Milei adia anúncio de pacote econômico na Argentina em meio a ansiedade sobre reformas


Presidente falou sobre ‘medidas de choque’ em discurso de posse, que eram esperadas para o primeiro dia de governo

Por Carolina Marins
Atualização:

ENVIADA ESPECIAL A BUENOS AIRES - Depois de criar expectativas sobre o anúncio de suas primeiras medidas econômicas como presidente da Argentina, Javier Milei adiou para terça-feira, 12, os anúncios. Em uma primeira coletiva na Casa Rosada, o porta-voz da presidência avisou que as medidas serão dadas pelo próprio ministro da Economia, Luis Caputo, empossado ontem.

Na sexta-feira, o jornal argentino Clarín havia adiantado que Milei e Caputo fariam os primeiros anúncios já nas primeiras horas desta segunda, com uma série de medidas que não precisariam de um respaldo do Congresso. Esta manhã, porém, Manuel Adorni, designado porta-voz da presidência, informou que as mudanças serão confirmadas amanhã, sem um horário definido.

Os mercados argentinos esperavam com ansiedade as primeiras medidas e ainda não está claro como reagirão ao adiamento anunciado nesta manhã.

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O presidente da Argentina, Javier Milei, fala com o público da sacada da Casa Rosada após ser empossado no Congresso Nacional Foto: EMILIANO LASALVIA/AFP

“É uma decisão do presidente mudar a raiz de uma questão sinistra, dar-lhe uma definição dura, do que está acontecendo na Argentina de um setor de privilégios versus muita gente que está passando por maus bocados devido a uma liderança que durante décadas não se importou, foi capaz de resolver os problemas”, disse, afirmando que a Argentina vive “um estado de emergência” por causa da inflação.

O porta-voz repetiu que “virão tempos complexos” por causa das decisões econômicas que tomará o governo, mas se recursou a “fazer futurologia” quando foi questionado.

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Ontem, durante seu primeiro discurso ao público nas escadarias do Congresso, Milei falou de uma política de choque para mudar o rumo econômico do país e falou que não há tempo para gradualismos. Seu ministro, porém, é menos afeito a medidas bruscas. Até o momento, as possíveis medidas que deve tomar o novo governo foram divulgadas apenas pela imprensa argentina, citando fontes anônimas.

As medidas que haviam sido adiantadas na imprensa incluíam: proibição do Banco Central de emitir moeda, remoção dos subsídios até abril, fim das obras públicas, liberação dos preços, desvalorização e fixação do dólar, entre outras.

Milei conduz a sua primeira reunião de gabinete nesta segunda-feira Foto: Agustin Marcarian/Reuters
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Com Milei, espera-se que já a partir desta semana comece uma primeira onda de aumento dos preços devido ao fim do controle que fazia o governo de Alberto Fernández. Na intenção de conter a inflação e manter viável a candidatura do então ministro da Economia Sergio Massa, o governo mantinha um programa de teto de preços para vários produtos essenciais, principalmente alimentos. Também se aguarda um aumento nos preços dos combustíveis e dos transportes públicos, que sofriam igual intervenção.

Caputo começou esta manhã a indicar os primeiros nomes de sua equipe econômica que terá a difícil tarefar de evitar uma hiperinflação no futuro próximo. Pablo Quirno foi indicado como Secretário de Finanças, com o objetivo de atrair mais dólares para a Argentina, que convive com a falta da moeda. Não à toa, Milei afirmou em seu discurso que “não há dinheiro”.

Milei espera conquistar a confiança de investidores para atrair dinheiro ao país e então conduzir a sua política de ajuste, no entanto, a falta de uma definição do plano econômico não tem contribuído para gerar essa confiança.

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Também nesta manhã, Milei conduz na Casa Rosada a sua primeira reunião de gabinete. Ontem, em seu primeiro decreto, o novo presidente cortou pela metade o número de ministérios, de 18 do governo anterior para nove. O número final, no entanto, foi um recuo, já que ele prometia ter oito ministérios, mas voltou atrás com a pasta da Saúde. Seu gabinete é composto atualmente por:

  • Guillermo Francos no Interior;
  • Diana Mondino nas Relações Exteriores;
  • Luis Petri na Defesa;
  • Luis “Toto” Caputo na Economia;
  • Guillermo Ferraro na Infraestrutura;
  • Mariano Cúneo Liberona na Justiça;
  • Patricia Bullrich na Segurança;
  • Mario Russo na Saúde;
  • Sandra Pettovello no Capital Humano.
  • Karina Milei na Secretaria-geral da presidência
  • Nicolas Posse na chefia de Gabinete

A vice-presidente, Victoria Villarruel também participa da reunião, segundo a imprensa argentina.

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ENVIADA ESPECIAL A BUENOS AIRES - Depois de criar expectativas sobre o anúncio de suas primeiras medidas econômicas como presidente da Argentina, Javier Milei adiou para terça-feira, 12, os anúncios. Em uma primeira coletiva na Casa Rosada, o porta-voz da presidência avisou que as medidas serão dadas pelo próprio ministro da Economia, Luis Caputo, empossado ontem.

Na sexta-feira, o jornal argentino Clarín havia adiantado que Milei e Caputo fariam os primeiros anúncios já nas primeiras horas desta segunda, com uma série de medidas que não precisariam de um respaldo do Congresso. Esta manhã, porém, Manuel Adorni, designado porta-voz da presidência, informou que as mudanças serão confirmadas amanhã, sem um horário definido.

Os mercados argentinos esperavam com ansiedade as primeiras medidas e ainda não está claro como reagirão ao adiamento anunciado nesta manhã.

O presidente da Argentina, Javier Milei, fala com o público da sacada da Casa Rosada após ser empossado no Congresso Nacional Foto: EMILIANO LASALVIA/AFP

“É uma decisão do presidente mudar a raiz de uma questão sinistra, dar-lhe uma definição dura, do que está acontecendo na Argentina de um setor de privilégios versus muita gente que está passando por maus bocados devido a uma liderança que durante décadas não se importou, foi capaz de resolver os problemas”, disse, afirmando que a Argentina vive “um estado de emergência” por causa da inflação.

O porta-voz repetiu que “virão tempos complexos” por causa das decisões econômicas que tomará o governo, mas se recursou a “fazer futurologia” quando foi questionado.

Ontem, durante seu primeiro discurso ao público nas escadarias do Congresso, Milei falou de uma política de choque para mudar o rumo econômico do país e falou que não há tempo para gradualismos. Seu ministro, porém, é menos afeito a medidas bruscas. Até o momento, as possíveis medidas que deve tomar o novo governo foram divulgadas apenas pela imprensa argentina, citando fontes anônimas.

As medidas que haviam sido adiantadas na imprensa incluíam: proibição do Banco Central de emitir moeda, remoção dos subsídios até abril, fim das obras públicas, liberação dos preços, desvalorização e fixação do dólar, entre outras.

Milei conduz a sua primeira reunião de gabinete nesta segunda-feira Foto: Agustin Marcarian/Reuters

Com Milei, espera-se que já a partir desta semana comece uma primeira onda de aumento dos preços devido ao fim do controle que fazia o governo de Alberto Fernández. Na intenção de conter a inflação e manter viável a candidatura do então ministro da Economia Sergio Massa, o governo mantinha um programa de teto de preços para vários produtos essenciais, principalmente alimentos. Também se aguarda um aumento nos preços dos combustíveis e dos transportes públicos, que sofriam igual intervenção.

Caputo começou esta manhã a indicar os primeiros nomes de sua equipe econômica que terá a difícil tarefar de evitar uma hiperinflação no futuro próximo. Pablo Quirno foi indicado como Secretário de Finanças, com o objetivo de atrair mais dólares para a Argentina, que convive com a falta da moeda. Não à toa, Milei afirmou em seu discurso que “não há dinheiro”.

Milei espera conquistar a confiança de investidores para atrair dinheiro ao país e então conduzir a sua política de ajuste, no entanto, a falta de uma definição do plano econômico não tem contribuído para gerar essa confiança.

Também nesta manhã, Milei conduz na Casa Rosada a sua primeira reunião de gabinete. Ontem, em seu primeiro decreto, o novo presidente cortou pela metade o número de ministérios, de 18 do governo anterior para nove. O número final, no entanto, foi um recuo, já que ele prometia ter oito ministérios, mas voltou atrás com a pasta da Saúde. Seu gabinete é composto atualmente por:

  • Guillermo Francos no Interior;
  • Diana Mondino nas Relações Exteriores;
  • Luis Petri na Defesa;
  • Luis “Toto” Caputo na Economia;
  • Guillermo Ferraro na Infraestrutura;
  • Mariano Cúneo Liberona na Justiça;
  • Patricia Bullrich na Segurança;
  • Mario Russo na Saúde;
  • Sandra Pettovello no Capital Humano.
  • Karina Milei na Secretaria-geral da presidência
  • Nicolas Posse na chefia de Gabinete

A vice-presidente, Victoria Villarruel também participa da reunião, segundo a imprensa argentina.

ENVIADA ESPECIAL A BUENOS AIRES - Depois de criar expectativas sobre o anúncio de suas primeiras medidas econômicas como presidente da Argentina, Javier Milei adiou para terça-feira, 12, os anúncios. Em uma primeira coletiva na Casa Rosada, o porta-voz da presidência avisou que as medidas serão dadas pelo próprio ministro da Economia, Luis Caputo, empossado ontem.

Na sexta-feira, o jornal argentino Clarín havia adiantado que Milei e Caputo fariam os primeiros anúncios já nas primeiras horas desta segunda, com uma série de medidas que não precisariam de um respaldo do Congresso. Esta manhã, porém, Manuel Adorni, designado porta-voz da presidência, informou que as mudanças serão confirmadas amanhã, sem um horário definido.

Os mercados argentinos esperavam com ansiedade as primeiras medidas e ainda não está claro como reagirão ao adiamento anunciado nesta manhã.

O presidente da Argentina, Javier Milei, fala com o público da sacada da Casa Rosada após ser empossado no Congresso Nacional Foto: EMILIANO LASALVIA/AFP

“É uma decisão do presidente mudar a raiz de uma questão sinistra, dar-lhe uma definição dura, do que está acontecendo na Argentina de um setor de privilégios versus muita gente que está passando por maus bocados devido a uma liderança que durante décadas não se importou, foi capaz de resolver os problemas”, disse, afirmando que a Argentina vive “um estado de emergência” por causa da inflação.

O porta-voz repetiu que “virão tempos complexos” por causa das decisões econômicas que tomará o governo, mas se recursou a “fazer futurologia” quando foi questionado.

Ontem, durante seu primeiro discurso ao público nas escadarias do Congresso, Milei falou de uma política de choque para mudar o rumo econômico do país e falou que não há tempo para gradualismos. Seu ministro, porém, é menos afeito a medidas bruscas. Até o momento, as possíveis medidas que deve tomar o novo governo foram divulgadas apenas pela imprensa argentina, citando fontes anônimas.

As medidas que haviam sido adiantadas na imprensa incluíam: proibição do Banco Central de emitir moeda, remoção dos subsídios até abril, fim das obras públicas, liberação dos preços, desvalorização e fixação do dólar, entre outras.

Milei conduz a sua primeira reunião de gabinete nesta segunda-feira Foto: Agustin Marcarian/Reuters

Com Milei, espera-se que já a partir desta semana comece uma primeira onda de aumento dos preços devido ao fim do controle que fazia o governo de Alberto Fernández. Na intenção de conter a inflação e manter viável a candidatura do então ministro da Economia Sergio Massa, o governo mantinha um programa de teto de preços para vários produtos essenciais, principalmente alimentos. Também se aguarda um aumento nos preços dos combustíveis e dos transportes públicos, que sofriam igual intervenção.

Caputo começou esta manhã a indicar os primeiros nomes de sua equipe econômica que terá a difícil tarefar de evitar uma hiperinflação no futuro próximo. Pablo Quirno foi indicado como Secretário de Finanças, com o objetivo de atrair mais dólares para a Argentina, que convive com a falta da moeda. Não à toa, Milei afirmou em seu discurso que “não há dinheiro”.

Milei espera conquistar a confiança de investidores para atrair dinheiro ao país e então conduzir a sua política de ajuste, no entanto, a falta de uma definição do plano econômico não tem contribuído para gerar essa confiança.

Também nesta manhã, Milei conduz na Casa Rosada a sua primeira reunião de gabinete. Ontem, em seu primeiro decreto, o novo presidente cortou pela metade o número de ministérios, de 18 do governo anterior para nove. O número final, no entanto, foi um recuo, já que ele prometia ter oito ministérios, mas voltou atrás com a pasta da Saúde. Seu gabinete é composto atualmente por:

  • Guillermo Francos no Interior;
  • Diana Mondino nas Relações Exteriores;
  • Luis Petri na Defesa;
  • Luis “Toto” Caputo na Economia;
  • Guillermo Ferraro na Infraestrutura;
  • Mariano Cúneo Liberona na Justiça;
  • Patricia Bullrich na Segurança;
  • Mario Russo na Saúde;
  • Sandra Pettovello no Capital Humano.
  • Karina Milei na Secretaria-geral da presidência
  • Nicolas Posse na chefia de Gabinete

A vice-presidente, Victoria Villarruel também participa da reunião, segundo a imprensa argentina.

ENVIADA ESPECIAL A BUENOS AIRES - Depois de criar expectativas sobre o anúncio de suas primeiras medidas econômicas como presidente da Argentina, Javier Milei adiou para terça-feira, 12, os anúncios. Em uma primeira coletiva na Casa Rosada, o porta-voz da presidência avisou que as medidas serão dadas pelo próprio ministro da Economia, Luis Caputo, empossado ontem.

Na sexta-feira, o jornal argentino Clarín havia adiantado que Milei e Caputo fariam os primeiros anúncios já nas primeiras horas desta segunda, com uma série de medidas que não precisariam de um respaldo do Congresso. Esta manhã, porém, Manuel Adorni, designado porta-voz da presidência, informou que as mudanças serão confirmadas amanhã, sem um horário definido.

Os mercados argentinos esperavam com ansiedade as primeiras medidas e ainda não está claro como reagirão ao adiamento anunciado nesta manhã.

O presidente da Argentina, Javier Milei, fala com o público da sacada da Casa Rosada após ser empossado no Congresso Nacional Foto: EMILIANO LASALVIA/AFP

“É uma decisão do presidente mudar a raiz de uma questão sinistra, dar-lhe uma definição dura, do que está acontecendo na Argentina de um setor de privilégios versus muita gente que está passando por maus bocados devido a uma liderança que durante décadas não se importou, foi capaz de resolver os problemas”, disse, afirmando que a Argentina vive “um estado de emergência” por causa da inflação.

O porta-voz repetiu que “virão tempos complexos” por causa das decisões econômicas que tomará o governo, mas se recursou a “fazer futurologia” quando foi questionado.

Ontem, durante seu primeiro discurso ao público nas escadarias do Congresso, Milei falou de uma política de choque para mudar o rumo econômico do país e falou que não há tempo para gradualismos. Seu ministro, porém, é menos afeito a medidas bruscas. Até o momento, as possíveis medidas que deve tomar o novo governo foram divulgadas apenas pela imprensa argentina, citando fontes anônimas.

As medidas que haviam sido adiantadas na imprensa incluíam: proibição do Banco Central de emitir moeda, remoção dos subsídios até abril, fim das obras públicas, liberação dos preços, desvalorização e fixação do dólar, entre outras.

Milei conduz a sua primeira reunião de gabinete nesta segunda-feira Foto: Agustin Marcarian/Reuters

Com Milei, espera-se que já a partir desta semana comece uma primeira onda de aumento dos preços devido ao fim do controle que fazia o governo de Alberto Fernández. Na intenção de conter a inflação e manter viável a candidatura do então ministro da Economia Sergio Massa, o governo mantinha um programa de teto de preços para vários produtos essenciais, principalmente alimentos. Também se aguarda um aumento nos preços dos combustíveis e dos transportes públicos, que sofriam igual intervenção.

Caputo começou esta manhã a indicar os primeiros nomes de sua equipe econômica que terá a difícil tarefar de evitar uma hiperinflação no futuro próximo. Pablo Quirno foi indicado como Secretário de Finanças, com o objetivo de atrair mais dólares para a Argentina, que convive com a falta da moeda. Não à toa, Milei afirmou em seu discurso que “não há dinheiro”.

Milei espera conquistar a confiança de investidores para atrair dinheiro ao país e então conduzir a sua política de ajuste, no entanto, a falta de uma definição do plano econômico não tem contribuído para gerar essa confiança.

Também nesta manhã, Milei conduz na Casa Rosada a sua primeira reunião de gabinete. Ontem, em seu primeiro decreto, o novo presidente cortou pela metade o número de ministérios, de 18 do governo anterior para nove. O número final, no entanto, foi um recuo, já que ele prometia ter oito ministérios, mas voltou atrás com a pasta da Saúde. Seu gabinete é composto atualmente por:

  • Guillermo Francos no Interior;
  • Diana Mondino nas Relações Exteriores;
  • Luis Petri na Defesa;
  • Luis “Toto” Caputo na Economia;
  • Guillermo Ferraro na Infraestrutura;
  • Mariano Cúneo Liberona na Justiça;
  • Patricia Bullrich na Segurança;
  • Mario Russo na Saúde;
  • Sandra Pettovello no Capital Humano.
  • Karina Milei na Secretaria-geral da presidência
  • Nicolas Posse na chefia de Gabinete

A vice-presidente, Victoria Villarruel também participa da reunião, segundo a imprensa argentina.

ENVIADA ESPECIAL A BUENOS AIRES - Depois de criar expectativas sobre o anúncio de suas primeiras medidas econômicas como presidente da Argentina, Javier Milei adiou para terça-feira, 12, os anúncios. Em uma primeira coletiva na Casa Rosada, o porta-voz da presidência avisou que as medidas serão dadas pelo próprio ministro da Economia, Luis Caputo, empossado ontem.

Na sexta-feira, o jornal argentino Clarín havia adiantado que Milei e Caputo fariam os primeiros anúncios já nas primeiras horas desta segunda, com uma série de medidas que não precisariam de um respaldo do Congresso. Esta manhã, porém, Manuel Adorni, designado porta-voz da presidência, informou que as mudanças serão confirmadas amanhã, sem um horário definido.

Os mercados argentinos esperavam com ansiedade as primeiras medidas e ainda não está claro como reagirão ao adiamento anunciado nesta manhã.

O presidente da Argentina, Javier Milei, fala com o público da sacada da Casa Rosada após ser empossado no Congresso Nacional Foto: EMILIANO LASALVIA/AFP

“É uma decisão do presidente mudar a raiz de uma questão sinistra, dar-lhe uma definição dura, do que está acontecendo na Argentina de um setor de privilégios versus muita gente que está passando por maus bocados devido a uma liderança que durante décadas não se importou, foi capaz de resolver os problemas”, disse, afirmando que a Argentina vive “um estado de emergência” por causa da inflação.

O porta-voz repetiu que “virão tempos complexos” por causa das decisões econômicas que tomará o governo, mas se recursou a “fazer futurologia” quando foi questionado.

Ontem, durante seu primeiro discurso ao público nas escadarias do Congresso, Milei falou de uma política de choque para mudar o rumo econômico do país e falou que não há tempo para gradualismos. Seu ministro, porém, é menos afeito a medidas bruscas. Até o momento, as possíveis medidas que deve tomar o novo governo foram divulgadas apenas pela imprensa argentina, citando fontes anônimas.

As medidas que haviam sido adiantadas na imprensa incluíam: proibição do Banco Central de emitir moeda, remoção dos subsídios até abril, fim das obras públicas, liberação dos preços, desvalorização e fixação do dólar, entre outras.

Milei conduz a sua primeira reunião de gabinete nesta segunda-feira Foto: Agustin Marcarian/Reuters

Com Milei, espera-se que já a partir desta semana comece uma primeira onda de aumento dos preços devido ao fim do controle que fazia o governo de Alberto Fernández. Na intenção de conter a inflação e manter viável a candidatura do então ministro da Economia Sergio Massa, o governo mantinha um programa de teto de preços para vários produtos essenciais, principalmente alimentos. Também se aguarda um aumento nos preços dos combustíveis e dos transportes públicos, que sofriam igual intervenção.

Caputo começou esta manhã a indicar os primeiros nomes de sua equipe econômica que terá a difícil tarefar de evitar uma hiperinflação no futuro próximo. Pablo Quirno foi indicado como Secretário de Finanças, com o objetivo de atrair mais dólares para a Argentina, que convive com a falta da moeda. Não à toa, Milei afirmou em seu discurso que “não há dinheiro”.

Milei espera conquistar a confiança de investidores para atrair dinheiro ao país e então conduzir a sua política de ajuste, no entanto, a falta de uma definição do plano econômico não tem contribuído para gerar essa confiança.

Também nesta manhã, Milei conduz na Casa Rosada a sua primeira reunião de gabinete. Ontem, em seu primeiro decreto, o novo presidente cortou pela metade o número de ministérios, de 18 do governo anterior para nove. O número final, no entanto, foi um recuo, já que ele prometia ter oito ministérios, mas voltou atrás com a pasta da Saúde. Seu gabinete é composto atualmente por:

  • Guillermo Francos no Interior;
  • Diana Mondino nas Relações Exteriores;
  • Luis Petri na Defesa;
  • Luis “Toto” Caputo na Economia;
  • Guillermo Ferraro na Infraestrutura;
  • Mariano Cúneo Liberona na Justiça;
  • Patricia Bullrich na Segurança;
  • Mario Russo na Saúde;
  • Sandra Pettovello no Capital Humano.
  • Karina Milei na Secretaria-geral da presidência
  • Nicolas Posse na chefia de Gabinete

A vice-presidente, Victoria Villarruel também participa da reunião, segundo a imprensa argentina.

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