Erdogan endurece discurso e dá sinais de que pode bloquear candidatura da Suécia à Otan


Estocolmo tenta aderir a aliança militar, mas Turquia segue bloqueando entrada, apesar dos esforços suecos

Atualização:

ISTAMBUL - Em meio a negociações de alto nível nesta quarta-feira, 14, com o objetivo de superar as diferenças sobre o pedido da Suécia para ingressar na Otan, o presidente Recep Tayyip Erdogan, da Turquia, mostrou poucos sinais publicamente de diminuir sua oposição à adesão da nação nórdica, uma disputa que prejudicou seus laços com aliados ocidentais em meio à guerra na Ucrânia.

As conversas entre Erdogan e altos funcionários da Finlândia, Suécia e Otan foram as primeiras desde que o presidente turco garantiu a reeleição no mês passado. A aliança quer tentar convencer Erdogan a mudar de ideia sobre a proibição da entrada de Estocolmo a Otan.

A reunião terminou à tarde sem uma declaração imediata. Em comentários publicados na mídia turca na quarta-feira, quando a reunião começou, no entanto, Erdogan disse que a Suécia não deve esperar nenhuma mudança na posição da Turquia enquanto protestos pró-curdos continuarem na capital sueca, Estocolmo.

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O presidente turco Recep Tayyip Erdogan, à direita, e o primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, falam à mídia após uma reunião bilateral no palácio presidencial em Ancara, Turquia Foto: Burhan Ozbilici / AP

A Turquia quer uma postura mais dura em relação a ativistas pró-curdos e membros de um grupo religioso ilegal que a Turquia considera terroristas.

“Esta não é uma questão constitucional, não é uma questão legal”, disse Erdogan a repórteres turcos em um voo voltando do Azerbaijão na terça-feira, 13, referindo-se às medidas que a Suécia tomou para lidar com as preocupações da Turquia. “Qual é a utilidade da aplicação da lei?”

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A Suécia e a Finlândia se inscreveram para ingressar na Otan depois que a invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia começou em fevereiro do ano passado, mas a Turquia prejudicou o processo de expansão, acusando as duas nações nórdicas de não levar a sério as preocupações de segurança do país. Em abril, a Turquia permitiu que a Finlândia se juntasse à OTAN, mas até agora se recusou a fazer o mesmo pela Suécia, acusando-a de não atender às demandas da Turquia.

Esforços

A Finlândia e a Suécia alteraram a sua legislação antiterrorista e um pequeno número de pessoas acusadas de crimes na Turquia foi extraditada, mas Erdogan avalia que é preciso fazer mais.

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A Hungria é o único outro membro da Otan que não permitiu a entrada da Suécia. Novos membros da aliança devem ser aceitos por todos os membros.

Os críticos de Erdogan o acusaram de tirar proveito das regras da Otan para contribuir aos interesses internos do presidente turco. Na semana passada, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, renovou seu apelo para que a Turquia deixe a Suécia ingressar na aliança depois de não conseguir avançar nas negociações em Istambul.

Integrantes do governo turco participam de reunião com integrantes da delegação de Otan, Finlândia e Suécia nesta quarta-feira, 14, em Ancara  Foto: Ahmet Okur / AP
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“A Suécia cumpriu suas obrigações”, disse Stoltenberg, acrescentando que suspendeu o embargo de armas à Turquia, fortaleceu sua legislação antiterrorismo e alterou sua constituição.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que tratou do assunto com Erdogan durante uma ligação no mês passado para parabenizá-lo por sua vitória presidencial. “Eu disse a ele que queríamos um acordo com a Suécia”, apontou Biden a repórteres na Casa Branca.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, conversa com jornalistas em uma coletiva de imprensa no escritório da Otan em Bruxelas, Bélgica  Foto: Virginia Mayo/ AP
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Alguns analistas apontam que Erdogan defendeu a expansão da Otan para mostrar seu poder no cenário mundial, como uma forma de atrair os eleitores nacionalistas nas vésperas da eleição. Mas antes de suas declarações nesta quarta-feira, ele havia falado pouco sobre o assunto desde sua vitória em 28 de maio.

Também participaram da reunião de quarta-feira o assessor de Erdogan, Akif Cagatay Kilic, Stian Jenssen, diretor do escritório do secretário-geral da Otan, o secretário de relações exteriores da Suécia, Jan Knutsson, e Jukka Salovaara, secretário de relações exteriores da Finlândia.

A reunião, na capital turca, Ancara, foi a mais recente de um chamado mecanismo conjunto permanente criado para abordar as preocupações da Turquia sobre a Finlândia e a Suécia. O grupo se reuniu pela última vez em março na sede da Otan em Bruxelas.

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Finlândia

A Finlândia finalizou o seu processo de entrada na aliança militar em abril, se tornando o 31.º integrante da Otan.

Com a entrada da Helsinque, uma consequência direta da invasão russa ao território da Ucrânia, a Otan passa a ter 1.300 quilômetros de fronteira direta com a Rússia. O país apresenta à Otan um contingente de 280 mil soldados e um dos maiores arsenais de artilharia na Europa./NY Times

ISTAMBUL - Em meio a negociações de alto nível nesta quarta-feira, 14, com o objetivo de superar as diferenças sobre o pedido da Suécia para ingressar na Otan, o presidente Recep Tayyip Erdogan, da Turquia, mostrou poucos sinais publicamente de diminuir sua oposição à adesão da nação nórdica, uma disputa que prejudicou seus laços com aliados ocidentais em meio à guerra na Ucrânia.

As conversas entre Erdogan e altos funcionários da Finlândia, Suécia e Otan foram as primeiras desde que o presidente turco garantiu a reeleição no mês passado. A aliança quer tentar convencer Erdogan a mudar de ideia sobre a proibição da entrada de Estocolmo a Otan.

A reunião terminou à tarde sem uma declaração imediata. Em comentários publicados na mídia turca na quarta-feira, quando a reunião começou, no entanto, Erdogan disse que a Suécia não deve esperar nenhuma mudança na posição da Turquia enquanto protestos pró-curdos continuarem na capital sueca, Estocolmo.

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan, à direita, e o primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, falam à mídia após uma reunião bilateral no palácio presidencial em Ancara, Turquia Foto: Burhan Ozbilici / AP

A Turquia quer uma postura mais dura em relação a ativistas pró-curdos e membros de um grupo religioso ilegal que a Turquia considera terroristas.

“Esta não é uma questão constitucional, não é uma questão legal”, disse Erdogan a repórteres turcos em um voo voltando do Azerbaijão na terça-feira, 13, referindo-se às medidas que a Suécia tomou para lidar com as preocupações da Turquia. “Qual é a utilidade da aplicação da lei?”

A Suécia e a Finlândia se inscreveram para ingressar na Otan depois que a invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia começou em fevereiro do ano passado, mas a Turquia prejudicou o processo de expansão, acusando as duas nações nórdicas de não levar a sério as preocupações de segurança do país. Em abril, a Turquia permitiu que a Finlândia se juntasse à OTAN, mas até agora se recusou a fazer o mesmo pela Suécia, acusando-a de não atender às demandas da Turquia.

Esforços

A Finlândia e a Suécia alteraram a sua legislação antiterrorista e um pequeno número de pessoas acusadas de crimes na Turquia foi extraditada, mas Erdogan avalia que é preciso fazer mais.

A Hungria é o único outro membro da Otan que não permitiu a entrada da Suécia. Novos membros da aliança devem ser aceitos por todos os membros.

Os críticos de Erdogan o acusaram de tirar proveito das regras da Otan para contribuir aos interesses internos do presidente turco. Na semana passada, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, renovou seu apelo para que a Turquia deixe a Suécia ingressar na aliança depois de não conseguir avançar nas negociações em Istambul.

Integrantes do governo turco participam de reunião com integrantes da delegação de Otan, Finlândia e Suécia nesta quarta-feira, 14, em Ancara  Foto: Ahmet Okur / AP

“A Suécia cumpriu suas obrigações”, disse Stoltenberg, acrescentando que suspendeu o embargo de armas à Turquia, fortaleceu sua legislação antiterrorismo e alterou sua constituição.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que tratou do assunto com Erdogan durante uma ligação no mês passado para parabenizá-lo por sua vitória presidencial. “Eu disse a ele que queríamos um acordo com a Suécia”, apontou Biden a repórteres na Casa Branca.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, conversa com jornalistas em uma coletiva de imprensa no escritório da Otan em Bruxelas, Bélgica  Foto: Virginia Mayo/ AP

Alguns analistas apontam que Erdogan defendeu a expansão da Otan para mostrar seu poder no cenário mundial, como uma forma de atrair os eleitores nacionalistas nas vésperas da eleição. Mas antes de suas declarações nesta quarta-feira, ele havia falado pouco sobre o assunto desde sua vitória em 28 de maio.

Também participaram da reunião de quarta-feira o assessor de Erdogan, Akif Cagatay Kilic, Stian Jenssen, diretor do escritório do secretário-geral da Otan, o secretário de relações exteriores da Suécia, Jan Knutsson, e Jukka Salovaara, secretário de relações exteriores da Finlândia.

A reunião, na capital turca, Ancara, foi a mais recente de um chamado mecanismo conjunto permanente criado para abordar as preocupações da Turquia sobre a Finlândia e a Suécia. O grupo se reuniu pela última vez em março na sede da Otan em Bruxelas.

Finlândia

A Finlândia finalizou o seu processo de entrada na aliança militar em abril, se tornando o 31.º integrante da Otan.

Com a entrada da Helsinque, uma consequência direta da invasão russa ao território da Ucrânia, a Otan passa a ter 1.300 quilômetros de fronteira direta com a Rússia. O país apresenta à Otan um contingente de 280 mil soldados e um dos maiores arsenais de artilharia na Europa./NY Times

ISTAMBUL - Em meio a negociações de alto nível nesta quarta-feira, 14, com o objetivo de superar as diferenças sobre o pedido da Suécia para ingressar na Otan, o presidente Recep Tayyip Erdogan, da Turquia, mostrou poucos sinais publicamente de diminuir sua oposição à adesão da nação nórdica, uma disputa que prejudicou seus laços com aliados ocidentais em meio à guerra na Ucrânia.

As conversas entre Erdogan e altos funcionários da Finlândia, Suécia e Otan foram as primeiras desde que o presidente turco garantiu a reeleição no mês passado. A aliança quer tentar convencer Erdogan a mudar de ideia sobre a proibição da entrada de Estocolmo a Otan.

A reunião terminou à tarde sem uma declaração imediata. Em comentários publicados na mídia turca na quarta-feira, quando a reunião começou, no entanto, Erdogan disse que a Suécia não deve esperar nenhuma mudança na posição da Turquia enquanto protestos pró-curdos continuarem na capital sueca, Estocolmo.

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan, à direita, e o primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, falam à mídia após uma reunião bilateral no palácio presidencial em Ancara, Turquia Foto: Burhan Ozbilici / AP

A Turquia quer uma postura mais dura em relação a ativistas pró-curdos e membros de um grupo religioso ilegal que a Turquia considera terroristas.

“Esta não é uma questão constitucional, não é uma questão legal”, disse Erdogan a repórteres turcos em um voo voltando do Azerbaijão na terça-feira, 13, referindo-se às medidas que a Suécia tomou para lidar com as preocupações da Turquia. “Qual é a utilidade da aplicação da lei?”

A Suécia e a Finlândia se inscreveram para ingressar na Otan depois que a invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia começou em fevereiro do ano passado, mas a Turquia prejudicou o processo de expansão, acusando as duas nações nórdicas de não levar a sério as preocupações de segurança do país. Em abril, a Turquia permitiu que a Finlândia se juntasse à OTAN, mas até agora se recusou a fazer o mesmo pela Suécia, acusando-a de não atender às demandas da Turquia.

Esforços

A Finlândia e a Suécia alteraram a sua legislação antiterrorista e um pequeno número de pessoas acusadas de crimes na Turquia foi extraditada, mas Erdogan avalia que é preciso fazer mais.

A Hungria é o único outro membro da Otan que não permitiu a entrada da Suécia. Novos membros da aliança devem ser aceitos por todos os membros.

Os críticos de Erdogan o acusaram de tirar proveito das regras da Otan para contribuir aos interesses internos do presidente turco. Na semana passada, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, renovou seu apelo para que a Turquia deixe a Suécia ingressar na aliança depois de não conseguir avançar nas negociações em Istambul.

Integrantes do governo turco participam de reunião com integrantes da delegação de Otan, Finlândia e Suécia nesta quarta-feira, 14, em Ancara  Foto: Ahmet Okur / AP

“A Suécia cumpriu suas obrigações”, disse Stoltenberg, acrescentando que suspendeu o embargo de armas à Turquia, fortaleceu sua legislação antiterrorismo e alterou sua constituição.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que tratou do assunto com Erdogan durante uma ligação no mês passado para parabenizá-lo por sua vitória presidencial. “Eu disse a ele que queríamos um acordo com a Suécia”, apontou Biden a repórteres na Casa Branca.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, conversa com jornalistas em uma coletiva de imprensa no escritório da Otan em Bruxelas, Bélgica  Foto: Virginia Mayo/ AP

Alguns analistas apontam que Erdogan defendeu a expansão da Otan para mostrar seu poder no cenário mundial, como uma forma de atrair os eleitores nacionalistas nas vésperas da eleição. Mas antes de suas declarações nesta quarta-feira, ele havia falado pouco sobre o assunto desde sua vitória em 28 de maio.

Também participaram da reunião de quarta-feira o assessor de Erdogan, Akif Cagatay Kilic, Stian Jenssen, diretor do escritório do secretário-geral da Otan, o secretário de relações exteriores da Suécia, Jan Knutsson, e Jukka Salovaara, secretário de relações exteriores da Finlândia.

A reunião, na capital turca, Ancara, foi a mais recente de um chamado mecanismo conjunto permanente criado para abordar as preocupações da Turquia sobre a Finlândia e a Suécia. O grupo se reuniu pela última vez em março na sede da Otan em Bruxelas.

Finlândia

A Finlândia finalizou o seu processo de entrada na aliança militar em abril, se tornando o 31.º integrante da Otan.

Com a entrada da Helsinque, uma consequência direta da invasão russa ao território da Ucrânia, a Otan passa a ter 1.300 quilômetros de fronteira direta com a Rússia. O país apresenta à Otan um contingente de 280 mil soldados e um dos maiores arsenais de artilharia na Europa./NY Times

ISTAMBUL - Em meio a negociações de alto nível nesta quarta-feira, 14, com o objetivo de superar as diferenças sobre o pedido da Suécia para ingressar na Otan, o presidente Recep Tayyip Erdogan, da Turquia, mostrou poucos sinais publicamente de diminuir sua oposição à adesão da nação nórdica, uma disputa que prejudicou seus laços com aliados ocidentais em meio à guerra na Ucrânia.

As conversas entre Erdogan e altos funcionários da Finlândia, Suécia e Otan foram as primeiras desde que o presidente turco garantiu a reeleição no mês passado. A aliança quer tentar convencer Erdogan a mudar de ideia sobre a proibição da entrada de Estocolmo a Otan.

A reunião terminou à tarde sem uma declaração imediata. Em comentários publicados na mídia turca na quarta-feira, quando a reunião começou, no entanto, Erdogan disse que a Suécia não deve esperar nenhuma mudança na posição da Turquia enquanto protestos pró-curdos continuarem na capital sueca, Estocolmo.

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan, à direita, e o primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, falam à mídia após uma reunião bilateral no palácio presidencial em Ancara, Turquia Foto: Burhan Ozbilici / AP

A Turquia quer uma postura mais dura em relação a ativistas pró-curdos e membros de um grupo religioso ilegal que a Turquia considera terroristas.

“Esta não é uma questão constitucional, não é uma questão legal”, disse Erdogan a repórteres turcos em um voo voltando do Azerbaijão na terça-feira, 13, referindo-se às medidas que a Suécia tomou para lidar com as preocupações da Turquia. “Qual é a utilidade da aplicação da lei?”

A Suécia e a Finlândia se inscreveram para ingressar na Otan depois que a invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia começou em fevereiro do ano passado, mas a Turquia prejudicou o processo de expansão, acusando as duas nações nórdicas de não levar a sério as preocupações de segurança do país. Em abril, a Turquia permitiu que a Finlândia se juntasse à OTAN, mas até agora se recusou a fazer o mesmo pela Suécia, acusando-a de não atender às demandas da Turquia.

Esforços

A Finlândia e a Suécia alteraram a sua legislação antiterrorista e um pequeno número de pessoas acusadas de crimes na Turquia foi extraditada, mas Erdogan avalia que é preciso fazer mais.

A Hungria é o único outro membro da Otan que não permitiu a entrada da Suécia. Novos membros da aliança devem ser aceitos por todos os membros.

Os críticos de Erdogan o acusaram de tirar proveito das regras da Otan para contribuir aos interesses internos do presidente turco. Na semana passada, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, renovou seu apelo para que a Turquia deixe a Suécia ingressar na aliança depois de não conseguir avançar nas negociações em Istambul.

Integrantes do governo turco participam de reunião com integrantes da delegação de Otan, Finlândia e Suécia nesta quarta-feira, 14, em Ancara  Foto: Ahmet Okur / AP

“A Suécia cumpriu suas obrigações”, disse Stoltenberg, acrescentando que suspendeu o embargo de armas à Turquia, fortaleceu sua legislação antiterrorismo e alterou sua constituição.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que tratou do assunto com Erdogan durante uma ligação no mês passado para parabenizá-lo por sua vitória presidencial. “Eu disse a ele que queríamos um acordo com a Suécia”, apontou Biden a repórteres na Casa Branca.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, conversa com jornalistas em uma coletiva de imprensa no escritório da Otan em Bruxelas, Bélgica  Foto: Virginia Mayo/ AP

Alguns analistas apontam que Erdogan defendeu a expansão da Otan para mostrar seu poder no cenário mundial, como uma forma de atrair os eleitores nacionalistas nas vésperas da eleição. Mas antes de suas declarações nesta quarta-feira, ele havia falado pouco sobre o assunto desde sua vitória em 28 de maio.

Também participaram da reunião de quarta-feira o assessor de Erdogan, Akif Cagatay Kilic, Stian Jenssen, diretor do escritório do secretário-geral da Otan, o secretário de relações exteriores da Suécia, Jan Knutsson, e Jukka Salovaara, secretário de relações exteriores da Finlândia.

A reunião, na capital turca, Ancara, foi a mais recente de um chamado mecanismo conjunto permanente criado para abordar as preocupações da Turquia sobre a Finlândia e a Suécia. O grupo se reuniu pela última vez em março na sede da Otan em Bruxelas.

Finlândia

A Finlândia finalizou o seu processo de entrada na aliança militar em abril, se tornando o 31.º integrante da Otan.

Com a entrada da Helsinque, uma consequência direta da invasão russa ao território da Ucrânia, a Otan passa a ter 1.300 quilômetros de fronteira direta com a Rússia. O país apresenta à Otan um contingente de 280 mil soldados e um dos maiores arsenais de artilharia na Europa./NY Times

ISTAMBUL - Em meio a negociações de alto nível nesta quarta-feira, 14, com o objetivo de superar as diferenças sobre o pedido da Suécia para ingressar na Otan, o presidente Recep Tayyip Erdogan, da Turquia, mostrou poucos sinais publicamente de diminuir sua oposição à adesão da nação nórdica, uma disputa que prejudicou seus laços com aliados ocidentais em meio à guerra na Ucrânia.

As conversas entre Erdogan e altos funcionários da Finlândia, Suécia e Otan foram as primeiras desde que o presidente turco garantiu a reeleição no mês passado. A aliança quer tentar convencer Erdogan a mudar de ideia sobre a proibição da entrada de Estocolmo a Otan.

A reunião terminou à tarde sem uma declaração imediata. Em comentários publicados na mídia turca na quarta-feira, quando a reunião começou, no entanto, Erdogan disse que a Suécia não deve esperar nenhuma mudança na posição da Turquia enquanto protestos pró-curdos continuarem na capital sueca, Estocolmo.

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan, à direita, e o primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, falam à mídia após uma reunião bilateral no palácio presidencial em Ancara, Turquia Foto: Burhan Ozbilici / AP

A Turquia quer uma postura mais dura em relação a ativistas pró-curdos e membros de um grupo religioso ilegal que a Turquia considera terroristas.

“Esta não é uma questão constitucional, não é uma questão legal”, disse Erdogan a repórteres turcos em um voo voltando do Azerbaijão na terça-feira, 13, referindo-se às medidas que a Suécia tomou para lidar com as preocupações da Turquia. “Qual é a utilidade da aplicação da lei?”

A Suécia e a Finlândia se inscreveram para ingressar na Otan depois que a invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia começou em fevereiro do ano passado, mas a Turquia prejudicou o processo de expansão, acusando as duas nações nórdicas de não levar a sério as preocupações de segurança do país. Em abril, a Turquia permitiu que a Finlândia se juntasse à OTAN, mas até agora se recusou a fazer o mesmo pela Suécia, acusando-a de não atender às demandas da Turquia.

Esforços

A Finlândia e a Suécia alteraram a sua legislação antiterrorista e um pequeno número de pessoas acusadas de crimes na Turquia foi extraditada, mas Erdogan avalia que é preciso fazer mais.

A Hungria é o único outro membro da Otan que não permitiu a entrada da Suécia. Novos membros da aliança devem ser aceitos por todos os membros.

Os críticos de Erdogan o acusaram de tirar proveito das regras da Otan para contribuir aos interesses internos do presidente turco. Na semana passada, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, renovou seu apelo para que a Turquia deixe a Suécia ingressar na aliança depois de não conseguir avançar nas negociações em Istambul.

Integrantes do governo turco participam de reunião com integrantes da delegação de Otan, Finlândia e Suécia nesta quarta-feira, 14, em Ancara  Foto: Ahmet Okur / AP

“A Suécia cumpriu suas obrigações”, disse Stoltenberg, acrescentando que suspendeu o embargo de armas à Turquia, fortaleceu sua legislação antiterrorismo e alterou sua constituição.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que tratou do assunto com Erdogan durante uma ligação no mês passado para parabenizá-lo por sua vitória presidencial. “Eu disse a ele que queríamos um acordo com a Suécia”, apontou Biden a repórteres na Casa Branca.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, conversa com jornalistas em uma coletiva de imprensa no escritório da Otan em Bruxelas, Bélgica  Foto: Virginia Mayo/ AP

Alguns analistas apontam que Erdogan defendeu a expansão da Otan para mostrar seu poder no cenário mundial, como uma forma de atrair os eleitores nacionalistas nas vésperas da eleição. Mas antes de suas declarações nesta quarta-feira, ele havia falado pouco sobre o assunto desde sua vitória em 28 de maio.

Também participaram da reunião de quarta-feira o assessor de Erdogan, Akif Cagatay Kilic, Stian Jenssen, diretor do escritório do secretário-geral da Otan, o secretário de relações exteriores da Suécia, Jan Knutsson, e Jukka Salovaara, secretário de relações exteriores da Finlândia.

A reunião, na capital turca, Ancara, foi a mais recente de um chamado mecanismo conjunto permanente criado para abordar as preocupações da Turquia sobre a Finlândia e a Suécia. O grupo se reuniu pela última vez em março na sede da Otan em Bruxelas.

Finlândia

A Finlândia finalizou o seu processo de entrada na aliança militar em abril, se tornando o 31.º integrante da Otan.

Com a entrada da Helsinque, uma consequência direta da invasão russa ao território da Ucrânia, a Otan passa a ter 1.300 quilômetros de fronteira direta com a Rússia. O país apresenta à Otan um contingente de 280 mil soldados e um dos maiores arsenais de artilharia na Europa./NY Times

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