Agricultores na Ucrânia desativam bombas de campos minados para salvar safra de grãos


Militares ucranianos colocaram minas em plantações para impedir o avanço russo a Kiev, agora agricultores buscam projeteis não detonados antes que o plantio cresça na primavera

Por Safak Timur
Atualização:

THE NEW YORK TIMES - A invasão russa da Ucrânia, no final de fevereiro, levou milhões de civis a fugirem do país e precipitou uma mobilização inédita das forças armadas locais para deter o Exército russo. Para impedir a chegada das tropas de Putin à capital, Kiev, os férteis campos de plantio de grãos do país foram minados para deter os tanques do Kremlin.

Hoje, às vésperas da guerra completar 100 dias e às vésperas do desenvolvimento de uma nova safra, agricultores vasculham suas plantações em busca de artefatos não detonados, conscientes de que, uma vez que o plantio crescesse na primavera, sua capacidade de ver onde estavam os projéteis potencialmente letais estaria prejudicada.

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O risco de um projétil ou foguete negligenciado apresentou um desafio particular para a equipe da Agro-Region, uma das dezenas de produtores de cereais ucranianos que enfrentam obstáculos cada vez maiores, já que as exportações de grãos continuam bloqueadas pelas forças russas, sufocando as receitas e ameaçando uma crise alimentar global.

Um trabalhador de laboratório realiza controle de qualidade em grãos nas instalações da Agro-Region em Borispil Foto: Nicole Tung/NYT
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A empresa é especializada na produção de milho, trigo e soja em fazendas espalhadas pelo oeste e norte da Ucrânia.

Plantio sob chuva de bombas

Ivan Volodimirovich, 27, gerente de uma unidade da Agro-Region em Borispil, uma cidade a leste de Kiev, que armazena e transporta grãos, disse que muitos funcionários permaneceram durante alguns dos bombardeios mais violentos, determinados a continuar seu trabalho. Os agricultores semeavam os campos, enquanto os funcionários dormiam debaixo da terra à noite e vigiavam as caixas gigantes onde os grãos preciosos são armazenados.

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O chão tremeria, ele lembrava, e a equipe encontraria projéteis de artilharia – tanto explodidos quanto não detonados – nos campos.

Mesmo depois de ter semeado e limpado os campos de munições não detonadas, a empresa agora enfrenta uma crescente crise de armazenamento por causa do bloqueio russo. “No momento, um dos nossos maiores problemas é não ter espaço para armazenar todos os grãos porque não conseguimos exportá-los este ano”, disse Volodimirovich.

Mecânicos reparam uma colheitadeira nas instalações da Agro-Region em Borispil, Ucrânia, em 30 de maio de 2022. Os trabalhadores da instalação continuaram seu trabalho mesmo quando as forças russas avançavam nas proximidades no início da guerra Foto: Nicole Tung/NYT
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Alta global dos alimentos

A guerra na Ucrânia ameaça elevar os preços globais dos alimentos, à medida que os portos do sul do país enfrentam bloqueios pelos militares russos.

A Agro-Região, que produziu cerca de 275.000 toneladas de culturas, incluindo trigo e grãos no ano passado, exportou 90% de seus produtos através dos portos do Mar Negro antes do início da guerra.

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A empresa também enfrenta desafios logísticos no transporte de grãos porque as ferrovias ucranianas estão ameaçadas por ataques russos, já que a Rússia conquistou territórios no leste e no sul, tornando perigoso o transporte de grãos para territórios controlados pela Rússia.

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Achamos que se fôssemos legais com Putin, ele seria legal conosco. Quanta ingenuidade.

THE NEW YORK TIMES - A invasão russa da Ucrânia, no final de fevereiro, levou milhões de civis a fugirem do país e precipitou uma mobilização inédita das forças armadas locais para deter o Exército russo. Para impedir a chegada das tropas de Putin à capital, Kiev, os férteis campos de plantio de grãos do país foram minados para deter os tanques do Kremlin.

Hoje, às vésperas da guerra completar 100 dias e às vésperas do desenvolvimento de uma nova safra, agricultores vasculham suas plantações em busca de artefatos não detonados, conscientes de que, uma vez que o plantio crescesse na primavera, sua capacidade de ver onde estavam os projéteis potencialmente letais estaria prejudicada.

O risco de um projétil ou foguete negligenciado apresentou um desafio particular para a equipe da Agro-Region, uma das dezenas de produtores de cereais ucranianos que enfrentam obstáculos cada vez maiores, já que as exportações de grãos continuam bloqueadas pelas forças russas, sufocando as receitas e ameaçando uma crise alimentar global.

Um trabalhador de laboratório realiza controle de qualidade em grãos nas instalações da Agro-Region em Borispil Foto: Nicole Tung/NYT

A empresa é especializada na produção de milho, trigo e soja em fazendas espalhadas pelo oeste e norte da Ucrânia.

Plantio sob chuva de bombas

Ivan Volodimirovich, 27, gerente de uma unidade da Agro-Region em Borispil, uma cidade a leste de Kiev, que armazena e transporta grãos, disse que muitos funcionários permaneceram durante alguns dos bombardeios mais violentos, determinados a continuar seu trabalho. Os agricultores semeavam os campos, enquanto os funcionários dormiam debaixo da terra à noite e vigiavam as caixas gigantes onde os grãos preciosos são armazenados.

O chão tremeria, ele lembrava, e a equipe encontraria projéteis de artilharia – tanto explodidos quanto não detonados – nos campos.

Mesmo depois de ter semeado e limpado os campos de munições não detonadas, a empresa agora enfrenta uma crescente crise de armazenamento por causa do bloqueio russo. “No momento, um dos nossos maiores problemas é não ter espaço para armazenar todos os grãos porque não conseguimos exportá-los este ano”, disse Volodimirovich.

Mecânicos reparam uma colheitadeira nas instalações da Agro-Region em Borispil, Ucrânia, em 30 de maio de 2022. Os trabalhadores da instalação continuaram seu trabalho mesmo quando as forças russas avançavam nas proximidades no início da guerra Foto: Nicole Tung/NYT

Alta global dos alimentos

A guerra na Ucrânia ameaça elevar os preços globais dos alimentos, à medida que os portos do sul do país enfrentam bloqueios pelos militares russos.

A Agro-Região, que produziu cerca de 275.000 toneladas de culturas, incluindo trigo e grãos no ano passado, exportou 90% de seus produtos através dos portos do Mar Negro antes do início da guerra.

A empresa também enfrenta desafios logísticos no transporte de grãos porque as ferrovias ucranianas estão ameaçadas por ataques russos, já que a Rússia conquistou territórios no leste e no sul, tornando perigoso o transporte de grãos para territórios controlados pela Rússia.

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THE NEW YORK TIMES - A invasão russa da Ucrânia, no final de fevereiro, levou milhões de civis a fugirem do país e precipitou uma mobilização inédita das forças armadas locais para deter o Exército russo. Para impedir a chegada das tropas de Putin à capital, Kiev, os férteis campos de plantio de grãos do país foram minados para deter os tanques do Kremlin.

Hoje, às vésperas da guerra completar 100 dias e às vésperas do desenvolvimento de uma nova safra, agricultores vasculham suas plantações em busca de artefatos não detonados, conscientes de que, uma vez que o plantio crescesse na primavera, sua capacidade de ver onde estavam os projéteis potencialmente letais estaria prejudicada.

O risco de um projétil ou foguete negligenciado apresentou um desafio particular para a equipe da Agro-Region, uma das dezenas de produtores de cereais ucranianos que enfrentam obstáculos cada vez maiores, já que as exportações de grãos continuam bloqueadas pelas forças russas, sufocando as receitas e ameaçando uma crise alimentar global.

Um trabalhador de laboratório realiza controle de qualidade em grãos nas instalações da Agro-Region em Borispil Foto: Nicole Tung/NYT

A empresa é especializada na produção de milho, trigo e soja em fazendas espalhadas pelo oeste e norte da Ucrânia.

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Ivan Volodimirovich, 27, gerente de uma unidade da Agro-Region em Borispil, uma cidade a leste de Kiev, que armazena e transporta grãos, disse que muitos funcionários permaneceram durante alguns dos bombardeios mais violentos, determinados a continuar seu trabalho. Os agricultores semeavam os campos, enquanto os funcionários dormiam debaixo da terra à noite e vigiavam as caixas gigantes onde os grãos preciosos são armazenados.

O chão tremeria, ele lembrava, e a equipe encontraria projéteis de artilharia – tanto explodidos quanto não detonados – nos campos.

Mesmo depois de ter semeado e limpado os campos de munições não detonadas, a empresa agora enfrenta uma crescente crise de armazenamento por causa do bloqueio russo. “No momento, um dos nossos maiores problemas é não ter espaço para armazenar todos os grãos porque não conseguimos exportá-los este ano”, disse Volodimirovich.

Mecânicos reparam uma colheitadeira nas instalações da Agro-Region em Borispil, Ucrânia, em 30 de maio de 2022. Os trabalhadores da instalação continuaram seu trabalho mesmo quando as forças russas avançavam nas proximidades no início da guerra Foto: Nicole Tung/NYT

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A guerra na Ucrânia ameaça elevar os preços globais dos alimentos, à medida que os portos do sul do país enfrentam bloqueios pelos militares russos.

A Agro-Região, que produziu cerca de 275.000 toneladas de culturas, incluindo trigo e grãos no ano passado, exportou 90% de seus produtos através dos portos do Mar Negro antes do início da guerra.

A empresa também enfrenta desafios logísticos no transporte de grãos porque as ferrovias ucranianas estão ameaçadas por ataques russos, já que a Rússia conquistou territórios no leste e no sul, tornando perigoso o transporte de grãos para territórios controlados pela Rússia.

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THE NEW YORK TIMES - A invasão russa da Ucrânia, no final de fevereiro, levou milhões de civis a fugirem do país e precipitou uma mobilização inédita das forças armadas locais para deter o Exército russo. Para impedir a chegada das tropas de Putin à capital, Kiev, os férteis campos de plantio de grãos do país foram minados para deter os tanques do Kremlin.

Hoje, às vésperas da guerra completar 100 dias e às vésperas do desenvolvimento de uma nova safra, agricultores vasculham suas plantações em busca de artefatos não detonados, conscientes de que, uma vez que o plantio crescesse na primavera, sua capacidade de ver onde estavam os projéteis potencialmente letais estaria prejudicada.

O risco de um projétil ou foguete negligenciado apresentou um desafio particular para a equipe da Agro-Region, uma das dezenas de produtores de cereais ucranianos que enfrentam obstáculos cada vez maiores, já que as exportações de grãos continuam bloqueadas pelas forças russas, sufocando as receitas e ameaçando uma crise alimentar global.

Um trabalhador de laboratório realiza controle de qualidade em grãos nas instalações da Agro-Region em Borispil Foto: Nicole Tung/NYT

A empresa é especializada na produção de milho, trigo e soja em fazendas espalhadas pelo oeste e norte da Ucrânia.

Plantio sob chuva de bombas

Ivan Volodimirovich, 27, gerente de uma unidade da Agro-Region em Borispil, uma cidade a leste de Kiev, que armazena e transporta grãos, disse que muitos funcionários permaneceram durante alguns dos bombardeios mais violentos, determinados a continuar seu trabalho. Os agricultores semeavam os campos, enquanto os funcionários dormiam debaixo da terra à noite e vigiavam as caixas gigantes onde os grãos preciosos são armazenados.

O chão tremeria, ele lembrava, e a equipe encontraria projéteis de artilharia – tanto explodidos quanto não detonados – nos campos.

Mesmo depois de ter semeado e limpado os campos de munições não detonadas, a empresa agora enfrenta uma crescente crise de armazenamento por causa do bloqueio russo. “No momento, um dos nossos maiores problemas é não ter espaço para armazenar todos os grãos porque não conseguimos exportá-los este ano”, disse Volodimirovich.

Mecânicos reparam uma colheitadeira nas instalações da Agro-Region em Borispil, Ucrânia, em 30 de maio de 2022. Os trabalhadores da instalação continuaram seu trabalho mesmo quando as forças russas avançavam nas proximidades no início da guerra Foto: Nicole Tung/NYT

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A guerra na Ucrânia ameaça elevar os preços globais dos alimentos, à medida que os portos do sul do país enfrentam bloqueios pelos militares russos.

A Agro-Região, que produziu cerca de 275.000 toneladas de culturas, incluindo trigo e grãos no ano passado, exportou 90% de seus produtos através dos portos do Mar Negro antes do início da guerra.

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