Em ligação com Netanyahu, Biden sobe o tom e aponta que morte de trabalhadores foi ‘inaceitável’


Durante uma ligação tensa, Biden expressou sua frustração com o assassinato dos funcionários da ONG pelas forças militares israelenses

Por Redação
Atualização:

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse ao primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, nesta quinta-feira, 4, que os ataques que mataram sete funcionários da ONG World Central Kitchen, que faziam trabalho humanitário na Faixa de Gaza “são inaceitáveis”.

Biden subiu o tom em relação a Netanyahu e condicionou o futuro apoio a Israel à forma como Tel-Aviv aborda as preocupações americanas sobre as vítimas civis e a crise humanitária em Gaza.

Durante uma ligação descrita pela imprensa americana como “longa e tensa” com Netanyahu, Biden expressou sua frustração com o assassinato dos funcionários da ONG pelas forças militares israelenses, ressaltou a necessidade do envio de mais ajuda humanitária a Gaza, mas disse que Israel tem o direito de se defender após os ataques terroristas do Hamas no dia 7 de outubro do ano passado.

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversa com o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, em Tel-Aviv, Israel  Foto: Kenny Holston/ NYT

“O presidente Biden enfatizou que os ataques aos trabalhadores humanitários e a situação humanitária geral são inaceitáveis”, disse a Casa Branca em um comunicado contundente. “Ele deixou clara a necessidade de Israel anunciar e implementar uma série de medidas específicas, concretas e mensuráveis para lidar com os danos civis, o sofrimento humanitário e a segurança dos trabalhadores humanitários. Ele deixou claro que a política dos EUA em relação a Gaza será determinada pela nossa avaliação das ações de Israel nestas etapas.”

Ao dizer que Washington iria “avaliar” suas posições sobre Israel a partir das respostas de Netanyahu em relação aos pedidos de Biden, o democrata vinculou seu apoio à guerra mais explicitamente do que nunca à conduta israelense no futuro. Mas a declaração da Casa Branca não chegou a dizer diretamente que o presidente suspenderia o fornecimento de armas ou imporia condições para a sua utilização.

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Fornecimento de bombas

Apesar de posições cada vez mais enfáticas de Biden, a administração do democrata aprovou uma venda de bombas para Tel-Aviv na terça-feira, 2, o dia que os trabalhadores humanitários foram mortos por um bombardeio israelense no centro do enclave palestino, segundo o jornal The Washington Post.

A transferência foi aprovada pelo Departamento de Estado e inclui mil bombas MK-82, outras mil bombas de pequeno diâmetro e fusíveis para explosivos MK-80. A autorização aconteceu “momentos antes” da notícia dos ataques contra o comboio, disse um porta-voz do Departamento de Estado ao jornal.

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Palestinos inspecionam veiculo com o logo da World Central Kitchen, que foi atingido por um bombardeio israelense no centro da Faixa de Gaza  Foto: Ismael Abu Dayyah / AP

A transferência estava prevista após uma autorização do Congresso americano (que precisa aprovar qualquer envio de armas para outros países) desde antes o início da guerra de Israel contra o Hamas, em 7 de outubro, mas o governo americano tinha autoridade para suspendê-la a qualquer momento. Não o fez neste caso.

Questionado sobre o porquê o governo não interrompeu o processo de transferência após o ataque contra os trabalhadores humanitários ou até que a investigação dos israelenses sobre o incidente fosse concluída, o porta-voz ouvido pelo The Washington Post não fez mais comentários. A Casa Branca e o Departamento de Estado também não se pronunciaram.

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Pressão

O presidente americano resiste em utilizar armas para influenciar a condução da guerra por Israel, com assessores argumentando que muitas das munições enviadas são mísseis de defesa aérea. Biden está pressionado por alas mais progressistas de seu partido que querem que o presidente faça mais para evitar mais mortes em Gaza.

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O apoio americano a Israel pode prejudicar a candidatura de Biden à reeleição em Estados como Michigan, que contam com uma grande população árabe-americana.

A guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas começou no dia 7 de outubro do ano passado, quando terroristas do Hamas invadiram o território israelense, mataram 1,2 mil pessoas e sequestraram 240. Tel-Aviv iniciou uma ofensiva contra a Faixa de Gaza após o ataque do Hamas, com bombardeios aéreos e invasão terrestre. A guerra no enclave palestino deixou mais de 32 mil mortos, segundo dados do ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas./com NYT e W.Post

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse ao primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, nesta quinta-feira, 4, que os ataques que mataram sete funcionários da ONG World Central Kitchen, que faziam trabalho humanitário na Faixa de Gaza “são inaceitáveis”.

Biden subiu o tom em relação a Netanyahu e condicionou o futuro apoio a Israel à forma como Tel-Aviv aborda as preocupações americanas sobre as vítimas civis e a crise humanitária em Gaza.

Durante uma ligação descrita pela imprensa americana como “longa e tensa” com Netanyahu, Biden expressou sua frustração com o assassinato dos funcionários da ONG pelas forças militares israelenses, ressaltou a necessidade do envio de mais ajuda humanitária a Gaza, mas disse que Israel tem o direito de se defender após os ataques terroristas do Hamas no dia 7 de outubro do ano passado.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversa com o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, em Tel-Aviv, Israel  Foto: Kenny Holston/ NYT

“O presidente Biden enfatizou que os ataques aos trabalhadores humanitários e a situação humanitária geral são inaceitáveis”, disse a Casa Branca em um comunicado contundente. “Ele deixou clara a necessidade de Israel anunciar e implementar uma série de medidas específicas, concretas e mensuráveis para lidar com os danos civis, o sofrimento humanitário e a segurança dos trabalhadores humanitários. Ele deixou claro que a política dos EUA em relação a Gaza será determinada pela nossa avaliação das ações de Israel nestas etapas.”

Ao dizer que Washington iria “avaliar” suas posições sobre Israel a partir das respostas de Netanyahu em relação aos pedidos de Biden, o democrata vinculou seu apoio à guerra mais explicitamente do que nunca à conduta israelense no futuro. Mas a declaração da Casa Branca não chegou a dizer diretamente que o presidente suspenderia o fornecimento de armas ou imporia condições para a sua utilização.

Fornecimento de bombas

Apesar de posições cada vez mais enfáticas de Biden, a administração do democrata aprovou uma venda de bombas para Tel-Aviv na terça-feira, 2, o dia que os trabalhadores humanitários foram mortos por um bombardeio israelense no centro do enclave palestino, segundo o jornal The Washington Post.

A transferência foi aprovada pelo Departamento de Estado e inclui mil bombas MK-82, outras mil bombas de pequeno diâmetro e fusíveis para explosivos MK-80. A autorização aconteceu “momentos antes” da notícia dos ataques contra o comboio, disse um porta-voz do Departamento de Estado ao jornal.

Palestinos inspecionam veiculo com o logo da World Central Kitchen, que foi atingido por um bombardeio israelense no centro da Faixa de Gaza  Foto: Ismael Abu Dayyah / AP

A transferência estava prevista após uma autorização do Congresso americano (que precisa aprovar qualquer envio de armas para outros países) desde antes o início da guerra de Israel contra o Hamas, em 7 de outubro, mas o governo americano tinha autoridade para suspendê-la a qualquer momento. Não o fez neste caso.

Questionado sobre o porquê o governo não interrompeu o processo de transferência após o ataque contra os trabalhadores humanitários ou até que a investigação dos israelenses sobre o incidente fosse concluída, o porta-voz ouvido pelo The Washington Post não fez mais comentários. A Casa Branca e o Departamento de Estado também não se pronunciaram.

Pressão

O presidente americano resiste em utilizar armas para influenciar a condução da guerra por Israel, com assessores argumentando que muitas das munições enviadas são mísseis de defesa aérea. Biden está pressionado por alas mais progressistas de seu partido que querem que o presidente faça mais para evitar mais mortes em Gaza.

O apoio americano a Israel pode prejudicar a candidatura de Biden à reeleição em Estados como Michigan, que contam com uma grande população árabe-americana.

A guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas começou no dia 7 de outubro do ano passado, quando terroristas do Hamas invadiram o território israelense, mataram 1,2 mil pessoas e sequestraram 240. Tel-Aviv iniciou uma ofensiva contra a Faixa de Gaza após o ataque do Hamas, com bombardeios aéreos e invasão terrestre. A guerra no enclave palestino deixou mais de 32 mil mortos, segundo dados do ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas./com NYT e W.Post

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse ao primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, nesta quinta-feira, 4, que os ataques que mataram sete funcionários da ONG World Central Kitchen, que faziam trabalho humanitário na Faixa de Gaza “são inaceitáveis”.

Biden subiu o tom em relação a Netanyahu e condicionou o futuro apoio a Israel à forma como Tel-Aviv aborda as preocupações americanas sobre as vítimas civis e a crise humanitária em Gaza.

Durante uma ligação descrita pela imprensa americana como “longa e tensa” com Netanyahu, Biden expressou sua frustração com o assassinato dos funcionários da ONG pelas forças militares israelenses, ressaltou a necessidade do envio de mais ajuda humanitária a Gaza, mas disse que Israel tem o direito de se defender após os ataques terroristas do Hamas no dia 7 de outubro do ano passado.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversa com o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, em Tel-Aviv, Israel  Foto: Kenny Holston/ NYT

“O presidente Biden enfatizou que os ataques aos trabalhadores humanitários e a situação humanitária geral são inaceitáveis”, disse a Casa Branca em um comunicado contundente. “Ele deixou clara a necessidade de Israel anunciar e implementar uma série de medidas específicas, concretas e mensuráveis para lidar com os danos civis, o sofrimento humanitário e a segurança dos trabalhadores humanitários. Ele deixou claro que a política dos EUA em relação a Gaza será determinada pela nossa avaliação das ações de Israel nestas etapas.”

Ao dizer que Washington iria “avaliar” suas posições sobre Israel a partir das respostas de Netanyahu em relação aos pedidos de Biden, o democrata vinculou seu apoio à guerra mais explicitamente do que nunca à conduta israelense no futuro. Mas a declaração da Casa Branca não chegou a dizer diretamente que o presidente suspenderia o fornecimento de armas ou imporia condições para a sua utilização.

Fornecimento de bombas

Apesar de posições cada vez mais enfáticas de Biden, a administração do democrata aprovou uma venda de bombas para Tel-Aviv na terça-feira, 2, o dia que os trabalhadores humanitários foram mortos por um bombardeio israelense no centro do enclave palestino, segundo o jornal The Washington Post.

A transferência foi aprovada pelo Departamento de Estado e inclui mil bombas MK-82, outras mil bombas de pequeno diâmetro e fusíveis para explosivos MK-80. A autorização aconteceu “momentos antes” da notícia dos ataques contra o comboio, disse um porta-voz do Departamento de Estado ao jornal.

Palestinos inspecionam veiculo com o logo da World Central Kitchen, que foi atingido por um bombardeio israelense no centro da Faixa de Gaza  Foto: Ismael Abu Dayyah / AP

A transferência estava prevista após uma autorização do Congresso americano (que precisa aprovar qualquer envio de armas para outros países) desde antes o início da guerra de Israel contra o Hamas, em 7 de outubro, mas o governo americano tinha autoridade para suspendê-la a qualquer momento. Não o fez neste caso.

Questionado sobre o porquê o governo não interrompeu o processo de transferência após o ataque contra os trabalhadores humanitários ou até que a investigação dos israelenses sobre o incidente fosse concluída, o porta-voz ouvido pelo The Washington Post não fez mais comentários. A Casa Branca e o Departamento de Estado também não se pronunciaram.

Pressão

O presidente americano resiste em utilizar armas para influenciar a condução da guerra por Israel, com assessores argumentando que muitas das munições enviadas são mísseis de defesa aérea. Biden está pressionado por alas mais progressistas de seu partido que querem que o presidente faça mais para evitar mais mortes em Gaza.

O apoio americano a Israel pode prejudicar a candidatura de Biden à reeleição em Estados como Michigan, que contam com uma grande população árabe-americana.

A guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas começou no dia 7 de outubro do ano passado, quando terroristas do Hamas invadiram o território israelense, mataram 1,2 mil pessoas e sequestraram 240. Tel-Aviv iniciou uma ofensiva contra a Faixa de Gaza após o ataque do Hamas, com bombardeios aéreos e invasão terrestre. A guerra no enclave palestino deixou mais de 32 mil mortos, segundo dados do ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas./com NYT e W.Post

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse ao primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, nesta quinta-feira, 4, que os ataques que mataram sete funcionários da ONG World Central Kitchen, que faziam trabalho humanitário na Faixa de Gaza “são inaceitáveis”.

Biden subiu o tom em relação a Netanyahu e condicionou o futuro apoio a Israel à forma como Tel-Aviv aborda as preocupações americanas sobre as vítimas civis e a crise humanitária em Gaza.

Durante uma ligação descrita pela imprensa americana como “longa e tensa” com Netanyahu, Biden expressou sua frustração com o assassinato dos funcionários da ONG pelas forças militares israelenses, ressaltou a necessidade do envio de mais ajuda humanitária a Gaza, mas disse que Israel tem o direito de se defender após os ataques terroristas do Hamas no dia 7 de outubro do ano passado.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversa com o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, em Tel-Aviv, Israel  Foto: Kenny Holston/ NYT

“O presidente Biden enfatizou que os ataques aos trabalhadores humanitários e a situação humanitária geral são inaceitáveis”, disse a Casa Branca em um comunicado contundente. “Ele deixou clara a necessidade de Israel anunciar e implementar uma série de medidas específicas, concretas e mensuráveis para lidar com os danos civis, o sofrimento humanitário e a segurança dos trabalhadores humanitários. Ele deixou claro que a política dos EUA em relação a Gaza será determinada pela nossa avaliação das ações de Israel nestas etapas.”

Ao dizer que Washington iria “avaliar” suas posições sobre Israel a partir das respostas de Netanyahu em relação aos pedidos de Biden, o democrata vinculou seu apoio à guerra mais explicitamente do que nunca à conduta israelense no futuro. Mas a declaração da Casa Branca não chegou a dizer diretamente que o presidente suspenderia o fornecimento de armas ou imporia condições para a sua utilização.

Fornecimento de bombas

Apesar de posições cada vez mais enfáticas de Biden, a administração do democrata aprovou uma venda de bombas para Tel-Aviv na terça-feira, 2, o dia que os trabalhadores humanitários foram mortos por um bombardeio israelense no centro do enclave palestino, segundo o jornal The Washington Post.

A transferência foi aprovada pelo Departamento de Estado e inclui mil bombas MK-82, outras mil bombas de pequeno diâmetro e fusíveis para explosivos MK-80. A autorização aconteceu “momentos antes” da notícia dos ataques contra o comboio, disse um porta-voz do Departamento de Estado ao jornal.

Palestinos inspecionam veiculo com o logo da World Central Kitchen, que foi atingido por um bombardeio israelense no centro da Faixa de Gaza  Foto: Ismael Abu Dayyah / AP

A transferência estava prevista após uma autorização do Congresso americano (que precisa aprovar qualquer envio de armas para outros países) desde antes o início da guerra de Israel contra o Hamas, em 7 de outubro, mas o governo americano tinha autoridade para suspendê-la a qualquer momento. Não o fez neste caso.

Questionado sobre o porquê o governo não interrompeu o processo de transferência após o ataque contra os trabalhadores humanitários ou até que a investigação dos israelenses sobre o incidente fosse concluída, o porta-voz ouvido pelo The Washington Post não fez mais comentários. A Casa Branca e o Departamento de Estado também não se pronunciaram.

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O presidente americano resiste em utilizar armas para influenciar a condução da guerra por Israel, com assessores argumentando que muitas das munições enviadas são mísseis de defesa aérea. Biden está pressionado por alas mais progressistas de seu partido que querem que o presidente faça mais para evitar mais mortes em Gaza.

O apoio americano a Israel pode prejudicar a candidatura de Biden à reeleição em Estados como Michigan, que contam com uma grande população árabe-americana.

A guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas começou no dia 7 de outubro do ano passado, quando terroristas do Hamas invadiram o território israelense, mataram 1,2 mil pessoas e sequestraram 240. Tel-Aviv iniciou uma ofensiva contra a Faixa de Gaza após o ataque do Hamas, com bombardeios aéreos e invasão terrestre. A guerra no enclave palestino deixou mais de 32 mil mortos, segundo dados do ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas./com NYT e W.Post

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse ao primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, nesta quinta-feira, 4, que os ataques que mataram sete funcionários da ONG World Central Kitchen, que faziam trabalho humanitário na Faixa de Gaza “são inaceitáveis”.

Biden subiu o tom em relação a Netanyahu e condicionou o futuro apoio a Israel à forma como Tel-Aviv aborda as preocupações americanas sobre as vítimas civis e a crise humanitária em Gaza.

Durante uma ligação descrita pela imprensa americana como “longa e tensa” com Netanyahu, Biden expressou sua frustração com o assassinato dos funcionários da ONG pelas forças militares israelenses, ressaltou a necessidade do envio de mais ajuda humanitária a Gaza, mas disse que Israel tem o direito de se defender após os ataques terroristas do Hamas no dia 7 de outubro do ano passado.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversa com o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, em Tel-Aviv, Israel  Foto: Kenny Holston/ NYT

“O presidente Biden enfatizou que os ataques aos trabalhadores humanitários e a situação humanitária geral são inaceitáveis”, disse a Casa Branca em um comunicado contundente. “Ele deixou clara a necessidade de Israel anunciar e implementar uma série de medidas específicas, concretas e mensuráveis para lidar com os danos civis, o sofrimento humanitário e a segurança dos trabalhadores humanitários. Ele deixou claro que a política dos EUA em relação a Gaza será determinada pela nossa avaliação das ações de Israel nestas etapas.”

Ao dizer que Washington iria “avaliar” suas posições sobre Israel a partir das respostas de Netanyahu em relação aos pedidos de Biden, o democrata vinculou seu apoio à guerra mais explicitamente do que nunca à conduta israelense no futuro. Mas a declaração da Casa Branca não chegou a dizer diretamente que o presidente suspenderia o fornecimento de armas ou imporia condições para a sua utilização.

Fornecimento de bombas

Apesar de posições cada vez mais enfáticas de Biden, a administração do democrata aprovou uma venda de bombas para Tel-Aviv na terça-feira, 2, o dia que os trabalhadores humanitários foram mortos por um bombardeio israelense no centro do enclave palestino, segundo o jornal The Washington Post.

A transferência foi aprovada pelo Departamento de Estado e inclui mil bombas MK-82, outras mil bombas de pequeno diâmetro e fusíveis para explosivos MK-80. A autorização aconteceu “momentos antes” da notícia dos ataques contra o comboio, disse um porta-voz do Departamento de Estado ao jornal.

Palestinos inspecionam veiculo com o logo da World Central Kitchen, que foi atingido por um bombardeio israelense no centro da Faixa de Gaza  Foto: Ismael Abu Dayyah / AP

A transferência estava prevista após uma autorização do Congresso americano (que precisa aprovar qualquer envio de armas para outros países) desde antes o início da guerra de Israel contra o Hamas, em 7 de outubro, mas o governo americano tinha autoridade para suspendê-la a qualquer momento. Não o fez neste caso.

Questionado sobre o porquê o governo não interrompeu o processo de transferência após o ataque contra os trabalhadores humanitários ou até que a investigação dos israelenses sobre o incidente fosse concluída, o porta-voz ouvido pelo The Washington Post não fez mais comentários. A Casa Branca e o Departamento de Estado também não se pronunciaram.

Pressão

O presidente americano resiste em utilizar armas para influenciar a condução da guerra por Israel, com assessores argumentando que muitas das munições enviadas são mísseis de defesa aérea. Biden está pressionado por alas mais progressistas de seu partido que querem que o presidente faça mais para evitar mais mortes em Gaza.

O apoio americano a Israel pode prejudicar a candidatura de Biden à reeleição em Estados como Michigan, que contam com uma grande população árabe-americana.

A guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas começou no dia 7 de outubro do ano passado, quando terroristas do Hamas invadiram o território israelense, mataram 1,2 mil pessoas e sequestraram 240. Tel-Aviv iniciou uma ofensiva contra a Faixa de Gaza após o ataque do Hamas, com bombardeios aéreos e invasão terrestre. A guerra no enclave palestino deixou mais de 32 mil mortos, segundo dados do ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas./com NYT e W.Post

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