Huffman disse que ajudou a persuadir dezenas de congressistas democratas a assinar uma carta protestando contra um processo de nomeação que poderia ter começado na segunda-feira. Dado o cronograma que o partido anunciou nesta quarta, Huffman disse que não enviará a carta.

Críticas internas e mudanças de prazo

A ansiedade com a fraqueza de Biden como nome da chapa trouxe novo escrutínio para um processo de nomeação do DNC que estava em vigor desde maio, mas recebeu pouca atenção fora do partido.

O DNC enfrentou uma enxurrada de críticas quando foi revelado na terça-feira que o partido poderia começar a confirmar Biden na cabeça de chapa já na próxima segunda-feira. Jaime Harrison, presidente do partido, travou batalhas nas redes sociais sobre o processo enquanto procurava defender e explicar as regras do comitê.

Nesta quarta-feira, os democratas informaram a seus filiados que os delegados definidos para nomear Biden não começariam a votar em sua votação virtual antes de 1.º de agosto. O informe foi feito através de uma carta dos co-presidentes do comitê de regras da convenção do partido e diz que as autoridades querem concluir o processo até 7 de agosto.

Em maio, funcionários do alto escalão do partido concordaram em nomear Biden em uma votação virtual antes da convenção nacional em Chicago, que deve começar em 19 de agosto. Os democratas, então, estavam preocupados com o prazo de 7 de agosto para colocar os candidatos presidenciais na cédula de votação em Ohio. Posteriormente, os legisladores de Ohio adiaram o prazo do estado para 1.º de setembro, embora a mudança só seja confirmada em 1.º de setembro.

Imagem mostra governador de Minnesota, Tim Walz, em uma conferência de imprensa nesta quinta-feira, 17, em Milwaukee, Wisconsin. Walz informou que comitê decidiu adiar a nomeação de Biden Foto: Jim Vondruska/AFP

Autoridades do DNC expressaram preocupação de que uma nomeação após 7 de agosto possa deixar o partido em risco legal em Ohio. Washington, Montana, Oklahoma e Califórnia também têm prazos de acesso às urnas durante a semana da convenção do partido.

Huffman e outros democratas argumentaram que o prazo de 7 de agosto de Ohio não apresenta risco legal e pode ser ignorado.

O governador Tim Walz, de Minnesota, co-presidente do comitê democrata, disse nesta quarta-feira em uma entrevista coletiva em Milwaukee, à margem da Convenção Nacional Republicana, que o momento da convenção exigia uma nomeação virtual antes que os delegados se reunissem em Chicago. O processo para a nomeação, segundo ele, não está sendo feito de forma apressada. “Só precisamos fazer isso”, disse ele.

“Não importa o que possa ser relatado, nosso objetivo não é apressar”, escreveram Walz e Leah Daughtry, outra co-presidente, na carta enviada aos membros do partido. “Nossos objetivos são manter nossa tradição de transparência, nosso compromisso com um processo de nomeação eficaz que entregue um indicado em todas as cédulas estaduais e, finalmente, colocar nossos indicados em um caminho para a vitória em novembro.”

Pressão sobre Biden

A declaração de Schiff nesta quarta-feira significa que mais de 20 congressistas democratas pediram que Biden encerre sua campanha e permita que um candidato substituto seja escolhido. Ele disse repetidas vezes que irá permanecer na corrida.

Não há nenhum mecanismo para que o partido retire Biden como seu candidato se ele não optar por desistir. A grande maioria dos mais de 4,6 mil delegados à convenção do partido deve votar em Biden no primeiro escrutínio, independentemente de quando essa votação ocorra.

WASHINGTON – O Comitê Nacional Democrata adiou em uma semana os planos de nomeação do presidente Joe Biden na chapa para as eleições presidenciais dos Estados Unidos, que seria feito através de uma votação virtual. O adiamento acontece em meio à crise sofrida pela campanha de Biden entre eleitores e políticos democratas que estão incomodados com a persistência dele de tentar a reeleição após o desempenho desastroso no debate contra Donald Trump.

O episódio junto com as aparições públicas irregulares de Biden e dificuldades nas pesquisas causaram preocupações dentro do Partido Democrata. Quase dois terços dos democratas querem que ele abandone a eleição, segundo uma pesquisa da Associated Press e pelo Centro Nacional de Pesquisa de Opinião (Norc, na sigla em inglês) divulgada nesta quarta-feira, 17. Os democratas que estão no Congresso também alertaram que a posição política de Biden de insistência na candidatura vai tornar mais difícil vencer as eleições.

O senador Chuck Schumer, líder da maioria democrata, foi um dos que pressionaram o partido a adiar o início de seu processo de nomeação, de acordo com uma fonte familiarizada com o envolvimento de Schumer.

Imagem desta terça-feira, 16, mostra o presidente Joe Biden durante um discurso em Las Vegas do Norte, em Nevada. Cerca de 20 democratas pedem que Biden desista de tentar a reeleição Foto: Ronda Churchill/AP

Nesta quarta, o deputado Adam B. Schiff, candidato ao Senado pelo Estado da Califórnia e um dos principais aliados da ex-presidente Nancy Pelosi, pediu a Biden que desistisse da disputa. “Nossa nação está numa encruzilhada”, disse ele ao jornal Los Angeles Times. “Uma segunda presidência de Trump minará a própria base de nossa democracia, e tenho sérias preocupações sobre se o presidente (Biden) pode derrotar Donald Trump em novembro.”

O deputado Jared Huffman, que nos últimos dias reuniu colegas para pressionar o Comitê Nacional Democrata (DNC, na sigla em inglês) a atrasar o processo, disse que o novo cronograma do partido é “um passo positivo”, mas que não deve aliviar as preocupações sobre a viabilidade de Biden. “É muito melhor do que um processo congestionado que nos dividirá na próxima semana”, disse Huffman. “Toda essa ideia de nomeá-lo em meados de julho desmoronou sob pressão, e isso, eu acho, é uma coisa boa.”

Huffman disse que ajudou a persuadir dezenas de congressistas democratas a assinar uma carta protestando contra um processo de nomeação que poderia ter começado na segunda-feira. Dado o cronograma que o partido anunciou nesta quarta, Huffman disse que não enviará a carta.

Críticas internas e mudanças de prazo

A ansiedade com a fraqueza de Biden como nome da chapa trouxe novo escrutínio para um processo de nomeação do DNC que estava em vigor desde maio, mas recebeu pouca atenção fora do partido.

O DNC enfrentou uma enxurrada de críticas quando foi revelado na terça-feira que o partido poderia começar a confirmar Biden na cabeça de chapa já na próxima segunda-feira. Jaime Harrison, presidente do partido, travou batalhas nas redes sociais sobre o processo enquanto procurava defender e explicar as regras do comitê.

Nesta quarta-feira, os democratas informaram a seus filiados que os delegados definidos para nomear Biden não começariam a votar em sua votação virtual antes de 1.º de agosto. O informe foi feito através de uma carta dos co-presidentes do comitê de regras da convenção do partido e diz que as autoridades querem concluir o processo até 7 de agosto.

Em maio, funcionários do alto escalão do partido concordaram em nomear Biden em uma votação virtual antes da convenção nacional em Chicago, que deve começar em 19 de agosto. Os democratas, então, estavam preocupados com o prazo de 7 de agosto para colocar os candidatos presidenciais na cédula de votação em Ohio. Posteriormente, os legisladores de Ohio adiaram o prazo do estado para 1.º de setembro, embora a mudança só seja confirmada em 1.º de setembro.

Imagem mostra governador de Minnesota, Tim Walz, em uma conferência de imprensa nesta quinta-feira, 17, em Milwaukee, Wisconsin. Walz informou que comitê decidiu adiar a nomeação de Biden Foto: Jim Vondruska/AFP

Autoridades do DNC expressaram preocupação de que uma nomeação após 7 de agosto possa deixar o partido em risco legal em Ohio. Washington, Montana, Oklahoma e Califórnia também têm prazos de acesso às urnas durante a semana da convenção do partido.

Huffman e outros democratas argumentaram que o prazo de 7 de agosto de Ohio não apresenta risco legal e pode ser ignorado.

O governador Tim Walz, de Minnesota, co-presidente do comitê democrata, disse nesta quarta-feira em uma entrevista coletiva em Milwaukee, à margem da Convenção Nacional Republicana, que o momento da convenção exigia uma nomeação virtual antes que os delegados se reunissem em Chicago. O processo para a nomeação, segundo ele, não está sendo feito de forma apressada. “Só precisamos fazer isso”, disse ele.

“Não importa o que possa ser relatado, nosso objetivo não é apressar”, escreveram Walz e Leah Daughtry, outra co-presidente, na carta enviada aos membros do partido. “Nossos objetivos são manter nossa tradição de transparência, nosso compromisso com um processo de nomeação eficaz que entregue um indicado em todas as cédulas estaduais e, finalmente, colocar nossos indicados em um caminho para a vitória em novembro.”

Pressão sobre Biden

A declaração de Schiff nesta quarta-feira significa que mais de 20 congressistas democratas pediram que Biden encerre sua campanha e permita que um candidato substituto seja escolhido. Ele disse repetidas vezes que irá permanecer na corrida.

Não há nenhum mecanismo para que o partido retire Biden como seu candidato se ele não optar por desistir. A grande maioria dos mais de 4,6 mil delegados à convenção do partido deve votar em Biden no primeiro escrutínio, independentemente de quando essa votação ocorra.

WASHINGTON – O Comitê Nacional Democrata adiou em uma semana os planos de nomeação do presidente Joe Biden na chapa para as eleições presidenciais dos Estados Unidos, que seria feito através de uma votação virtual. O adiamento acontece em meio à crise sofrida pela campanha de Biden entre eleitores e políticos democratas que estão incomodados com a persistência dele de tentar a reeleição após o desempenho desastroso no debate contra Donald Trump.

O episódio junto com as aparições públicas irregulares de Biden e dificuldades nas pesquisas causaram preocupações dentro do Partido Democrata. Quase dois terços dos democratas querem que ele abandone a eleição, segundo uma pesquisa da Associated Press e pelo Centro Nacional de Pesquisa de Opinião (Norc, na sigla em inglês) divulgada nesta quarta-feira, 17. Os democratas que estão no Congresso também alertaram que a posição política de Biden de insistência na candidatura vai tornar mais difícil vencer as eleições.

O senador Chuck Schumer, líder da maioria democrata, foi um dos que pressionaram o partido a adiar o início de seu processo de nomeação, de acordo com uma fonte familiarizada com o envolvimento de Schumer.

Imagem desta terça-feira, 16, mostra o presidente Joe Biden durante um discurso em Las Vegas do Norte, em Nevada. Cerca de 20 democratas pedem que Biden desista de tentar a reeleição Foto: Ronda Churchill/AP

Nesta quarta, o deputado Adam B. Schiff, candidato ao Senado pelo Estado da Califórnia e um dos principais aliados da ex-presidente Nancy Pelosi, pediu a Biden que desistisse da disputa. “Nossa nação está numa encruzilhada”, disse ele ao jornal Los Angeles Times. “Uma segunda presidência de Trump minará a própria base de nossa democracia, e tenho sérias preocupações sobre se o presidente (Biden) pode derrotar Donald Trump em novembro.”

O deputado Jared Huffman, que nos últimos dias reuniu colegas para pressionar o Comitê Nacional Democrata (DNC, na sigla em inglês) a atrasar o processo, disse que o novo cronograma do partido é “um passo positivo”, mas que não deve aliviar as preocupações sobre a viabilidade de Biden. “É muito melhor do que um processo congestionado que nos dividirá na próxima semana”, disse Huffman. “Toda essa ideia de nomeá-lo em meados de julho desmoronou sob pressão, e isso, eu acho, é uma coisa boa.”

Huffman disse que ajudou a persuadir dezenas de congressistas democratas a assinar uma carta protestando contra um processo de nomeação que poderia ter começado na segunda-feira. Dado o cronograma que o partido anunciou nesta quarta, Huffman disse que não enviará a carta.

Críticas internas e mudanças de prazo

A ansiedade com a fraqueza de Biden como nome da chapa trouxe novo escrutínio para um processo de nomeação do DNC que estava em vigor desde maio, mas recebeu pouca atenção fora do partido.

O DNC enfrentou uma enxurrada de críticas quando foi revelado na terça-feira que o partido poderia começar a confirmar Biden na cabeça de chapa já na próxima segunda-feira. Jaime Harrison, presidente do partido, travou batalhas nas redes sociais sobre o processo enquanto procurava defender e explicar as regras do comitê.

Nesta quarta-feira, os democratas informaram a seus filiados que os delegados definidos para nomear Biden não começariam a votar em sua votação virtual antes de 1.º de agosto. O informe foi feito através de uma carta dos co-presidentes do comitê de regras da convenção do partido e diz que as autoridades querem concluir o processo até 7 de agosto.

Em maio, funcionários do alto escalão do partido concordaram em nomear Biden em uma votação virtual antes da convenção nacional em Chicago, que deve começar em 19 de agosto. Os democratas, então, estavam preocupados com o prazo de 7 de agosto para colocar os candidatos presidenciais na cédula de votação em Ohio. Posteriormente, os legisladores de Ohio adiaram o prazo do estado para 1.º de setembro, embora a mudança só seja confirmada em 1.º de setembro.

Imagem mostra governador de Minnesota, Tim Walz, em uma conferência de imprensa nesta quinta-feira, 17, em Milwaukee, Wisconsin. Walz informou que comitê decidiu adiar a nomeação de Biden Foto: Jim Vondruska/AFP

Autoridades do DNC expressaram preocupação de que uma nomeação após 7 de agosto possa deixar o partido em risco legal em Ohio. Washington, Montana, Oklahoma e Califórnia também têm prazos de acesso às urnas durante a semana da convenção do partido.

Huffman e outros democratas argumentaram que o prazo de 7 de agosto de Ohio não apresenta risco legal e pode ser ignorado.

O governador Tim Walz, de Minnesota, co-presidente do comitê democrata, disse nesta quarta-feira em uma entrevista coletiva em Milwaukee, à margem da Convenção Nacional Republicana, que o momento da convenção exigia uma nomeação virtual antes que os delegados se reunissem em Chicago. O processo para a nomeação, segundo ele, não está sendo feito de forma apressada. “Só precisamos fazer isso”, disse ele.

“Não importa o que possa ser relatado, nosso objetivo não é apressar”, escreveram Walz e Leah Daughtry, outra co-presidente, na carta enviada aos membros do partido. “Nossos objetivos são manter nossa tradição de transparência, nosso compromisso com um processo de nomeação eficaz que entregue um indicado em todas as cédulas estaduais e, finalmente, colocar nossos indicados em um caminho para a vitória em novembro.”

Pressão sobre Biden

A declaração de Schiff nesta quarta-feira significa que mais de 20 congressistas democratas pediram que Biden encerre sua campanha e permita que um candidato substituto seja escolhido. Ele disse repetidas vezes que irá permanecer na corrida.

Não há nenhum mecanismo para que o partido retire Biden como seu candidato se ele não optar por desistir. A grande maioria dos mais de 4,6 mil delegados à convenção do partido deve votar em Biden no primeiro escrutínio, independentemente de quando essa votação ocorra.

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