Em sete meses, México conseguiu reduzir em 70% fluxo de imigrantes 


López Obrador destaca que seu plano, além de satisfazer as exigências dos EUA que querem conter os ilegais, evitou violações aos direitos humanos; em 2020, governo mexicano buscará recursos de vizinhos para os programas anti-imigração

Por Redação

CIDADE DO MÉXICO - O governo do México defendeu nesta quinta-feira, 26, seu plano contra a imigração ilegal e afirmou que conseguiu reduzir em cerca de 70% o número de pessoas que chegam em sua fronteira com os Estados Unidos, satisfazendo o governo de Washington sem violar os direitos humanos.

Segundo o relatório Plano de Imigração e Desenvolvimento apresentado nesta quinta-feira, 26, pelo chanceler mexicano, Marcelo Ebrard, o fluxo de imigrantes que chega à fronteira sul dos Estados Unidos passou de 144.116 pessoas interceptadas em maio a 42.710 em novembro, o que representa uma redução de 70,4%.

Policiais americanos na fronteira com o México examinam documentos de imigrantes; apesar dos esforços, ilegais ainda tentam entrar nos EUA Foto: Loren Elliott/Reuters
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“É a redução de fluxo mais importante das últimas décadas”, disse o chanceler. Ele destacou que, apesar de ser uma operação enorme, em boa parte sob responsabilidade da nova Guarda Nacional do México, “não recebemos nenhuma denúncia de violação dos direitos humanos”.

Ebrard revelou que a redução do fluxo de meninos e meninas imigrantes não acompanhados por maiores chegou a 82%. Ele disse que o México não negou refúgio a ninguém e este ano está avaliando conceder asilo a cerca de 60 mil pessoas, o que “é um número muito alto”.

Segundo o chanceler, entre maio e novembro também se conseguiu deter 103 traficantes de imigrantes. “Graças à intervenção das forças de segurança, conseguimos resgatar 280 mil imigrantes, 59.843 deles na fronteira sul.”

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No início de junho, após uma semana de grande tensão, os Estados Unidos e o México chegaram a um acordo de imigração evitando que Washington taxasse os produtos mexicanos. Como parte do acordo, o México enviou às fronteiras norte e sul a recém-criada Guarda Nacional, conseguindo reduzir o fluxo, mas também recebendo críticas de ONGs.

O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, disse ontem que, após a crise com o governo americano, se obteve um acordo que afastou a “possibilidade de uma guerra comercial” que teria afetado ambos os países.

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“Medidas foram tomadas e houve bons resultados, pois se conteve o fluxo migratório de norte a sul. Isso foi feito dando opções de trabalho aos imigrantes, protegendo mulheres e crianças, sem violar os direitos humanos, e isso permitiu afastar o conflito com os Estados Unidos”, disse o presidente.

O chanceler, por sua vez, negou que a atual política migratória do México seja uma resposta aos interesses americanos, pois disse que o que se está fazendo é “cumprir com a lei mexicana”.

Ebrard destacou que um dos objetivos do governo é dar emprego aos imigrantes para, assim, conter sua entrada nos EUA. Ele revelou que foram oferecidas 40 mil vagas de emprego na fronteira norte, apesar de que apenas 10% delas foram preenchidas, em sua maioria, por imigrantes que esperam que os EUA avaliem seu pedido de asilo.

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Ajuda de vizinhos

O governo mexicano prevê que em dez meses estarão esgotados os US$ 100 milhões do Plano de Desenvolvimento Integral para a América Central, por isso buscará em 2020 que outros países contribuam com recursos.

No primeiro trimestre, será realizada uma reunião de Alto Nível de Colaboradores Internacionais em matéria de imigração com o objetivo de obter mais recursos para os programas em El Salvador, Guatemala, Honduras e sul do México com o apoio técnico da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).

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O plano impulsionado pelo México na América Central começou nos últimos meses com dois programas já em andamento no território mexicano, um de reflorestamento (Semeando Vidas) e outro de bolsas para inserir os jovens no mercado de trabalho (Jovens Construindo o Futuro).

Até agora, o plano beneficiou 1.250 pessoas em El Salvador com o programa Semeando Vidas. Enquanto 275 pessoas foram beneficiadas pelo programa Jovens Construindo o Futuro, ao qual se juntaram algumas empresas de El Salvador. / EFE e REUTERS

CIDADE DO MÉXICO - O governo do México defendeu nesta quinta-feira, 26, seu plano contra a imigração ilegal e afirmou que conseguiu reduzir em cerca de 70% o número de pessoas que chegam em sua fronteira com os Estados Unidos, satisfazendo o governo de Washington sem violar os direitos humanos.

Segundo o relatório Plano de Imigração e Desenvolvimento apresentado nesta quinta-feira, 26, pelo chanceler mexicano, Marcelo Ebrard, o fluxo de imigrantes que chega à fronteira sul dos Estados Unidos passou de 144.116 pessoas interceptadas em maio a 42.710 em novembro, o que representa uma redução de 70,4%.

Policiais americanos na fronteira com o México examinam documentos de imigrantes; apesar dos esforços, ilegais ainda tentam entrar nos EUA Foto: Loren Elliott/Reuters

“É a redução de fluxo mais importante das últimas décadas”, disse o chanceler. Ele destacou que, apesar de ser uma operação enorme, em boa parte sob responsabilidade da nova Guarda Nacional do México, “não recebemos nenhuma denúncia de violação dos direitos humanos”.

Ebrard revelou que a redução do fluxo de meninos e meninas imigrantes não acompanhados por maiores chegou a 82%. Ele disse que o México não negou refúgio a ninguém e este ano está avaliando conceder asilo a cerca de 60 mil pessoas, o que “é um número muito alto”.

Segundo o chanceler, entre maio e novembro também se conseguiu deter 103 traficantes de imigrantes. “Graças à intervenção das forças de segurança, conseguimos resgatar 280 mil imigrantes, 59.843 deles na fronteira sul.”

No início de junho, após uma semana de grande tensão, os Estados Unidos e o México chegaram a um acordo de imigração evitando que Washington taxasse os produtos mexicanos. Como parte do acordo, o México enviou às fronteiras norte e sul a recém-criada Guarda Nacional, conseguindo reduzir o fluxo, mas também recebendo críticas de ONGs.

O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, disse ontem que, após a crise com o governo americano, se obteve um acordo que afastou a “possibilidade de uma guerra comercial” que teria afetado ambos os países.

“Medidas foram tomadas e houve bons resultados, pois se conteve o fluxo migratório de norte a sul. Isso foi feito dando opções de trabalho aos imigrantes, protegendo mulheres e crianças, sem violar os direitos humanos, e isso permitiu afastar o conflito com os Estados Unidos”, disse o presidente.

O chanceler, por sua vez, negou que a atual política migratória do México seja uma resposta aos interesses americanos, pois disse que o que se está fazendo é “cumprir com a lei mexicana”.

Ebrard destacou que um dos objetivos do governo é dar emprego aos imigrantes para, assim, conter sua entrada nos EUA. Ele revelou que foram oferecidas 40 mil vagas de emprego na fronteira norte, apesar de que apenas 10% delas foram preenchidas, em sua maioria, por imigrantes que esperam que os EUA avaliem seu pedido de asilo.

Ajuda de vizinhos

O governo mexicano prevê que em dez meses estarão esgotados os US$ 100 milhões do Plano de Desenvolvimento Integral para a América Central, por isso buscará em 2020 que outros países contribuam com recursos.

No primeiro trimestre, será realizada uma reunião de Alto Nível de Colaboradores Internacionais em matéria de imigração com o objetivo de obter mais recursos para os programas em El Salvador, Guatemala, Honduras e sul do México com o apoio técnico da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).

O plano impulsionado pelo México na América Central começou nos últimos meses com dois programas já em andamento no território mexicano, um de reflorestamento (Semeando Vidas) e outro de bolsas para inserir os jovens no mercado de trabalho (Jovens Construindo o Futuro).

Até agora, o plano beneficiou 1.250 pessoas em El Salvador com o programa Semeando Vidas. Enquanto 275 pessoas foram beneficiadas pelo programa Jovens Construindo o Futuro, ao qual se juntaram algumas empresas de El Salvador. / EFE e REUTERS

CIDADE DO MÉXICO - O governo do México defendeu nesta quinta-feira, 26, seu plano contra a imigração ilegal e afirmou que conseguiu reduzir em cerca de 70% o número de pessoas que chegam em sua fronteira com os Estados Unidos, satisfazendo o governo de Washington sem violar os direitos humanos.

Segundo o relatório Plano de Imigração e Desenvolvimento apresentado nesta quinta-feira, 26, pelo chanceler mexicano, Marcelo Ebrard, o fluxo de imigrantes que chega à fronteira sul dos Estados Unidos passou de 144.116 pessoas interceptadas em maio a 42.710 em novembro, o que representa uma redução de 70,4%.

Policiais americanos na fronteira com o México examinam documentos de imigrantes; apesar dos esforços, ilegais ainda tentam entrar nos EUA Foto: Loren Elliott/Reuters

“É a redução de fluxo mais importante das últimas décadas”, disse o chanceler. Ele destacou que, apesar de ser uma operação enorme, em boa parte sob responsabilidade da nova Guarda Nacional do México, “não recebemos nenhuma denúncia de violação dos direitos humanos”.

Ebrard revelou que a redução do fluxo de meninos e meninas imigrantes não acompanhados por maiores chegou a 82%. Ele disse que o México não negou refúgio a ninguém e este ano está avaliando conceder asilo a cerca de 60 mil pessoas, o que “é um número muito alto”.

Segundo o chanceler, entre maio e novembro também se conseguiu deter 103 traficantes de imigrantes. “Graças à intervenção das forças de segurança, conseguimos resgatar 280 mil imigrantes, 59.843 deles na fronteira sul.”

No início de junho, após uma semana de grande tensão, os Estados Unidos e o México chegaram a um acordo de imigração evitando que Washington taxasse os produtos mexicanos. Como parte do acordo, o México enviou às fronteiras norte e sul a recém-criada Guarda Nacional, conseguindo reduzir o fluxo, mas também recebendo críticas de ONGs.

O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, disse ontem que, após a crise com o governo americano, se obteve um acordo que afastou a “possibilidade de uma guerra comercial” que teria afetado ambos os países.

“Medidas foram tomadas e houve bons resultados, pois se conteve o fluxo migratório de norte a sul. Isso foi feito dando opções de trabalho aos imigrantes, protegendo mulheres e crianças, sem violar os direitos humanos, e isso permitiu afastar o conflito com os Estados Unidos”, disse o presidente.

O chanceler, por sua vez, negou que a atual política migratória do México seja uma resposta aos interesses americanos, pois disse que o que se está fazendo é “cumprir com a lei mexicana”.

Ebrard destacou que um dos objetivos do governo é dar emprego aos imigrantes para, assim, conter sua entrada nos EUA. Ele revelou que foram oferecidas 40 mil vagas de emprego na fronteira norte, apesar de que apenas 10% delas foram preenchidas, em sua maioria, por imigrantes que esperam que os EUA avaliem seu pedido de asilo.

Ajuda de vizinhos

O governo mexicano prevê que em dez meses estarão esgotados os US$ 100 milhões do Plano de Desenvolvimento Integral para a América Central, por isso buscará em 2020 que outros países contribuam com recursos.

No primeiro trimestre, será realizada uma reunião de Alto Nível de Colaboradores Internacionais em matéria de imigração com o objetivo de obter mais recursos para os programas em El Salvador, Guatemala, Honduras e sul do México com o apoio técnico da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).

O plano impulsionado pelo México na América Central começou nos últimos meses com dois programas já em andamento no território mexicano, um de reflorestamento (Semeando Vidas) e outro de bolsas para inserir os jovens no mercado de trabalho (Jovens Construindo o Futuro).

Até agora, o plano beneficiou 1.250 pessoas em El Salvador com o programa Semeando Vidas. Enquanto 275 pessoas foram beneficiadas pelo programa Jovens Construindo o Futuro, ao qual se juntaram algumas empresas de El Salvador. / EFE e REUTERS

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