Escolha de novo premiê britânico aumenta crise causada pelo Brexit 


Ex-chanceler Boris Johnson é favorito para vencer hoje eleição como líder do Partido Conservador e sucessor de Theresa May, uma vitória que aproxima o Reino Unido de uma saída da UE sem acordo e seria catastrófica para a economia do país 

Por Redação

LONDRES - O Partido Conservador elege nesta terça-feira, 23, seu novo líder e sucessor de Theresa May no cargo de premiê. O provável vencedor é o ex-chanceler Boris Johnson, um intransigente defensor do Brexit. Mas a escolha, que era para dar estabilidade política ao Reino Unido, tende a agravar a crise causada pela decisão do país de sair da União Europeia.

Favorito nas pesquisas, Johnson já lida com dificuldades internas e desacordos sobre sua estratégia sobre o Brexit. Personagem excêntrico, o ex-chanceler provoca animosidade entre os opositores do Brexit, muitos dos quais consideram que seu apoio à saída da UE, em 2016, serviu apenas como instrumento de suas ambições pessoais. 

Imagem de arquivo de Boris Johnson como prefeito de Londres Foto: LEON NEAL / AFP
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O Brexit estava programado inicialmente para 29 de março, mas foi adiado para 31 de outubro. O primeiro grande problema do novo premiê é ser capaz de manter a maioria no Parlamento de 650 membros. May governou graças ao apoio dos dez deputados do Partido Unionista Democrático (DUP, na sigla em inglês), que defendem a união da Irlanda do Norte com o Reino Unido. 

A saída da UE criou um problema aparentemente sem solução. Ao deixar o mercado comum europeu, Londres precisa restabelecer a fronteira física entre a Irlanda (parte da UE) e a Irlanda do Norte. Na prática, significa instalar postos de aduana para fiscalizar a passagem de mercadorias – o que prejudica a livre circulação e afeta a economia em ambos os lados.

Restabelecer postos de controle também pode ressuscitar um conflito histórico. O Tratado da Sexta-Feira Santa, que pacificou a região, em 1998, determina expressamente que não pode haver fronteira física na ilha. Por isso, May inventou um mecanismo chamado “backstop”, pelo qual a Irlanda do Norte permanece no mercado comum até que se encontre uma solução para o controle aduaneiro.

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O problema é que o DUP não aceita que a Irlanda do Norte viva sob um regime comercial diferente do Reino Unido – o partido considera o “backstop” uma unificação de fato da Irlanda. Johnson – e seu rival, o atual chanceler Jeremy Hunt – já descartaram a possibilidade desse mecanismo. A UE respondeu, afirmando que não renegociará o tratado de saída. Assim, o Reino Unido se aproxima perigosamente de um Brexit sem acordo, o que afetaria ainda mais a já combalida economia britânica.

No fim de semana, Johnson disse que a solução para o problema será uma tecnologia que ainda não existe. “Se eles (americanos) conseguiram retornar da Lua à atmosfera da Terra, em 1969, com um código informático artesanal, poderemos resolver o problema de um comércio sem atrito na fronteira da Irlanda do Norte”, escreveu ele em sua coluna no jornal Telegraph

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A solução não convenceu muitos membros do partido, que ensaiam uma debandada. Hoje, o secretário para a Europa, Alan Duncan, renunciou diante da iminente vitória do ex-chanceler. “Johnson é a última pessoa que poderia obter progressos na negociação com a UE”, disse. Philip Hammond, secretário do Tesouro, e David Gauke, secretário de Justiça, também anunciaram que farão o mesmo nesta terça, assim que Johnson for confirmado como premiê. / AFP e EFE 

LONDRES - O Partido Conservador elege nesta terça-feira, 23, seu novo líder e sucessor de Theresa May no cargo de premiê. O provável vencedor é o ex-chanceler Boris Johnson, um intransigente defensor do Brexit. Mas a escolha, que era para dar estabilidade política ao Reino Unido, tende a agravar a crise causada pela decisão do país de sair da União Europeia.

Favorito nas pesquisas, Johnson já lida com dificuldades internas e desacordos sobre sua estratégia sobre o Brexit. Personagem excêntrico, o ex-chanceler provoca animosidade entre os opositores do Brexit, muitos dos quais consideram que seu apoio à saída da UE, em 2016, serviu apenas como instrumento de suas ambições pessoais. 

Imagem de arquivo de Boris Johnson como prefeito de Londres Foto: LEON NEAL / AFP

O Brexit estava programado inicialmente para 29 de março, mas foi adiado para 31 de outubro. O primeiro grande problema do novo premiê é ser capaz de manter a maioria no Parlamento de 650 membros. May governou graças ao apoio dos dez deputados do Partido Unionista Democrático (DUP, na sigla em inglês), que defendem a união da Irlanda do Norte com o Reino Unido. 

A saída da UE criou um problema aparentemente sem solução. Ao deixar o mercado comum europeu, Londres precisa restabelecer a fronteira física entre a Irlanda (parte da UE) e a Irlanda do Norte. Na prática, significa instalar postos de aduana para fiscalizar a passagem de mercadorias – o que prejudica a livre circulação e afeta a economia em ambos os lados.

Restabelecer postos de controle também pode ressuscitar um conflito histórico. O Tratado da Sexta-Feira Santa, que pacificou a região, em 1998, determina expressamente que não pode haver fronteira física na ilha. Por isso, May inventou um mecanismo chamado “backstop”, pelo qual a Irlanda do Norte permanece no mercado comum até que se encontre uma solução para o controle aduaneiro.

O problema é que o DUP não aceita que a Irlanda do Norte viva sob um regime comercial diferente do Reino Unido – o partido considera o “backstop” uma unificação de fato da Irlanda. Johnson – e seu rival, o atual chanceler Jeremy Hunt – já descartaram a possibilidade desse mecanismo. A UE respondeu, afirmando que não renegociará o tratado de saída. Assim, o Reino Unido se aproxima perigosamente de um Brexit sem acordo, o que afetaria ainda mais a já combalida economia britânica.

No fim de semana, Johnson disse que a solução para o problema será uma tecnologia que ainda não existe. “Se eles (americanos) conseguiram retornar da Lua à atmosfera da Terra, em 1969, com um código informático artesanal, poderemos resolver o problema de um comércio sem atrito na fronteira da Irlanda do Norte”, escreveu ele em sua coluna no jornal Telegraph

A solução não convenceu muitos membros do partido, que ensaiam uma debandada. Hoje, o secretário para a Europa, Alan Duncan, renunciou diante da iminente vitória do ex-chanceler. “Johnson é a última pessoa que poderia obter progressos na negociação com a UE”, disse. Philip Hammond, secretário do Tesouro, e David Gauke, secretário de Justiça, também anunciaram que farão o mesmo nesta terça, assim que Johnson for confirmado como premiê. / AFP e EFE 

LONDRES - O Partido Conservador elege nesta terça-feira, 23, seu novo líder e sucessor de Theresa May no cargo de premiê. O provável vencedor é o ex-chanceler Boris Johnson, um intransigente defensor do Brexit. Mas a escolha, que era para dar estabilidade política ao Reino Unido, tende a agravar a crise causada pela decisão do país de sair da União Europeia.

Favorito nas pesquisas, Johnson já lida com dificuldades internas e desacordos sobre sua estratégia sobre o Brexit. Personagem excêntrico, o ex-chanceler provoca animosidade entre os opositores do Brexit, muitos dos quais consideram que seu apoio à saída da UE, em 2016, serviu apenas como instrumento de suas ambições pessoais. 

Imagem de arquivo de Boris Johnson como prefeito de Londres Foto: LEON NEAL / AFP

O Brexit estava programado inicialmente para 29 de março, mas foi adiado para 31 de outubro. O primeiro grande problema do novo premiê é ser capaz de manter a maioria no Parlamento de 650 membros. May governou graças ao apoio dos dez deputados do Partido Unionista Democrático (DUP, na sigla em inglês), que defendem a união da Irlanda do Norte com o Reino Unido. 

A saída da UE criou um problema aparentemente sem solução. Ao deixar o mercado comum europeu, Londres precisa restabelecer a fronteira física entre a Irlanda (parte da UE) e a Irlanda do Norte. Na prática, significa instalar postos de aduana para fiscalizar a passagem de mercadorias – o que prejudica a livre circulação e afeta a economia em ambos os lados.

Restabelecer postos de controle também pode ressuscitar um conflito histórico. O Tratado da Sexta-Feira Santa, que pacificou a região, em 1998, determina expressamente que não pode haver fronteira física na ilha. Por isso, May inventou um mecanismo chamado “backstop”, pelo qual a Irlanda do Norte permanece no mercado comum até que se encontre uma solução para o controle aduaneiro.

O problema é que o DUP não aceita que a Irlanda do Norte viva sob um regime comercial diferente do Reino Unido – o partido considera o “backstop” uma unificação de fato da Irlanda. Johnson – e seu rival, o atual chanceler Jeremy Hunt – já descartaram a possibilidade desse mecanismo. A UE respondeu, afirmando que não renegociará o tratado de saída. Assim, o Reino Unido se aproxima perigosamente de um Brexit sem acordo, o que afetaria ainda mais a já combalida economia britânica.

No fim de semana, Johnson disse que a solução para o problema será uma tecnologia que ainda não existe. “Se eles (americanos) conseguiram retornar da Lua à atmosfera da Terra, em 1969, com um código informático artesanal, poderemos resolver o problema de um comércio sem atrito na fronteira da Irlanda do Norte”, escreveu ele em sua coluna no jornal Telegraph

A solução não convenceu muitos membros do partido, que ensaiam uma debandada. Hoje, o secretário para a Europa, Alan Duncan, renunciou diante da iminente vitória do ex-chanceler. “Johnson é a última pessoa que poderia obter progressos na negociação com a UE”, disse. Philip Hammond, secretário do Tesouro, e David Gauke, secretário de Justiça, também anunciaram que farão o mesmo nesta terça, assim que Johnson for confirmado como premiê. / AFP e EFE 

LONDRES - O Partido Conservador elege nesta terça-feira, 23, seu novo líder e sucessor de Theresa May no cargo de premiê. O provável vencedor é o ex-chanceler Boris Johnson, um intransigente defensor do Brexit. Mas a escolha, que era para dar estabilidade política ao Reino Unido, tende a agravar a crise causada pela decisão do país de sair da União Europeia.

Favorito nas pesquisas, Johnson já lida com dificuldades internas e desacordos sobre sua estratégia sobre o Brexit. Personagem excêntrico, o ex-chanceler provoca animosidade entre os opositores do Brexit, muitos dos quais consideram que seu apoio à saída da UE, em 2016, serviu apenas como instrumento de suas ambições pessoais. 

Imagem de arquivo de Boris Johnson como prefeito de Londres Foto: LEON NEAL / AFP

O Brexit estava programado inicialmente para 29 de março, mas foi adiado para 31 de outubro. O primeiro grande problema do novo premiê é ser capaz de manter a maioria no Parlamento de 650 membros. May governou graças ao apoio dos dez deputados do Partido Unionista Democrático (DUP, na sigla em inglês), que defendem a união da Irlanda do Norte com o Reino Unido. 

A saída da UE criou um problema aparentemente sem solução. Ao deixar o mercado comum europeu, Londres precisa restabelecer a fronteira física entre a Irlanda (parte da UE) e a Irlanda do Norte. Na prática, significa instalar postos de aduana para fiscalizar a passagem de mercadorias – o que prejudica a livre circulação e afeta a economia em ambos os lados.

Restabelecer postos de controle também pode ressuscitar um conflito histórico. O Tratado da Sexta-Feira Santa, que pacificou a região, em 1998, determina expressamente que não pode haver fronteira física na ilha. Por isso, May inventou um mecanismo chamado “backstop”, pelo qual a Irlanda do Norte permanece no mercado comum até que se encontre uma solução para o controle aduaneiro.

O problema é que o DUP não aceita que a Irlanda do Norte viva sob um regime comercial diferente do Reino Unido – o partido considera o “backstop” uma unificação de fato da Irlanda. Johnson – e seu rival, o atual chanceler Jeremy Hunt – já descartaram a possibilidade desse mecanismo. A UE respondeu, afirmando que não renegociará o tratado de saída. Assim, o Reino Unido se aproxima perigosamente de um Brexit sem acordo, o que afetaria ainda mais a já combalida economia britânica.

No fim de semana, Johnson disse que a solução para o problema será uma tecnologia que ainda não existe. “Se eles (americanos) conseguiram retornar da Lua à atmosfera da Terra, em 1969, com um código informático artesanal, poderemos resolver o problema de um comércio sem atrito na fronteira da Irlanda do Norte”, escreveu ele em sua coluna no jornal Telegraph

A solução não convenceu muitos membros do partido, que ensaiam uma debandada. Hoje, o secretário para a Europa, Alan Duncan, renunciou diante da iminente vitória do ex-chanceler. “Johnson é a última pessoa que poderia obter progressos na negociação com a UE”, disse. Philip Hammond, secretário do Tesouro, e David Gauke, secretário de Justiça, também anunciaram que farão o mesmo nesta terça, assim que Johnson for confirmado como premiê. / AFP e EFE 

LONDRES - O Partido Conservador elege nesta terça-feira, 23, seu novo líder e sucessor de Theresa May no cargo de premiê. O provável vencedor é o ex-chanceler Boris Johnson, um intransigente defensor do Brexit. Mas a escolha, que era para dar estabilidade política ao Reino Unido, tende a agravar a crise causada pela decisão do país de sair da União Europeia.

Favorito nas pesquisas, Johnson já lida com dificuldades internas e desacordos sobre sua estratégia sobre o Brexit. Personagem excêntrico, o ex-chanceler provoca animosidade entre os opositores do Brexit, muitos dos quais consideram que seu apoio à saída da UE, em 2016, serviu apenas como instrumento de suas ambições pessoais. 

Imagem de arquivo de Boris Johnson como prefeito de Londres Foto: LEON NEAL / AFP

O Brexit estava programado inicialmente para 29 de março, mas foi adiado para 31 de outubro. O primeiro grande problema do novo premiê é ser capaz de manter a maioria no Parlamento de 650 membros. May governou graças ao apoio dos dez deputados do Partido Unionista Democrático (DUP, na sigla em inglês), que defendem a união da Irlanda do Norte com o Reino Unido. 

A saída da UE criou um problema aparentemente sem solução. Ao deixar o mercado comum europeu, Londres precisa restabelecer a fronteira física entre a Irlanda (parte da UE) e a Irlanda do Norte. Na prática, significa instalar postos de aduana para fiscalizar a passagem de mercadorias – o que prejudica a livre circulação e afeta a economia em ambos os lados.

Restabelecer postos de controle também pode ressuscitar um conflito histórico. O Tratado da Sexta-Feira Santa, que pacificou a região, em 1998, determina expressamente que não pode haver fronteira física na ilha. Por isso, May inventou um mecanismo chamado “backstop”, pelo qual a Irlanda do Norte permanece no mercado comum até que se encontre uma solução para o controle aduaneiro.

O problema é que o DUP não aceita que a Irlanda do Norte viva sob um regime comercial diferente do Reino Unido – o partido considera o “backstop” uma unificação de fato da Irlanda. Johnson – e seu rival, o atual chanceler Jeremy Hunt – já descartaram a possibilidade desse mecanismo. A UE respondeu, afirmando que não renegociará o tratado de saída. Assim, o Reino Unido se aproxima perigosamente de um Brexit sem acordo, o que afetaria ainda mais a já combalida economia britânica.

No fim de semana, Johnson disse que a solução para o problema será uma tecnologia que ainda não existe. “Se eles (americanos) conseguiram retornar da Lua à atmosfera da Terra, em 1969, com um código informático artesanal, poderemos resolver o problema de um comércio sem atrito na fronteira da Irlanda do Norte”, escreveu ele em sua coluna no jornal Telegraph

A solução não convenceu muitos membros do partido, que ensaiam uma debandada. Hoje, o secretário para a Europa, Alan Duncan, renunciou diante da iminente vitória do ex-chanceler. “Johnson é a última pessoa que poderia obter progressos na negociação com a UE”, disse. Philip Hammond, secretário do Tesouro, e David Gauke, secretário de Justiça, também anunciaram que farão o mesmo nesta terça, assim que Johnson for confirmado como premiê. / AFP e EFE 

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