Equipamentos de imagens térmicas no ar, experientes equipes de busca trabalhando durante uma noite de tempestade, um cão de busca e o elemento surpresa desempenharam papéis fundamentais na captura do assassino foragido Danilo Souza Cavalcante na manhã de quarta-feira, 13, após uma perseguição de 14 dias pelas fazendas e florestas do sudeste da Pensilvânia, nos Estados Unidos.
Algumas das centenas de policiais que faziam buscas a pé e aéreas finalmente localizaram Cavalcante perto do perímetro externo de uma zona de busca de quase 16 quilômetros quadrados. O cordão de isolamento foi montado quando Cavalcante foi visto na segunda-feira, 11, logo após o anoitecer, ajoelhado perto de uma árvore e, duas horas depois, saindo de uma garagem.
Veja como Cavalcante foi capturado, de acordo com o tenente-coronel George Bivens, da Polícia Estadual da Pensilvânia:
Alarme de Roubo
O primeiro possível sinal de Cavalcante que alertou as autoridades foi um alarme de roubo pouco depois da meia-noite de terça-feira, 12. A equipe policial investigou o alarme e não encontrou o brasileiro.
Mas o alarme atraiu equipes de busca próximas para a área. Por volta da 1h da manhã, um avião da Drug Enforcement Administration com uma câmera de imagem térmica captou um sinal de calor. Os pesquisadores em terra começaram a rastrear e cercar o local.
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Atraso causado por tempestade
As tempestades que se aproximavam com chuva e raios forçaram o avião a deixar a área. As equipes de busca permaneceram no local e tentaram delimitar um perímetro ao redor do sinal de calor, com o objetivo de evitar que Cavalcante escapasse mais uma vez.
No final da manhã, o avião retornou com mais equipes de busca. Pouco depois das 8 horas da manhã, uma equipe da Alfândega e da Patrulha de Fronteira dos Estados Unidos se aproximou de Cavalcante em uma área arborizada, a cerca de 800 metros (0,8 km) de distância do local onde o alarme de roubo disparou.
A captura
Cavalcante estava deitado de bruços, provavelmente para evitar ser detectado, quando as equipes de busca com cerca de 20 a 25 membros se aproximaram o suficiente para que ele percebesse que estavam lá.
“Eles conseguiram se mover muito silenciosamente. Eles tinham o elemento surpresa. Cavalcante não percebeu que estava cercado até que isso aconteceu”, disse Bivens.
Cavalcante começou a rastejar pelo mato para tentar escapar, o que levou a equipe da Alfândega e da Patrulha de Fronteira a soltar um cão de busca - um pastor ou um Malinois belga - para persegui-lo. O cão subjugou Cavalcante e o levou para a prisão.
O cão subjugou Cavalcante em uma luta, deixando Cavalcante com um ferimento sangrando no couro cabeludo, até que a equipe de policiais algemou ele. Do momento em que os policiais chegaram até o momento em que capturaram Cavalcante, passaram-se cerca de cinco minutos.
“A situação se desenrolou rapidamente quando eles o identificaram e avançaram, e ele os detectou quando já estavam em posição”, disse Bivens.
Cavalcante havia roubado um rifle durante sua fuga, mas nenhum tiro foi disparado quando ele foi levado sob custódia. /AP