Em nova escalada de violência, Equador registra três massacres em dois dias


Dentre as ocorrências estão o sequestro e assassinato de cinco turistas em praia no sudoeste do país

Por Redação
Atualização:

GUAYAQUIL -Oito pessoas foram mortas a tiros neste sábado, 30, em Guayaquil, no sudoeste do Equador, onde uma nova escalada de violência causou três massacres nos últimos dois dias.

De acordo com um comunicado da polícia, indivíduos armados a bordo de um veículo abriram fogo contra um grupo de pessoas em Guasmo, no sul de Guayaquil, por volta das 18H55 locais (23H55 GMT).

“Duas pessoas morreram instantaneamente”, continuou, mas vários dos feridos morreram “devido à gravidade de seus ferimentos” depois de serem levados a diferentes centros de saúde para receber atendimento médico. Outras oito pessoas continuam feridas e estão sob custódia da polícia.

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Membros da Marinha do Equador inspecionam um navio e sua carga durante uma patrulha fluvial, enquanto o país luta para controlar a violência crescente, em Guayaquil, Equador, 28 de março de 2024.  Foto: Santiago Arcos / REUTERS

O Equador, que já foi um dos países mais pacíficos da América Latina, está agora sob a ameaça de gangues criminosas que disputam as rotas do tráfico de drogas a sangue e fogo.

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Massacre de turistas

Duas pessoas foram presas no sábado, suspeitas de matarem dois turistas em uma praia no sudoeste do Equador. A polícia afirmou que os turistas foram mortos por traficantes de drogas que confundiram eles com membros de uma gangue rival.

Seis equatorianos adultos e cinco crianças, que haviam chegado ao resort de Ayampe na tarde de quinta-feira, foram sequestrados no dia seguinte, quando cerca de 20 pessoas armadas invadiram seu hotel.

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As vítimas foram submetidas a “interrogatórios” e os corpos de cinco adultos foram encontrados com ferimentos de bala em uma estrada próxima, disse o comandante da polícia local, Richard Vaca.

Parentes de presidiários fecham estrada e queimam pneus durante protesto nos arredores do complexo penitenciário Regional 8 em Guayaquil, Equador, em 28 de março de 2024.  Foto: MARCOS PIN / AFP

Os turistas não tinham vínculos com organizações criminosas, mas os agressores “aparentemente confundiram essas pessoas com seus adversários na disputa do microtráfico no setor”, acrescentou.

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Na operação de prisão, foram apreendidos fuzis automáticos, pistolas, explosivos e munição. O presidente Daniel Noboa expressou sua “solidariedade às famílias” das vítimas no sábado em sua conta no X.

“Isso é um sinal de que o narcoterrorismo e seus aliados estão procurando espaços para nos aterrorizar, mas não conseguirão”, advertiu.

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Em janeiro, Noboa declarou o país em conflito armado interno, após um violento ataque de gangues criminosas que deixou cerca de 20 mortos, ataques à imprensa, explosões e mais de 200 sequestros em prisões e nas ruas.

Violência e referendo

Apesar do estado de emergência que está em vigor desde janeiro por ordem do governo, a violência no Equador continua inabalável. Na sexta-feira, quatro pessoas, incluindo um oficial militar, foram mortas na cidade de Manta, em Manabí.

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No último fim de semana, a prefeita de San Vicente, na mesma província, foi morta em um novo caso de violência política. Sua morte ocorre após o assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio e do prefeito de Manta, Agustín Intriago, em 2023.

Na quarta-feira, um motim em uma prisão em Guayaquil (sudoeste) deixou três prisioneiros mortos e seis feridos. O fato ocorreu na mesma prisão de onde Adolfo “Fito” Macías, líder da gangue criminosa Los Choneros, uma das principais gangues do país, escapou.

Vista aérea mostrando restos de colchões e outros objetos queimados, no bloco Guayas 4, no complexo penitenciário Regional 8 de Guayaquil, Equador, tirada em 28 de março de 2024, um dia após uma “revolta interna”.  Foto: Marcos PIN / AFP

De acordo com Noboa, o motim na prisão e a violência recente “não são fatos isolados”, pois ocorreram “às vésperas de uma consulta popular” promovida pelo governo. Em sua conta no X, o presidente culpou os “narcoterroristas” e seus “aliados políticos” pelo motim.

Noboa, no poder desde novembro, convocou um referendo em 21 de abril para consultar os equatorianos sobre o endurecimento ou não das medidas de combate ao tráfico de drogas. Entre as perguntas estão se os militares devem ter permissão para apoiar a polícia sem a necessidade de um estado de emergência, a extradição de equatorianos ligados ao crime organizado e o aumento das penalidades para o terrorismo e o tráfico de drogas.

As prisões do Equador são um centro de operações para gangues de drogas ligadas a cartéis colombianos e mexicanos. Desde 2021, constantes confrontos armados entre esses grupos criminosos deixaram mais de 460 prisioneiros mortos.

Localizado entre a Colômbia e o Peru, os maiores produtores de cocaína do mundo, o Equador se tornou um centro logístico para o envio de drogas para os Estados Unidos e a Europa anos atrás./AFP

GUAYAQUIL -Oito pessoas foram mortas a tiros neste sábado, 30, em Guayaquil, no sudoeste do Equador, onde uma nova escalada de violência causou três massacres nos últimos dois dias.

De acordo com um comunicado da polícia, indivíduos armados a bordo de um veículo abriram fogo contra um grupo de pessoas em Guasmo, no sul de Guayaquil, por volta das 18H55 locais (23H55 GMT).

“Duas pessoas morreram instantaneamente”, continuou, mas vários dos feridos morreram “devido à gravidade de seus ferimentos” depois de serem levados a diferentes centros de saúde para receber atendimento médico. Outras oito pessoas continuam feridas e estão sob custódia da polícia.

Membros da Marinha do Equador inspecionam um navio e sua carga durante uma patrulha fluvial, enquanto o país luta para controlar a violência crescente, em Guayaquil, Equador, 28 de março de 2024.  Foto: Santiago Arcos / REUTERS

O Equador, que já foi um dos países mais pacíficos da América Latina, está agora sob a ameaça de gangues criminosas que disputam as rotas do tráfico de drogas a sangue e fogo.

Massacre de turistas

Duas pessoas foram presas no sábado, suspeitas de matarem dois turistas em uma praia no sudoeste do Equador. A polícia afirmou que os turistas foram mortos por traficantes de drogas que confundiram eles com membros de uma gangue rival.

Seis equatorianos adultos e cinco crianças, que haviam chegado ao resort de Ayampe na tarde de quinta-feira, foram sequestrados no dia seguinte, quando cerca de 20 pessoas armadas invadiram seu hotel.

As vítimas foram submetidas a “interrogatórios” e os corpos de cinco adultos foram encontrados com ferimentos de bala em uma estrada próxima, disse o comandante da polícia local, Richard Vaca.

Parentes de presidiários fecham estrada e queimam pneus durante protesto nos arredores do complexo penitenciário Regional 8 em Guayaquil, Equador, em 28 de março de 2024.  Foto: MARCOS PIN / AFP

Os turistas não tinham vínculos com organizações criminosas, mas os agressores “aparentemente confundiram essas pessoas com seus adversários na disputa do microtráfico no setor”, acrescentou.

Na operação de prisão, foram apreendidos fuzis automáticos, pistolas, explosivos e munição. O presidente Daniel Noboa expressou sua “solidariedade às famílias” das vítimas no sábado em sua conta no X.

“Isso é um sinal de que o narcoterrorismo e seus aliados estão procurando espaços para nos aterrorizar, mas não conseguirão”, advertiu.

Em janeiro, Noboa declarou o país em conflito armado interno, após um violento ataque de gangues criminosas que deixou cerca de 20 mortos, ataques à imprensa, explosões e mais de 200 sequestros em prisões e nas ruas.

Violência e referendo

Apesar do estado de emergência que está em vigor desde janeiro por ordem do governo, a violência no Equador continua inabalável. Na sexta-feira, quatro pessoas, incluindo um oficial militar, foram mortas na cidade de Manta, em Manabí.

No último fim de semana, a prefeita de San Vicente, na mesma província, foi morta em um novo caso de violência política. Sua morte ocorre após o assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio e do prefeito de Manta, Agustín Intriago, em 2023.

Na quarta-feira, um motim em uma prisão em Guayaquil (sudoeste) deixou três prisioneiros mortos e seis feridos. O fato ocorreu na mesma prisão de onde Adolfo “Fito” Macías, líder da gangue criminosa Los Choneros, uma das principais gangues do país, escapou.

Vista aérea mostrando restos de colchões e outros objetos queimados, no bloco Guayas 4, no complexo penitenciário Regional 8 de Guayaquil, Equador, tirada em 28 de março de 2024, um dia após uma “revolta interna”.  Foto: Marcos PIN / AFP

De acordo com Noboa, o motim na prisão e a violência recente “não são fatos isolados”, pois ocorreram “às vésperas de uma consulta popular” promovida pelo governo. Em sua conta no X, o presidente culpou os “narcoterroristas” e seus “aliados políticos” pelo motim.

Noboa, no poder desde novembro, convocou um referendo em 21 de abril para consultar os equatorianos sobre o endurecimento ou não das medidas de combate ao tráfico de drogas. Entre as perguntas estão se os militares devem ter permissão para apoiar a polícia sem a necessidade de um estado de emergência, a extradição de equatorianos ligados ao crime organizado e o aumento das penalidades para o terrorismo e o tráfico de drogas.

As prisões do Equador são um centro de operações para gangues de drogas ligadas a cartéis colombianos e mexicanos. Desde 2021, constantes confrontos armados entre esses grupos criminosos deixaram mais de 460 prisioneiros mortos.

Localizado entre a Colômbia e o Peru, os maiores produtores de cocaína do mundo, o Equador se tornou um centro logístico para o envio de drogas para os Estados Unidos e a Europa anos atrás./AFP

GUAYAQUIL -Oito pessoas foram mortas a tiros neste sábado, 30, em Guayaquil, no sudoeste do Equador, onde uma nova escalada de violência causou três massacres nos últimos dois dias.

De acordo com um comunicado da polícia, indivíduos armados a bordo de um veículo abriram fogo contra um grupo de pessoas em Guasmo, no sul de Guayaquil, por volta das 18H55 locais (23H55 GMT).

“Duas pessoas morreram instantaneamente”, continuou, mas vários dos feridos morreram “devido à gravidade de seus ferimentos” depois de serem levados a diferentes centros de saúde para receber atendimento médico. Outras oito pessoas continuam feridas e estão sob custódia da polícia.

Membros da Marinha do Equador inspecionam um navio e sua carga durante uma patrulha fluvial, enquanto o país luta para controlar a violência crescente, em Guayaquil, Equador, 28 de março de 2024.  Foto: Santiago Arcos / REUTERS

O Equador, que já foi um dos países mais pacíficos da América Latina, está agora sob a ameaça de gangues criminosas que disputam as rotas do tráfico de drogas a sangue e fogo.

Massacre de turistas

Duas pessoas foram presas no sábado, suspeitas de matarem dois turistas em uma praia no sudoeste do Equador. A polícia afirmou que os turistas foram mortos por traficantes de drogas que confundiram eles com membros de uma gangue rival.

Seis equatorianos adultos e cinco crianças, que haviam chegado ao resort de Ayampe na tarde de quinta-feira, foram sequestrados no dia seguinte, quando cerca de 20 pessoas armadas invadiram seu hotel.

As vítimas foram submetidas a “interrogatórios” e os corpos de cinco adultos foram encontrados com ferimentos de bala em uma estrada próxima, disse o comandante da polícia local, Richard Vaca.

Parentes de presidiários fecham estrada e queimam pneus durante protesto nos arredores do complexo penitenciário Regional 8 em Guayaquil, Equador, em 28 de março de 2024.  Foto: MARCOS PIN / AFP

Os turistas não tinham vínculos com organizações criminosas, mas os agressores “aparentemente confundiram essas pessoas com seus adversários na disputa do microtráfico no setor”, acrescentou.

Na operação de prisão, foram apreendidos fuzis automáticos, pistolas, explosivos e munição. O presidente Daniel Noboa expressou sua “solidariedade às famílias” das vítimas no sábado em sua conta no X.

“Isso é um sinal de que o narcoterrorismo e seus aliados estão procurando espaços para nos aterrorizar, mas não conseguirão”, advertiu.

Em janeiro, Noboa declarou o país em conflito armado interno, após um violento ataque de gangues criminosas que deixou cerca de 20 mortos, ataques à imprensa, explosões e mais de 200 sequestros em prisões e nas ruas.

Violência e referendo

Apesar do estado de emergência que está em vigor desde janeiro por ordem do governo, a violência no Equador continua inabalável. Na sexta-feira, quatro pessoas, incluindo um oficial militar, foram mortas na cidade de Manta, em Manabí.

No último fim de semana, a prefeita de San Vicente, na mesma província, foi morta em um novo caso de violência política. Sua morte ocorre após o assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio e do prefeito de Manta, Agustín Intriago, em 2023.

Na quarta-feira, um motim em uma prisão em Guayaquil (sudoeste) deixou três prisioneiros mortos e seis feridos. O fato ocorreu na mesma prisão de onde Adolfo “Fito” Macías, líder da gangue criminosa Los Choneros, uma das principais gangues do país, escapou.

Vista aérea mostrando restos de colchões e outros objetos queimados, no bloco Guayas 4, no complexo penitenciário Regional 8 de Guayaquil, Equador, tirada em 28 de março de 2024, um dia após uma “revolta interna”.  Foto: Marcos PIN / AFP

De acordo com Noboa, o motim na prisão e a violência recente “não são fatos isolados”, pois ocorreram “às vésperas de uma consulta popular” promovida pelo governo. Em sua conta no X, o presidente culpou os “narcoterroristas” e seus “aliados políticos” pelo motim.

Noboa, no poder desde novembro, convocou um referendo em 21 de abril para consultar os equatorianos sobre o endurecimento ou não das medidas de combate ao tráfico de drogas. Entre as perguntas estão se os militares devem ter permissão para apoiar a polícia sem a necessidade de um estado de emergência, a extradição de equatorianos ligados ao crime organizado e o aumento das penalidades para o terrorismo e o tráfico de drogas.

As prisões do Equador são um centro de operações para gangues de drogas ligadas a cartéis colombianos e mexicanos. Desde 2021, constantes confrontos armados entre esses grupos criminosos deixaram mais de 460 prisioneiros mortos.

Localizado entre a Colômbia e o Peru, os maiores produtores de cocaína do mundo, o Equador se tornou um centro logístico para o envio de drogas para os Estados Unidos e a Europa anos atrás./AFP

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