Entenda como deve ser o cessar-fogo entre Israel e Hamas e a libertação de reféns


Acordo deve ser implementado em três fases: a troca de reféns por prisioneiros palestinos, a retirada das tropas israelenses da Faixa de Gaza e a reconstrução do enclave palestino

Por Redação

DOHA - Após intensa negociação, Israel e o Hamas chegaram nesta quarta-feira, 15, a um acordo para o cessar-fogo e a liberação de reféns na Faixa de Gaza. Os detalhes ainda precisam ser confirmados, mas a estrutura se parece com plano em três fases que havia sido proposto ainda no ano passado por Joe Biden.

O acordo prevê seis semanas de trégua nos combates, que deixaram mais de 46 mil mortos na Faixa de Gaza, e a liberação de israelenses sequestrados pelo Hamas em troca por prisioneiros palestinos. Os detalhes das próximas etapas ainda serão estabelecidos em complexas negociações mas, se implementado até o fim, o plano deve levar à retirada de tropas israelenses, seguida pela reconstrução do enclave palestino.

Palestinos celebram a notícia do cessar-fogo na Faixa de Gaza. Foto: Bashar Taleb/AFP
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Entenda ponto a ponto como deve funcionar

Primeira fase

O esboço do acordo indica que a primeira etapa do cessar-fogo deve ter duração de 42 dias. Durante esse período, o Hamas deve liberar 33 reféns israelenses. Entre eles estariam pelo menos cinco soldados, além de mulheres, crianças, idosos e doentes.

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Em troca, Israel deve liberar de suas prisões centenas de palestinos — 30 para cada refém civil e 50 para cada refém militar. A lista de prisioneiros inclui 30 terroristas condenados que estão cumprindo penas perpétuas.

Durante esse período de seis semanas, é esperado ainda que as forças israelenses se afastem de áreas mais densamente povoadas da Faixa de Gaza, permitindo o retorno de civis deslocados e aumento da ajuda humanitária — a previsão é de aproximadamente 600 caminhões por dia. Com isso, a expectativa é de alívio para a crise humanitária no enclave, devastado pela guerra que se arrasta há mais de um ano e teve apenas uma pausa momentânea nos combates.

Segunda fase

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Os detalhes da segunda fase serão negociados ao longo da primeira, mas a expectativa é que Israel e Hamas declarem uma “cessação permanente das hostilidades”. Nessa etapa, o Hamas deve liberar o restante dos reféns em troca por mais prisioneiros palestinos. Os números ainda não estão definidos.

Esta etapa prevê ainda a retirada das forças israelenses da Faixa de Gaza e as negociações devem ser complicadas. Durante meses, o Hamas exigiu que Israel se comprometesse a encerrar a guerra, mas o país resiste.

Familiares e amigos das vítimas do ataque terrorista do Hamas reagem ao acordo em manifestação pela liberação dos reféns. Foto: Ohad Zwigenberg/Associated Press
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O governo de Binyamin Netanyahu insiste que o seu objetivo é destruir as capacidades militares do Hamas, evitando que os terroristas aproveitem a trégua para se reorganizar e atacar Israel novamente. No conflito, a desconfiança é uma via de mão dupla. Do outro lado, a preocupação do Hamas é que Israel volte a atacar o enclave palestino depois que os reféns forem entregues

O acordo não inclui garantias por escrito de que o cessar-fogo continuará até o fim, sinalizando que as forças israelenses poderiam retomar sua campanha militar depois da primeira fase.

Terceira fase

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Na última etapa do acordo, o Hamas entregaria os corpos dos reféns israelenses mortos na Faixa de Gaza. Aqui, está previsto ainda a implementação de um plano, supervisionado pela comunidade internacional, para reconstruir a Faixa de Gaza dentro de três a cinco anos. Ainda seriam reabertas passagens na fronteira para entrada e saída do enclave palestino./AP e NY Times

DOHA - Após intensa negociação, Israel e o Hamas chegaram nesta quarta-feira, 15, a um acordo para o cessar-fogo e a liberação de reféns na Faixa de Gaza. Os detalhes ainda precisam ser confirmados, mas a estrutura se parece com plano em três fases que havia sido proposto ainda no ano passado por Joe Biden.

O acordo prevê seis semanas de trégua nos combates, que deixaram mais de 46 mil mortos na Faixa de Gaza, e a liberação de israelenses sequestrados pelo Hamas em troca por prisioneiros palestinos. Os detalhes das próximas etapas ainda serão estabelecidos em complexas negociações mas, se implementado até o fim, o plano deve levar à retirada de tropas israelenses, seguida pela reconstrução do enclave palestino.

Palestinos celebram a notícia do cessar-fogo na Faixa de Gaza. Foto: Bashar Taleb/AFP

Entenda ponto a ponto como deve funcionar

Primeira fase

O esboço do acordo indica que a primeira etapa do cessar-fogo deve ter duração de 42 dias. Durante esse período, o Hamas deve liberar 33 reféns israelenses. Entre eles estariam pelo menos cinco soldados, além de mulheres, crianças, idosos e doentes.

Em troca, Israel deve liberar de suas prisões centenas de palestinos — 30 para cada refém civil e 50 para cada refém militar. A lista de prisioneiros inclui 30 terroristas condenados que estão cumprindo penas perpétuas.

Durante esse período de seis semanas, é esperado ainda que as forças israelenses se afastem de áreas mais densamente povoadas da Faixa de Gaza, permitindo o retorno de civis deslocados e aumento da ajuda humanitária — a previsão é de aproximadamente 600 caminhões por dia. Com isso, a expectativa é de alívio para a crise humanitária no enclave, devastado pela guerra que se arrasta há mais de um ano e teve apenas uma pausa momentânea nos combates.

Segunda fase

Os detalhes da segunda fase serão negociados ao longo da primeira, mas a expectativa é que Israel e Hamas declarem uma “cessação permanente das hostilidades”. Nessa etapa, o Hamas deve liberar o restante dos reféns em troca por mais prisioneiros palestinos. Os números ainda não estão definidos.

Esta etapa prevê ainda a retirada das forças israelenses da Faixa de Gaza e as negociações devem ser complicadas. Durante meses, o Hamas exigiu que Israel se comprometesse a encerrar a guerra, mas o país resiste.

Familiares e amigos das vítimas do ataque terrorista do Hamas reagem ao acordo em manifestação pela liberação dos reféns. Foto: Ohad Zwigenberg/Associated Press

O governo de Binyamin Netanyahu insiste que o seu objetivo é destruir as capacidades militares do Hamas, evitando que os terroristas aproveitem a trégua para se reorganizar e atacar Israel novamente. No conflito, a desconfiança é uma via de mão dupla. Do outro lado, a preocupação do Hamas é que Israel volte a atacar o enclave palestino depois que os reféns forem entregues

O acordo não inclui garantias por escrito de que o cessar-fogo continuará até o fim, sinalizando que as forças israelenses poderiam retomar sua campanha militar depois da primeira fase.

Terceira fase

Na última etapa do acordo, o Hamas entregaria os corpos dos reféns israelenses mortos na Faixa de Gaza. Aqui, está previsto ainda a implementação de um plano, supervisionado pela comunidade internacional, para reconstruir a Faixa de Gaza dentro de três a cinco anos. Ainda seriam reabertas passagens na fronteira para entrada e saída do enclave palestino./AP e NY Times

DOHA - Após intensa negociação, Israel e o Hamas chegaram nesta quarta-feira, 15, a um acordo para o cessar-fogo e a liberação de reféns na Faixa de Gaza. Os detalhes ainda precisam ser confirmados, mas a estrutura se parece com plano em três fases que havia sido proposto ainda no ano passado por Joe Biden.

O acordo prevê seis semanas de trégua nos combates, que deixaram mais de 46 mil mortos na Faixa de Gaza, e a liberação de israelenses sequestrados pelo Hamas em troca por prisioneiros palestinos. Os detalhes das próximas etapas ainda serão estabelecidos em complexas negociações mas, se implementado até o fim, o plano deve levar à retirada de tropas israelenses, seguida pela reconstrução do enclave palestino.

Palestinos celebram a notícia do cessar-fogo na Faixa de Gaza. Foto: Bashar Taleb/AFP

Entenda ponto a ponto como deve funcionar

Primeira fase

O esboço do acordo indica que a primeira etapa do cessar-fogo deve ter duração de 42 dias. Durante esse período, o Hamas deve liberar 33 reféns israelenses. Entre eles estariam pelo menos cinco soldados, além de mulheres, crianças, idosos e doentes.

Em troca, Israel deve liberar de suas prisões centenas de palestinos — 30 para cada refém civil e 50 para cada refém militar. A lista de prisioneiros inclui 30 terroristas condenados que estão cumprindo penas perpétuas.

Durante esse período de seis semanas, é esperado ainda que as forças israelenses se afastem de áreas mais densamente povoadas da Faixa de Gaza, permitindo o retorno de civis deslocados e aumento da ajuda humanitária — a previsão é de aproximadamente 600 caminhões por dia. Com isso, a expectativa é de alívio para a crise humanitária no enclave, devastado pela guerra que se arrasta há mais de um ano e teve apenas uma pausa momentânea nos combates.

Segunda fase

Os detalhes da segunda fase serão negociados ao longo da primeira, mas a expectativa é que Israel e Hamas declarem uma “cessação permanente das hostilidades”. Nessa etapa, o Hamas deve liberar o restante dos reféns em troca por mais prisioneiros palestinos. Os números ainda não estão definidos.

Esta etapa prevê ainda a retirada das forças israelenses da Faixa de Gaza e as negociações devem ser complicadas. Durante meses, o Hamas exigiu que Israel se comprometesse a encerrar a guerra, mas o país resiste.

Familiares e amigos das vítimas do ataque terrorista do Hamas reagem ao acordo em manifestação pela liberação dos reféns. Foto: Ohad Zwigenberg/Associated Press

O governo de Binyamin Netanyahu insiste que o seu objetivo é destruir as capacidades militares do Hamas, evitando que os terroristas aproveitem a trégua para se reorganizar e atacar Israel novamente. No conflito, a desconfiança é uma via de mão dupla. Do outro lado, a preocupação do Hamas é que Israel volte a atacar o enclave palestino depois que os reféns forem entregues

O acordo não inclui garantias por escrito de que o cessar-fogo continuará até o fim, sinalizando que as forças israelenses poderiam retomar sua campanha militar depois da primeira fase.

Terceira fase

Na última etapa do acordo, o Hamas entregaria os corpos dos reféns israelenses mortos na Faixa de Gaza. Aqui, está previsto ainda a implementação de um plano, supervisionado pela comunidade internacional, para reconstruir a Faixa de Gaza dentro de três a cinco anos. Ainda seriam reabertas passagens na fronteira para entrada e saída do enclave palestino./AP e NY Times

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