QUITO - O presidente do Equador, Lenín Moreno, nomeou nesta quinta-feira, 8, o sexto ministro de Saúde Pública de seu governo e quinto desde o começo da pandemia da covid-19, depois que o antigo responsável pela pasta deixou o cargo em meio à polêmica sobre atrasos de até seis horas na vacinação de pessoas idosas.
Em um decreto executivo, o presidente assinou hoje a nomeação de Camilo Aurelio Salinas como novo ministro e agradeceu os serviços prestados pelo antecessor, Mauro Antonio Falconi.
"Assinei o decreto 1286 que nomeia Camilo Salinas como o novo Ministro de Saúde Pública. Sua prioridade será continuar com a implementação, corrigir erros e fortalecer a campanha de vacinação para garantir o cuidado adequado e o cumprimento dos objetivos propostos", escreveu Moreno no Twitter.
Na véspera, o governo equatoriano havia pedido a saída de Falconi, dado o caos no processo de vacinação contra a covid-19 registrado em Quito. "Nossos idosos merecem o maior respeito. O que aconteceu hoje não tem justificativa", bradou o presidente na quarta-feira, 7, sem dar mais detalhes.
Pessoas que vivem no Equador se queixaram nas redes sociais que muitos idosos que estavam em longas filas fora de várias unidades de vacinação contra a covid-19 tiveram que esperar entre cinco e seis horas para receber suas doses, e muitos não foram atendidos.
Falconí foi nomeado ministro da Saúde no dia 19 de março, substituindo Rodolfo Farfán, que havia se demitido sem ter completado 20 dias no cargo e justamente quando as críticas aumentavam por causa da descoberta de uma lista de pessoas privilegiadas no processo de imunização.
Ele foi precedido por Juan Carlos Zevallos, no cargo desde março de 2020 e que pediu demissão e deixou o país em 27 de fevereiro. Na época, ele estava no olho do furacão por ter se beneficiado com a vacinação de um parente. Antes dele, ainda durante o mandato de Moreno, lideram a pasta Verónica Espinosa, de maio de 2017 a julho de 2019, e Catalina Andramuño, de julho de 2019 a março de 2020.
Espinosa renunciou por causa de críticas públicas à cesta de medicamentos, e Andramuño, pelo baixo orçamento para combater o coronavírus. /EFE