Encurta distância entre Toledo e Garcia


Por Agencia Estado

Alejandro Toledo ainda está na dianteira, mas a distância que o separa de Alan García continua a encurtar. Esta é a conclusão da última pesquisa de intenção de voto para o segundo turno da eleição presidencial peruana, que se realiza no próximo domingo. De acordo com o Grupo de Opinião Pública (GOP), da Universidade de Lima, Toledo conta com 42,7% dos votos, Alan tem 35,1%, e votos brancos e nulos somam 22,2%. O GOP obteve esse resultado em simulação de voto em que usa uma réplica da cédula e da cabine secreta. O instituto também fez uma sondagem do tipo comum, em que o entrevistado escolhe entre os dois candidatos, branco e nulo, e tem ainda a opção "não sabe/não responde", que conformam a figura do indeciso. Nesta última modalidade, Toledo vence por 41,8%, García cai para 32,1%, brancos e nulos somam 18%, e os indecisos são 8,1%. A diferença entre a simulação e a pesquisa comum é importante, sobretudo numa eleição disputada como essa, não só porque a simulação elimina os indecisos, mas, também, porque acaba com o chamado "voto escondido" - a inibição do eleitor, diante do pesquisador, de declarar seu voto em um candidato que sofra censura maior por parte da opinião pública. A comparação entre as duas modalidades de pesquisa dá um resultado ambíguo: de um lado, a simulação de voto aumenta ligeiramente a fatia de Toledo e confirma sua vitória; de outro, ela aumenta a intenção de voto para García, reduzindo a diferença entre os dois. Ou seja, em tese, os indecisos e aqueles que escondem seu voto se reagrupariam mais em torno de García do que de Toledo, quando obrigados a escolher, secretamente. O GOP faz a sondagem considerada mais ampla no país. A amostra é de 3.270 pessoas, distribuídas entre Lima e outras 12 cidades e pela zona rural de 13 departamentos (Estados), com margem de erro de apenas 1,75 ponto porcentual. A pesquisa foi divulgada nesta quinta-feira em Lima apenas para a imprensa estrangeira, já que a lei peruana proíbe a publicação de sondagens na semana que precede as eleições. Calculando a média das sondagens anteriores, realizadas pelos principais institutos do país, Toledo venceria por 38,5%, García teria 30,3%, os votos brancos e nulos somariam 21,6%, e os indecisos, 9,6. Entretanto, o Instituto Apoyo, que também é bastante respeitado, divulgou, no fim de semana passado, um resultado que colocava García virtualmente empatado com Toledo. Em pesquisa por simulação de voto, Toledo obteve 41%, e García, 38%. Como a margem de erro dessa pesquisa é de 2,5 pontos porcentuais para mais ou para menos, se Toledo recebesse menos votos e García mais, dentro do estatiscamente previsto, García poderia vencer. A virada ainda confirmaria a série histórica, na qual a diferença entre os dois vem se reduzindo consistentemente, segundo os mais importantes institutos de pesquisa. É praticamente unânime, em Lima, a opinião de que tudo pode acontecer até domingo. Historicamente, segundo as estatísticas, 10% do eleitorado se decide no dia da votação. Com o crescimento do rival, cresce, também, a agressividade de Toledo contra García. O candidato do bloco Peru Possível dedicou boa parte de seu último grande comício antes do segundo turno, na quarta-feira à noite, a ataques ao ex-presidente e candidato do Partido Aprista, de centro-esquerda. "Esta é a última noite do passado e a primeira do futuro", filosofou Toledo, para enumerar problemas vividos durante o governo de García (1985-90): "Deixamos no passado o desemprego, a corrupção e a hiperinflação." E, numa referência à proverbial lábia de García: "Não falo bonito, mas vivi na pobreza e tenho um plano de governo e uma equipe de profissionais, e quero ser um presidente honrado." O ex-presidente deixou o país sob acusação de desvio de dinheiro público. Entre 100 mil e 200 mil pessoas foram ouvir Toledo, formando um mar de gente no Paseo de la República, um largo no centro da capital peruana. A campanha encerrou-se oficialmente nesta quinta-feira, com um comício de García, no mesmo lugar, e de Toledo, em Cusco, na região central do país, a 1.165 quilômetros de Lima.

Alejandro Toledo ainda está na dianteira, mas a distância que o separa de Alan García continua a encurtar. Esta é a conclusão da última pesquisa de intenção de voto para o segundo turno da eleição presidencial peruana, que se realiza no próximo domingo. De acordo com o Grupo de Opinião Pública (GOP), da Universidade de Lima, Toledo conta com 42,7% dos votos, Alan tem 35,1%, e votos brancos e nulos somam 22,2%. O GOP obteve esse resultado em simulação de voto em que usa uma réplica da cédula e da cabine secreta. O instituto também fez uma sondagem do tipo comum, em que o entrevistado escolhe entre os dois candidatos, branco e nulo, e tem ainda a opção "não sabe/não responde", que conformam a figura do indeciso. Nesta última modalidade, Toledo vence por 41,8%, García cai para 32,1%, brancos e nulos somam 18%, e os indecisos são 8,1%. A diferença entre a simulação e a pesquisa comum é importante, sobretudo numa eleição disputada como essa, não só porque a simulação elimina os indecisos, mas, também, porque acaba com o chamado "voto escondido" - a inibição do eleitor, diante do pesquisador, de declarar seu voto em um candidato que sofra censura maior por parte da opinião pública. A comparação entre as duas modalidades de pesquisa dá um resultado ambíguo: de um lado, a simulação de voto aumenta ligeiramente a fatia de Toledo e confirma sua vitória; de outro, ela aumenta a intenção de voto para García, reduzindo a diferença entre os dois. Ou seja, em tese, os indecisos e aqueles que escondem seu voto se reagrupariam mais em torno de García do que de Toledo, quando obrigados a escolher, secretamente. O GOP faz a sondagem considerada mais ampla no país. A amostra é de 3.270 pessoas, distribuídas entre Lima e outras 12 cidades e pela zona rural de 13 departamentos (Estados), com margem de erro de apenas 1,75 ponto porcentual. A pesquisa foi divulgada nesta quinta-feira em Lima apenas para a imprensa estrangeira, já que a lei peruana proíbe a publicação de sondagens na semana que precede as eleições. Calculando a média das sondagens anteriores, realizadas pelos principais institutos do país, Toledo venceria por 38,5%, García teria 30,3%, os votos brancos e nulos somariam 21,6%, e os indecisos, 9,6. Entretanto, o Instituto Apoyo, que também é bastante respeitado, divulgou, no fim de semana passado, um resultado que colocava García virtualmente empatado com Toledo. Em pesquisa por simulação de voto, Toledo obteve 41%, e García, 38%. Como a margem de erro dessa pesquisa é de 2,5 pontos porcentuais para mais ou para menos, se Toledo recebesse menos votos e García mais, dentro do estatiscamente previsto, García poderia vencer. A virada ainda confirmaria a série histórica, na qual a diferença entre os dois vem se reduzindo consistentemente, segundo os mais importantes institutos de pesquisa. É praticamente unânime, em Lima, a opinião de que tudo pode acontecer até domingo. Historicamente, segundo as estatísticas, 10% do eleitorado se decide no dia da votação. Com o crescimento do rival, cresce, também, a agressividade de Toledo contra García. O candidato do bloco Peru Possível dedicou boa parte de seu último grande comício antes do segundo turno, na quarta-feira à noite, a ataques ao ex-presidente e candidato do Partido Aprista, de centro-esquerda. "Esta é a última noite do passado e a primeira do futuro", filosofou Toledo, para enumerar problemas vividos durante o governo de García (1985-90): "Deixamos no passado o desemprego, a corrupção e a hiperinflação." E, numa referência à proverbial lábia de García: "Não falo bonito, mas vivi na pobreza e tenho um plano de governo e uma equipe de profissionais, e quero ser um presidente honrado." O ex-presidente deixou o país sob acusação de desvio de dinheiro público. Entre 100 mil e 200 mil pessoas foram ouvir Toledo, formando um mar de gente no Paseo de la República, um largo no centro da capital peruana. A campanha encerrou-se oficialmente nesta quinta-feira, com um comício de García, no mesmo lugar, e de Toledo, em Cusco, na região central do país, a 1.165 quilômetros de Lima.

Alejandro Toledo ainda está na dianteira, mas a distância que o separa de Alan García continua a encurtar. Esta é a conclusão da última pesquisa de intenção de voto para o segundo turno da eleição presidencial peruana, que se realiza no próximo domingo. De acordo com o Grupo de Opinião Pública (GOP), da Universidade de Lima, Toledo conta com 42,7% dos votos, Alan tem 35,1%, e votos brancos e nulos somam 22,2%. O GOP obteve esse resultado em simulação de voto em que usa uma réplica da cédula e da cabine secreta. O instituto também fez uma sondagem do tipo comum, em que o entrevistado escolhe entre os dois candidatos, branco e nulo, e tem ainda a opção "não sabe/não responde", que conformam a figura do indeciso. Nesta última modalidade, Toledo vence por 41,8%, García cai para 32,1%, brancos e nulos somam 18%, e os indecisos são 8,1%. A diferença entre a simulação e a pesquisa comum é importante, sobretudo numa eleição disputada como essa, não só porque a simulação elimina os indecisos, mas, também, porque acaba com o chamado "voto escondido" - a inibição do eleitor, diante do pesquisador, de declarar seu voto em um candidato que sofra censura maior por parte da opinião pública. A comparação entre as duas modalidades de pesquisa dá um resultado ambíguo: de um lado, a simulação de voto aumenta ligeiramente a fatia de Toledo e confirma sua vitória; de outro, ela aumenta a intenção de voto para García, reduzindo a diferença entre os dois. Ou seja, em tese, os indecisos e aqueles que escondem seu voto se reagrupariam mais em torno de García do que de Toledo, quando obrigados a escolher, secretamente. O GOP faz a sondagem considerada mais ampla no país. A amostra é de 3.270 pessoas, distribuídas entre Lima e outras 12 cidades e pela zona rural de 13 departamentos (Estados), com margem de erro de apenas 1,75 ponto porcentual. A pesquisa foi divulgada nesta quinta-feira em Lima apenas para a imprensa estrangeira, já que a lei peruana proíbe a publicação de sondagens na semana que precede as eleições. Calculando a média das sondagens anteriores, realizadas pelos principais institutos do país, Toledo venceria por 38,5%, García teria 30,3%, os votos brancos e nulos somariam 21,6%, e os indecisos, 9,6. Entretanto, o Instituto Apoyo, que também é bastante respeitado, divulgou, no fim de semana passado, um resultado que colocava García virtualmente empatado com Toledo. Em pesquisa por simulação de voto, Toledo obteve 41%, e García, 38%. Como a margem de erro dessa pesquisa é de 2,5 pontos porcentuais para mais ou para menos, se Toledo recebesse menos votos e García mais, dentro do estatiscamente previsto, García poderia vencer. A virada ainda confirmaria a série histórica, na qual a diferença entre os dois vem se reduzindo consistentemente, segundo os mais importantes institutos de pesquisa. É praticamente unânime, em Lima, a opinião de que tudo pode acontecer até domingo. Historicamente, segundo as estatísticas, 10% do eleitorado se decide no dia da votação. Com o crescimento do rival, cresce, também, a agressividade de Toledo contra García. O candidato do bloco Peru Possível dedicou boa parte de seu último grande comício antes do segundo turno, na quarta-feira à noite, a ataques ao ex-presidente e candidato do Partido Aprista, de centro-esquerda. "Esta é a última noite do passado e a primeira do futuro", filosofou Toledo, para enumerar problemas vividos durante o governo de García (1985-90): "Deixamos no passado o desemprego, a corrupção e a hiperinflação." E, numa referência à proverbial lábia de García: "Não falo bonito, mas vivi na pobreza e tenho um plano de governo e uma equipe de profissionais, e quero ser um presidente honrado." O ex-presidente deixou o país sob acusação de desvio de dinheiro público. Entre 100 mil e 200 mil pessoas foram ouvir Toledo, formando um mar de gente no Paseo de la República, um largo no centro da capital peruana. A campanha encerrou-se oficialmente nesta quinta-feira, com um comício de García, no mesmo lugar, e de Toledo, em Cusco, na região central do país, a 1.165 quilômetros de Lima.

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