Em radicalização da censura, Rússia bloqueia Facebook, Twitter e jornais


Parlamento russo aprova legislação que criminaliza cobertura jornalística da guerra na Ucrânia, provocando o fechamento de rádios, sites e TVs independentes 

Por Redação

MOSCOU - A Rússia declarou nesta sexta-feira, 4, guerra ao jornalismo e à liberdade de expressão. O Parlamento aprovou uma lei que criminaliza a cobertura da guerra, prevendo até 15 anos de prisão para quem divulgar informações que o governo julgue falsas sobre a invasão da Ucrânia. Após dias de acesso limitado, o Kremlin decidiu bloquear de vez Twitter e Facebook, acusados de restringir acesso à mídia russa em suas plataformas.

A repressão ocorre no momento em que a Rússia luta para conter o descontentamento da população com a guerra e tenta controlar a narrativa do conflito, ao mesmo tempo que enfrenta a mais grave crise econômica das últimas décadas como resultado das sanções impostas por EUA e Europa. 

O texto não deixa claro se a lei se aplica a pessoas dentro da Rússia – como correspondentes estrangeiros –, que produzem conteúdo em um idioma diferente do russo. Por precaução, muitas agências de notícias independentes fecharam as portas e a britânica BBC suspendeu todas as suas operações na Rússia. 

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“A lei criminaliza o jornalismo independente”, disse Tim Davie, diretor da rede britânica. “Ela não nos deixa outra opção a não ser suspender temporariamente o trabalho de todos os jornalistas da BBC na Federação Russa.”

Crimes

Na prática, a nova lei, sancionada imediatamente pelo presidente, Vladimir Putin, criminaliza qualquer oposição pública ou reportagem independente sobre a guerra na Ucrânia. A legislação, que entra em vigor hoje, torna crime simplesmente chamar a guerra de “guerra” – o Kremlin diz que é uma “operação militar especial” – nas mídias sociais, em reportagens ou transmissões de TV e rádio. 

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“Quem mentir ou fizer declarações desacreditando nossas forças armadas sofrerá punições muito duras”, disse o presidente do Parlamento, Viacheslav Volodin.

Nos últimos dias, boatos de que a aprovação da lei era iminente já haviam levado muitos meios de comunicação independentes da Rússia a fecharem as portas. O jornal Novaya Gazeta, controlado pelo vencedor do Nobel da Paz de 2021 Dmitri Muratov, decidiu continuar funcionando, mas emitiu nota afirmando que obedecerá às novas determinações do governo.

Repressão

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O site de notícias Znak, no entanto, anunciou que deixaria de operar logo após a aprovação da lei no Parlamento. A principal rádio independente do país, a Echo of Moscow, foi fechada, assim como a TV Rain. A emissora independente Dozdh também decidiu suspender suas operações após receber uma ameaça das autoridades.

A Roskomnadzor, agência que regula a mídia na Rússia, determinou nesta sexta-feira o bloqueio dos sites da BBC, da Voz da América e da Rádio Free Europe. O acesso aos portais da alemã Deutsche Welle, do site independente Meduza e da rádio Svoboda foram limitados.

Por enquanto, as redes sociais russas mais populares, como o VKontakte, permanecem acessíveis, juntamente com Instagram, Twitter e YouTube. No entanto, analistas esperam uma nova repressão em breve, aumentando a importância do aplicativo de mensagens Telegram, que o Kremlin tentou e não conseguiu bloquear em 2018. /REUTERS, NYT e WP

MOSCOU - A Rússia declarou nesta sexta-feira, 4, guerra ao jornalismo e à liberdade de expressão. O Parlamento aprovou uma lei que criminaliza a cobertura da guerra, prevendo até 15 anos de prisão para quem divulgar informações que o governo julgue falsas sobre a invasão da Ucrânia. Após dias de acesso limitado, o Kremlin decidiu bloquear de vez Twitter e Facebook, acusados de restringir acesso à mídia russa em suas plataformas.

A repressão ocorre no momento em que a Rússia luta para conter o descontentamento da população com a guerra e tenta controlar a narrativa do conflito, ao mesmo tempo que enfrenta a mais grave crise econômica das últimas décadas como resultado das sanções impostas por EUA e Europa. 

O texto não deixa claro se a lei se aplica a pessoas dentro da Rússia – como correspondentes estrangeiros –, que produzem conteúdo em um idioma diferente do russo. Por precaução, muitas agências de notícias independentes fecharam as portas e a britânica BBC suspendeu todas as suas operações na Rússia. 

“A lei criminaliza o jornalismo independente”, disse Tim Davie, diretor da rede britânica. “Ela não nos deixa outra opção a não ser suspender temporariamente o trabalho de todos os jornalistas da BBC na Federação Russa.”

Crimes

Na prática, a nova lei, sancionada imediatamente pelo presidente, Vladimir Putin, criminaliza qualquer oposição pública ou reportagem independente sobre a guerra na Ucrânia. A legislação, que entra em vigor hoje, torna crime simplesmente chamar a guerra de “guerra” – o Kremlin diz que é uma “operação militar especial” – nas mídias sociais, em reportagens ou transmissões de TV e rádio. 

“Quem mentir ou fizer declarações desacreditando nossas forças armadas sofrerá punições muito duras”, disse o presidente do Parlamento, Viacheslav Volodin.

Nos últimos dias, boatos de que a aprovação da lei era iminente já haviam levado muitos meios de comunicação independentes da Rússia a fecharem as portas. O jornal Novaya Gazeta, controlado pelo vencedor do Nobel da Paz de 2021 Dmitri Muratov, decidiu continuar funcionando, mas emitiu nota afirmando que obedecerá às novas determinações do governo.

Repressão

O site de notícias Znak, no entanto, anunciou que deixaria de operar logo após a aprovação da lei no Parlamento. A principal rádio independente do país, a Echo of Moscow, foi fechada, assim como a TV Rain. A emissora independente Dozdh também decidiu suspender suas operações após receber uma ameaça das autoridades.

A Roskomnadzor, agência que regula a mídia na Rússia, determinou nesta sexta-feira o bloqueio dos sites da BBC, da Voz da América e da Rádio Free Europe. O acesso aos portais da alemã Deutsche Welle, do site independente Meduza e da rádio Svoboda foram limitados.

Por enquanto, as redes sociais russas mais populares, como o VKontakte, permanecem acessíveis, juntamente com Instagram, Twitter e YouTube. No entanto, analistas esperam uma nova repressão em breve, aumentando a importância do aplicativo de mensagens Telegram, que o Kremlin tentou e não conseguiu bloquear em 2018. /REUTERS, NYT e WP

MOSCOU - A Rússia declarou nesta sexta-feira, 4, guerra ao jornalismo e à liberdade de expressão. O Parlamento aprovou uma lei que criminaliza a cobertura da guerra, prevendo até 15 anos de prisão para quem divulgar informações que o governo julgue falsas sobre a invasão da Ucrânia. Após dias de acesso limitado, o Kremlin decidiu bloquear de vez Twitter e Facebook, acusados de restringir acesso à mídia russa em suas plataformas.

A repressão ocorre no momento em que a Rússia luta para conter o descontentamento da população com a guerra e tenta controlar a narrativa do conflito, ao mesmo tempo que enfrenta a mais grave crise econômica das últimas décadas como resultado das sanções impostas por EUA e Europa. 

O texto não deixa claro se a lei se aplica a pessoas dentro da Rússia – como correspondentes estrangeiros –, que produzem conteúdo em um idioma diferente do russo. Por precaução, muitas agências de notícias independentes fecharam as portas e a britânica BBC suspendeu todas as suas operações na Rússia. 

“A lei criminaliza o jornalismo independente”, disse Tim Davie, diretor da rede britânica. “Ela não nos deixa outra opção a não ser suspender temporariamente o trabalho de todos os jornalistas da BBC na Federação Russa.”

Crimes

Na prática, a nova lei, sancionada imediatamente pelo presidente, Vladimir Putin, criminaliza qualquer oposição pública ou reportagem independente sobre a guerra na Ucrânia. A legislação, que entra em vigor hoje, torna crime simplesmente chamar a guerra de “guerra” – o Kremlin diz que é uma “operação militar especial” – nas mídias sociais, em reportagens ou transmissões de TV e rádio. 

“Quem mentir ou fizer declarações desacreditando nossas forças armadas sofrerá punições muito duras”, disse o presidente do Parlamento, Viacheslav Volodin.

Nos últimos dias, boatos de que a aprovação da lei era iminente já haviam levado muitos meios de comunicação independentes da Rússia a fecharem as portas. O jornal Novaya Gazeta, controlado pelo vencedor do Nobel da Paz de 2021 Dmitri Muratov, decidiu continuar funcionando, mas emitiu nota afirmando que obedecerá às novas determinações do governo.

Repressão

O site de notícias Znak, no entanto, anunciou que deixaria de operar logo após a aprovação da lei no Parlamento. A principal rádio independente do país, a Echo of Moscow, foi fechada, assim como a TV Rain. A emissora independente Dozdh também decidiu suspender suas operações após receber uma ameaça das autoridades.

A Roskomnadzor, agência que regula a mídia na Rússia, determinou nesta sexta-feira o bloqueio dos sites da BBC, da Voz da América e da Rádio Free Europe. O acesso aos portais da alemã Deutsche Welle, do site independente Meduza e da rádio Svoboda foram limitados.

Por enquanto, as redes sociais russas mais populares, como o VKontakte, permanecem acessíveis, juntamente com Instagram, Twitter e YouTube. No entanto, analistas esperam uma nova repressão em breve, aumentando a importância do aplicativo de mensagens Telegram, que o Kremlin tentou e não conseguiu bloquear em 2018. /REUTERS, NYT e WP

MOSCOU - A Rússia declarou nesta sexta-feira, 4, guerra ao jornalismo e à liberdade de expressão. O Parlamento aprovou uma lei que criminaliza a cobertura da guerra, prevendo até 15 anos de prisão para quem divulgar informações que o governo julgue falsas sobre a invasão da Ucrânia. Após dias de acesso limitado, o Kremlin decidiu bloquear de vez Twitter e Facebook, acusados de restringir acesso à mídia russa em suas plataformas.

A repressão ocorre no momento em que a Rússia luta para conter o descontentamento da população com a guerra e tenta controlar a narrativa do conflito, ao mesmo tempo que enfrenta a mais grave crise econômica das últimas décadas como resultado das sanções impostas por EUA e Europa. 

O texto não deixa claro se a lei se aplica a pessoas dentro da Rússia – como correspondentes estrangeiros –, que produzem conteúdo em um idioma diferente do russo. Por precaução, muitas agências de notícias independentes fecharam as portas e a britânica BBC suspendeu todas as suas operações na Rússia. 

“A lei criminaliza o jornalismo independente”, disse Tim Davie, diretor da rede britânica. “Ela não nos deixa outra opção a não ser suspender temporariamente o trabalho de todos os jornalistas da BBC na Federação Russa.”

Crimes

Na prática, a nova lei, sancionada imediatamente pelo presidente, Vladimir Putin, criminaliza qualquer oposição pública ou reportagem independente sobre a guerra na Ucrânia. A legislação, que entra em vigor hoje, torna crime simplesmente chamar a guerra de “guerra” – o Kremlin diz que é uma “operação militar especial” – nas mídias sociais, em reportagens ou transmissões de TV e rádio. 

“Quem mentir ou fizer declarações desacreditando nossas forças armadas sofrerá punições muito duras”, disse o presidente do Parlamento, Viacheslav Volodin.

Nos últimos dias, boatos de que a aprovação da lei era iminente já haviam levado muitos meios de comunicação independentes da Rússia a fecharem as portas. O jornal Novaya Gazeta, controlado pelo vencedor do Nobel da Paz de 2021 Dmitri Muratov, decidiu continuar funcionando, mas emitiu nota afirmando que obedecerá às novas determinações do governo.

Repressão

O site de notícias Znak, no entanto, anunciou que deixaria de operar logo após a aprovação da lei no Parlamento. A principal rádio independente do país, a Echo of Moscow, foi fechada, assim como a TV Rain. A emissora independente Dozdh também decidiu suspender suas operações após receber uma ameaça das autoridades.

A Roskomnadzor, agência que regula a mídia na Rússia, determinou nesta sexta-feira o bloqueio dos sites da BBC, da Voz da América e da Rádio Free Europe. O acesso aos portais da alemã Deutsche Welle, do site independente Meduza e da rádio Svoboda foram limitados.

Por enquanto, as redes sociais russas mais populares, como o VKontakte, permanecem acessíveis, juntamente com Instagram, Twitter e YouTube. No entanto, analistas esperam uma nova repressão em breve, aumentando a importância do aplicativo de mensagens Telegram, que o Kremlin tentou e não conseguiu bloquear em 2018. /REUTERS, NYT e WP

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