Maduro vota na Venezuela e afirma que irá ‘garantir’ que resultados sejam respeitados


Ex-diplomata Edmundo Gonzalez Urrutia, candidato da oposição, lidera as pesquisas de intenção de voto

Por Redação
Atualização:

Os locais de votação na Venezuela abriram as portas neste domingo, 28, às 6h no horário local (7h no horário de Brasília) para as eleições presidenciais do país. O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, votou e afirmou que vai “garantir” que sejam respeitados os resultados das eleições em que aspira a um terceiro mandato de seis anos.

Maduro enfrenta o candidato da oposição, o ex-diplomata Edmundo Gonzalez Urrutia, que lidera as pesquisas de intenção de voto.

“Reconheço e reconhecerei o árbitro eleitoral, os boletins oficiais e garantirei que sejam respeitados”, disse Maduro após votar em Caracas. “Apelo aos 10 candidatos presidenciais a respeitarem, a garantirem o respeito e a declararem publicamente que respeitarão o boletim oficial do Conselho Nacional Eleitoral.”

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O ditador da Venezuela, Nicolas Maduro, vota em Caracas, Venezuela  Foto: Fernando Vergara/AP

Quase 21 milhões de pessoas estão registradas para votar em uma população de 30 milhões, embora analistas calculem que poderão comparecer às urnas apenas 17 milhões que estão no país e não migraram devido à dura crise da última década.

Os locais de votação devem permanecer abertos até 18h no horário local (19h de Brasília), com possibilidade de ampliação do horário em caso de necessidade. Os locais de votação registraram longas filas, segundo os correspondentes da AFP. Algumas pessoas compareceram às seções eleitorais durante a noite anterior para garantir o voto durante a manhã.

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Oposição

Há 10 candidatos no total nas eleições presidenciais deste ano e as pesquisas de intenções de voto apontam que quem está na liderança é o ex-diplomata Edmundo González, da coalizão Plataforma Unitária.

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A principal líder opositora do país, María Corina Machado, não irá disputar o pleito. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, aparelhado por Maduro, impediu-a de concorrer a presidente. Machado se consolidou como líder da coligação Plataforma Unitária – a principal coalizão da oposição – em outubro do ano passado, quando venceu as primárias presidenciais com mais de 90% dos votos.

O candidato presidencial Edmundo Gonzalez e a líder da oposição María Corina Machado participam de um comício em Barinas, Venezuela  Foto: Ariana Cubillos/AP

Dias depois de ela ter entrado formalmente nas primárias da coligação de oposição da Plataforma Unitária, a Controladoria-Geral anunciou que ela havia sido proibida de concorrer a cargos públicos durante 15 anos, e o tribunal superior do país confirmou essa decisão em janeiro.

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Nos últimos meses, a ditadura de Maduro tentou intimidar a líder opositora. O governo prendeu colaboradores e fechou negócios associados a ela, desde um hotel onde ela se hospedou durante uma parada de campanha até mulheres que lhe vendiam empanadas.

A ONG de direitos humanos Foro Penal denunciou também na sexta-feira que 135 pessoas vinculadas à campanha do opositor González foram presas, das quais 47 permanecem detidas.

A líder da oposição, María Corina Machado, e o candidato presidencial Edmundo González participam de um compromisso de campanha  Foto: Adriana Loureiro Fernandez/NYT
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Candidato da oposição promete defender voto

O principal candidato da oposição venezuelana, Edmundo González Urrutia, também já votou em Caracas neste domingo e afirmou estar preparado para “defender até o último voto” nas eleições presidenciais.

“Confiamos também nas nossas Forças Armadas para respeitar a decisão do nosso povo”, acrescentou.

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Maria Corina Machado e Edmundo Gonzalez Urrutia participam de um compromisso de campanha em Caracas, Venezuela  Foto: Gabriela Oraa/AFP

Problemas

Pelo menos oito representantes de partidos autorizados pelo Conselho Nacional Eleitoral a supervisionar o maior centro de votação do país, localizado em Caracas, tiveram o acesso negado mais de uma hora depois da data prevista para a abertura das urnas.

Os policiais não permitiram a entrada dos fiscais mesmo após eles mostrarem o certificado impresso que deveria lhes dar o acesso.

Marisol Contreras, 58 anos, representante da coalizão Plataforma Unitária, disse que chegou às 4h e foi informada de que não poderia entrar na escola primária. Pessoas ligadas ao governo ficaram na porta e afirmaram que todo o pessoal necessário já estava dentro da escola.

Estados Unidos

A organização das eleições é resultado de um acordo entre governo e oposição promovido pelos Estados Unidos. O secretário de Estado americano, Antony Blinken, fez um apelo em Tóquio para que o “processo democrático” seja respeitado. “O povo venezuelano merece uma eleição que reflita realmente sua vontade”, afirmou.

Para estimular as eleições, Washington flexibilizou as sanções que impôs ao país em 2019, depois que não reconheceu a reeleição de Maduro um ano antes por suspeitas de fraude.

O governo Maduro atribui às sanções o colapso da economia do país, grande produtor de petróleo, que possui as maiores reservas do mundo e no auge chegou a produzir 3,5 milhões de barris por dia, contra quase um milhão atualmente. /com AFP

Os locais de votação na Venezuela abriram as portas neste domingo, 28, às 6h no horário local (7h no horário de Brasília) para as eleições presidenciais do país. O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, votou e afirmou que vai “garantir” que sejam respeitados os resultados das eleições em que aspira a um terceiro mandato de seis anos.

Maduro enfrenta o candidato da oposição, o ex-diplomata Edmundo Gonzalez Urrutia, que lidera as pesquisas de intenção de voto.

“Reconheço e reconhecerei o árbitro eleitoral, os boletins oficiais e garantirei que sejam respeitados”, disse Maduro após votar em Caracas. “Apelo aos 10 candidatos presidenciais a respeitarem, a garantirem o respeito e a declararem publicamente que respeitarão o boletim oficial do Conselho Nacional Eleitoral.”

O ditador da Venezuela, Nicolas Maduro, vota em Caracas, Venezuela  Foto: Fernando Vergara/AP

Quase 21 milhões de pessoas estão registradas para votar em uma população de 30 milhões, embora analistas calculem que poderão comparecer às urnas apenas 17 milhões que estão no país e não migraram devido à dura crise da última década.

Os locais de votação devem permanecer abertos até 18h no horário local (19h de Brasília), com possibilidade de ampliação do horário em caso de necessidade. Os locais de votação registraram longas filas, segundo os correspondentes da AFP. Algumas pessoas compareceram às seções eleitorais durante a noite anterior para garantir o voto durante a manhã.

Oposição

Há 10 candidatos no total nas eleições presidenciais deste ano e as pesquisas de intenções de voto apontam que quem está na liderança é o ex-diplomata Edmundo González, da coalizão Plataforma Unitária.

A principal líder opositora do país, María Corina Machado, não irá disputar o pleito. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, aparelhado por Maduro, impediu-a de concorrer a presidente. Machado se consolidou como líder da coligação Plataforma Unitária – a principal coalizão da oposição – em outubro do ano passado, quando venceu as primárias presidenciais com mais de 90% dos votos.

O candidato presidencial Edmundo Gonzalez e a líder da oposição María Corina Machado participam de um comício em Barinas, Venezuela  Foto: Ariana Cubillos/AP

Dias depois de ela ter entrado formalmente nas primárias da coligação de oposição da Plataforma Unitária, a Controladoria-Geral anunciou que ela havia sido proibida de concorrer a cargos públicos durante 15 anos, e o tribunal superior do país confirmou essa decisão em janeiro.

Nos últimos meses, a ditadura de Maduro tentou intimidar a líder opositora. O governo prendeu colaboradores e fechou negócios associados a ela, desde um hotel onde ela se hospedou durante uma parada de campanha até mulheres que lhe vendiam empanadas.

A ONG de direitos humanos Foro Penal denunciou também na sexta-feira que 135 pessoas vinculadas à campanha do opositor González foram presas, das quais 47 permanecem detidas.

A líder da oposição, María Corina Machado, e o candidato presidencial Edmundo González participam de um compromisso de campanha  Foto: Adriana Loureiro Fernandez/NYT

Candidato da oposição promete defender voto

O principal candidato da oposição venezuelana, Edmundo González Urrutia, também já votou em Caracas neste domingo e afirmou estar preparado para “defender até o último voto” nas eleições presidenciais.

“Confiamos também nas nossas Forças Armadas para respeitar a decisão do nosso povo”, acrescentou.

Maria Corina Machado e Edmundo Gonzalez Urrutia participam de um compromisso de campanha em Caracas, Venezuela  Foto: Gabriela Oraa/AFP

Problemas

Pelo menos oito representantes de partidos autorizados pelo Conselho Nacional Eleitoral a supervisionar o maior centro de votação do país, localizado em Caracas, tiveram o acesso negado mais de uma hora depois da data prevista para a abertura das urnas.

Os policiais não permitiram a entrada dos fiscais mesmo após eles mostrarem o certificado impresso que deveria lhes dar o acesso.

Marisol Contreras, 58 anos, representante da coalizão Plataforma Unitária, disse que chegou às 4h e foi informada de que não poderia entrar na escola primária. Pessoas ligadas ao governo ficaram na porta e afirmaram que todo o pessoal necessário já estava dentro da escola.

Estados Unidos

A organização das eleições é resultado de um acordo entre governo e oposição promovido pelos Estados Unidos. O secretário de Estado americano, Antony Blinken, fez um apelo em Tóquio para que o “processo democrático” seja respeitado. “O povo venezuelano merece uma eleição que reflita realmente sua vontade”, afirmou.

Para estimular as eleições, Washington flexibilizou as sanções que impôs ao país em 2019, depois que não reconheceu a reeleição de Maduro um ano antes por suspeitas de fraude.

O governo Maduro atribui às sanções o colapso da economia do país, grande produtor de petróleo, que possui as maiores reservas do mundo e no auge chegou a produzir 3,5 milhões de barris por dia, contra quase um milhão atualmente. /com AFP

Os locais de votação na Venezuela abriram as portas neste domingo, 28, às 6h no horário local (7h no horário de Brasília) para as eleições presidenciais do país. O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, votou e afirmou que vai “garantir” que sejam respeitados os resultados das eleições em que aspira a um terceiro mandato de seis anos.

Maduro enfrenta o candidato da oposição, o ex-diplomata Edmundo Gonzalez Urrutia, que lidera as pesquisas de intenção de voto.

“Reconheço e reconhecerei o árbitro eleitoral, os boletins oficiais e garantirei que sejam respeitados”, disse Maduro após votar em Caracas. “Apelo aos 10 candidatos presidenciais a respeitarem, a garantirem o respeito e a declararem publicamente que respeitarão o boletim oficial do Conselho Nacional Eleitoral.”

O ditador da Venezuela, Nicolas Maduro, vota em Caracas, Venezuela  Foto: Fernando Vergara/AP

Quase 21 milhões de pessoas estão registradas para votar em uma população de 30 milhões, embora analistas calculem que poderão comparecer às urnas apenas 17 milhões que estão no país e não migraram devido à dura crise da última década.

Os locais de votação devem permanecer abertos até 18h no horário local (19h de Brasília), com possibilidade de ampliação do horário em caso de necessidade. Os locais de votação registraram longas filas, segundo os correspondentes da AFP. Algumas pessoas compareceram às seções eleitorais durante a noite anterior para garantir o voto durante a manhã.

Oposição

Há 10 candidatos no total nas eleições presidenciais deste ano e as pesquisas de intenções de voto apontam que quem está na liderança é o ex-diplomata Edmundo González, da coalizão Plataforma Unitária.

A principal líder opositora do país, María Corina Machado, não irá disputar o pleito. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, aparelhado por Maduro, impediu-a de concorrer a presidente. Machado se consolidou como líder da coligação Plataforma Unitária – a principal coalizão da oposição – em outubro do ano passado, quando venceu as primárias presidenciais com mais de 90% dos votos.

O candidato presidencial Edmundo Gonzalez e a líder da oposição María Corina Machado participam de um comício em Barinas, Venezuela  Foto: Ariana Cubillos/AP

Dias depois de ela ter entrado formalmente nas primárias da coligação de oposição da Plataforma Unitária, a Controladoria-Geral anunciou que ela havia sido proibida de concorrer a cargos públicos durante 15 anos, e o tribunal superior do país confirmou essa decisão em janeiro.

Nos últimos meses, a ditadura de Maduro tentou intimidar a líder opositora. O governo prendeu colaboradores e fechou negócios associados a ela, desde um hotel onde ela se hospedou durante uma parada de campanha até mulheres que lhe vendiam empanadas.

A ONG de direitos humanos Foro Penal denunciou também na sexta-feira que 135 pessoas vinculadas à campanha do opositor González foram presas, das quais 47 permanecem detidas.

A líder da oposição, María Corina Machado, e o candidato presidencial Edmundo González participam de um compromisso de campanha  Foto: Adriana Loureiro Fernandez/NYT

Candidato da oposição promete defender voto

O principal candidato da oposição venezuelana, Edmundo González Urrutia, também já votou em Caracas neste domingo e afirmou estar preparado para “defender até o último voto” nas eleições presidenciais.

“Confiamos também nas nossas Forças Armadas para respeitar a decisão do nosso povo”, acrescentou.

Maria Corina Machado e Edmundo Gonzalez Urrutia participam de um compromisso de campanha em Caracas, Venezuela  Foto: Gabriela Oraa/AFP

Problemas

Pelo menos oito representantes de partidos autorizados pelo Conselho Nacional Eleitoral a supervisionar o maior centro de votação do país, localizado em Caracas, tiveram o acesso negado mais de uma hora depois da data prevista para a abertura das urnas.

Os policiais não permitiram a entrada dos fiscais mesmo após eles mostrarem o certificado impresso que deveria lhes dar o acesso.

Marisol Contreras, 58 anos, representante da coalizão Plataforma Unitária, disse que chegou às 4h e foi informada de que não poderia entrar na escola primária. Pessoas ligadas ao governo ficaram na porta e afirmaram que todo o pessoal necessário já estava dentro da escola.

Estados Unidos

A organização das eleições é resultado de um acordo entre governo e oposição promovido pelos Estados Unidos. O secretário de Estado americano, Antony Blinken, fez um apelo em Tóquio para que o “processo democrático” seja respeitado. “O povo venezuelano merece uma eleição que reflita realmente sua vontade”, afirmou.

Para estimular as eleições, Washington flexibilizou as sanções que impôs ao país em 2019, depois que não reconheceu a reeleição de Maduro um ano antes por suspeitas de fraude.

O governo Maduro atribui às sanções o colapso da economia do país, grande produtor de petróleo, que possui as maiores reservas do mundo e no auge chegou a produzir 3,5 milhões de barris por dia, contra quase um milhão atualmente. /com AFP

Os locais de votação na Venezuela abriram as portas neste domingo, 28, às 6h no horário local (7h no horário de Brasília) para as eleições presidenciais do país. O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, votou e afirmou que vai “garantir” que sejam respeitados os resultados das eleições em que aspira a um terceiro mandato de seis anos.

Maduro enfrenta o candidato da oposição, o ex-diplomata Edmundo Gonzalez Urrutia, que lidera as pesquisas de intenção de voto.

“Reconheço e reconhecerei o árbitro eleitoral, os boletins oficiais e garantirei que sejam respeitados”, disse Maduro após votar em Caracas. “Apelo aos 10 candidatos presidenciais a respeitarem, a garantirem o respeito e a declararem publicamente que respeitarão o boletim oficial do Conselho Nacional Eleitoral.”

O ditador da Venezuela, Nicolas Maduro, vota em Caracas, Venezuela  Foto: Fernando Vergara/AP

Quase 21 milhões de pessoas estão registradas para votar em uma população de 30 milhões, embora analistas calculem que poderão comparecer às urnas apenas 17 milhões que estão no país e não migraram devido à dura crise da última década.

Os locais de votação devem permanecer abertos até 18h no horário local (19h de Brasília), com possibilidade de ampliação do horário em caso de necessidade. Os locais de votação registraram longas filas, segundo os correspondentes da AFP. Algumas pessoas compareceram às seções eleitorais durante a noite anterior para garantir o voto durante a manhã.

Oposição

Há 10 candidatos no total nas eleições presidenciais deste ano e as pesquisas de intenções de voto apontam que quem está na liderança é o ex-diplomata Edmundo González, da coalizão Plataforma Unitária.

A principal líder opositora do país, María Corina Machado, não irá disputar o pleito. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, aparelhado por Maduro, impediu-a de concorrer a presidente. Machado se consolidou como líder da coligação Plataforma Unitária – a principal coalizão da oposição – em outubro do ano passado, quando venceu as primárias presidenciais com mais de 90% dos votos.

O candidato presidencial Edmundo Gonzalez e a líder da oposição María Corina Machado participam de um comício em Barinas, Venezuela  Foto: Ariana Cubillos/AP

Dias depois de ela ter entrado formalmente nas primárias da coligação de oposição da Plataforma Unitária, a Controladoria-Geral anunciou que ela havia sido proibida de concorrer a cargos públicos durante 15 anos, e o tribunal superior do país confirmou essa decisão em janeiro.

Nos últimos meses, a ditadura de Maduro tentou intimidar a líder opositora. O governo prendeu colaboradores e fechou negócios associados a ela, desde um hotel onde ela se hospedou durante uma parada de campanha até mulheres que lhe vendiam empanadas.

A ONG de direitos humanos Foro Penal denunciou também na sexta-feira que 135 pessoas vinculadas à campanha do opositor González foram presas, das quais 47 permanecem detidas.

A líder da oposição, María Corina Machado, e o candidato presidencial Edmundo González participam de um compromisso de campanha  Foto: Adriana Loureiro Fernandez/NYT

Candidato da oposição promete defender voto

O principal candidato da oposição venezuelana, Edmundo González Urrutia, também já votou em Caracas neste domingo e afirmou estar preparado para “defender até o último voto” nas eleições presidenciais.

“Confiamos também nas nossas Forças Armadas para respeitar a decisão do nosso povo”, acrescentou.

Maria Corina Machado e Edmundo Gonzalez Urrutia participam de um compromisso de campanha em Caracas, Venezuela  Foto: Gabriela Oraa/AFP

Problemas

Pelo menos oito representantes de partidos autorizados pelo Conselho Nacional Eleitoral a supervisionar o maior centro de votação do país, localizado em Caracas, tiveram o acesso negado mais de uma hora depois da data prevista para a abertura das urnas.

Os policiais não permitiram a entrada dos fiscais mesmo após eles mostrarem o certificado impresso que deveria lhes dar o acesso.

Marisol Contreras, 58 anos, representante da coalizão Plataforma Unitária, disse que chegou às 4h e foi informada de que não poderia entrar na escola primária. Pessoas ligadas ao governo ficaram na porta e afirmaram que todo o pessoal necessário já estava dentro da escola.

Estados Unidos

A organização das eleições é resultado de um acordo entre governo e oposição promovido pelos Estados Unidos. O secretário de Estado americano, Antony Blinken, fez um apelo em Tóquio para que o “processo democrático” seja respeitado. “O povo venezuelano merece uma eleição que reflita realmente sua vontade”, afirmou.

Para estimular as eleições, Washington flexibilizou as sanções que impôs ao país em 2019, depois que não reconheceu a reeleição de Maduro um ano antes por suspeitas de fraude.

O governo Maduro atribui às sanções o colapso da economia do país, grande produtor de petróleo, que possui as maiores reservas do mundo e no auge chegou a produzir 3,5 milhões de barris por dia, contra quase um milhão atualmente. /com AFP

Os locais de votação na Venezuela abriram as portas neste domingo, 28, às 6h no horário local (7h no horário de Brasília) para as eleições presidenciais do país. O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, votou e afirmou que vai “garantir” que sejam respeitados os resultados das eleições em que aspira a um terceiro mandato de seis anos.

Maduro enfrenta o candidato da oposição, o ex-diplomata Edmundo Gonzalez Urrutia, que lidera as pesquisas de intenção de voto.

“Reconheço e reconhecerei o árbitro eleitoral, os boletins oficiais e garantirei que sejam respeitados”, disse Maduro após votar em Caracas. “Apelo aos 10 candidatos presidenciais a respeitarem, a garantirem o respeito e a declararem publicamente que respeitarão o boletim oficial do Conselho Nacional Eleitoral.”

O ditador da Venezuela, Nicolas Maduro, vota em Caracas, Venezuela  Foto: Fernando Vergara/AP

Quase 21 milhões de pessoas estão registradas para votar em uma população de 30 milhões, embora analistas calculem que poderão comparecer às urnas apenas 17 milhões que estão no país e não migraram devido à dura crise da última década.

Os locais de votação devem permanecer abertos até 18h no horário local (19h de Brasília), com possibilidade de ampliação do horário em caso de necessidade. Os locais de votação registraram longas filas, segundo os correspondentes da AFP. Algumas pessoas compareceram às seções eleitorais durante a noite anterior para garantir o voto durante a manhã.

Oposição

Há 10 candidatos no total nas eleições presidenciais deste ano e as pesquisas de intenções de voto apontam que quem está na liderança é o ex-diplomata Edmundo González, da coalizão Plataforma Unitária.

A principal líder opositora do país, María Corina Machado, não irá disputar o pleito. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, aparelhado por Maduro, impediu-a de concorrer a presidente. Machado se consolidou como líder da coligação Plataforma Unitária – a principal coalizão da oposição – em outubro do ano passado, quando venceu as primárias presidenciais com mais de 90% dos votos.

O candidato presidencial Edmundo Gonzalez e a líder da oposição María Corina Machado participam de um comício em Barinas, Venezuela  Foto: Ariana Cubillos/AP

Dias depois de ela ter entrado formalmente nas primárias da coligação de oposição da Plataforma Unitária, a Controladoria-Geral anunciou que ela havia sido proibida de concorrer a cargos públicos durante 15 anos, e o tribunal superior do país confirmou essa decisão em janeiro.

Nos últimos meses, a ditadura de Maduro tentou intimidar a líder opositora. O governo prendeu colaboradores e fechou negócios associados a ela, desde um hotel onde ela se hospedou durante uma parada de campanha até mulheres que lhe vendiam empanadas.

A ONG de direitos humanos Foro Penal denunciou também na sexta-feira que 135 pessoas vinculadas à campanha do opositor González foram presas, das quais 47 permanecem detidas.

A líder da oposição, María Corina Machado, e o candidato presidencial Edmundo González participam de um compromisso de campanha  Foto: Adriana Loureiro Fernandez/NYT

Candidato da oposição promete defender voto

O principal candidato da oposição venezuelana, Edmundo González Urrutia, também já votou em Caracas neste domingo e afirmou estar preparado para “defender até o último voto” nas eleições presidenciais.

“Confiamos também nas nossas Forças Armadas para respeitar a decisão do nosso povo”, acrescentou.

Maria Corina Machado e Edmundo Gonzalez Urrutia participam de um compromisso de campanha em Caracas, Venezuela  Foto: Gabriela Oraa/AFP

Problemas

Pelo menos oito representantes de partidos autorizados pelo Conselho Nacional Eleitoral a supervisionar o maior centro de votação do país, localizado em Caracas, tiveram o acesso negado mais de uma hora depois da data prevista para a abertura das urnas.

Os policiais não permitiram a entrada dos fiscais mesmo após eles mostrarem o certificado impresso que deveria lhes dar o acesso.

Marisol Contreras, 58 anos, representante da coalizão Plataforma Unitária, disse que chegou às 4h e foi informada de que não poderia entrar na escola primária. Pessoas ligadas ao governo ficaram na porta e afirmaram que todo o pessoal necessário já estava dentro da escola.

Estados Unidos

A organização das eleições é resultado de um acordo entre governo e oposição promovido pelos Estados Unidos. O secretário de Estado americano, Antony Blinken, fez um apelo em Tóquio para que o “processo democrático” seja respeitado. “O povo venezuelano merece uma eleição que reflita realmente sua vontade”, afirmou.

Para estimular as eleições, Washington flexibilizou as sanções que impôs ao país em 2019, depois que não reconheceu a reeleição de Maduro um ano antes por suspeitas de fraude.

O governo Maduro atribui às sanções o colapso da economia do país, grande produtor de petróleo, que possui as maiores reservas do mundo e no auge chegou a produzir 3,5 milhões de barris por dia, contra quase um milhão atualmente. /com AFP

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