Em Israel, estudantes são presos em 3° dia de protestos contra ‘plano antidemocrático’ de Netanyahu


Quatro estudantes foram detidos por bloquearem uma rua e não seguirem instruções da polícia, segundo autoridades; organizadores acusam violência policial

Por Redação

JERUSALÉM ― Quatro estudantes foram presos durante um protesto na Universidade Hebraica de Jerusalém nesta segunda-feira, 16, em meio ao 3° dia consecutivo de protestos pelo país contra o plano de reforma do Judiciário apresentado pelo governo Binyamin Netanyahu na semana passada ― considerado por muitos uma forma do Executivo e do Legislativo intervirem nas decisões e na composição da Suprema Corte.

De acordo com autoridades israelenses citadas pelo jornal Haaretz, os estudantes foram presos após bloquearem uma rua e se recusarem a cumprir instruções da polícia. Organizadores dos protestos condenaram as prisões e acusaram a polícia de reprimir violentamente manifestantes que estavam lutando contra o que classificaram como um golpe de Estado.

“É difícil não se perguntar a serviço de quem a polícia está agindo, considerando as cenas duras e a violência desnecessária usada contra estudantes cumpridores da lei”, disseram os organizadores, em menção feita pelo The Jerusalem Post, acrescentando que as manifestações atuais foram o começo de uma “luta longa, determinada e intransigente contra o golpe do regime, que deve incluir muitas e variadas ações de protesto no próximo período dentro e fora dos campi”.

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Além da Universidade Hebraica de Jerusalém, protestos foram identificados em pelo menos 10 instituições de ensino superior de Israel nesta segunda, dois dias após a principal manifestação realizada até o momento, que reuniu cerca de 80 mil pessoas em Tel Aviv, no sábado, 14.

Estudante carrega cartaz com os dizeres "estudantes israelenses lutam pela democracia" durante protesto na Universidade de Tel Aviv. Foto: Jack Guez/ AFP

O movimento entre os universitários ocorre sem o apoio formal das instituições de ensino e da União Nacional de Estudantes Israelenses, que divulgou um aviso na véspera informando que não tomaria um lado no controverso tema.

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O plano de reforma do Poder Judiciário proposto por Netanyahu é composto por duas partes. A primeira delas permite a uma maioria simples de deputados anular praticamente qualquer decisão da Suprema Corte que revogue leis aprovadas no Parlamento. Atualmente, a Corte pode bloquear leis por motivos constitucionais. Ainda de acordo com o projeto, os juízes também só podem anular as leis se houver unanimidade.

O segundo projeto apresentado pelo ministro da Justiça de Netanyahu, Yariv Levin, estabelece que o governo seja capaz de nomear a maioria dos membros da comissão que seleciona novos juízes, subvertendo o sistema atual, em que o número de indicações do governo é minoria na comissão.

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Diante dos novos protestos, Netanyahu afirmou nesta segunda-feira que o plano de reforma do Judiciário era conhecido pelos israelenses antes de sua eleição, em novembro do ano passado, e que o governo não recuaria da medida por causa das manifestações - que, segundo ele, são ataques coordenados pela esquerda e pela mídia.

“A reforma será lançada e, como não fomos dissuadidos no passado dos ataques da esquerda e da mídia, não seremos dissuadidos desta vez”, disse Netanyahu a jornalistas israelenses antes de uma reunião semanal com o seu partido, o Likud.

“Não há nada de novo sob o dinheiro - dinheiro estrangeiro”, completou o premiê, em aspas registradas pelo The Jerusalem Post.

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O premiê Binyamin Netanyahu se dirige à imprensa durante cerimônia de transição de poder das Forças de Defesa de Israel, em Jerusalém. Foto: Maya Alleruzzo/ AP

Em paralelo aos protestos contrários ao governo, a organização de extrema direita Im Tirtzu realizou atos favoráveis ao governo em pelo menos seis universidades do país, incluindo a Universidade de Tel Aviv, uma das mais importantes do país.

Em entrevista ao The Jerusalem Post, o chefe da ala ativista do Im Tirtzu, Shai Rosengarten, disse que o movimento era uma resposta a convocações de tumultos feitas por figuras públicas, criticando comparações supostamente feitas pelos manifestantes antigoverno entre o Ministério da Justiça atual e os nazistas.

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“As eleições foram decididas, a maioria do povo apoia a reforma do sistema de justiça, é hora de seguir em frente e preservar a democracia em nosso país”, disse Rosengarten à publicação./ Com informações de AFP e NYT

JERUSALÉM ― Quatro estudantes foram presos durante um protesto na Universidade Hebraica de Jerusalém nesta segunda-feira, 16, em meio ao 3° dia consecutivo de protestos pelo país contra o plano de reforma do Judiciário apresentado pelo governo Binyamin Netanyahu na semana passada ― considerado por muitos uma forma do Executivo e do Legislativo intervirem nas decisões e na composição da Suprema Corte.

De acordo com autoridades israelenses citadas pelo jornal Haaretz, os estudantes foram presos após bloquearem uma rua e se recusarem a cumprir instruções da polícia. Organizadores dos protestos condenaram as prisões e acusaram a polícia de reprimir violentamente manifestantes que estavam lutando contra o que classificaram como um golpe de Estado.

“É difícil não se perguntar a serviço de quem a polícia está agindo, considerando as cenas duras e a violência desnecessária usada contra estudantes cumpridores da lei”, disseram os organizadores, em menção feita pelo The Jerusalem Post, acrescentando que as manifestações atuais foram o começo de uma “luta longa, determinada e intransigente contra o golpe do regime, que deve incluir muitas e variadas ações de protesto no próximo período dentro e fora dos campi”.

Além da Universidade Hebraica de Jerusalém, protestos foram identificados em pelo menos 10 instituições de ensino superior de Israel nesta segunda, dois dias após a principal manifestação realizada até o momento, que reuniu cerca de 80 mil pessoas em Tel Aviv, no sábado, 14.

Estudante carrega cartaz com os dizeres "estudantes israelenses lutam pela democracia" durante protesto na Universidade de Tel Aviv. Foto: Jack Guez/ AFP

O movimento entre os universitários ocorre sem o apoio formal das instituições de ensino e da União Nacional de Estudantes Israelenses, que divulgou um aviso na véspera informando que não tomaria um lado no controverso tema.

O plano de reforma do Poder Judiciário proposto por Netanyahu é composto por duas partes. A primeira delas permite a uma maioria simples de deputados anular praticamente qualquer decisão da Suprema Corte que revogue leis aprovadas no Parlamento. Atualmente, a Corte pode bloquear leis por motivos constitucionais. Ainda de acordo com o projeto, os juízes também só podem anular as leis se houver unanimidade.

O segundo projeto apresentado pelo ministro da Justiça de Netanyahu, Yariv Levin, estabelece que o governo seja capaz de nomear a maioria dos membros da comissão que seleciona novos juízes, subvertendo o sistema atual, em que o número de indicações do governo é minoria na comissão.

Diante dos novos protestos, Netanyahu afirmou nesta segunda-feira que o plano de reforma do Judiciário era conhecido pelos israelenses antes de sua eleição, em novembro do ano passado, e que o governo não recuaria da medida por causa das manifestações - que, segundo ele, são ataques coordenados pela esquerda e pela mídia.

“A reforma será lançada e, como não fomos dissuadidos no passado dos ataques da esquerda e da mídia, não seremos dissuadidos desta vez”, disse Netanyahu a jornalistas israelenses antes de uma reunião semanal com o seu partido, o Likud.

“Não há nada de novo sob o dinheiro - dinheiro estrangeiro”, completou o premiê, em aspas registradas pelo The Jerusalem Post.

O premiê Binyamin Netanyahu se dirige à imprensa durante cerimônia de transição de poder das Forças de Defesa de Israel, em Jerusalém. Foto: Maya Alleruzzo/ AP

Em paralelo aos protestos contrários ao governo, a organização de extrema direita Im Tirtzu realizou atos favoráveis ao governo em pelo menos seis universidades do país, incluindo a Universidade de Tel Aviv, uma das mais importantes do país.

Em entrevista ao The Jerusalem Post, o chefe da ala ativista do Im Tirtzu, Shai Rosengarten, disse que o movimento era uma resposta a convocações de tumultos feitas por figuras públicas, criticando comparações supostamente feitas pelos manifestantes antigoverno entre o Ministério da Justiça atual e os nazistas.

“As eleições foram decididas, a maioria do povo apoia a reforma do sistema de justiça, é hora de seguir em frente e preservar a democracia em nosso país”, disse Rosengarten à publicação./ Com informações de AFP e NYT

JERUSALÉM ― Quatro estudantes foram presos durante um protesto na Universidade Hebraica de Jerusalém nesta segunda-feira, 16, em meio ao 3° dia consecutivo de protestos pelo país contra o plano de reforma do Judiciário apresentado pelo governo Binyamin Netanyahu na semana passada ― considerado por muitos uma forma do Executivo e do Legislativo intervirem nas decisões e na composição da Suprema Corte.

De acordo com autoridades israelenses citadas pelo jornal Haaretz, os estudantes foram presos após bloquearem uma rua e se recusarem a cumprir instruções da polícia. Organizadores dos protestos condenaram as prisões e acusaram a polícia de reprimir violentamente manifestantes que estavam lutando contra o que classificaram como um golpe de Estado.

“É difícil não se perguntar a serviço de quem a polícia está agindo, considerando as cenas duras e a violência desnecessária usada contra estudantes cumpridores da lei”, disseram os organizadores, em menção feita pelo The Jerusalem Post, acrescentando que as manifestações atuais foram o começo de uma “luta longa, determinada e intransigente contra o golpe do regime, que deve incluir muitas e variadas ações de protesto no próximo período dentro e fora dos campi”.

Além da Universidade Hebraica de Jerusalém, protestos foram identificados em pelo menos 10 instituições de ensino superior de Israel nesta segunda, dois dias após a principal manifestação realizada até o momento, que reuniu cerca de 80 mil pessoas em Tel Aviv, no sábado, 14.

Estudante carrega cartaz com os dizeres "estudantes israelenses lutam pela democracia" durante protesto na Universidade de Tel Aviv. Foto: Jack Guez/ AFP

O movimento entre os universitários ocorre sem o apoio formal das instituições de ensino e da União Nacional de Estudantes Israelenses, que divulgou um aviso na véspera informando que não tomaria um lado no controverso tema.

O plano de reforma do Poder Judiciário proposto por Netanyahu é composto por duas partes. A primeira delas permite a uma maioria simples de deputados anular praticamente qualquer decisão da Suprema Corte que revogue leis aprovadas no Parlamento. Atualmente, a Corte pode bloquear leis por motivos constitucionais. Ainda de acordo com o projeto, os juízes também só podem anular as leis se houver unanimidade.

O segundo projeto apresentado pelo ministro da Justiça de Netanyahu, Yariv Levin, estabelece que o governo seja capaz de nomear a maioria dos membros da comissão que seleciona novos juízes, subvertendo o sistema atual, em que o número de indicações do governo é minoria na comissão.

Diante dos novos protestos, Netanyahu afirmou nesta segunda-feira que o plano de reforma do Judiciário era conhecido pelos israelenses antes de sua eleição, em novembro do ano passado, e que o governo não recuaria da medida por causa das manifestações - que, segundo ele, são ataques coordenados pela esquerda e pela mídia.

“A reforma será lançada e, como não fomos dissuadidos no passado dos ataques da esquerda e da mídia, não seremos dissuadidos desta vez”, disse Netanyahu a jornalistas israelenses antes de uma reunião semanal com o seu partido, o Likud.

“Não há nada de novo sob o dinheiro - dinheiro estrangeiro”, completou o premiê, em aspas registradas pelo The Jerusalem Post.

O premiê Binyamin Netanyahu se dirige à imprensa durante cerimônia de transição de poder das Forças de Defesa de Israel, em Jerusalém. Foto: Maya Alleruzzo/ AP

Em paralelo aos protestos contrários ao governo, a organização de extrema direita Im Tirtzu realizou atos favoráveis ao governo em pelo menos seis universidades do país, incluindo a Universidade de Tel Aviv, uma das mais importantes do país.

Em entrevista ao The Jerusalem Post, o chefe da ala ativista do Im Tirtzu, Shai Rosengarten, disse que o movimento era uma resposta a convocações de tumultos feitas por figuras públicas, criticando comparações supostamente feitas pelos manifestantes antigoverno entre o Ministério da Justiça atual e os nazistas.

“As eleições foram decididas, a maioria do povo apoia a reforma do sistema de justiça, é hora de seguir em frente e preservar a democracia em nosso país”, disse Rosengarten à publicação./ Com informações de AFP e NYT

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