Equador realiza operação em presídio após assassinato de candidato; veja vídeo


Chefe de facção criminosa foi transferido em carro blindado para prisão de segurança máxima

Por Redação
Atualização:

O Equador realizou neste sábado, 12, uma operação no sistema penitenciário em resposta à morte do candidato à presidência Fernando Villavicencio. Milhares de policiais fortemente armados em carros blindados transferiram para um presídio de segurança máxima o homem que é apontado como chefe da facção Los Choneros, uma das mais perigosas do país.

Embora outra gang tenha reivindicado a autoria do ataque ao político, Adolfo Macías, conhecido como Fito, é acusado de ter feito ameaças ao presidenciável uma semana antes do crime. Nas redes sociais, o presidente Guillermo Lasso prometeu que o Equador “vai recuperar a paz e a segurança”. A publicação mostra uma foto do momento em que o chefe da facção é conduzido pelos policiais, outra foto de detentos deitados no chão e um vídeo da operação com blindados.

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“Fito” cumpre pena de 34 anos de prisão por acusações de crime organizado, tráfico de drogas e homicídio. Ele é apontado como líder da facção Los Choneros (filial do mexicano Cartel de Sinaloa) e voltou aos noticiários com o assassinato do presidenciável Fernando Villavicencio.

Uma semana antes do crime, o político havia denunciado ameaças da gang. Ao programa Vis a Vis ele relatou que foi abordado por um enviado de “Fito” na região que é berço da facção criminosa “para dizer que ser eu continuar falando de Los Choneros, vão me quebrar [assassinar]”, relatou o candidato, que ganhou notoriedade por desafiar o crime organizado e denunciar casos de corrupção no Equador.

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A autoria do assassinato foi assumida em vídeo por um grupo de homens encapuzados que se diziam integrantes de outra gang conhecida como Los Lobos. Um dos criminosos morreu em troca de tiros com os seguranças de Villavicencio. Outras seis pessoas, todas colombianas, foram presas.

As autoridades ainda não confirmaram quem está por trás da ordem para matar o candidato. O presidente Guillermo Lasso se limitou a dizer que Fernando Villavicencio foi morto pelo crime organizado.

Blindados deixam presídio no Equador em operação depois da morte de candidato à presidência, 12 de agosto de 2023. Foto: AP Photo/Cesar Munoz
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Equador se despede de político morto

Na sexta-feira, o Equador se despediu do político em uma cerimônia tumultuada, marcada por disputas familiares. Parentes próximos do candidato, incluindo a mãe, reclamaram que foram impedidos pela mulher de Villavicencio de participar do velório privado. Depois da cerimônia particular, o corpo foi levado em um cortejo discreto para o velório aberto.

Mais uma vez, houve confusão quando um grupo de simpatizantes que estava do lado de fora começou a gritar para tentar acelerar a entrada e tentou arrombar o portão. A polícia reagiu com spray de pimenta, que atingiu outros apoiadores e jornalistas.

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Caixão com o corpo de Fernando Villavicencio chega a cemitério em Quito, 11 de agosto de 2023. Foto: AP Foto/Carlos Noriega

Gritos contra o ex-presidente Rafael Correa foram constantes durante o velório. O candidato era um crítico ferrenho do “correismo”, que continua sendo uma das principais forças políticas do país mesmo depois do líder ter sido condenado por corrupção.

“Meu pai colocou sobre si todo o peso da corrupção de um país, mas vejo que ele não está sozinho”, disse a filha Tamia Villavicencio durante a despedida.

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Apoiadores do político também apontaram as falhas do Estado equatoriano. “É um crime político e um crime de Estado. Quando o Estado não protege, o Estado é culpado”, declarou a apoiadora María Beatriz Tinajero.

Flores deixadas na porta do cemitério durante o funeral do candidato à presidência assassinado Fernando Villavicencio, Quito, Equador, 11 de agosto de 2023. Foto: AP Foto/Dolores Ochoa

Partido nomeia substituto

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A pouco mais de semana da eleição, o partido de Fernando Villavicencio confirmou neste sábado que ele será substituído pela candidata à vice Andrea González Nader. Se o Conselho Nacional Eleitoral aceitar a nomeação, ela já poderá participar no debate no domingo.

“Andrea González Náder foi a pessoa escolhida por Fernando Villavicencio e pelo movimento Construye para substituir o presidente em caso de ausência”, afirmou o partido político. “Em coerência com isto, será inscrita como candidata à presidência da República do Equador”, acrescentou.

O partido, que assumiu a missão de decidir quem herdará os votos do candidato assassinado, disse que outros nomes foram cogitados, mas não tiveram aprovação.

Quem vencer a eleição vai completar o mandato 2021-2025, interrompido pela invocação, mecanismo conhecido como “morte cruzada” pelo atual presidente Guillermo Lassso, que dissolveu o congresso e antecipou as eleições no meio de um processo de impeachment./EFE e AFP

O Equador realizou neste sábado, 12, uma operação no sistema penitenciário em resposta à morte do candidato à presidência Fernando Villavicencio. Milhares de policiais fortemente armados em carros blindados transferiram para um presídio de segurança máxima o homem que é apontado como chefe da facção Los Choneros, uma das mais perigosas do país.

Embora outra gang tenha reivindicado a autoria do ataque ao político, Adolfo Macías, conhecido como Fito, é acusado de ter feito ameaças ao presidenciável uma semana antes do crime. Nas redes sociais, o presidente Guillermo Lasso prometeu que o Equador “vai recuperar a paz e a segurança”. A publicação mostra uma foto do momento em que o chefe da facção é conduzido pelos policiais, outra foto de detentos deitados no chão e um vídeo da operação com blindados.

“Fito” cumpre pena de 34 anos de prisão por acusações de crime organizado, tráfico de drogas e homicídio. Ele é apontado como líder da facção Los Choneros (filial do mexicano Cartel de Sinaloa) e voltou aos noticiários com o assassinato do presidenciável Fernando Villavicencio.

Uma semana antes do crime, o político havia denunciado ameaças da gang. Ao programa Vis a Vis ele relatou que foi abordado por um enviado de “Fito” na região que é berço da facção criminosa “para dizer que ser eu continuar falando de Los Choneros, vão me quebrar [assassinar]”, relatou o candidato, que ganhou notoriedade por desafiar o crime organizado e denunciar casos de corrupção no Equador.

A autoria do assassinato foi assumida em vídeo por um grupo de homens encapuzados que se diziam integrantes de outra gang conhecida como Los Lobos. Um dos criminosos morreu em troca de tiros com os seguranças de Villavicencio. Outras seis pessoas, todas colombianas, foram presas.

As autoridades ainda não confirmaram quem está por trás da ordem para matar o candidato. O presidente Guillermo Lasso se limitou a dizer que Fernando Villavicencio foi morto pelo crime organizado.

Blindados deixam presídio no Equador em operação depois da morte de candidato à presidência, 12 de agosto de 2023. Foto: AP Photo/Cesar Munoz

Equador se despede de político morto

Na sexta-feira, o Equador se despediu do político em uma cerimônia tumultuada, marcada por disputas familiares. Parentes próximos do candidato, incluindo a mãe, reclamaram que foram impedidos pela mulher de Villavicencio de participar do velório privado. Depois da cerimônia particular, o corpo foi levado em um cortejo discreto para o velório aberto.

Mais uma vez, houve confusão quando um grupo de simpatizantes que estava do lado de fora começou a gritar para tentar acelerar a entrada e tentou arrombar o portão. A polícia reagiu com spray de pimenta, que atingiu outros apoiadores e jornalistas.

Caixão com o corpo de Fernando Villavicencio chega a cemitério em Quito, 11 de agosto de 2023. Foto: AP Foto/Carlos Noriega

Gritos contra o ex-presidente Rafael Correa foram constantes durante o velório. O candidato era um crítico ferrenho do “correismo”, que continua sendo uma das principais forças políticas do país mesmo depois do líder ter sido condenado por corrupção.

“Meu pai colocou sobre si todo o peso da corrupção de um país, mas vejo que ele não está sozinho”, disse a filha Tamia Villavicencio durante a despedida.

Apoiadores do político também apontaram as falhas do Estado equatoriano. “É um crime político e um crime de Estado. Quando o Estado não protege, o Estado é culpado”, declarou a apoiadora María Beatriz Tinajero.

Flores deixadas na porta do cemitério durante o funeral do candidato à presidência assassinado Fernando Villavicencio, Quito, Equador, 11 de agosto de 2023. Foto: AP Foto/Dolores Ochoa

Partido nomeia substituto

A pouco mais de semana da eleição, o partido de Fernando Villavicencio confirmou neste sábado que ele será substituído pela candidata à vice Andrea González Nader. Se o Conselho Nacional Eleitoral aceitar a nomeação, ela já poderá participar no debate no domingo.

“Andrea González Náder foi a pessoa escolhida por Fernando Villavicencio e pelo movimento Construye para substituir o presidente em caso de ausência”, afirmou o partido político. “Em coerência com isto, será inscrita como candidata à presidência da República do Equador”, acrescentou.

O partido, que assumiu a missão de decidir quem herdará os votos do candidato assassinado, disse que outros nomes foram cogitados, mas não tiveram aprovação.

Quem vencer a eleição vai completar o mandato 2021-2025, interrompido pela invocação, mecanismo conhecido como “morte cruzada” pelo atual presidente Guillermo Lassso, que dissolveu o congresso e antecipou as eleições no meio de um processo de impeachment./EFE e AFP

O Equador realizou neste sábado, 12, uma operação no sistema penitenciário em resposta à morte do candidato à presidência Fernando Villavicencio. Milhares de policiais fortemente armados em carros blindados transferiram para um presídio de segurança máxima o homem que é apontado como chefe da facção Los Choneros, uma das mais perigosas do país.

Embora outra gang tenha reivindicado a autoria do ataque ao político, Adolfo Macías, conhecido como Fito, é acusado de ter feito ameaças ao presidenciável uma semana antes do crime. Nas redes sociais, o presidente Guillermo Lasso prometeu que o Equador “vai recuperar a paz e a segurança”. A publicação mostra uma foto do momento em que o chefe da facção é conduzido pelos policiais, outra foto de detentos deitados no chão e um vídeo da operação com blindados.

“Fito” cumpre pena de 34 anos de prisão por acusações de crime organizado, tráfico de drogas e homicídio. Ele é apontado como líder da facção Los Choneros (filial do mexicano Cartel de Sinaloa) e voltou aos noticiários com o assassinato do presidenciável Fernando Villavicencio.

Uma semana antes do crime, o político havia denunciado ameaças da gang. Ao programa Vis a Vis ele relatou que foi abordado por um enviado de “Fito” na região que é berço da facção criminosa “para dizer que ser eu continuar falando de Los Choneros, vão me quebrar [assassinar]”, relatou o candidato, que ganhou notoriedade por desafiar o crime organizado e denunciar casos de corrupção no Equador.

A autoria do assassinato foi assumida em vídeo por um grupo de homens encapuzados que se diziam integrantes de outra gang conhecida como Los Lobos. Um dos criminosos morreu em troca de tiros com os seguranças de Villavicencio. Outras seis pessoas, todas colombianas, foram presas.

As autoridades ainda não confirmaram quem está por trás da ordem para matar o candidato. O presidente Guillermo Lasso se limitou a dizer que Fernando Villavicencio foi morto pelo crime organizado.

Blindados deixam presídio no Equador em operação depois da morte de candidato à presidência, 12 de agosto de 2023. Foto: AP Photo/Cesar Munoz

Equador se despede de político morto

Na sexta-feira, o Equador se despediu do político em uma cerimônia tumultuada, marcada por disputas familiares. Parentes próximos do candidato, incluindo a mãe, reclamaram que foram impedidos pela mulher de Villavicencio de participar do velório privado. Depois da cerimônia particular, o corpo foi levado em um cortejo discreto para o velório aberto.

Mais uma vez, houve confusão quando um grupo de simpatizantes que estava do lado de fora começou a gritar para tentar acelerar a entrada e tentou arrombar o portão. A polícia reagiu com spray de pimenta, que atingiu outros apoiadores e jornalistas.

Caixão com o corpo de Fernando Villavicencio chega a cemitério em Quito, 11 de agosto de 2023. Foto: AP Foto/Carlos Noriega

Gritos contra o ex-presidente Rafael Correa foram constantes durante o velório. O candidato era um crítico ferrenho do “correismo”, que continua sendo uma das principais forças políticas do país mesmo depois do líder ter sido condenado por corrupção.

“Meu pai colocou sobre si todo o peso da corrupção de um país, mas vejo que ele não está sozinho”, disse a filha Tamia Villavicencio durante a despedida.

Apoiadores do político também apontaram as falhas do Estado equatoriano. “É um crime político e um crime de Estado. Quando o Estado não protege, o Estado é culpado”, declarou a apoiadora María Beatriz Tinajero.

Flores deixadas na porta do cemitério durante o funeral do candidato à presidência assassinado Fernando Villavicencio, Quito, Equador, 11 de agosto de 2023. Foto: AP Foto/Dolores Ochoa

Partido nomeia substituto

A pouco mais de semana da eleição, o partido de Fernando Villavicencio confirmou neste sábado que ele será substituído pela candidata à vice Andrea González Nader. Se o Conselho Nacional Eleitoral aceitar a nomeação, ela já poderá participar no debate no domingo.

“Andrea González Náder foi a pessoa escolhida por Fernando Villavicencio e pelo movimento Construye para substituir o presidente em caso de ausência”, afirmou o partido político. “Em coerência com isto, será inscrita como candidata à presidência da República do Equador”, acrescentou.

O partido, que assumiu a missão de decidir quem herdará os votos do candidato assassinado, disse que outros nomes foram cogitados, mas não tiveram aprovação.

Quem vencer a eleição vai completar o mandato 2021-2025, interrompido pela invocação, mecanismo conhecido como “morte cruzada” pelo atual presidente Guillermo Lassso, que dissolveu o congresso e antecipou as eleições no meio de um processo de impeachment./EFE e AFP

O Equador realizou neste sábado, 12, uma operação no sistema penitenciário em resposta à morte do candidato à presidência Fernando Villavicencio. Milhares de policiais fortemente armados em carros blindados transferiram para um presídio de segurança máxima o homem que é apontado como chefe da facção Los Choneros, uma das mais perigosas do país.

Embora outra gang tenha reivindicado a autoria do ataque ao político, Adolfo Macías, conhecido como Fito, é acusado de ter feito ameaças ao presidenciável uma semana antes do crime. Nas redes sociais, o presidente Guillermo Lasso prometeu que o Equador “vai recuperar a paz e a segurança”. A publicação mostra uma foto do momento em que o chefe da facção é conduzido pelos policiais, outra foto de detentos deitados no chão e um vídeo da operação com blindados.

“Fito” cumpre pena de 34 anos de prisão por acusações de crime organizado, tráfico de drogas e homicídio. Ele é apontado como líder da facção Los Choneros (filial do mexicano Cartel de Sinaloa) e voltou aos noticiários com o assassinato do presidenciável Fernando Villavicencio.

Uma semana antes do crime, o político havia denunciado ameaças da gang. Ao programa Vis a Vis ele relatou que foi abordado por um enviado de “Fito” na região que é berço da facção criminosa “para dizer que ser eu continuar falando de Los Choneros, vão me quebrar [assassinar]”, relatou o candidato, que ganhou notoriedade por desafiar o crime organizado e denunciar casos de corrupção no Equador.

A autoria do assassinato foi assumida em vídeo por um grupo de homens encapuzados que se diziam integrantes de outra gang conhecida como Los Lobos. Um dos criminosos morreu em troca de tiros com os seguranças de Villavicencio. Outras seis pessoas, todas colombianas, foram presas.

As autoridades ainda não confirmaram quem está por trás da ordem para matar o candidato. O presidente Guillermo Lasso se limitou a dizer que Fernando Villavicencio foi morto pelo crime organizado.

Blindados deixam presídio no Equador em operação depois da morte de candidato à presidência, 12 de agosto de 2023. Foto: AP Photo/Cesar Munoz

Equador se despede de político morto

Na sexta-feira, o Equador se despediu do político em uma cerimônia tumultuada, marcada por disputas familiares. Parentes próximos do candidato, incluindo a mãe, reclamaram que foram impedidos pela mulher de Villavicencio de participar do velório privado. Depois da cerimônia particular, o corpo foi levado em um cortejo discreto para o velório aberto.

Mais uma vez, houve confusão quando um grupo de simpatizantes que estava do lado de fora começou a gritar para tentar acelerar a entrada e tentou arrombar o portão. A polícia reagiu com spray de pimenta, que atingiu outros apoiadores e jornalistas.

Caixão com o corpo de Fernando Villavicencio chega a cemitério em Quito, 11 de agosto de 2023. Foto: AP Foto/Carlos Noriega

Gritos contra o ex-presidente Rafael Correa foram constantes durante o velório. O candidato era um crítico ferrenho do “correismo”, que continua sendo uma das principais forças políticas do país mesmo depois do líder ter sido condenado por corrupção.

“Meu pai colocou sobre si todo o peso da corrupção de um país, mas vejo que ele não está sozinho”, disse a filha Tamia Villavicencio durante a despedida.

Apoiadores do político também apontaram as falhas do Estado equatoriano. “É um crime político e um crime de Estado. Quando o Estado não protege, o Estado é culpado”, declarou a apoiadora María Beatriz Tinajero.

Flores deixadas na porta do cemitério durante o funeral do candidato à presidência assassinado Fernando Villavicencio, Quito, Equador, 11 de agosto de 2023. Foto: AP Foto/Dolores Ochoa

Partido nomeia substituto

A pouco mais de semana da eleição, o partido de Fernando Villavicencio confirmou neste sábado que ele será substituído pela candidata à vice Andrea González Nader. Se o Conselho Nacional Eleitoral aceitar a nomeação, ela já poderá participar no debate no domingo.

“Andrea González Náder foi a pessoa escolhida por Fernando Villavicencio e pelo movimento Construye para substituir o presidente em caso de ausência”, afirmou o partido político. “Em coerência com isto, será inscrita como candidata à presidência da República do Equador”, acrescentou.

O partido, que assumiu a missão de decidir quem herdará os votos do candidato assassinado, disse que outros nomes foram cogitados, mas não tiveram aprovação.

Quem vencer a eleição vai completar o mandato 2021-2025, interrompido pela invocação, mecanismo conhecido como “morte cruzada” pelo atual presidente Guillermo Lassso, que dissolveu o congresso e antecipou as eleições no meio de um processo de impeachment./EFE e AFP

O Equador realizou neste sábado, 12, uma operação no sistema penitenciário em resposta à morte do candidato à presidência Fernando Villavicencio. Milhares de policiais fortemente armados em carros blindados transferiram para um presídio de segurança máxima o homem que é apontado como chefe da facção Los Choneros, uma das mais perigosas do país.

Embora outra gang tenha reivindicado a autoria do ataque ao político, Adolfo Macías, conhecido como Fito, é acusado de ter feito ameaças ao presidenciável uma semana antes do crime. Nas redes sociais, o presidente Guillermo Lasso prometeu que o Equador “vai recuperar a paz e a segurança”. A publicação mostra uma foto do momento em que o chefe da facção é conduzido pelos policiais, outra foto de detentos deitados no chão e um vídeo da operação com blindados.

“Fito” cumpre pena de 34 anos de prisão por acusações de crime organizado, tráfico de drogas e homicídio. Ele é apontado como líder da facção Los Choneros (filial do mexicano Cartel de Sinaloa) e voltou aos noticiários com o assassinato do presidenciável Fernando Villavicencio.

Uma semana antes do crime, o político havia denunciado ameaças da gang. Ao programa Vis a Vis ele relatou que foi abordado por um enviado de “Fito” na região que é berço da facção criminosa “para dizer que ser eu continuar falando de Los Choneros, vão me quebrar [assassinar]”, relatou o candidato, que ganhou notoriedade por desafiar o crime organizado e denunciar casos de corrupção no Equador.

A autoria do assassinato foi assumida em vídeo por um grupo de homens encapuzados que se diziam integrantes de outra gang conhecida como Los Lobos. Um dos criminosos morreu em troca de tiros com os seguranças de Villavicencio. Outras seis pessoas, todas colombianas, foram presas.

As autoridades ainda não confirmaram quem está por trás da ordem para matar o candidato. O presidente Guillermo Lasso se limitou a dizer que Fernando Villavicencio foi morto pelo crime organizado.

Blindados deixam presídio no Equador em operação depois da morte de candidato à presidência, 12 de agosto de 2023. Foto: AP Photo/Cesar Munoz

Equador se despede de político morto

Na sexta-feira, o Equador se despediu do político em uma cerimônia tumultuada, marcada por disputas familiares. Parentes próximos do candidato, incluindo a mãe, reclamaram que foram impedidos pela mulher de Villavicencio de participar do velório privado. Depois da cerimônia particular, o corpo foi levado em um cortejo discreto para o velório aberto.

Mais uma vez, houve confusão quando um grupo de simpatizantes que estava do lado de fora começou a gritar para tentar acelerar a entrada e tentou arrombar o portão. A polícia reagiu com spray de pimenta, que atingiu outros apoiadores e jornalistas.

Caixão com o corpo de Fernando Villavicencio chega a cemitério em Quito, 11 de agosto de 2023. Foto: AP Foto/Carlos Noriega

Gritos contra o ex-presidente Rafael Correa foram constantes durante o velório. O candidato era um crítico ferrenho do “correismo”, que continua sendo uma das principais forças políticas do país mesmo depois do líder ter sido condenado por corrupção.

“Meu pai colocou sobre si todo o peso da corrupção de um país, mas vejo que ele não está sozinho”, disse a filha Tamia Villavicencio durante a despedida.

Apoiadores do político também apontaram as falhas do Estado equatoriano. “É um crime político e um crime de Estado. Quando o Estado não protege, o Estado é culpado”, declarou a apoiadora María Beatriz Tinajero.

Flores deixadas na porta do cemitério durante o funeral do candidato à presidência assassinado Fernando Villavicencio, Quito, Equador, 11 de agosto de 2023. Foto: AP Foto/Dolores Ochoa

Partido nomeia substituto

A pouco mais de semana da eleição, o partido de Fernando Villavicencio confirmou neste sábado que ele será substituído pela candidata à vice Andrea González Nader. Se o Conselho Nacional Eleitoral aceitar a nomeação, ela já poderá participar no debate no domingo.

“Andrea González Náder foi a pessoa escolhida por Fernando Villavicencio e pelo movimento Construye para substituir o presidente em caso de ausência”, afirmou o partido político. “Em coerência com isto, será inscrita como candidata à presidência da República do Equador”, acrescentou.

O partido, que assumiu a missão de decidir quem herdará os votos do candidato assassinado, disse que outros nomes foram cogitados, mas não tiveram aprovação.

Quem vencer a eleição vai completar o mandato 2021-2025, interrompido pela invocação, mecanismo conhecido como “morte cruzada” pelo atual presidente Guillermo Lassso, que dissolveu o congresso e antecipou as eleições no meio de um processo de impeachment./EFE e AFP

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