Equador: morte de candidato deve fortalecer discurso ‘linha dura’ na reta final da eleição


Assassinato do presidenciável Fernando Villavicencio a pouco mais de uma semana da eleição evidencia crise na segurança pública; país teve recorde de homicídios ano passado

Por Jéssica Petrovna

A violência, grande preocupação dos eleitores, atingiu Fernando Villavicencio, o primeiro candidato à presidência assassinado na história do Equador. O crime sem precedentes evidencia a insegurança que assola o país e pode redefinir o foco da disputa marcada para ocorrer em dez dias.

“O crime organizado só falta matar o presidente”. A frase destacada na manchete do jornal local Expresso dá o tom de como os equatorianos estão preocupados com a violência, um problema que começou nos presídios e tomou as ruas. Os relatos são de crianças e adolescentes recrutados à força pelas facções criminosas, extorsões, sequestros e assassinatos. No ano passado, as mortes violentas atingiram um patamar recorde no país, com mais de 4.500 vítimas, quase o dobro do registrado em 2021.

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Apoiadores do candidato à presidência Fernando Villavicencio assassinado no Equador.  Foto: GALO PAGUAY / AFP

Nesse cenário de violência crescente, o assassinato de Fernando Villavicencio fortalece o discurso “linha dura” contra a criminalidade. Isso pode ser decisivo em uma eleição que chegou a reta final sem contornos claros. As pesquisas são unânimes em apontar a liderança de Luisa González, apadrinhada politicamente pelo ex-presidente Rafael Correa, que se mantém como uma das grandes forças da política equatoriana, mesmo depois de ter sido condenado por corrupção.

González tem entre 26 e 30% das intenções de voto a depender da pesquisa, mas isso não seria suficiente para garantir a vitória já no dia 20 de agosto e o segundo colocado está completamente indefinido. O candidato assassinado Fernando Villavicencio, por exemplo, variava entre segundo e quinto lugar nos levantamentos mais recentes. Agora, esse eventual segundo turno está ainda mais imprevisível.

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Com um discurso similar ao que Villavicencio adotava, o empresário Jan Topic aparece como um ‘herdeiro natural’ dos votos e deve ser beneficiado por uma eleição mais focada no problema da insegurança. Ele, que se apresenta como “outsider” aponta como exemplo o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, e seu controvertido programa contra o crime.

Bukele é um político jovem que enfrenta as gangues com violência e encarceramento em massa. Para abrigar um número cada vez maior de detentos, o país construiu em apenas sete meses o maior presídio da América Latina, com capacidade para 40 mil pessoas. A política preocupa organizações de direitos humanos, que alertam para detenções irregulares, mas levou Bukele a ser amado dentro de casa. O presidente tem 90% de aprovação e virou uma inspiração para políticos com discurso punitivista na região.

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Com o slogan “Equador Sem Medo”, Jan Topic mira no exemplo de El Salvador para conquistar os eleitores preocupados com a segurança, mas ele não é o único que aposta no tema da violência para tentar chegar ao segundo turno.

Há um outro nome que evidencia como o assassinato de Fernando Villavicencio já impacta na eleição. Otto Sonnenholzner, que foi vice-presidente no conturbado governo de Lenín Moreno, se apresentava como um conciliador e subiu o tom do seu discurso depois do assassinato.

Ainda resta saber quem o Movimiento Construye vai nomear para substituir Fernando Villavicencio. No dia da eleição, o nome do candidato assassinado vai aparecer na cédula e cabe a coalizão indicar quem receberá esses votos, uma disputa interna que deixa a eleição ainda mais imprevisível.

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A votação deste mês foi antecipada depois que o presidente Guillermo Lasso dissolveu o Parlamento no meio de um processo de impeachment, uma manobra conhecida como “morte cruzada”. O episódio lembrou a fama de “ingovernável” que o Equador já teve pelas sucessivas trocas de presidentes entre o final da década de 1990 e o início dos anos 2000.

A instabilidade política de agora puxada pela derrocada econômica e pela crescente violência tem causado uma certa desilusão no eleitor equatoriano.

Nesse contexto, o “correismo” (ligado ao ex-presidente Rafael Correa) ainda é muito forte e, até aqui, garante um apoio sólido para Luisa González, que deve chegar ao segundo turno da disputa. Resta saber quem vai conseguir se destacar no segundo pelotão da corrida eleitoral.

A violência, grande preocupação dos eleitores, atingiu Fernando Villavicencio, o primeiro candidato à presidência assassinado na história do Equador. O crime sem precedentes evidencia a insegurança que assola o país e pode redefinir o foco da disputa marcada para ocorrer em dez dias.

“O crime organizado só falta matar o presidente”. A frase destacada na manchete do jornal local Expresso dá o tom de como os equatorianos estão preocupados com a violência, um problema que começou nos presídios e tomou as ruas. Os relatos são de crianças e adolescentes recrutados à força pelas facções criminosas, extorsões, sequestros e assassinatos. No ano passado, as mortes violentas atingiram um patamar recorde no país, com mais de 4.500 vítimas, quase o dobro do registrado em 2021.

Apoiadores do candidato à presidência Fernando Villavicencio assassinado no Equador.  Foto: GALO PAGUAY / AFP

Nesse cenário de violência crescente, o assassinato de Fernando Villavicencio fortalece o discurso “linha dura” contra a criminalidade. Isso pode ser decisivo em uma eleição que chegou a reta final sem contornos claros. As pesquisas são unânimes em apontar a liderança de Luisa González, apadrinhada politicamente pelo ex-presidente Rafael Correa, que se mantém como uma das grandes forças da política equatoriana, mesmo depois de ter sido condenado por corrupção.

González tem entre 26 e 30% das intenções de voto a depender da pesquisa, mas isso não seria suficiente para garantir a vitória já no dia 20 de agosto e o segundo colocado está completamente indefinido. O candidato assassinado Fernando Villavicencio, por exemplo, variava entre segundo e quinto lugar nos levantamentos mais recentes. Agora, esse eventual segundo turno está ainda mais imprevisível.

Com um discurso similar ao que Villavicencio adotava, o empresário Jan Topic aparece como um ‘herdeiro natural’ dos votos e deve ser beneficiado por uma eleição mais focada no problema da insegurança. Ele, que se apresenta como “outsider” aponta como exemplo o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, e seu controvertido programa contra o crime.

Bukele é um político jovem que enfrenta as gangues com violência e encarceramento em massa. Para abrigar um número cada vez maior de detentos, o país construiu em apenas sete meses o maior presídio da América Latina, com capacidade para 40 mil pessoas. A política preocupa organizações de direitos humanos, que alertam para detenções irregulares, mas levou Bukele a ser amado dentro de casa. O presidente tem 90% de aprovação e virou uma inspiração para políticos com discurso punitivista na região.

Com o slogan “Equador Sem Medo”, Jan Topic mira no exemplo de El Salvador para conquistar os eleitores preocupados com a segurança, mas ele não é o único que aposta no tema da violência para tentar chegar ao segundo turno.

Há um outro nome que evidencia como o assassinato de Fernando Villavicencio já impacta na eleição. Otto Sonnenholzner, que foi vice-presidente no conturbado governo de Lenín Moreno, se apresentava como um conciliador e subiu o tom do seu discurso depois do assassinato.

Ainda resta saber quem o Movimiento Construye vai nomear para substituir Fernando Villavicencio. No dia da eleição, o nome do candidato assassinado vai aparecer na cédula e cabe a coalizão indicar quem receberá esses votos, uma disputa interna que deixa a eleição ainda mais imprevisível.

A votação deste mês foi antecipada depois que o presidente Guillermo Lasso dissolveu o Parlamento no meio de um processo de impeachment, uma manobra conhecida como “morte cruzada”. O episódio lembrou a fama de “ingovernável” que o Equador já teve pelas sucessivas trocas de presidentes entre o final da década de 1990 e o início dos anos 2000.

A instabilidade política de agora puxada pela derrocada econômica e pela crescente violência tem causado uma certa desilusão no eleitor equatoriano.

Nesse contexto, o “correismo” (ligado ao ex-presidente Rafael Correa) ainda é muito forte e, até aqui, garante um apoio sólido para Luisa González, que deve chegar ao segundo turno da disputa. Resta saber quem vai conseguir se destacar no segundo pelotão da corrida eleitoral.

A violência, grande preocupação dos eleitores, atingiu Fernando Villavicencio, o primeiro candidato à presidência assassinado na história do Equador. O crime sem precedentes evidencia a insegurança que assola o país e pode redefinir o foco da disputa marcada para ocorrer em dez dias.

“O crime organizado só falta matar o presidente”. A frase destacada na manchete do jornal local Expresso dá o tom de como os equatorianos estão preocupados com a violência, um problema que começou nos presídios e tomou as ruas. Os relatos são de crianças e adolescentes recrutados à força pelas facções criminosas, extorsões, sequestros e assassinatos. No ano passado, as mortes violentas atingiram um patamar recorde no país, com mais de 4.500 vítimas, quase o dobro do registrado em 2021.

Apoiadores do candidato à presidência Fernando Villavicencio assassinado no Equador.  Foto: GALO PAGUAY / AFP

Nesse cenário de violência crescente, o assassinato de Fernando Villavicencio fortalece o discurso “linha dura” contra a criminalidade. Isso pode ser decisivo em uma eleição que chegou a reta final sem contornos claros. As pesquisas são unânimes em apontar a liderança de Luisa González, apadrinhada politicamente pelo ex-presidente Rafael Correa, que se mantém como uma das grandes forças da política equatoriana, mesmo depois de ter sido condenado por corrupção.

González tem entre 26 e 30% das intenções de voto a depender da pesquisa, mas isso não seria suficiente para garantir a vitória já no dia 20 de agosto e o segundo colocado está completamente indefinido. O candidato assassinado Fernando Villavicencio, por exemplo, variava entre segundo e quinto lugar nos levantamentos mais recentes. Agora, esse eventual segundo turno está ainda mais imprevisível.

Com um discurso similar ao que Villavicencio adotava, o empresário Jan Topic aparece como um ‘herdeiro natural’ dos votos e deve ser beneficiado por uma eleição mais focada no problema da insegurança. Ele, que se apresenta como “outsider” aponta como exemplo o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, e seu controvertido programa contra o crime.

Bukele é um político jovem que enfrenta as gangues com violência e encarceramento em massa. Para abrigar um número cada vez maior de detentos, o país construiu em apenas sete meses o maior presídio da América Latina, com capacidade para 40 mil pessoas. A política preocupa organizações de direitos humanos, que alertam para detenções irregulares, mas levou Bukele a ser amado dentro de casa. O presidente tem 90% de aprovação e virou uma inspiração para políticos com discurso punitivista na região.

Com o slogan “Equador Sem Medo”, Jan Topic mira no exemplo de El Salvador para conquistar os eleitores preocupados com a segurança, mas ele não é o único que aposta no tema da violência para tentar chegar ao segundo turno.

Há um outro nome que evidencia como o assassinato de Fernando Villavicencio já impacta na eleição. Otto Sonnenholzner, que foi vice-presidente no conturbado governo de Lenín Moreno, se apresentava como um conciliador e subiu o tom do seu discurso depois do assassinato.

Ainda resta saber quem o Movimiento Construye vai nomear para substituir Fernando Villavicencio. No dia da eleição, o nome do candidato assassinado vai aparecer na cédula e cabe a coalizão indicar quem receberá esses votos, uma disputa interna que deixa a eleição ainda mais imprevisível.

A votação deste mês foi antecipada depois que o presidente Guillermo Lasso dissolveu o Parlamento no meio de um processo de impeachment, uma manobra conhecida como “morte cruzada”. O episódio lembrou a fama de “ingovernável” que o Equador já teve pelas sucessivas trocas de presidentes entre o final da década de 1990 e o início dos anos 2000.

A instabilidade política de agora puxada pela derrocada econômica e pela crescente violência tem causado uma certa desilusão no eleitor equatoriano.

Nesse contexto, o “correismo” (ligado ao ex-presidente Rafael Correa) ainda é muito forte e, até aqui, garante um apoio sólido para Luisa González, que deve chegar ao segundo turno da disputa. Resta saber quem vai conseguir se destacar no segundo pelotão da corrida eleitoral.

A violência, grande preocupação dos eleitores, atingiu Fernando Villavicencio, o primeiro candidato à presidência assassinado na história do Equador. O crime sem precedentes evidencia a insegurança que assola o país e pode redefinir o foco da disputa marcada para ocorrer em dez dias.

“O crime organizado só falta matar o presidente”. A frase destacada na manchete do jornal local Expresso dá o tom de como os equatorianos estão preocupados com a violência, um problema que começou nos presídios e tomou as ruas. Os relatos são de crianças e adolescentes recrutados à força pelas facções criminosas, extorsões, sequestros e assassinatos. No ano passado, as mortes violentas atingiram um patamar recorde no país, com mais de 4.500 vítimas, quase o dobro do registrado em 2021.

Apoiadores do candidato à presidência Fernando Villavicencio assassinado no Equador.  Foto: GALO PAGUAY / AFP

Nesse cenário de violência crescente, o assassinato de Fernando Villavicencio fortalece o discurso “linha dura” contra a criminalidade. Isso pode ser decisivo em uma eleição que chegou a reta final sem contornos claros. As pesquisas são unânimes em apontar a liderança de Luisa González, apadrinhada politicamente pelo ex-presidente Rafael Correa, que se mantém como uma das grandes forças da política equatoriana, mesmo depois de ter sido condenado por corrupção.

González tem entre 26 e 30% das intenções de voto a depender da pesquisa, mas isso não seria suficiente para garantir a vitória já no dia 20 de agosto e o segundo colocado está completamente indefinido. O candidato assassinado Fernando Villavicencio, por exemplo, variava entre segundo e quinto lugar nos levantamentos mais recentes. Agora, esse eventual segundo turno está ainda mais imprevisível.

Com um discurso similar ao que Villavicencio adotava, o empresário Jan Topic aparece como um ‘herdeiro natural’ dos votos e deve ser beneficiado por uma eleição mais focada no problema da insegurança. Ele, que se apresenta como “outsider” aponta como exemplo o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, e seu controvertido programa contra o crime.

Bukele é um político jovem que enfrenta as gangues com violência e encarceramento em massa. Para abrigar um número cada vez maior de detentos, o país construiu em apenas sete meses o maior presídio da América Latina, com capacidade para 40 mil pessoas. A política preocupa organizações de direitos humanos, que alertam para detenções irregulares, mas levou Bukele a ser amado dentro de casa. O presidente tem 90% de aprovação e virou uma inspiração para políticos com discurso punitivista na região.

Com o slogan “Equador Sem Medo”, Jan Topic mira no exemplo de El Salvador para conquistar os eleitores preocupados com a segurança, mas ele não é o único que aposta no tema da violência para tentar chegar ao segundo turno.

Há um outro nome que evidencia como o assassinato de Fernando Villavicencio já impacta na eleição. Otto Sonnenholzner, que foi vice-presidente no conturbado governo de Lenín Moreno, se apresentava como um conciliador e subiu o tom do seu discurso depois do assassinato.

Ainda resta saber quem o Movimiento Construye vai nomear para substituir Fernando Villavicencio. No dia da eleição, o nome do candidato assassinado vai aparecer na cédula e cabe a coalizão indicar quem receberá esses votos, uma disputa interna que deixa a eleição ainda mais imprevisível.

A votação deste mês foi antecipada depois que o presidente Guillermo Lasso dissolveu o Parlamento no meio de um processo de impeachment, uma manobra conhecida como “morte cruzada”. O episódio lembrou a fama de “ingovernável” que o Equador já teve pelas sucessivas trocas de presidentes entre o final da década de 1990 e o início dos anos 2000.

A instabilidade política de agora puxada pela derrocada econômica e pela crescente violência tem causado uma certa desilusão no eleitor equatoriano.

Nesse contexto, o “correismo” (ligado ao ex-presidente Rafael Correa) ainda é muito forte e, até aqui, garante um apoio sólido para Luisa González, que deve chegar ao segundo turno da disputa. Resta saber quem vai conseguir se destacar no segundo pelotão da corrida eleitoral.

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