Programa Pegasus foi usado em Israel para espionar personalidades


Ferramenta criada por empresa israelense também foi utilizada para espionar autoridades e figuras públicas locais, como um dos filhos do ex-primeiro-ministro Binyamin Netanyahu

Por Redação

JERUSALÉM - Depois de gerar grandes controvérsias em muitos países, o programa de ciberespionagem israelense Pegasus volta em um efeito bumerangue e atinge Israel, com suspeitas de espionagem contra personalidades locais. 

O jornal Calcalist afirmou que o programa era usado de maneira habitual para obter informações e que foi utilizado sem autorização judicial contra Avner Netanyahu, um dos filhos do ex-primeiro-ministro Binyamin Netanyahu. Conselheiros do ex-premiê, jornalistas e prefeitos também teriam sido vítimas de espionagem.

O Pegasus também teria sido usado para espionar os supostos protagonistas do "caso 4.000", também conhecido como o caso "Bezeq", no qual Netanyahu é acusado de ter tentado garantir uma cobertura favorável por parte do site notícias Walla há alguns anos.

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Mulher usa seu iPhone em frente ao prédio que abriga o grupo israelense NSO "Pegasus", em Herzliya, perto de Tel Aviv.(28 de agosto de 2016) Foto: JACK GUEZ / AFP

Segundo a imprensa israelense, os telefones de dois ex-diretores-gerais do Ministério das Comunicações -- e testemunhas da acusação neste caso--, executivos e chefes do Bezeq, assim como jornalistas do Walla, foram espionados sem ordem judicial com ajuda Pegasus.

"Depois de ler o Calcalist, começamos a pensar que, talvez, este país não seja democrático", escreveu nesta terça-feira, 8, a colunista política Sima Kadmon no Yediot Aharonoth, o jornal de maior tiragem do país: "Se o Estado realmente funciona assim (...) estamos como na Romênia de (Nicolae) Ceausescu ou no Chile de (Augusto) Pinochet."

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Em julho de 2021, um consórcio internacional de imprensa revelou que os telefones de pelo menos 180 jornalistas, 600 políticos, 85 ativistas de direitos humanos e 65 diretores de empresas tinham sido espionados com ajuda do programa Pegasus, da sociedade privada NSO, considerado uma "arma" pelo Ministério da Defesa israelense. A venda do software para governos estrangeiros havia sido aprovada pela Agência de Controle de Exportações de Defesa (DECA, na sigla em inglês) do país.

Desde que essas revelações vieram à tona, a NSO insiste que obteve as licenças para exportar seus softwares e que estes, destinados à luta contra o terrorismo e o crime organizado, podem ter sido "desviados" de seu uso previsto por alguns clientes. 

Enquanto as vendas do Pegasus "se multiplicavam no estrangeiro, houve uma espécie de normalização de seu uso por parte do governo israelense", disse à Agência France-Presse Eitay Mack, um advogado que tenta regulamentar o uso do Pegasus em Israel.

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Na segunda-feira, o ministro de Segurança Pública, Omer Bar-Lev, pediu a criação de uma "comissão de investigação governamental" sobre o uso sem autorização judicial de ferramentas de ciberespionagem. 

Por sua vez, o primeiro-ministro, Naftali Bennett, prometeu "uma resposta" de seu governo e Netanyahu reivindicou a criação de uma "comissão de investigação independente" para lidar com o caso. /AFP

JERUSALÉM - Depois de gerar grandes controvérsias em muitos países, o programa de ciberespionagem israelense Pegasus volta em um efeito bumerangue e atinge Israel, com suspeitas de espionagem contra personalidades locais. 

O jornal Calcalist afirmou que o programa era usado de maneira habitual para obter informações e que foi utilizado sem autorização judicial contra Avner Netanyahu, um dos filhos do ex-primeiro-ministro Binyamin Netanyahu. Conselheiros do ex-premiê, jornalistas e prefeitos também teriam sido vítimas de espionagem.

O Pegasus também teria sido usado para espionar os supostos protagonistas do "caso 4.000", também conhecido como o caso "Bezeq", no qual Netanyahu é acusado de ter tentado garantir uma cobertura favorável por parte do site notícias Walla há alguns anos.

Mulher usa seu iPhone em frente ao prédio que abriga o grupo israelense NSO "Pegasus", em Herzliya, perto de Tel Aviv.(28 de agosto de 2016) Foto: JACK GUEZ / AFP

Segundo a imprensa israelense, os telefones de dois ex-diretores-gerais do Ministério das Comunicações -- e testemunhas da acusação neste caso--, executivos e chefes do Bezeq, assim como jornalistas do Walla, foram espionados sem ordem judicial com ajuda Pegasus.

"Depois de ler o Calcalist, começamos a pensar que, talvez, este país não seja democrático", escreveu nesta terça-feira, 8, a colunista política Sima Kadmon no Yediot Aharonoth, o jornal de maior tiragem do país: "Se o Estado realmente funciona assim (...) estamos como na Romênia de (Nicolae) Ceausescu ou no Chile de (Augusto) Pinochet."

Em julho de 2021, um consórcio internacional de imprensa revelou que os telefones de pelo menos 180 jornalistas, 600 políticos, 85 ativistas de direitos humanos e 65 diretores de empresas tinham sido espionados com ajuda do programa Pegasus, da sociedade privada NSO, considerado uma "arma" pelo Ministério da Defesa israelense. A venda do software para governos estrangeiros havia sido aprovada pela Agência de Controle de Exportações de Defesa (DECA, na sigla em inglês) do país.

Desde que essas revelações vieram à tona, a NSO insiste que obteve as licenças para exportar seus softwares e que estes, destinados à luta contra o terrorismo e o crime organizado, podem ter sido "desviados" de seu uso previsto por alguns clientes. 

Enquanto as vendas do Pegasus "se multiplicavam no estrangeiro, houve uma espécie de normalização de seu uso por parte do governo israelense", disse à Agência France-Presse Eitay Mack, um advogado que tenta regulamentar o uso do Pegasus em Israel.

Na segunda-feira, o ministro de Segurança Pública, Omer Bar-Lev, pediu a criação de uma "comissão de investigação governamental" sobre o uso sem autorização judicial de ferramentas de ciberespionagem. 

Por sua vez, o primeiro-ministro, Naftali Bennett, prometeu "uma resposta" de seu governo e Netanyahu reivindicou a criação de uma "comissão de investigação independente" para lidar com o caso. /AFP

JERUSALÉM - Depois de gerar grandes controvérsias em muitos países, o programa de ciberespionagem israelense Pegasus volta em um efeito bumerangue e atinge Israel, com suspeitas de espionagem contra personalidades locais. 

O jornal Calcalist afirmou que o programa era usado de maneira habitual para obter informações e que foi utilizado sem autorização judicial contra Avner Netanyahu, um dos filhos do ex-primeiro-ministro Binyamin Netanyahu. Conselheiros do ex-premiê, jornalistas e prefeitos também teriam sido vítimas de espionagem.

O Pegasus também teria sido usado para espionar os supostos protagonistas do "caso 4.000", também conhecido como o caso "Bezeq", no qual Netanyahu é acusado de ter tentado garantir uma cobertura favorável por parte do site notícias Walla há alguns anos.

Mulher usa seu iPhone em frente ao prédio que abriga o grupo israelense NSO "Pegasus", em Herzliya, perto de Tel Aviv.(28 de agosto de 2016) Foto: JACK GUEZ / AFP

Segundo a imprensa israelense, os telefones de dois ex-diretores-gerais do Ministério das Comunicações -- e testemunhas da acusação neste caso--, executivos e chefes do Bezeq, assim como jornalistas do Walla, foram espionados sem ordem judicial com ajuda Pegasus.

"Depois de ler o Calcalist, começamos a pensar que, talvez, este país não seja democrático", escreveu nesta terça-feira, 8, a colunista política Sima Kadmon no Yediot Aharonoth, o jornal de maior tiragem do país: "Se o Estado realmente funciona assim (...) estamos como na Romênia de (Nicolae) Ceausescu ou no Chile de (Augusto) Pinochet."

Em julho de 2021, um consórcio internacional de imprensa revelou que os telefones de pelo menos 180 jornalistas, 600 políticos, 85 ativistas de direitos humanos e 65 diretores de empresas tinham sido espionados com ajuda do programa Pegasus, da sociedade privada NSO, considerado uma "arma" pelo Ministério da Defesa israelense. A venda do software para governos estrangeiros havia sido aprovada pela Agência de Controle de Exportações de Defesa (DECA, na sigla em inglês) do país.

Desde que essas revelações vieram à tona, a NSO insiste que obteve as licenças para exportar seus softwares e que estes, destinados à luta contra o terrorismo e o crime organizado, podem ter sido "desviados" de seu uso previsto por alguns clientes. 

Enquanto as vendas do Pegasus "se multiplicavam no estrangeiro, houve uma espécie de normalização de seu uso por parte do governo israelense", disse à Agência France-Presse Eitay Mack, um advogado que tenta regulamentar o uso do Pegasus em Israel.

Na segunda-feira, o ministro de Segurança Pública, Omer Bar-Lev, pediu a criação de uma "comissão de investigação governamental" sobre o uso sem autorização judicial de ferramentas de ciberespionagem. 

Por sua vez, o primeiro-ministro, Naftali Bennett, prometeu "uma resposta" de seu governo e Netanyahu reivindicou a criação de uma "comissão de investigação independente" para lidar com o caso. /AFP

JERUSALÉM - Depois de gerar grandes controvérsias em muitos países, o programa de ciberespionagem israelense Pegasus volta em um efeito bumerangue e atinge Israel, com suspeitas de espionagem contra personalidades locais. 

O jornal Calcalist afirmou que o programa era usado de maneira habitual para obter informações e que foi utilizado sem autorização judicial contra Avner Netanyahu, um dos filhos do ex-primeiro-ministro Binyamin Netanyahu. Conselheiros do ex-premiê, jornalistas e prefeitos também teriam sido vítimas de espionagem.

O Pegasus também teria sido usado para espionar os supostos protagonistas do "caso 4.000", também conhecido como o caso "Bezeq", no qual Netanyahu é acusado de ter tentado garantir uma cobertura favorável por parte do site notícias Walla há alguns anos.

Mulher usa seu iPhone em frente ao prédio que abriga o grupo israelense NSO "Pegasus", em Herzliya, perto de Tel Aviv.(28 de agosto de 2016) Foto: JACK GUEZ / AFP

Segundo a imprensa israelense, os telefones de dois ex-diretores-gerais do Ministério das Comunicações -- e testemunhas da acusação neste caso--, executivos e chefes do Bezeq, assim como jornalistas do Walla, foram espionados sem ordem judicial com ajuda Pegasus.

"Depois de ler o Calcalist, começamos a pensar que, talvez, este país não seja democrático", escreveu nesta terça-feira, 8, a colunista política Sima Kadmon no Yediot Aharonoth, o jornal de maior tiragem do país: "Se o Estado realmente funciona assim (...) estamos como na Romênia de (Nicolae) Ceausescu ou no Chile de (Augusto) Pinochet."

Em julho de 2021, um consórcio internacional de imprensa revelou que os telefones de pelo menos 180 jornalistas, 600 políticos, 85 ativistas de direitos humanos e 65 diretores de empresas tinham sido espionados com ajuda do programa Pegasus, da sociedade privada NSO, considerado uma "arma" pelo Ministério da Defesa israelense. A venda do software para governos estrangeiros havia sido aprovada pela Agência de Controle de Exportações de Defesa (DECA, na sigla em inglês) do país.

Desde que essas revelações vieram à tona, a NSO insiste que obteve as licenças para exportar seus softwares e que estes, destinados à luta contra o terrorismo e o crime organizado, podem ter sido "desviados" de seu uso previsto por alguns clientes. 

Enquanto as vendas do Pegasus "se multiplicavam no estrangeiro, houve uma espécie de normalização de seu uso por parte do governo israelense", disse à Agência France-Presse Eitay Mack, um advogado que tenta regulamentar o uso do Pegasus em Israel.

Na segunda-feira, o ministro de Segurança Pública, Omer Bar-Lev, pediu a criação de uma "comissão de investigação governamental" sobre o uso sem autorização judicial de ferramentas de ciberespionagem. 

Por sua vez, o primeiro-ministro, Naftali Bennett, prometeu "uma resposta" de seu governo e Netanyahu reivindicou a criação de uma "comissão de investigação independente" para lidar com o caso. /AFP

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