Em Gaza, brasileiros são alojados em escola; repatriação depende de liberação do Egito


Itamaraty negocia com o governo do Egito a retirada de cerca de 20 brasileiros da Faixa de Gaza, que tem fronteira ao Sul com o país; um avião partiu na tarde desta quinta, 12, de Brasília para fazer a repatriação

Por Giovanna Castro e Mariana Carneiro
Atualização:

O governo trabalha para retirar cerca de 20 brasileiros da Faixa de Gaza pela fronteira Sul, com o Egito. A Operação Voltando em Paz já trouxe, com aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), mais de 400 pessoas de Israel. No entanto, o processo de repatriação dos que estão em Gaza tem sido mais difícil, em razão do cerco ao território palestino feito pelo exército israelense.

O Itamaraty informou nesta quinta-feira, 12, que a maior parte dos brasileiros identificados em Gaza está alojada em uma escola e são mulheres e crianças. A embaixada brasileira em Tel Aviv solicitou formalmente ao governo de Israel que o local não seja alvo de bombardeios. Enquanto isso, a diplomacia age para tentar retirá-los da região pela fronteira com o Egito, pela cidade de Rafah.

O ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, falou ao telefone com o chanceler egípcio Sameh Shoukry nesta quarta-feira, 11, e pediu autorização para que os brasileiros façam o trânsito pelo país. De lá, eles seriam conduzidos até o aeroporto, que fica a cerca de 50 quilômetros da fronteira, e embarcados para o Brasil. O primeiro sinal foi positivo e agora o governo trabalha para viabilizar a retirada.

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Um avião VC-2, da Presidência da República, partiu em direção a Roma na tarde desta quinta, onde vai aguardar para resgatar os brasileiros no Egito. O avião tem capacidade para 40 passageiros.

Nesta quinta-feira, 12, pela manhã, o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Celso Amorim, conversou com a assessora de segurança nacional do Egito, Faisa Aboul Naga.

Um dos obstáculos para a passagem dos brasileiros é que a cidade de Rafah foi alvo de bombardeios nos últimos dias, e o governo egípcio afirma que não há condições físicas e em segurança para o trânsito de civis na região. Nesta quinta, o chanceler egípcio, Shoukry, fez um pronunciamento em que afirmou que a fronteira do país com Gaza está aberta para questões humanitárias e fez um apelo a Israel para evitar bombardeios na região.

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As identidades de 28 brasileiros que estão em Gaza e que manifestaram o desejo de serem repatriados foram entregues pela embaixada do Brasil no Cairo ao governo egípcio. Uma das preocupações das autoridades do Egito é que terroristas entrem no país junto com refugiados, por isso o assunto é delicado.

O Itamaraty informou que já contratou veículos para o transporte dos brasileiros até a fronteira egípcia e aguarda apenas a autorização do país.

A retirada de civis sitiados em Gaza pela fronteira com o Egito é um dos assuntos que o Brasil vai levar para a reunião do Conselho de Segurança da ONU, convocada para esta sexta-feira, 13, em Nova York. Os países vão discutir a viabilidade de se criar um corredor seguro para o deslocamento de civis.

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Neste momento, a saída de pessoas de Gaza pelo lado israelense está completamente bloqueada, o que restringe o acesso ao lado egípcio. Desde que iniciou o cerco à Gaza, como forma de pressionar o Hamas a entregar os reféns isralenses, Israel cortou o acesso de combustível e energia elétrica à região.

Para viabilizar o corredor humanitário pesam, no entanto, questões geopolíticas, como a tentativa do Egito de se manter distante do conflito entre Israel e o Hamas. A diplomacia brasileira tem sustentado que a prioridade neste momento é salvar vidas de civis e evitar uma escalada ainda maior da guerra.

Pessoas caminham entre os destroços dos ataques aéreos israelenses no campo de refugiados de Jabalia, no norte de Gaza, em 11 de outubro de 2023. Foto: Samar Abu Elouf/The New York Times
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Ao Estadão, o Ministério das Relações Internacionais (Itamaraty) informou na manhã desta quinta-feira, 12, que os brasileiros em Gaza “estão bem alojados e em segurança”. Eles serão repatriados “logo que for autorizada a passagem pela fronteira com o Egito”.

Enquanto isso, mais brasileiros que estavam em Israel quando ocorreram os atentados terroristas, há seis dias, estão sendo retirados do país com o apoio da Força Aérea Brasileira. O segundo voo de repatriação, com 214 passageiros, pousou no Rio nesta madrugada.

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Um terceiro voo de repatriados decolou de Tel Aviv nesta quinta-feira, 12, com 69 passageiros e um bebê, e a previsão é que chegue em São Paulo na tarde desta sexta-feira. Outros dois voos estão programados para decolarem de Israel até domingo, 15.

O governo trabalha para retirar cerca de 20 brasileiros da Faixa de Gaza pela fronteira Sul, com o Egito. A Operação Voltando em Paz já trouxe, com aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), mais de 400 pessoas de Israel. No entanto, o processo de repatriação dos que estão em Gaza tem sido mais difícil, em razão do cerco ao território palestino feito pelo exército israelense.

O Itamaraty informou nesta quinta-feira, 12, que a maior parte dos brasileiros identificados em Gaza está alojada em uma escola e são mulheres e crianças. A embaixada brasileira em Tel Aviv solicitou formalmente ao governo de Israel que o local não seja alvo de bombardeios. Enquanto isso, a diplomacia age para tentar retirá-los da região pela fronteira com o Egito, pela cidade de Rafah.

O ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, falou ao telefone com o chanceler egípcio Sameh Shoukry nesta quarta-feira, 11, e pediu autorização para que os brasileiros façam o trânsito pelo país. De lá, eles seriam conduzidos até o aeroporto, que fica a cerca de 50 quilômetros da fronteira, e embarcados para o Brasil. O primeiro sinal foi positivo e agora o governo trabalha para viabilizar a retirada.

Um avião VC-2, da Presidência da República, partiu em direção a Roma na tarde desta quinta, onde vai aguardar para resgatar os brasileiros no Egito. O avião tem capacidade para 40 passageiros.

Nesta quinta-feira, 12, pela manhã, o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Celso Amorim, conversou com a assessora de segurança nacional do Egito, Faisa Aboul Naga.

Um dos obstáculos para a passagem dos brasileiros é que a cidade de Rafah foi alvo de bombardeios nos últimos dias, e o governo egípcio afirma que não há condições físicas e em segurança para o trânsito de civis na região. Nesta quinta, o chanceler egípcio, Shoukry, fez um pronunciamento em que afirmou que a fronteira do país com Gaza está aberta para questões humanitárias e fez um apelo a Israel para evitar bombardeios na região.

As identidades de 28 brasileiros que estão em Gaza e que manifestaram o desejo de serem repatriados foram entregues pela embaixada do Brasil no Cairo ao governo egípcio. Uma das preocupações das autoridades do Egito é que terroristas entrem no país junto com refugiados, por isso o assunto é delicado.

O Itamaraty informou que já contratou veículos para o transporte dos brasileiros até a fronteira egípcia e aguarda apenas a autorização do país.

A retirada de civis sitiados em Gaza pela fronteira com o Egito é um dos assuntos que o Brasil vai levar para a reunião do Conselho de Segurança da ONU, convocada para esta sexta-feira, 13, em Nova York. Os países vão discutir a viabilidade de se criar um corredor seguro para o deslocamento de civis.

Neste momento, a saída de pessoas de Gaza pelo lado israelense está completamente bloqueada, o que restringe o acesso ao lado egípcio. Desde que iniciou o cerco à Gaza, como forma de pressionar o Hamas a entregar os reféns isralenses, Israel cortou o acesso de combustível e energia elétrica à região.

Para viabilizar o corredor humanitário pesam, no entanto, questões geopolíticas, como a tentativa do Egito de se manter distante do conflito entre Israel e o Hamas. A diplomacia brasileira tem sustentado que a prioridade neste momento é salvar vidas de civis e evitar uma escalada ainda maior da guerra.

Pessoas caminham entre os destroços dos ataques aéreos israelenses no campo de refugiados de Jabalia, no norte de Gaza, em 11 de outubro de 2023. Foto: Samar Abu Elouf/The New York Times

Ao Estadão, o Ministério das Relações Internacionais (Itamaraty) informou na manhã desta quinta-feira, 12, que os brasileiros em Gaza “estão bem alojados e em segurança”. Eles serão repatriados “logo que for autorizada a passagem pela fronteira com o Egito”.

Enquanto isso, mais brasileiros que estavam em Israel quando ocorreram os atentados terroristas, há seis dias, estão sendo retirados do país com o apoio da Força Aérea Brasileira. O segundo voo de repatriação, com 214 passageiros, pousou no Rio nesta madrugada.

Um terceiro voo de repatriados decolou de Tel Aviv nesta quinta-feira, 12, com 69 passageiros e um bebê, e a previsão é que chegue em São Paulo na tarde desta sexta-feira. Outros dois voos estão programados para decolarem de Israel até domingo, 15.

O governo trabalha para retirar cerca de 20 brasileiros da Faixa de Gaza pela fronteira Sul, com o Egito. A Operação Voltando em Paz já trouxe, com aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), mais de 400 pessoas de Israel. No entanto, o processo de repatriação dos que estão em Gaza tem sido mais difícil, em razão do cerco ao território palestino feito pelo exército israelense.

O Itamaraty informou nesta quinta-feira, 12, que a maior parte dos brasileiros identificados em Gaza está alojada em uma escola e são mulheres e crianças. A embaixada brasileira em Tel Aviv solicitou formalmente ao governo de Israel que o local não seja alvo de bombardeios. Enquanto isso, a diplomacia age para tentar retirá-los da região pela fronteira com o Egito, pela cidade de Rafah.

O ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, falou ao telefone com o chanceler egípcio Sameh Shoukry nesta quarta-feira, 11, e pediu autorização para que os brasileiros façam o trânsito pelo país. De lá, eles seriam conduzidos até o aeroporto, que fica a cerca de 50 quilômetros da fronteira, e embarcados para o Brasil. O primeiro sinal foi positivo e agora o governo trabalha para viabilizar a retirada.

Um avião VC-2, da Presidência da República, partiu em direção a Roma na tarde desta quinta, onde vai aguardar para resgatar os brasileiros no Egito. O avião tem capacidade para 40 passageiros.

Nesta quinta-feira, 12, pela manhã, o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Celso Amorim, conversou com a assessora de segurança nacional do Egito, Faisa Aboul Naga.

Um dos obstáculos para a passagem dos brasileiros é que a cidade de Rafah foi alvo de bombardeios nos últimos dias, e o governo egípcio afirma que não há condições físicas e em segurança para o trânsito de civis na região. Nesta quinta, o chanceler egípcio, Shoukry, fez um pronunciamento em que afirmou que a fronteira do país com Gaza está aberta para questões humanitárias e fez um apelo a Israel para evitar bombardeios na região.

As identidades de 28 brasileiros que estão em Gaza e que manifestaram o desejo de serem repatriados foram entregues pela embaixada do Brasil no Cairo ao governo egípcio. Uma das preocupações das autoridades do Egito é que terroristas entrem no país junto com refugiados, por isso o assunto é delicado.

O Itamaraty informou que já contratou veículos para o transporte dos brasileiros até a fronteira egípcia e aguarda apenas a autorização do país.

A retirada de civis sitiados em Gaza pela fronteira com o Egito é um dos assuntos que o Brasil vai levar para a reunião do Conselho de Segurança da ONU, convocada para esta sexta-feira, 13, em Nova York. Os países vão discutir a viabilidade de se criar um corredor seguro para o deslocamento de civis.

Neste momento, a saída de pessoas de Gaza pelo lado israelense está completamente bloqueada, o que restringe o acesso ao lado egípcio. Desde que iniciou o cerco à Gaza, como forma de pressionar o Hamas a entregar os reféns isralenses, Israel cortou o acesso de combustível e energia elétrica à região.

Para viabilizar o corredor humanitário pesam, no entanto, questões geopolíticas, como a tentativa do Egito de se manter distante do conflito entre Israel e o Hamas. A diplomacia brasileira tem sustentado que a prioridade neste momento é salvar vidas de civis e evitar uma escalada ainda maior da guerra.

Pessoas caminham entre os destroços dos ataques aéreos israelenses no campo de refugiados de Jabalia, no norte de Gaza, em 11 de outubro de 2023. Foto: Samar Abu Elouf/The New York Times

Ao Estadão, o Ministério das Relações Internacionais (Itamaraty) informou na manhã desta quinta-feira, 12, que os brasileiros em Gaza “estão bem alojados e em segurança”. Eles serão repatriados “logo que for autorizada a passagem pela fronteira com o Egito”.

Enquanto isso, mais brasileiros que estavam em Israel quando ocorreram os atentados terroristas, há seis dias, estão sendo retirados do país com o apoio da Força Aérea Brasileira. O segundo voo de repatriação, com 214 passageiros, pousou no Rio nesta madrugada.

Um terceiro voo de repatriados decolou de Tel Aviv nesta quinta-feira, 12, com 69 passageiros e um bebê, e a previsão é que chegue em São Paulo na tarde desta sexta-feira. Outros dois voos estão programados para decolarem de Israel até domingo, 15.

O governo trabalha para retirar cerca de 20 brasileiros da Faixa de Gaza pela fronteira Sul, com o Egito. A Operação Voltando em Paz já trouxe, com aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), mais de 400 pessoas de Israel. No entanto, o processo de repatriação dos que estão em Gaza tem sido mais difícil, em razão do cerco ao território palestino feito pelo exército israelense.

O Itamaraty informou nesta quinta-feira, 12, que a maior parte dos brasileiros identificados em Gaza está alojada em uma escola e são mulheres e crianças. A embaixada brasileira em Tel Aviv solicitou formalmente ao governo de Israel que o local não seja alvo de bombardeios. Enquanto isso, a diplomacia age para tentar retirá-los da região pela fronteira com o Egito, pela cidade de Rafah.

O ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, falou ao telefone com o chanceler egípcio Sameh Shoukry nesta quarta-feira, 11, e pediu autorização para que os brasileiros façam o trânsito pelo país. De lá, eles seriam conduzidos até o aeroporto, que fica a cerca de 50 quilômetros da fronteira, e embarcados para o Brasil. O primeiro sinal foi positivo e agora o governo trabalha para viabilizar a retirada.

Um avião VC-2, da Presidência da República, partiu em direção a Roma na tarde desta quinta, onde vai aguardar para resgatar os brasileiros no Egito. O avião tem capacidade para 40 passageiros.

Nesta quinta-feira, 12, pela manhã, o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Celso Amorim, conversou com a assessora de segurança nacional do Egito, Faisa Aboul Naga.

Um dos obstáculos para a passagem dos brasileiros é que a cidade de Rafah foi alvo de bombardeios nos últimos dias, e o governo egípcio afirma que não há condições físicas e em segurança para o trânsito de civis na região. Nesta quinta, o chanceler egípcio, Shoukry, fez um pronunciamento em que afirmou que a fronteira do país com Gaza está aberta para questões humanitárias e fez um apelo a Israel para evitar bombardeios na região.

As identidades de 28 brasileiros que estão em Gaza e que manifestaram o desejo de serem repatriados foram entregues pela embaixada do Brasil no Cairo ao governo egípcio. Uma das preocupações das autoridades do Egito é que terroristas entrem no país junto com refugiados, por isso o assunto é delicado.

O Itamaraty informou que já contratou veículos para o transporte dos brasileiros até a fronteira egípcia e aguarda apenas a autorização do país.

A retirada de civis sitiados em Gaza pela fronteira com o Egito é um dos assuntos que o Brasil vai levar para a reunião do Conselho de Segurança da ONU, convocada para esta sexta-feira, 13, em Nova York. Os países vão discutir a viabilidade de se criar um corredor seguro para o deslocamento de civis.

Neste momento, a saída de pessoas de Gaza pelo lado israelense está completamente bloqueada, o que restringe o acesso ao lado egípcio. Desde que iniciou o cerco à Gaza, como forma de pressionar o Hamas a entregar os reféns isralenses, Israel cortou o acesso de combustível e energia elétrica à região.

Para viabilizar o corredor humanitário pesam, no entanto, questões geopolíticas, como a tentativa do Egito de se manter distante do conflito entre Israel e o Hamas. A diplomacia brasileira tem sustentado que a prioridade neste momento é salvar vidas de civis e evitar uma escalada ainda maior da guerra.

Pessoas caminham entre os destroços dos ataques aéreos israelenses no campo de refugiados de Jabalia, no norte de Gaza, em 11 de outubro de 2023. Foto: Samar Abu Elouf/The New York Times

Ao Estadão, o Ministério das Relações Internacionais (Itamaraty) informou na manhã desta quinta-feira, 12, que os brasileiros em Gaza “estão bem alojados e em segurança”. Eles serão repatriados “logo que for autorizada a passagem pela fronteira com o Egito”.

Enquanto isso, mais brasileiros que estavam em Israel quando ocorreram os atentados terroristas, há seis dias, estão sendo retirados do país com o apoio da Força Aérea Brasileira. O segundo voo de repatriação, com 214 passageiros, pousou no Rio nesta madrugada.

Um terceiro voo de repatriados decolou de Tel Aviv nesta quinta-feira, 12, com 69 passageiros e um bebê, e a previsão é que chegue em São Paulo na tarde desta sexta-feira. Outros dois voos estão programados para decolarem de Israel até domingo, 15.

O governo trabalha para retirar cerca de 20 brasileiros da Faixa de Gaza pela fronteira Sul, com o Egito. A Operação Voltando em Paz já trouxe, com aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), mais de 400 pessoas de Israel. No entanto, o processo de repatriação dos que estão em Gaza tem sido mais difícil, em razão do cerco ao território palestino feito pelo exército israelense.

O Itamaraty informou nesta quinta-feira, 12, que a maior parte dos brasileiros identificados em Gaza está alojada em uma escola e são mulheres e crianças. A embaixada brasileira em Tel Aviv solicitou formalmente ao governo de Israel que o local não seja alvo de bombardeios. Enquanto isso, a diplomacia age para tentar retirá-los da região pela fronteira com o Egito, pela cidade de Rafah.

O ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, falou ao telefone com o chanceler egípcio Sameh Shoukry nesta quarta-feira, 11, e pediu autorização para que os brasileiros façam o trânsito pelo país. De lá, eles seriam conduzidos até o aeroporto, que fica a cerca de 50 quilômetros da fronteira, e embarcados para o Brasil. O primeiro sinal foi positivo e agora o governo trabalha para viabilizar a retirada.

Um avião VC-2, da Presidência da República, partiu em direção a Roma na tarde desta quinta, onde vai aguardar para resgatar os brasileiros no Egito. O avião tem capacidade para 40 passageiros.

Nesta quinta-feira, 12, pela manhã, o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Celso Amorim, conversou com a assessora de segurança nacional do Egito, Faisa Aboul Naga.

Um dos obstáculos para a passagem dos brasileiros é que a cidade de Rafah foi alvo de bombardeios nos últimos dias, e o governo egípcio afirma que não há condições físicas e em segurança para o trânsito de civis na região. Nesta quinta, o chanceler egípcio, Shoukry, fez um pronunciamento em que afirmou que a fronteira do país com Gaza está aberta para questões humanitárias e fez um apelo a Israel para evitar bombardeios na região.

As identidades de 28 brasileiros que estão em Gaza e que manifestaram o desejo de serem repatriados foram entregues pela embaixada do Brasil no Cairo ao governo egípcio. Uma das preocupações das autoridades do Egito é que terroristas entrem no país junto com refugiados, por isso o assunto é delicado.

O Itamaraty informou que já contratou veículos para o transporte dos brasileiros até a fronteira egípcia e aguarda apenas a autorização do país.

A retirada de civis sitiados em Gaza pela fronteira com o Egito é um dos assuntos que o Brasil vai levar para a reunião do Conselho de Segurança da ONU, convocada para esta sexta-feira, 13, em Nova York. Os países vão discutir a viabilidade de se criar um corredor seguro para o deslocamento de civis.

Neste momento, a saída de pessoas de Gaza pelo lado israelense está completamente bloqueada, o que restringe o acesso ao lado egípcio. Desde que iniciou o cerco à Gaza, como forma de pressionar o Hamas a entregar os reféns isralenses, Israel cortou o acesso de combustível e energia elétrica à região.

Para viabilizar o corredor humanitário pesam, no entanto, questões geopolíticas, como a tentativa do Egito de se manter distante do conflito entre Israel e o Hamas. A diplomacia brasileira tem sustentado que a prioridade neste momento é salvar vidas de civis e evitar uma escalada ainda maior da guerra.

Pessoas caminham entre os destroços dos ataques aéreos israelenses no campo de refugiados de Jabalia, no norte de Gaza, em 11 de outubro de 2023. Foto: Samar Abu Elouf/The New York Times

Ao Estadão, o Ministério das Relações Internacionais (Itamaraty) informou na manhã desta quinta-feira, 12, que os brasileiros em Gaza “estão bem alojados e em segurança”. Eles serão repatriados “logo que for autorizada a passagem pela fronteira com o Egito”.

Enquanto isso, mais brasileiros que estavam em Israel quando ocorreram os atentados terroristas, há seis dias, estão sendo retirados do país com o apoio da Força Aérea Brasileira. O segundo voo de repatriação, com 214 passageiros, pousou no Rio nesta madrugada.

Um terceiro voo de repatriados decolou de Tel Aviv nesta quinta-feira, 12, com 69 passageiros e um bebê, e a previsão é que chegue em São Paulo na tarde desta sexta-feira. Outros dois voos estão programados para decolarem de Israel até domingo, 15.

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