O Departamento de Conservação da Nova Zelândia (DOC, na sigla em inglês) anunciou na segunda-feira, 15, que especialistas estão trabalhando para confirmar se a carcaça de uma baleia de 5 metros que apareceu perto de Taiari Mouth - uma pequena vila na costa leste da Ilha sul do país - é da mítica baleia-de-dentes-de-espada, uma espécie rara que não contém registro de avistamento, informou a BBC.
De acordo com a reportagem, um relatório foi enviado para o departamento em 4 de julho avisando sobre a carcaça, que passou por inspeção e consulta com especialistas em mamíferos marinhos. Os cientistas acreditam que seja uma baleia-de-dentes-de-espada macho, embora mais testes sejam necessários. Caso seja confirmado, será a primeira oportunidade para os cientistas dissecar a espécie, o que pode lhes dar uma visão sem precedentes sobre a espécie. Desde 1800, apenas seis amostras foram documentadas.
A BBC aponta que a baleia está atualmente em armazenamento refrigerado enquanto especialistas decidem os próximos passos. Enquanto isso, amostras genéticas foram enviadas para um laboratório específico da Universidade de Auckland. Estima-se que leve semanas ou meses para que o DNA seja processado e uma ID final da espécie seja confirmada, de acordo com o departamento de conservação.
“Ele não pode ficar naquela câmara fria para sempre e [se ficasse] seria uma oportunidade perdida. Há muitas partes móveis nisso, como por exemplo, financiamento, pesquisa e localização, estamos apenas pegando aos poucos”, disse Davies. Segundo o departamento, eles estão trabalhando em estreita colaboração com as comunidades locais para garantir um tratamento respeitoso à baleia.
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O Departamento de Conservação afirma que a baleia-de-dente-de-espada foi documentada pela primeira vez em 1874 a partir de amostras de mandíbula inferior e dentes coletadas na Ilha Pitt, a cerca de 800 km da costa oeste da Nova Zelândia. Outras descobertas esqueléticas mais tarde permitiram que os cientistas confirmassem uma espécie totalmente nova: A primeira amostra veio de uma mãe e seu filhote encalhados na Baía de Plenty, na Ilha Norte da Nova Zelândia, em 2010, mas as carcaças não eram adequadas para dissecação. Mais recentemente, um encalhe em 2017 em Gisborne, também na Ilha Norte, acrescentou mais um espécime à coleção.