Em visita à Venezuela, chanceler russo pede ‘união contra chantagem’ das sanções do Ocidente


A passagem de Lavrov por Caracas é a segunda escala de seu giro pela América Latina, que começou no Brasil e continuará por Cuba e Nicarágua

Por Redação

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, pediu em visita a Caracas, a capital da Venezuela, “união de forças” contra a “chantagem” das sanções do Ocidente.

“Venezuela, Cuba e Nicarágua são países que escolhem o seu próprio caminho”, disse Lavrov, segundo a tradução oficial, ao questionar as sanções internacionais impostas pelos Estados Unidos a essas nações aliadas.

“É necessária a união de forças para combater as tentativas de chantagem e pressão unilateral ilegal do Ocidente”, acrescentou o diplomata russo durante coletiva de imprensa ao lado de seu par venezuelano, Yván Gil.

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A passagem de Lavrov por Caracas é a segunda escala de seu giro pela América Latina, que começou no Brasil e continuará por Cuba e Nicarágua. A última vez em que ele esteve no território venezuelano foi em fevereiro de 2020, dois anos antes da invasão russa da Ucrânia.

A Venezuela é um dos principais aliados da Rússia na região. O presidente Nicolás Maduro manifestou apoio a Moscou durante o conflito na Ucrânia, mas também defendeu negociações de paz.

Presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, se reuniram em Moscou, Rússia Foto: Sergei Chirikov / REUTERS
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“Discutimos os acontecimentos da Ucrânia”, disse Lavrov após o encontro com Gil.

“Vamos resolver a situação na Ucrânia e de outros conflitos no mundo através dos princípios da Carta da ONU sobre a igualdade soberana dos Estados, sobre o princípio da indivisibilidade da segurança”, afirmou o ministro russo. “Nossa tarefa é garantir que a carta da ONU seja aplicada em sua totalidade, que o direito à autodeterminação não seja eliminado quando convém ao Ocidente”, acrescentou.

No fim de fevereiro, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução não vinculante votada por 141 dos 193 Estados-membros, com sete votos contrários, que exigia a “retirada imediata” das tropas russas da Ucrânia para pôr fim à guerra, e reafirmava seu “compromisso” com “a integridade territorial” do país invadido.

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O chanceler russo, Sergei Lavrov, durante coletiva de imprensa em Caracas, Venezuela  Foto: Jesús Vargas / AP

Revisão de acordos

Rússia e Venezuela revisaram algumas de suas centenas de acordos bilaterais cobrindo os setores financeiro, energético e agrícola. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e seu homólogo venezuelano, Yván Gil, deram uma coletiva de imprensa conjunta em Caracas horas depois da chegada do chanceler russo. “Apoiamos totalmente a posição de nossos amigos venezuelanos”, disse Lavrov. “É o país deles... e vamos apoiá-lo de qualquer forma para que a economia venezuelana se torne uma economia independente das pressões dos Estados Unidos e de outros atores ocidentais.”

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Gil e Lavrov também se encontraram com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, para discutir uma alternativa ao SWIFT, o sistema que permite transações financeiras globais, mas ao qual os principais bancos russos perderam o acesso no ano passado. Esses bancos foram cortados como parte das sanções econômicas impostas à Rússia no início da guerra na Ucrânia.

Uma queda global nos preços do petróleo na última década e a má gestão do governo levaram a Venezuela à crise política, social e econômica que marcou toda a presidência de Maduro. A crise alimentou um movimento de oposição apoiado pelo governo dos EUA. Durante seu governo, Donald Trump fez de derrubar Maduro uma de suas principais prioridades de política externa e usou sanções econômicas contra a empresa estatal de energia da Venezuela para manter o petróleo do país longe de mercados ocidentais.

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O governo Biden suspendeu algumas restrições e também sinalizou que está preparado para aliviar as sanções em troca de medidas concretas de Maduro, como a promessa de não banir qualquer candidato que surja das primárias da oposição ainda este ano. “Não percebemos uma flexibilização das sanções”, disse Gil a repórteres.

As ações de socorro já tomadas pelo governo dos EUA incluem permitir que a gigante do petróleo Chevron retome a produção limitada de petróleo na Venezuela em uma base experimental de seis meses e remover um sobrinho da primeira-dama Cilia Flores de uma lista de indivíduos sancionados. /AFP e AP

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, pediu em visita a Caracas, a capital da Venezuela, “união de forças” contra a “chantagem” das sanções do Ocidente.

“Venezuela, Cuba e Nicarágua são países que escolhem o seu próprio caminho”, disse Lavrov, segundo a tradução oficial, ao questionar as sanções internacionais impostas pelos Estados Unidos a essas nações aliadas.

“É necessária a união de forças para combater as tentativas de chantagem e pressão unilateral ilegal do Ocidente”, acrescentou o diplomata russo durante coletiva de imprensa ao lado de seu par venezuelano, Yván Gil.

A passagem de Lavrov por Caracas é a segunda escala de seu giro pela América Latina, que começou no Brasil e continuará por Cuba e Nicarágua. A última vez em que ele esteve no território venezuelano foi em fevereiro de 2020, dois anos antes da invasão russa da Ucrânia.

A Venezuela é um dos principais aliados da Rússia na região. O presidente Nicolás Maduro manifestou apoio a Moscou durante o conflito na Ucrânia, mas também defendeu negociações de paz.

Presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, se reuniram em Moscou, Rússia Foto: Sergei Chirikov / REUTERS

“Discutimos os acontecimentos da Ucrânia”, disse Lavrov após o encontro com Gil.

“Vamos resolver a situação na Ucrânia e de outros conflitos no mundo através dos princípios da Carta da ONU sobre a igualdade soberana dos Estados, sobre o princípio da indivisibilidade da segurança”, afirmou o ministro russo. “Nossa tarefa é garantir que a carta da ONU seja aplicada em sua totalidade, que o direito à autodeterminação não seja eliminado quando convém ao Ocidente”, acrescentou.

No fim de fevereiro, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução não vinculante votada por 141 dos 193 Estados-membros, com sete votos contrários, que exigia a “retirada imediata” das tropas russas da Ucrânia para pôr fim à guerra, e reafirmava seu “compromisso” com “a integridade territorial” do país invadido.

O chanceler russo, Sergei Lavrov, durante coletiva de imprensa em Caracas, Venezuela  Foto: Jesús Vargas / AP

Revisão de acordos

Rússia e Venezuela revisaram algumas de suas centenas de acordos bilaterais cobrindo os setores financeiro, energético e agrícola. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e seu homólogo venezuelano, Yván Gil, deram uma coletiva de imprensa conjunta em Caracas horas depois da chegada do chanceler russo. “Apoiamos totalmente a posição de nossos amigos venezuelanos”, disse Lavrov. “É o país deles... e vamos apoiá-lo de qualquer forma para que a economia venezuelana se torne uma economia independente das pressões dos Estados Unidos e de outros atores ocidentais.”

Gil e Lavrov também se encontraram com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, para discutir uma alternativa ao SWIFT, o sistema que permite transações financeiras globais, mas ao qual os principais bancos russos perderam o acesso no ano passado. Esses bancos foram cortados como parte das sanções econômicas impostas à Rússia no início da guerra na Ucrânia.

Uma queda global nos preços do petróleo na última década e a má gestão do governo levaram a Venezuela à crise política, social e econômica que marcou toda a presidência de Maduro. A crise alimentou um movimento de oposição apoiado pelo governo dos EUA. Durante seu governo, Donald Trump fez de derrubar Maduro uma de suas principais prioridades de política externa e usou sanções econômicas contra a empresa estatal de energia da Venezuela para manter o petróleo do país longe de mercados ocidentais.

O governo Biden suspendeu algumas restrições e também sinalizou que está preparado para aliviar as sanções em troca de medidas concretas de Maduro, como a promessa de não banir qualquer candidato que surja das primárias da oposição ainda este ano. “Não percebemos uma flexibilização das sanções”, disse Gil a repórteres.

As ações de socorro já tomadas pelo governo dos EUA incluem permitir que a gigante do petróleo Chevron retome a produção limitada de petróleo na Venezuela em uma base experimental de seis meses e remover um sobrinho da primeira-dama Cilia Flores de uma lista de indivíduos sancionados. /AFP e AP

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, pediu em visita a Caracas, a capital da Venezuela, “união de forças” contra a “chantagem” das sanções do Ocidente.

“Venezuela, Cuba e Nicarágua são países que escolhem o seu próprio caminho”, disse Lavrov, segundo a tradução oficial, ao questionar as sanções internacionais impostas pelos Estados Unidos a essas nações aliadas.

“É necessária a união de forças para combater as tentativas de chantagem e pressão unilateral ilegal do Ocidente”, acrescentou o diplomata russo durante coletiva de imprensa ao lado de seu par venezuelano, Yván Gil.

A passagem de Lavrov por Caracas é a segunda escala de seu giro pela América Latina, que começou no Brasil e continuará por Cuba e Nicarágua. A última vez em que ele esteve no território venezuelano foi em fevereiro de 2020, dois anos antes da invasão russa da Ucrânia.

A Venezuela é um dos principais aliados da Rússia na região. O presidente Nicolás Maduro manifestou apoio a Moscou durante o conflito na Ucrânia, mas também defendeu negociações de paz.

Presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, se reuniram em Moscou, Rússia Foto: Sergei Chirikov / REUTERS

“Discutimos os acontecimentos da Ucrânia”, disse Lavrov após o encontro com Gil.

“Vamos resolver a situação na Ucrânia e de outros conflitos no mundo através dos princípios da Carta da ONU sobre a igualdade soberana dos Estados, sobre o princípio da indivisibilidade da segurança”, afirmou o ministro russo. “Nossa tarefa é garantir que a carta da ONU seja aplicada em sua totalidade, que o direito à autodeterminação não seja eliminado quando convém ao Ocidente”, acrescentou.

No fim de fevereiro, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução não vinculante votada por 141 dos 193 Estados-membros, com sete votos contrários, que exigia a “retirada imediata” das tropas russas da Ucrânia para pôr fim à guerra, e reafirmava seu “compromisso” com “a integridade territorial” do país invadido.

O chanceler russo, Sergei Lavrov, durante coletiva de imprensa em Caracas, Venezuela  Foto: Jesús Vargas / AP

Revisão de acordos

Rússia e Venezuela revisaram algumas de suas centenas de acordos bilaterais cobrindo os setores financeiro, energético e agrícola. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e seu homólogo venezuelano, Yván Gil, deram uma coletiva de imprensa conjunta em Caracas horas depois da chegada do chanceler russo. “Apoiamos totalmente a posição de nossos amigos venezuelanos”, disse Lavrov. “É o país deles... e vamos apoiá-lo de qualquer forma para que a economia venezuelana se torne uma economia independente das pressões dos Estados Unidos e de outros atores ocidentais.”

Gil e Lavrov também se encontraram com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, para discutir uma alternativa ao SWIFT, o sistema que permite transações financeiras globais, mas ao qual os principais bancos russos perderam o acesso no ano passado. Esses bancos foram cortados como parte das sanções econômicas impostas à Rússia no início da guerra na Ucrânia.

Uma queda global nos preços do petróleo na última década e a má gestão do governo levaram a Venezuela à crise política, social e econômica que marcou toda a presidência de Maduro. A crise alimentou um movimento de oposição apoiado pelo governo dos EUA. Durante seu governo, Donald Trump fez de derrubar Maduro uma de suas principais prioridades de política externa e usou sanções econômicas contra a empresa estatal de energia da Venezuela para manter o petróleo do país longe de mercados ocidentais.

O governo Biden suspendeu algumas restrições e também sinalizou que está preparado para aliviar as sanções em troca de medidas concretas de Maduro, como a promessa de não banir qualquer candidato que surja das primárias da oposição ainda este ano. “Não percebemos uma flexibilização das sanções”, disse Gil a repórteres.

As ações de socorro já tomadas pelo governo dos EUA incluem permitir que a gigante do petróleo Chevron retome a produção limitada de petróleo na Venezuela em uma base experimental de seis meses e remover um sobrinho da primeira-dama Cilia Flores de uma lista de indivíduos sancionados. /AFP e AP

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, pediu em visita a Caracas, a capital da Venezuela, “união de forças” contra a “chantagem” das sanções do Ocidente.

“Venezuela, Cuba e Nicarágua são países que escolhem o seu próprio caminho”, disse Lavrov, segundo a tradução oficial, ao questionar as sanções internacionais impostas pelos Estados Unidos a essas nações aliadas.

“É necessária a união de forças para combater as tentativas de chantagem e pressão unilateral ilegal do Ocidente”, acrescentou o diplomata russo durante coletiva de imprensa ao lado de seu par venezuelano, Yván Gil.

A passagem de Lavrov por Caracas é a segunda escala de seu giro pela América Latina, que começou no Brasil e continuará por Cuba e Nicarágua. A última vez em que ele esteve no território venezuelano foi em fevereiro de 2020, dois anos antes da invasão russa da Ucrânia.

A Venezuela é um dos principais aliados da Rússia na região. O presidente Nicolás Maduro manifestou apoio a Moscou durante o conflito na Ucrânia, mas também defendeu negociações de paz.

Presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, se reuniram em Moscou, Rússia Foto: Sergei Chirikov / REUTERS

“Discutimos os acontecimentos da Ucrânia”, disse Lavrov após o encontro com Gil.

“Vamos resolver a situação na Ucrânia e de outros conflitos no mundo através dos princípios da Carta da ONU sobre a igualdade soberana dos Estados, sobre o princípio da indivisibilidade da segurança”, afirmou o ministro russo. “Nossa tarefa é garantir que a carta da ONU seja aplicada em sua totalidade, que o direito à autodeterminação não seja eliminado quando convém ao Ocidente”, acrescentou.

No fim de fevereiro, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução não vinculante votada por 141 dos 193 Estados-membros, com sete votos contrários, que exigia a “retirada imediata” das tropas russas da Ucrânia para pôr fim à guerra, e reafirmava seu “compromisso” com “a integridade territorial” do país invadido.

O chanceler russo, Sergei Lavrov, durante coletiva de imprensa em Caracas, Venezuela  Foto: Jesús Vargas / AP

Revisão de acordos

Rússia e Venezuela revisaram algumas de suas centenas de acordos bilaterais cobrindo os setores financeiro, energético e agrícola. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e seu homólogo venezuelano, Yván Gil, deram uma coletiva de imprensa conjunta em Caracas horas depois da chegada do chanceler russo. “Apoiamos totalmente a posição de nossos amigos venezuelanos”, disse Lavrov. “É o país deles... e vamos apoiá-lo de qualquer forma para que a economia venezuelana se torne uma economia independente das pressões dos Estados Unidos e de outros atores ocidentais.”

Gil e Lavrov também se encontraram com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, para discutir uma alternativa ao SWIFT, o sistema que permite transações financeiras globais, mas ao qual os principais bancos russos perderam o acesso no ano passado. Esses bancos foram cortados como parte das sanções econômicas impostas à Rússia no início da guerra na Ucrânia.

Uma queda global nos preços do petróleo na última década e a má gestão do governo levaram a Venezuela à crise política, social e econômica que marcou toda a presidência de Maduro. A crise alimentou um movimento de oposição apoiado pelo governo dos EUA. Durante seu governo, Donald Trump fez de derrubar Maduro uma de suas principais prioridades de política externa e usou sanções econômicas contra a empresa estatal de energia da Venezuela para manter o petróleo do país longe de mercados ocidentais.

O governo Biden suspendeu algumas restrições e também sinalizou que está preparado para aliviar as sanções em troca de medidas concretas de Maduro, como a promessa de não banir qualquer candidato que surja das primárias da oposição ainda este ano. “Não percebemos uma flexibilização das sanções”, disse Gil a repórteres.

As ações de socorro já tomadas pelo governo dos EUA incluem permitir que a gigante do petróleo Chevron retome a produção limitada de petróleo na Venezuela em uma base experimental de seis meses e remover um sobrinho da primeira-dama Cilia Flores de uma lista de indivíduos sancionados. /AFP e AP

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, pediu em visita a Caracas, a capital da Venezuela, “união de forças” contra a “chantagem” das sanções do Ocidente.

“Venezuela, Cuba e Nicarágua são países que escolhem o seu próprio caminho”, disse Lavrov, segundo a tradução oficial, ao questionar as sanções internacionais impostas pelos Estados Unidos a essas nações aliadas.

“É necessária a união de forças para combater as tentativas de chantagem e pressão unilateral ilegal do Ocidente”, acrescentou o diplomata russo durante coletiva de imprensa ao lado de seu par venezuelano, Yván Gil.

A passagem de Lavrov por Caracas é a segunda escala de seu giro pela América Latina, que começou no Brasil e continuará por Cuba e Nicarágua. A última vez em que ele esteve no território venezuelano foi em fevereiro de 2020, dois anos antes da invasão russa da Ucrânia.

A Venezuela é um dos principais aliados da Rússia na região. O presidente Nicolás Maduro manifestou apoio a Moscou durante o conflito na Ucrânia, mas também defendeu negociações de paz.

Presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, se reuniram em Moscou, Rússia Foto: Sergei Chirikov / REUTERS

“Discutimos os acontecimentos da Ucrânia”, disse Lavrov após o encontro com Gil.

“Vamos resolver a situação na Ucrânia e de outros conflitos no mundo através dos princípios da Carta da ONU sobre a igualdade soberana dos Estados, sobre o princípio da indivisibilidade da segurança”, afirmou o ministro russo. “Nossa tarefa é garantir que a carta da ONU seja aplicada em sua totalidade, que o direito à autodeterminação não seja eliminado quando convém ao Ocidente”, acrescentou.

No fim de fevereiro, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução não vinculante votada por 141 dos 193 Estados-membros, com sete votos contrários, que exigia a “retirada imediata” das tropas russas da Ucrânia para pôr fim à guerra, e reafirmava seu “compromisso” com “a integridade territorial” do país invadido.

O chanceler russo, Sergei Lavrov, durante coletiva de imprensa em Caracas, Venezuela  Foto: Jesús Vargas / AP

Revisão de acordos

Rússia e Venezuela revisaram algumas de suas centenas de acordos bilaterais cobrindo os setores financeiro, energético e agrícola. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e seu homólogo venezuelano, Yván Gil, deram uma coletiva de imprensa conjunta em Caracas horas depois da chegada do chanceler russo. “Apoiamos totalmente a posição de nossos amigos venezuelanos”, disse Lavrov. “É o país deles... e vamos apoiá-lo de qualquer forma para que a economia venezuelana se torne uma economia independente das pressões dos Estados Unidos e de outros atores ocidentais.”

Gil e Lavrov também se encontraram com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, para discutir uma alternativa ao SWIFT, o sistema que permite transações financeiras globais, mas ao qual os principais bancos russos perderam o acesso no ano passado. Esses bancos foram cortados como parte das sanções econômicas impostas à Rússia no início da guerra na Ucrânia.

Uma queda global nos preços do petróleo na última década e a má gestão do governo levaram a Venezuela à crise política, social e econômica que marcou toda a presidência de Maduro. A crise alimentou um movimento de oposição apoiado pelo governo dos EUA. Durante seu governo, Donald Trump fez de derrubar Maduro uma de suas principais prioridades de política externa e usou sanções econômicas contra a empresa estatal de energia da Venezuela para manter o petróleo do país longe de mercados ocidentais.

O governo Biden suspendeu algumas restrições e também sinalizou que está preparado para aliviar as sanções em troca de medidas concretas de Maduro, como a promessa de não banir qualquer candidato que surja das primárias da oposição ainda este ano. “Não percebemos uma flexibilização das sanções”, disse Gil a repórteres.

As ações de socorro já tomadas pelo governo dos EUA incluem permitir que a gigante do petróleo Chevron retome a produção limitada de petróleo na Venezuela em uma base experimental de seis meses e remover um sobrinho da primeira-dama Cilia Flores de uma lista de indivíduos sancionados. /AFP e AP

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