Em discurso, Putin apresenta novas armas nucleares e um míssil de ‘alcance ilimitado’


Presidente russo explicou que o projétil testado em 2017 pode entrar em qualquer sistema antimísseis, transformando o escudo americano em algo ‘inútil’; ele também prometeu melhorar a qualidade de vida da população e reduzir a pobreza pela metade

Por Redação

MOSCOU - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira, 1.º, que seu país apresentou novas armas nucleares, incluindo um míssil de cruzeiro e um drone submarino, ambos de propulsão nuclear, que seriam imunes aos sistemas de detecção inimigos.

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Em seu discurso, Vladimir Putin disse que, se no futuro, algum país conseguir desenvolver armamentos como os da Rússia, “nossos homens já terão inventado algo mais” Foto: EFE/ Michael Klimentyev / Sputnik / Kremlin/ Pool

Durante seu discurso sobre o estado da nação, o dirigente explicou que o míssil testado em 2017 tem “alcance praticamente ilimitado”, chega a uma grande velocidade e pode entrar em qualquer sistema antimísseis, transformando o escudo americano em algo “inútil”.

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O drone submarino tem capacidade para transportar uma ogiva nuclear e poderia alcançar tanto porta-aviões quanto instalações costeiras. A Rússia apresentou também novos mísseis balísticos intercontinentais pesados, chamados Sarmat, que superam o alcance e o número de ogivas de seu antecessor.

“Ninguém no mundo tem algo igual por enquanto. É algo fantástico”, disse Putin em seu discurso, que foi acompanhado por vídeos projetados em uma tela com gráficos da trajetória do míssil sobrevoando o território americano e imagens de testes desses foguetes.

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O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a instauração, a partir desta terça-feira, de uma trégua humanitária em Guta Oriental, reduto dos rebeldes na Síria. Pouco antes do anúncio de Moscou, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, havia dito que o cessar-fogo deveria ser aplicado "imediatamente".

“Insisto, nenhum país no mundo tem hoje as armas que temos”, garantiu o líder russo, acrescentando que a partir de agora “o sistema antimísseis americano será inútil e não terá nenhum sentido”. “Antes de termos os novos sistemas de armas, ninguém nos escutava. Escutem-nos agora.”

Putin disse que, se no futuro, algum país conseguir desenvolver armamentos como os da Rússia, “nossos homens já terão inventado algo mais”. Ele ainda ressaltou que consideraria um ataque nuclear contra seus aliados como uma ação contra a própria Rússia, e responderia imediatamente.

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O Sarmat (SS-X-30 Satan-2, segundo a Otan) é um míssil intercontinental pesado capaz de portar de 10 a 15 ogivas nucleares. “Nossos colegas estrangeiros, como vocês sabem, atribuíram um nome notavelmente ameaçador: Satanás”, declarou o presidente.

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O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos publicou nesta terça-feira uma lista de funcionários e empresários russos considerados próximos ao presidente Vladimir Putin e que podem ser objetos de sanções. Putin qualificou a medida de "ato hostil".

Ele também afirmou que o Exército russo dispõe desde 2017 de “complexas armas laser” e “armas hipersônicas”, e citou os novos mísseis de cruzeiro, que têm um alcance ilimitado. “Não mostrei a vocês hoje todas as armas que temos. Por hora, é suficiente. Acredito que tudo que disse em meu discurso sirva para acalmar qualquer agressor em potencial.”

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Pobreza

Putin prometeu melhorar a qualidade de vida dos russos e reduzir à metade o nível de pobreza "inadmissível" durante o mandato de seis anos, que provavelmente receberá nas eleições de 18 de março.

A pouco mais de duas semanas para a votação, Putin começou o discurso anual no Parlamento insistindo na necessidade de melhorar o "bem-estar" da população e no investimento em infraestrutura e saúde para evitar que o país fique atrasado, o que no seu entender seria o "principal inimigo".

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As excentricidades de Vladimir Putin

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"Os próximos anos serão decisivos para a vida do país", afirmou o presidente, que considera "essencial o desenvolvimento do bem-estar". "Temos de resolver uma das tarefas chave da próxima década: garantir um crescimento seguro, a longo prazo uma renda real aos cidadãos e reduzir a taxa de pobreza no mínimo à metade em seis anos", declarou ele.

O número de pobres no país caiu, segundo Putin, de 42 milhões no ano 2000 para quase 20 milhões atualmente. A tendência de queda desacelerou em seu último mandato (2012-2018) em consequência da recessão econômica. 

CETICISMO

Especialistas ouvidos pela imprensa internacional foram unânimes em dizer que o discurso marca o começo de uma escalada na corrida armamentista, mas eles têm dúvidas se os mísseis já existem. “Essa tecnologia marca uma nova guerra fria e pode alterar o equilíbrio de poder no mundo, mas não está claro se Putin está dizendo que há um item no orçamento dizendo: ‘desenvolver propulsão nuclear para um míssil’, ou se é ‘temos um pronto e podemos usar em breve’”, escreveu em seu perfil no Facebook Douglas Barrie, analista do International Institute for Strategic Studies, em Londres. 

A menos de 20 dias para as eleições presidenciais na Rússia, é provável que Putin esteja usando o discurso patriótico para instigar o nacionalismo bélico russo e levar mais eleitores às urnas. “Ele está dando às pessoas a imagem de um futuro desejado, e isso é atraente para sua audiência doméstica”, disse ao New York Times Aleksei Makarkin, vice-diretor do Center for Political Technologies, centro de estudos de Moscou. “O discurso de Putin é sob medida para mostrar que ele continua sendo a melhor alternativa para melhorar a economia e, ao mesmo tempo, transformar a Rússia em uma fortaleza sitiada.” / AP, EFE e REUTERS

MOSCOU - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira, 1.º, que seu país apresentou novas armas nucleares, incluindo um míssil de cruzeiro e um drone submarino, ambos de propulsão nuclear, que seriam imunes aos sistemas de detecção inimigos.

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Em seu discurso, Vladimir Putin disse que, se no futuro, algum país conseguir desenvolver armamentos como os da Rússia, “nossos homens já terão inventado algo mais” Foto: EFE/ Michael Klimentyev / Sputnik / Kremlin/ Pool

Durante seu discurso sobre o estado da nação, o dirigente explicou que o míssil testado em 2017 tem “alcance praticamente ilimitado”, chega a uma grande velocidade e pode entrar em qualquer sistema antimísseis, transformando o escudo americano em algo “inútil”.

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O drone submarino tem capacidade para transportar uma ogiva nuclear e poderia alcançar tanto porta-aviões quanto instalações costeiras. A Rússia apresentou também novos mísseis balísticos intercontinentais pesados, chamados Sarmat, que superam o alcance e o número de ogivas de seu antecessor.

“Ninguém no mundo tem algo igual por enquanto. É algo fantástico”, disse Putin em seu discurso, que foi acompanhado por vídeos projetados em uma tela com gráficos da trajetória do míssil sobrevoando o território americano e imagens de testes desses foguetes.

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O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a instauração, a partir desta terça-feira, de uma trégua humanitária em Guta Oriental, reduto dos rebeldes na Síria. Pouco antes do anúncio de Moscou, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, havia dito que o cessar-fogo deveria ser aplicado "imediatamente".

“Insisto, nenhum país no mundo tem hoje as armas que temos”, garantiu o líder russo, acrescentando que a partir de agora “o sistema antimísseis americano será inútil e não terá nenhum sentido”. “Antes de termos os novos sistemas de armas, ninguém nos escutava. Escutem-nos agora.”

Putin disse que, se no futuro, algum país conseguir desenvolver armamentos como os da Rússia, “nossos homens já terão inventado algo mais”. Ele ainda ressaltou que consideraria um ataque nuclear contra seus aliados como uma ação contra a própria Rússia, e responderia imediatamente.

O Sarmat (SS-X-30 Satan-2, segundo a Otan) é um míssil intercontinental pesado capaz de portar de 10 a 15 ogivas nucleares. “Nossos colegas estrangeiros, como vocês sabem, atribuíram um nome notavelmente ameaçador: Satanás”, declarou o presidente.

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O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos publicou nesta terça-feira uma lista de funcionários e empresários russos considerados próximos ao presidente Vladimir Putin e que podem ser objetos de sanções. Putin qualificou a medida de "ato hostil".

Ele também afirmou que o Exército russo dispõe desde 2017 de “complexas armas laser” e “armas hipersônicas”, e citou os novos mísseis de cruzeiro, que têm um alcance ilimitado. “Não mostrei a vocês hoje todas as armas que temos. Por hora, é suficiente. Acredito que tudo que disse em meu discurso sirva para acalmar qualquer agressor em potencial.”

Pobreza

Putin prometeu melhorar a qualidade de vida dos russos e reduzir à metade o nível de pobreza "inadmissível" durante o mandato de seis anos, que provavelmente receberá nas eleições de 18 de março.

A pouco mais de duas semanas para a votação, Putin começou o discurso anual no Parlamento insistindo na necessidade de melhorar o "bem-estar" da população e no investimento em infraestrutura e saúde para evitar que o país fique atrasado, o que no seu entender seria o "principal inimigo".

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"Os próximos anos serão decisivos para a vida do país", afirmou o presidente, que considera "essencial o desenvolvimento do bem-estar". "Temos de resolver uma das tarefas chave da próxima década: garantir um crescimento seguro, a longo prazo uma renda real aos cidadãos e reduzir a taxa de pobreza no mínimo à metade em seis anos", declarou ele.

O número de pobres no país caiu, segundo Putin, de 42 milhões no ano 2000 para quase 20 milhões atualmente. A tendência de queda desacelerou em seu último mandato (2012-2018) em consequência da recessão econômica. 

CETICISMO

Especialistas ouvidos pela imprensa internacional foram unânimes em dizer que o discurso marca o começo de uma escalada na corrida armamentista, mas eles têm dúvidas se os mísseis já existem. “Essa tecnologia marca uma nova guerra fria e pode alterar o equilíbrio de poder no mundo, mas não está claro se Putin está dizendo que há um item no orçamento dizendo: ‘desenvolver propulsão nuclear para um míssil’, ou se é ‘temos um pronto e podemos usar em breve’”, escreveu em seu perfil no Facebook Douglas Barrie, analista do International Institute for Strategic Studies, em Londres. 

A menos de 20 dias para as eleições presidenciais na Rússia, é provável que Putin esteja usando o discurso patriótico para instigar o nacionalismo bélico russo e levar mais eleitores às urnas. “Ele está dando às pessoas a imagem de um futuro desejado, e isso é atraente para sua audiência doméstica”, disse ao New York Times Aleksei Makarkin, vice-diretor do Center for Political Technologies, centro de estudos de Moscou. “O discurso de Putin é sob medida para mostrar que ele continua sendo a melhor alternativa para melhorar a economia e, ao mesmo tempo, transformar a Rússia em uma fortaleza sitiada.” / AP, EFE e REUTERS

MOSCOU - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira, 1.º, que seu país apresentou novas armas nucleares, incluindo um míssil de cruzeiro e um drone submarino, ambos de propulsão nuclear, que seriam imunes aos sistemas de detecção inimigos.

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Em seu discurso, Vladimir Putin disse que, se no futuro, algum país conseguir desenvolver armamentos como os da Rússia, “nossos homens já terão inventado algo mais” Foto: EFE/ Michael Klimentyev / Sputnik / Kremlin/ Pool

Durante seu discurso sobre o estado da nação, o dirigente explicou que o míssil testado em 2017 tem “alcance praticamente ilimitado”, chega a uma grande velocidade e pode entrar em qualquer sistema antimísseis, transformando o escudo americano em algo “inútil”.

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O drone submarino tem capacidade para transportar uma ogiva nuclear e poderia alcançar tanto porta-aviões quanto instalações costeiras. A Rússia apresentou também novos mísseis balísticos intercontinentais pesados, chamados Sarmat, que superam o alcance e o número de ogivas de seu antecessor.

“Ninguém no mundo tem algo igual por enquanto. É algo fantástico”, disse Putin em seu discurso, que foi acompanhado por vídeos projetados em uma tela com gráficos da trajetória do míssil sobrevoando o território americano e imagens de testes desses foguetes.

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O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a instauração, a partir desta terça-feira, de uma trégua humanitária em Guta Oriental, reduto dos rebeldes na Síria. Pouco antes do anúncio de Moscou, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, havia dito que o cessar-fogo deveria ser aplicado "imediatamente".

“Insisto, nenhum país no mundo tem hoje as armas que temos”, garantiu o líder russo, acrescentando que a partir de agora “o sistema antimísseis americano será inútil e não terá nenhum sentido”. “Antes de termos os novos sistemas de armas, ninguém nos escutava. Escutem-nos agora.”

Putin disse que, se no futuro, algum país conseguir desenvolver armamentos como os da Rússia, “nossos homens já terão inventado algo mais”. Ele ainda ressaltou que consideraria um ataque nuclear contra seus aliados como uma ação contra a própria Rússia, e responderia imediatamente.

O Sarmat (SS-X-30 Satan-2, segundo a Otan) é um míssil intercontinental pesado capaz de portar de 10 a 15 ogivas nucleares. “Nossos colegas estrangeiros, como vocês sabem, atribuíram um nome notavelmente ameaçador: Satanás”, declarou o presidente.

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O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos publicou nesta terça-feira uma lista de funcionários e empresários russos considerados próximos ao presidente Vladimir Putin e que podem ser objetos de sanções. Putin qualificou a medida de "ato hostil".

Ele também afirmou que o Exército russo dispõe desde 2017 de “complexas armas laser” e “armas hipersônicas”, e citou os novos mísseis de cruzeiro, que têm um alcance ilimitado. “Não mostrei a vocês hoje todas as armas que temos. Por hora, é suficiente. Acredito que tudo que disse em meu discurso sirva para acalmar qualquer agressor em potencial.”

Pobreza

Putin prometeu melhorar a qualidade de vida dos russos e reduzir à metade o nível de pobreza "inadmissível" durante o mandato de seis anos, que provavelmente receberá nas eleições de 18 de março.

A pouco mais de duas semanas para a votação, Putin começou o discurso anual no Parlamento insistindo na necessidade de melhorar o "bem-estar" da população e no investimento em infraestrutura e saúde para evitar que o país fique atrasado, o que no seu entender seria o "principal inimigo".

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"Os próximos anos serão decisivos para a vida do país", afirmou o presidente, que considera "essencial o desenvolvimento do bem-estar". "Temos de resolver uma das tarefas chave da próxima década: garantir um crescimento seguro, a longo prazo uma renda real aos cidadãos e reduzir a taxa de pobreza no mínimo à metade em seis anos", declarou ele.

O número de pobres no país caiu, segundo Putin, de 42 milhões no ano 2000 para quase 20 milhões atualmente. A tendência de queda desacelerou em seu último mandato (2012-2018) em consequência da recessão econômica. 

CETICISMO

Especialistas ouvidos pela imprensa internacional foram unânimes em dizer que o discurso marca o começo de uma escalada na corrida armamentista, mas eles têm dúvidas se os mísseis já existem. “Essa tecnologia marca uma nova guerra fria e pode alterar o equilíbrio de poder no mundo, mas não está claro se Putin está dizendo que há um item no orçamento dizendo: ‘desenvolver propulsão nuclear para um míssil’, ou se é ‘temos um pronto e podemos usar em breve’”, escreveu em seu perfil no Facebook Douglas Barrie, analista do International Institute for Strategic Studies, em Londres. 

A menos de 20 dias para as eleições presidenciais na Rússia, é provável que Putin esteja usando o discurso patriótico para instigar o nacionalismo bélico russo e levar mais eleitores às urnas. “Ele está dando às pessoas a imagem de um futuro desejado, e isso é atraente para sua audiência doméstica”, disse ao New York Times Aleksei Makarkin, vice-diretor do Center for Political Technologies, centro de estudos de Moscou. “O discurso de Putin é sob medida para mostrar que ele continua sendo a melhor alternativa para melhorar a economia e, ao mesmo tempo, transformar a Rússia em uma fortaleza sitiada.” / AP, EFE e REUTERS

MOSCOU - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira, 1.º, que seu país apresentou novas armas nucleares, incluindo um míssil de cruzeiro e um drone submarino, ambos de propulsão nuclear, que seriam imunes aos sistemas de detecção inimigos.

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O drone submarino tem capacidade para transportar uma ogiva nuclear e poderia alcançar tanto porta-aviões quanto instalações costeiras. A Rússia apresentou também novos mísseis balísticos intercontinentais pesados, chamados Sarmat, que superam o alcance e o número de ogivas de seu antecessor.

“Ninguém no mundo tem algo igual por enquanto. É algo fantástico”, disse Putin em seu discurso, que foi acompanhado por vídeos projetados em uma tela com gráficos da trajetória do míssil sobrevoando o território americano e imagens de testes desses foguetes.

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“Insisto, nenhum país no mundo tem hoje as armas que temos”, garantiu o líder russo, acrescentando que a partir de agora “o sistema antimísseis americano será inútil e não terá nenhum sentido”. “Antes de termos os novos sistemas de armas, ninguém nos escutava. Escutem-nos agora.”

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O Sarmat (SS-X-30 Satan-2, segundo a Otan) é um míssil intercontinental pesado capaz de portar de 10 a 15 ogivas nucleares. “Nossos colegas estrangeiros, como vocês sabem, atribuíram um nome notavelmente ameaçador: Satanás”, declarou o presidente.

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Putin prometeu melhorar a qualidade de vida dos russos e reduzir à metade o nível de pobreza "inadmissível" durante o mandato de seis anos, que provavelmente receberá nas eleições de 18 de março.

A pouco mais de duas semanas para a votação, Putin começou o discurso anual no Parlamento insistindo na necessidade de melhorar o "bem-estar" da população e no investimento em infraestrutura e saúde para evitar que o país fique atrasado, o que no seu entender seria o "principal inimigo".

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"Os próximos anos serão decisivos para a vida do país", afirmou o presidente, que considera "essencial o desenvolvimento do bem-estar". "Temos de resolver uma das tarefas chave da próxima década: garantir um crescimento seguro, a longo prazo uma renda real aos cidadãos e reduzir a taxa de pobreza no mínimo à metade em seis anos", declarou ele.

O número de pobres no país caiu, segundo Putin, de 42 milhões no ano 2000 para quase 20 milhões atualmente. A tendência de queda desacelerou em seu último mandato (2012-2018) em consequência da recessão econômica. 

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Especialistas ouvidos pela imprensa internacional foram unânimes em dizer que o discurso marca o começo de uma escalada na corrida armamentista, mas eles têm dúvidas se os mísseis já existem. “Essa tecnologia marca uma nova guerra fria e pode alterar o equilíbrio de poder no mundo, mas não está claro se Putin está dizendo que há um item no orçamento dizendo: ‘desenvolver propulsão nuclear para um míssil’, ou se é ‘temos um pronto e podemos usar em breve’”, escreveu em seu perfil no Facebook Douglas Barrie, analista do International Institute for Strategic Studies, em Londres. 

A menos de 20 dias para as eleições presidenciais na Rússia, é provável que Putin esteja usando o discurso patriótico para instigar o nacionalismo bélico russo e levar mais eleitores às urnas. “Ele está dando às pessoas a imagem de um futuro desejado, e isso é atraente para sua audiência doméstica”, disse ao New York Times Aleksei Makarkin, vice-diretor do Center for Political Technologies, centro de estudos de Moscou. “O discurso de Putin é sob medida para mostrar que ele continua sendo a melhor alternativa para melhorar a economia e, ao mesmo tempo, transformar a Rússia em uma fortaleza sitiada.” / AP, EFE e REUTERS

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