Bolsonaro reconhece vitória de Biden


Presidente afirmou estar 'pronto a trabalhar' com democrata para 'dar continuidade à construção de uma aliança Brasil-EUA'

Por Felipe Frazão

BRASÍLIA  - O presidente Jair Bolsonaro cumprimentou oficialmente nesta terça-feira, dia 15, o presidente eleito dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden,38 dias depois de ele vencer as eleições para a Casa Branca. No comunicado do Palácio do Planalto, Bolsonaro diz estar "pronto a trabalhar" com Biden para "dar continuidade à construção de uma aliança Brasil-EUA, na defesa da soberania, da democracia e da liberdade em todo o mundo, assim como na integração econômico-comercial em benefício dos nossos povos".

O presidente Jair Bolsonaro Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

O Ministério das Relações Exteriores divulgou a nota um dia depois de Biden ser declarado oficialmente eleito pelo Colégio Eleitoral dos EUA. Biden teve 306votos contra 232 de do republicano Donald Trump, atual presidente. "Saudações ao presidente Joe Biden, com meus melhores votos e a esperança de que os EUA sigam sendo 'a terra dos livres e o lar dos corajosos'", saúda Bolsonaro.

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O triunfo eleitoral do democrata, porém, já havia sido projetado por veículos de imprensa dos Estados Unidos que consolidam a contagem de votos nacionalmente, Estado a Estado. O país não possui uma Justiça Eleitoral federal, a exemplo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) brasileiro. Por isso, cada unidade federada organiza as próprias eleições e informa os resultados. As primeiras projeções de vitória, confirmando expectativas de pesquisas eleitorais, surgiram no dia 7 de novembro, ou seja, há 1 mês e 8 dias. Imediatamente, líderes mundiais começaram a reconhecer e parabenizar o democrata Biden pela vitória - o que Bolsonaro rejeitava fazer, seguindo o comportamento de Trump.

Aconselhado por assessores palacianos e diplomatas, Bolsonaro silenciou por causa da contestação do republicano. Isso fez com que o Brasil se isolasse de uma série de países aliados dos Estados Unidos. Poucos chefes de Estado e de governo, além de Bolsonaro, deixaram de reconhecer a vitória de Biden nos dias seguintes. Entre eles, estavam o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, considerado de esquerda, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que recentemente trocou elogios com Bolsonaro. O mexicano AMLO, porém, enviou uma carta a Biden nesta terça-feira, mais cedo, enquanto Putin já havia emitido congratulações nesta segunda-feira, dia 14. Até países geopoliticamente rivais dos EUA, como China, Cuba e Venezuela, já haviam cumprimentado Biden antes.

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Em meio a acusações de fraude não comprovadas por parte do presidente Donald Trump, derrotado, os Estados decisivos chegaram a recontar os votos e confirmaram a vitória de Biden. Pressionado, Trump já havia autorizado a burocracia da Casa Branca a iniciar o processo de transição de governo para Biden. Apesar disso, continuava negando a derrota e tentando mobilizar apoiadores para contestar o resultado. Criticado até por seus correligionários republicanos, Trump insinuou que concorrerá a um novo mandato em 2024. "Vejo vocês em quatro anos", disse durante uma celebração de Natal, em 1º de dezembro.

Mesmo assim, Bolsonaro hesitava em reconhecer a derrota do aliado e "amigo" Trump. Ele alegou que, segundo suas "fontes", havia fraude no processo de votação. "É um dos países que é mãe da democracia. A imprensa não divulga, mas eu tenho minhas fontes de informações, não adianta falar para vocês, não vão divulgar. Mas realmente teve muita fraude lá, isso ninguém discute”, disse Bolsonaro, em 29 de novembro, no Rio. “Se ela foi suficiente para definir um ou outro, eu não sei. Eu estou aguardando um pouco mais, que lá seja decidido pela Justiça Eleitoral deles e quem sabe pela Suprema Corte no final."

Leia a íntegra da nota do Itamaraty

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Cumprimentos do Presidente Jair Bolsonaro ao Presidente-Eleito dos EUA Joe Biden

O Presidente Jair Bolsonaro transmite a seguinte mensagem ao Presidente-Eleito Joe Biden após o anúncio dos resultados da votação no Colégio Eleitoral dos EUA:

- Saudações ao Presidente Joe Biden, com meus melhores votos e a esperança de que os EUA sigam sendo “a terra dos livres e o lar dos corajosos".

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- Estarei pronto a trabalhar com V. Exa. e dar continuidade à construção de uma aliança Brasil-EUA, na defesa da soberania, da democracia e da liberdade em todo o mundo, assim como na integração econômico-comercial em benefício dos nossos povos.

BRASÍLIA  - O presidente Jair Bolsonaro cumprimentou oficialmente nesta terça-feira, dia 15, o presidente eleito dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden,38 dias depois de ele vencer as eleições para a Casa Branca. No comunicado do Palácio do Planalto, Bolsonaro diz estar "pronto a trabalhar" com Biden para "dar continuidade à construção de uma aliança Brasil-EUA, na defesa da soberania, da democracia e da liberdade em todo o mundo, assim como na integração econômico-comercial em benefício dos nossos povos".

O presidente Jair Bolsonaro Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

O Ministério das Relações Exteriores divulgou a nota um dia depois de Biden ser declarado oficialmente eleito pelo Colégio Eleitoral dos EUA. Biden teve 306votos contra 232 de do republicano Donald Trump, atual presidente. "Saudações ao presidente Joe Biden, com meus melhores votos e a esperança de que os EUA sigam sendo 'a terra dos livres e o lar dos corajosos'", saúda Bolsonaro.

O triunfo eleitoral do democrata, porém, já havia sido projetado por veículos de imprensa dos Estados Unidos que consolidam a contagem de votos nacionalmente, Estado a Estado. O país não possui uma Justiça Eleitoral federal, a exemplo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) brasileiro. Por isso, cada unidade federada organiza as próprias eleições e informa os resultados. As primeiras projeções de vitória, confirmando expectativas de pesquisas eleitorais, surgiram no dia 7 de novembro, ou seja, há 1 mês e 8 dias. Imediatamente, líderes mundiais começaram a reconhecer e parabenizar o democrata Biden pela vitória - o que Bolsonaro rejeitava fazer, seguindo o comportamento de Trump.

Aconselhado por assessores palacianos e diplomatas, Bolsonaro silenciou por causa da contestação do republicano. Isso fez com que o Brasil se isolasse de uma série de países aliados dos Estados Unidos. Poucos chefes de Estado e de governo, além de Bolsonaro, deixaram de reconhecer a vitória de Biden nos dias seguintes. Entre eles, estavam o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, considerado de esquerda, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que recentemente trocou elogios com Bolsonaro. O mexicano AMLO, porém, enviou uma carta a Biden nesta terça-feira, mais cedo, enquanto Putin já havia emitido congratulações nesta segunda-feira, dia 14. Até países geopoliticamente rivais dos EUA, como China, Cuba e Venezuela, já haviam cumprimentado Biden antes.

Em meio a acusações de fraude não comprovadas por parte do presidente Donald Trump, derrotado, os Estados decisivos chegaram a recontar os votos e confirmaram a vitória de Biden. Pressionado, Trump já havia autorizado a burocracia da Casa Branca a iniciar o processo de transição de governo para Biden. Apesar disso, continuava negando a derrota e tentando mobilizar apoiadores para contestar o resultado. Criticado até por seus correligionários republicanos, Trump insinuou que concorrerá a um novo mandato em 2024. "Vejo vocês em quatro anos", disse durante uma celebração de Natal, em 1º de dezembro.

Mesmo assim, Bolsonaro hesitava em reconhecer a derrota do aliado e "amigo" Trump. Ele alegou que, segundo suas "fontes", havia fraude no processo de votação. "É um dos países que é mãe da democracia. A imprensa não divulga, mas eu tenho minhas fontes de informações, não adianta falar para vocês, não vão divulgar. Mas realmente teve muita fraude lá, isso ninguém discute”, disse Bolsonaro, em 29 de novembro, no Rio. “Se ela foi suficiente para definir um ou outro, eu não sei. Eu estou aguardando um pouco mais, que lá seja decidido pela Justiça Eleitoral deles e quem sabe pela Suprema Corte no final."

Leia a íntegra da nota do Itamaraty

Cumprimentos do Presidente Jair Bolsonaro ao Presidente-Eleito dos EUA Joe Biden

O Presidente Jair Bolsonaro transmite a seguinte mensagem ao Presidente-Eleito Joe Biden após o anúncio dos resultados da votação no Colégio Eleitoral dos EUA:

- Saudações ao Presidente Joe Biden, com meus melhores votos e a esperança de que os EUA sigam sendo “a terra dos livres e o lar dos corajosos".

- Estarei pronto a trabalhar com V. Exa. e dar continuidade à construção de uma aliança Brasil-EUA, na defesa da soberania, da democracia e da liberdade em todo o mundo, assim como na integração econômico-comercial em benefício dos nossos povos.

BRASÍLIA  - O presidente Jair Bolsonaro cumprimentou oficialmente nesta terça-feira, dia 15, o presidente eleito dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden,38 dias depois de ele vencer as eleições para a Casa Branca. No comunicado do Palácio do Planalto, Bolsonaro diz estar "pronto a trabalhar" com Biden para "dar continuidade à construção de uma aliança Brasil-EUA, na defesa da soberania, da democracia e da liberdade em todo o mundo, assim como na integração econômico-comercial em benefício dos nossos povos".

O presidente Jair Bolsonaro Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

O Ministério das Relações Exteriores divulgou a nota um dia depois de Biden ser declarado oficialmente eleito pelo Colégio Eleitoral dos EUA. Biden teve 306votos contra 232 de do republicano Donald Trump, atual presidente. "Saudações ao presidente Joe Biden, com meus melhores votos e a esperança de que os EUA sigam sendo 'a terra dos livres e o lar dos corajosos'", saúda Bolsonaro.

O triunfo eleitoral do democrata, porém, já havia sido projetado por veículos de imprensa dos Estados Unidos que consolidam a contagem de votos nacionalmente, Estado a Estado. O país não possui uma Justiça Eleitoral federal, a exemplo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) brasileiro. Por isso, cada unidade federada organiza as próprias eleições e informa os resultados. As primeiras projeções de vitória, confirmando expectativas de pesquisas eleitorais, surgiram no dia 7 de novembro, ou seja, há 1 mês e 8 dias. Imediatamente, líderes mundiais começaram a reconhecer e parabenizar o democrata Biden pela vitória - o que Bolsonaro rejeitava fazer, seguindo o comportamento de Trump.

Aconselhado por assessores palacianos e diplomatas, Bolsonaro silenciou por causa da contestação do republicano. Isso fez com que o Brasil se isolasse de uma série de países aliados dos Estados Unidos. Poucos chefes de Estado e de governo, além de Bolsonaro, deixaram de reconhecer a vitória de Biden nos dias seguintes. Entre eles, estavam o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, considerado de esquerda, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que recentemente trocou elogios com Bolsonaro. O mexicano AMLO, porém, enviou uma carta a Biden nesta terça-feira, mais cedo, enquanto Putin já havia emitido congratulações nesta segunda-feira, dia 14. Até países geopoliticamente rivais dos EUA, como China, Cuba e Venezuela, já haviam cumprimentado Biden antes.

Em meio a acusações de fraude não comprovadas por parte do presidente Donald Trump, derrotado, os Estados decisivos chegaram a recontar os votos e confirmaram a vitória de Biden. Pressionado, Trump já havia autorizado a burocracia da Casa Branca a iniciar o processo de transição de governo para Biden. Apesar disso, continuava negando a derrota e tentando mobilizar apoiadores para contestar o resultado. Criticado até por seus correligionários republicanos, Trump insinuou que concorrerá a um novo mandato em 2024. "Vejo vocês em quatro anos", disse durante uma celebração de Natal, em 1º de dezembro.

Mesmo assim, Bolsonaro hesitava em reconhecer a derrota do aliado e "amigo" Trump. Ele alegou que, segundo suas "fontes", havia fraude no processo de votação. "É um dos países que é mãe da democracia. A imprensa não divulga, mas eu tenho minhas fontes de informações, não adianta falar para vocês, não vão divulgar. Mas realmente teve muita fraude lá, isso ninguém discute”, disse Bolsonaro, em 29 de novembro, no Rio. “Se ela foi suficiente para definir um ou outro, eu não sei. Eu estou aguardando um pouco mais, que lá seja decidido pela Justiça Eleitoral deles e quem sabe pela Suprema Corte no final."

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Cumprimentos do Presidente Jair Bolsonaro ao Presidente-Eleito dos EUA Joe Biden

O Presidente Jair Bolsonaro transmite a seguinte mensagem ao Presidente-Eleito Joe Biden após o anúncio dos resultados da votação no Colégio Eleitoral dos EUA:

- Saudações ao Presidente Joe Biden, com meus melhores votos e a esperança de que os EUA sigam sendo “a terra dos livres e o lar dos corajosos".

- Estarei pronto a trabalhar com V. Exa. e dar continuidade à construção de uma aliança Brasil-EUA, na defesa da soberania, da democracia e da liberdade em todo o mundo, assim como na integração econômico-comercial em benefício dos nossos povos.

BRASÍLIA  - O presidente Jair Bolsonaro cumprimentou oficialmente nesta terça-feira, dia 15, o presidente eleito dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden,38 dias depois de ele vencer as eleições para a Casa Branca. No comunicado do Palácio do Planalto, Bolsonaro diz estar "pronto a trabalhar" com Biden para "dar continuidade à construção de uma aliança Brasil-EUA, na defesa da soberania, da democracia e da liberdade em todo o mundo, assim como na integração econômico-comercial em benefício dos nossos povos".

O presidente Jair Bolsonaro Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

O Ministério das Relações Exteriores divulgou a nota um dia depois de Biden ser declarado oficialmente eleito pelo Colégio Eleitoral dos EUA. Biden teve 306votos contra 232 de do republicano Donald Trump, atual presidente. "Saudações ao presidente Joe Biden, com meus melhores votos e a esperança de que os EUA sigam sendo 'a terra dos livres e o lar dos corajosos'", saúda Bolsonaro.

O triunfo eleitoral do democrata, porém, já havia sido projetado por veículos de imprensa dos Estados Unidos que consolidam a contagem de votos nacionalmente, Estado a Estado. O país não possui uma Justiça Eleitoral federal, a exemplo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) brasileiro. Por isso, cada unidade federada organiza as próprias eleições e informa os resultados. As primeiras projeções de vitória, confirmando expectativas de pesquisas eleitorais, surgiram no dia 7 de novembro, ou seja, há 1 mês e 8 dias. Imediatamente, líderes mundiais começaram a reconhecer e parabenizar o democrata Biden pela vitória - o que Bolsonaro rejeitava fazer, seguindo o comportamento de Trump.

Aconselhado por assessores palacianos e diplomatas, Bolsonaro silenciou por causa da contestação do republicano. Isso fez com que o Brasil se isolasse de uma série de países aliados dos Estados Unidos. Poucos chefes de Estado e de governo, além de Bolsonaro, deixaram de reconhecer a vitória de Biden nos dias seguintes. Entre eles, estavam o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, considerado de esquerda, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que recentemente trocou elogios com Bolsonaro. O mexicano AMLO, porém, enviou uma carta a Biden nesta terça-feira, mais cedo, enquanto Putin já havia emitido congratulações nesta segunda-feira, dia 14. Até países geopoliticamente rivais dos EUA, como China, Cuba e Venezuela, já haviam cumprimentado Biden antes.

Em meio a acusações de fraude não comprovadas por parte do presidente Donald Trump, derrotado, os Estados decisivos chegaram a recontar os votos e confirmaram a vitória de Biden. Pressionado, Trump já havia autorizado a burocracia da Casa Branca a iniciar o processo de transição de governo para Biden. Apesar disso, continuava negando a derrota e tentando mobilizar apoiadores para contestar o resultado. Criticado até por seus correligionários republicanos, Trump insinuou que concorrerá a um novo mandato em 2024. "Vejo vocês em quatro anos", disse durante uma celebração de Natal, em 1º de dezembro.

Mesmo assim, Bolsonaro hesitava em reconhecer a derrota do aliado e "amigo" Trump. Ele alegou que, segundo suas "fontes", havia fraude no processo de votação. "É um dos países que é mãe da democracia. A imprensa não divulga, mas eu tenho minhas fontes de informações, não adianta falar para vocês, não vão divulgar. Mas realmente teve muita fraude lá, isso ninguém discute”, disse Bolsonaro, em 29 de novembro, no Rio. “Se ela foi suficiente para definir um ou outro, eu não sei. Eu estou aguardando um pouco mais, que lá seja decidido pela Justiça Eleitoral deles e quem sabe pela Suprema Corte no final."

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Cumprimentos do Presidente Jair Bolsonaro ao Presidente-Eleito dos EUA Joe Biden

O Presidente Jair Bolsonaro transmite a seguinte mensagem ao Presidente-Eleito Joe Biden após o anúncio dos resultados da votação no Colégio Eleitoral dos EUA:

- Saudações ao Presidente Joe Biden, com meus melhores votos e a esperança de que os EUA sigam sendo “a terra dos livres e o lar dos corajosos".

- Estarei pronto a trabalhar com V. Exa. e dar continuidade à construção de uma aliança Brasil-EUA, na defesa da soberania, da democracia e da liberdade em todo o mundo, assim como na integração econômico-comercial em benefício dos nossos povos.

BRASÍLIA  - O presidente Jair Bolsonaro cumprimentou oficialmente nesta terça-feira, dia 15, o presidente eleito dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden,38 dias depois de ele vencer as eleições para a Casa Branca. No comunicado do Palácio do Planalto, Bolsonaro diz estar "pronto a trabalhar" com Biden para "dar continuidade à construção de uma aliança Brasil-EUA, na defesa da soberania, da democracia e da liberdade em todo o mundo, assim como na integração econômico-comercial em benefício dos nossos povos".

O presidente Jair Bolsonaro Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

O Ministério das Relações Exteriores divulgou a nota um dia depois de Biden ser declarado oficialmente eleito pelo Colégio Eleitoral dos EUA. Biden teve 306votos contra 232 de do republicano Donald Trump, atual presidente. "Saudações ao presidente Joe Biden, com meus melhores votos e a esperança de que os EUA sigam sendo 'a terra dos livres e o lar dos corajosos'", saúda Bolsonaro.

O triunfo eleitoral do democrata, porém, já havia sido projetado por veículos de imprensa dos Estados Unidos que consolidam a contagem de votos nacionalmente, Estado a Estado. O país não possui uma Justiça Eleitoral federal, a exemplo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) brasileiro. Por isso, cada unidade federada organiza as próprias eleições e informa os resultados. As primeiras projeções de vitória, confirmando expectativas de pesquisas eleitorais, surgiram no dia 7 de novembro, ou seja, há 1 mês e 8 dias. Imediatamente, líderes mundiais começaram a reconhecer e parabenizar o democrata Biden pela vitória - o que Bolsonaro rejeitava fazer, seguindo o comportamento de Trump.

Aconselhado por assessores palacianos e diplomatas, Bolsonaro silenciou por causa da contestação do republicano. Isso fez com que o Brasil se isolasse de uma série de países aliados dos Estados Unidos. Poucos chefes de Estado e de governo, além de Bolsonaro, deixaram de reconhecer a vitória de Biden nos dias seguintes. Entre eles, estavam o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, considerado de esquerda, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que recentemente trocou elogios com Bolsonaro. O mexicano AMLO, porém, enviou uma carta a Biden nesta terça-feira, mais cedo, enquanto Putin já havia emitido congratulações nesta segunda-feira, dia 14. Até países geopoliticamente rivais dos EUA, como China, Cuba e Venezuela, já haviam cumprimentado Biden antes.

Em meio a acusações de fraude não comprovadas por parte do presidente Donald Trump, derrotado, os Estados decisivos chegaram a recontar os votos e confirmaram a vitória de Biden. Pressionado, Trump já havia autorizado a burocracia da Casa Branca a iniciar o processo de transição de governo para Biden. Apesar disso, continuava negando a derrota e tentando mobilizar apoiadores para contestar o resultado. Criticado até por seus correligionários republicanos, Trump insinuou que concorrerá a um novo mandato em 2024. "Vejo vocês em quatro anos", disse durante uma celebração de Natal, em 1º de dezembro.

Mesmo assim, Bolsonaro hesitava em reconhecer a derrota do aliado e "amigo" Trump. Ele alegou que, segundo suas "fontes", havia fraude no processo de votação. "É um dos países que é mãe da democracia. A imprensa não divulga, mas eu tenho minhas fontes de informações, não adianta falar para vocês, não vão divulgar. Mas realmente teve muita fraude lá, isso ninguém discute”, disse Bolsonaro, em 29 de novembro, no Rio. “Se ela foi suficiente para definir um ou outro, eu não sei. Eu estou aguardando um pouco mais, que lá seja decidido pela Justiça Eleitoral deles e quem sabe pela Suprema Corte no final."

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Cumprimentos do Presidente Jair Bolsonaro ao Presidente-Eleito dos EUA Joe Biden

O Presidente Jair Bolsonaro transmite a seguinte mensagem ao Presidente-Eleito Joe Biden após o anúncio dos resultados da votação no Colégio Eleitoral dos EUA:

- Saudações ao Presidente Joe Biden, com meus melhores votos e a esperança de que os EUA sigam sendo “a terra dos livres e o lar dos corajosos".

- Estarei pronto a trabalhar com V. Exa. e dar continuidade à construção de uma aliança Brasil-EUA, na defesa da soberania, da democracia e da liberdade em todo o mundo, assim como na integração econômico-comercial em benefício dos nossos povos.

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