Esquerda amplia vantagem no México em eleição marcada pela corrupção


Segundo relatório elaborado pela ONG Mexicanos Contra a Corrupção e a Impunidade a votação de 1º de julho está marcada pela corrupção, e para cada peso gasto legalmente na campanha, outros 15 entram de forma ilegal

CIDADE DO MÉXICO - “Um político pobre é um pobre político.” O velho ditado mexicano descreve bem as eleições de 1.º de julho. Segundo relatório divulgado nesta quarta-feira, 30, por cientistas políticos e economistas, a votação está marcada pela corrupção. Para cada peso gasto legalmente na campanha, outros 15 entram de forma ilegal. Pesquisas divulgadas nesta quarta-feira, 30, mostram que o esquerdista Andrés Manuel López Obrador ampliou sua vantagem e está cada vez mais perto de se tornar o próximo presidente do país.

+ México pode cortar laços com gigantes do petróleo dos EUA

O candidato Lopez Obrador em campanha em Zitacuaro, no Estado de Michoacan Foto: REUTERS/Alan Ortega
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O relatório de 232 páginas foi elaborado pela ONG Mexicanos Contra a Corrupção e a Impunidade, chefiada por cientistas políticos e economistas ligados a universidades do México e dos EUA. Segundo o documento, o dinheiro ilegal vem de três fontes: desvio de recursos públicos, doações de indivíduos além do limite permitido por lei e financiamento do crime organizado. 

O objetivo de quem financia as campanhas com dinheiro ilegal também é claro, segundo a ONG. O desvio de recursos públicos usados em campanha é a ferramenta preferida de políticos para garantir apoio ou “imunidade” em processos judiciais. Já as doações privadas veem de empresários que esperam uma permuta em contratos públicos. Por fim, o crime organizado investe em candidatos em troca de proteção policial.

O relatório reconhece a dificuldade de quantificar de maneira precisa o financiamento ilegal das campanhas, mas registra que, durante o período eleitoral, o dinheiro vivo em circulação aumenta em média 5% – há cerca de 33 bilhões de pesos (R$ 6 bilhões) a mais nas mãos da população, segundo dados do Banco do México (o BC mexicano). 

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Outra maneira de dimensionar o tamanho da corrupção são os valores gastos em eleições para governadores estaduais. O teto de gastos para uma campanha para governador é de 46,8 milhões de pesos (cerca de R$ 9 milhões) – no Brasil, o limite é maior: R$ 21 milhões em São Paulo, Estado mais populoso do País. No entanto, no México, turbinados por doações ilegais, os candidatos a governador gastam, em média, até dez vezes mais. Ou seja, uma candidatura pode custar 460 milhões de pesos (R$ 87 milhões).

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O presidente americano, Donald Trump, determinou a mobilização da Guarda Nacional para a região sul dos Estados Unidos, na fronteira com o México, para evitar a entrada de imigrantes clandestinos.

“A corrupção é um problema de todos os partidos e de todos os candidatos”, disse María Amparo Casar, diretora da ONG e pesquisadora do Centro de Investigación y Docencia Económicas (Cide). Para ela e para o economista Luis Carlos Ugalde, que também participou do relatório, o fluxo de dinheiro ilegal em campanhas no México é resultado da fiscalização frouxa e de multas irrisórias. 

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Outra explicação para a corrupção eleitoral ter aumentado nos últimos anos é a competição partidária. Até o início dos anos 90, o Partido Revolucionário Institucional (PRI) governava todos os 32 Estados e nunca havia perdido uma eleição presidencial. Em 1989, pela primeira vez, o PRI perdeu uma eleição para governador – Ernesto Ruffo Appel, do Partido da Ação Nacional (PAN) foi eleito governador de Baja Califórnia.

A partir daí, PRI, PAN e o esquerdista Partido da Revolução Democrática (PRD), fundado por López Obrador, passaram a dividir o protagonismo e competir por cargos públicos. Em 2018, pela primeira vez, a legislação eleitoral permitiu candidaturas independentes, fragmentando ainda mais o cenário político. “A competição entre partidos significa que é preciso investir mais em publicidade, viagens, consultores e pesquisas de opinião”, diz o relatório. “Muitos políticos descobriram que fazer uma campanha, mesmo que seja derrotada, é um bom negócio.”

Na campanha presidencial, quem tem aproveitado melhor o ambiente de desconfiança é Obrador, que abandonou o PRD e se lançou candidato pelo Movimento da Regeneração Nacional (Morena). Nesta quarta-feira, 30, segundo pesquisa publicada pelo jornal Reforma, ele consolidou sua liderança e chegou a 52% das intenções de voto, 26 pontos porcentuais à frente de Ricardo Anaya, do PAN. O candidato governista, José Antonio Meade, do PRI, tem apenas 19%.

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O que facilita o caminho do candidato esquerdista é que no México não há segundo turno, o que permite a um candidato vencer a eleição com menos da metade dos votos – em 2006, por exemplo, Felipe Calderón foi eleito com 36,9% dos votos, um ponto porcentual a mais do que o próprio Obrador. 

Segundo sondagem do instituto Consulta Mitofsky, divulgada no início do mês, o partido de Obrador também deve ser o maior na Câmara dos Deputados. O Morena faria de 115 a 142 parlamentares. A segunda força seria o PAN, com uma bancada que pode variar de 94 a 116 cadeiras. O PRI faria um mínimo de 54 e um máximo de 76 deputados. / AP e RETUERS

CIDADE DO MÉXICO - “Um político pobre é um pobre político.” O velho ditado mexicano descreve bem as eleições de 1.º de julho. Segundo relatório divulgado nesta quarta-feira, 30, por cientistas políticos e economistas, a votação está marcada pela corrupção. Para cada peso gasto legalmente na campanha, outros 15 entram de forma ilegal. Pesquisas divulgadas nesta quarta-feira, 30, mostram que o esquerdista Andrés Manuel López Obrador ampliou sua vantagem e está cada vez mais perto de se tornar o próximo presidente do país.

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O candidato Lopez Obrador em campanha em Zitacuaro, no Estado de Michoacan Foto: REUTERS/Alan Ortega

O relatório de 232 páginas foi elaborado pela ONG Mexicanos Contra a Corrupção e a Impunidade, chefiada por cientistas políticos e economistas ligados a universidades do México e dos EUA. Segundo o documento, o dinheiro ilegal vem de três fontes: desvio de recursos públicos, doações de indivíduos além do limite permitido por lei e financiamento do crime organizado. 

O objetivo de quem financia as campanhas com dinheiro ilegal também é claro, segundo a ONG. O desvio de recursos públicos usados em campanha é a ferramenta preferida de políticos para garantir apoio ou “imunidade” em processos judiciais. Já as doações privadas veem de empresários que esperam uma permuta em contratos públicos. Por fim, o crime organizado investe em candidatos em troca de proteção policial.

O relatório reconhece a dificuldade de quantificar de maneira precisa o financiamento ilegal das campanhas, mas registra que, durante o período eleitoral, o dinheiro vivo em circulação aumenta em média 5% – há cerca de 33 bilhões de pesos (R$ 6 bilhões) a mais nas mãos da população, segundo dados do Banco do México (o BC mexicano). 

Outra maneira de dimensionar o tamanho da corrupção são os valores gastos em eleições para governadores estaduais. O teto de gastos para uma campanha para governador é de 46,8 milhões de pesos (cerca de R$ 9 milhões) – no Brasil, o limite é maior: R$ 21 milhões em São Paulo, Estado mais populoso do País. No entanto, no México, turbinados por doações ilegais, os candidatos a governador gastam, em média, até dez vezes mais. Ou seja, uma candidatura pode custar 460 milhões de pesos (R$ 87 milhões).

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O presidente americano, Donald Trump, determinou a mobilização da Guarda Nacional para a região sul dos Estados Unidos, na fronteira com o México, para evitar a entrada de imigrantes clandestinos.

“A corrupção é um problema de todos os partidos e de todos os candidatos”, disse María Amparo Casar, diretora da ONG e pesquisadora do Centro de Investigación y Docencia Económicas (Cide). Para ela e para o economista Luis Carlos Ugalde, que também participou do relatório, o fluxo de dinheiro ilegal em campanhas no México é resultado da fiscalização frouxa e de multas irrisórias. 

Outra explicação para a corrupção eleitoral ter aumentado nos últimos anos é a competição partidária. Até o início dos anos 90, o Partido Revolucionário Institucional (PRI) governava todos os 32 Estados e nunca havia perdido uma eleição presidencial. Em 1989, pela primeira vez, o PRI perdeu uma eleição para governador – Ernesto Ruffo Appel, do Partido da Ação Nacional (PAN) foi eleito governador de Baja Califórnia.

A partir daí, PRI, PAN e o esquerdista Partido da Revolução Democrática (PRD), fundado por López Obrador, passaram a dividir o protagonismo e competir por cargos públicos. Em 2018, pela primeira vez, a legislação eleitoral permitiu candidaturas independentes, fragmentando ainda mais o cenário político. “A competição entre partidos significa que é preciso investir mais em publicidade, viagens, consultores e pesquisas de opinião”, diz o relatório. “Muitos políticos descobriram que fazer uma campanha, mesmo que seja derrotada, é um bom negócio.”

Na campanha presidencial, quem tem aproveitado melhor o ambiente de desconfiança é Obrador, que abandonou o PRD e se lançou candidato pelo Movimento da Regeneração Nacional (Morena). Nesta quarta-feira, 30, segundo pesquisa publicada pelo jornal Reforma, ele consolidou sua liderança e chegou a 52% das intenções de voto, 26 pontos porcentuais à frente de Ricardo Anaya, do PAN. O candidato governista, José Antonio Meade, do PRI, tem apenas 19%.

O que facilita o caminho do candidato esquerdista é que no México não há segundo turno, o que permite a um candidato vencer a eleição com menos da metade dos votos – em 2006, por exemplo, Felipe Calderón foi eleito com 36,9% dos votos, um ponto porcentual a mais do que o próprio Obrador. 

Segundo sondagem do instituto Consulta Mitofsky, divulgada no início do mês, o partido de Obrador também deve ser o maior na Câmara dos Deputados. O Morena faria de 115 a 142 parlamentares. A segunda força seria o PAN, com uma bancada que pode variar de 94 a 116 cadeiras. O PRI faria um mínimo de 54 e um máximo de 76 deputados. / AP e RETUERS

CIDADE DO MÉXICO - “Um político pobre é um pobre político.” O velho ditado mexicano descreve bem as eleições de 1.º de julho. Segundo relatório divulgado nesta quarta-feira, 30, por cientistas políticos e economistas, a votação está marcada pela corrupção. Para cada peso gasto legalmente na campanha, outros 15 entram de forma ilegal. Pesquisas divulgadas nesta quarta-feira, 30, mostram que o esquerdista Andrés Manuel López Obrador ampliou sua vantagem e está cada vez mais perto de se tornar o próximo presidente do país.

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O candidato Lopez Obrador em campanha em Zitacuaro, no Estado de Michoacan Foto: REUTERS/Alan Ortega

O relatório de 232 páginas foi elaborado pela ONG Mexicanos Contra a Corrupção e a Impunidade, chefiada por cientistas políticos e economistas ligados a universidades do México e dos EUA. Segundo o documento, o dinheiro ilegal vem de três fontes: desvio de recursos públicos, doações de indivíduos além do limite permitido por lei e financiamento do crime organizado. 

O objetivo de quem financia as campanhas com dinheiro ilegal também é claro, segundo a ONG. O desvio de recursos públicos usados em campanha é a ferramenta preferida de políticos para garantir apoio ou “imunidade” em processos judiciais. Já as doações privadas veem de empresários que esperam uma permuta em contratos públicos. Por fim, o crime organizado investe em candidatos em troca de proteção policial.

O relatório reconhece a dificuldade de quantificar de maneira precisa o financiamento ilegal das campanhas, mas registra que, durante o período eleitoral, o dinheiro vivo em circulação aumenta em média 5% – há cerca de 33 bilhões de pesos (R$ 6 bilhões) a mais nas mãos da população, segundo dados do Banco do México (o BC mexicano). 

Outra maneira de dimensionar o tamanho da corrupção são os valores gastos em eleições para governadores estaduais. O teto de gastos para uma campanha para governador é de 46,8 milhões de pesos (cerca de R$ 9 milhões) – no Brasil, o limite é maior: R$ 21 milhões em São Paulo, Estado mais populoso do País. No entanto, no México, turbinados por doações ilegais, os candidatos a governador gastam, em média, até dez vezes mais. Ou seja, uma candidatura pode custar 460 milhões de pesos (R$ 87 milhões).

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O presidente americano, Donald Trump, determinou a mobilização da Guarda Nacional para a região sul dos Estados Unidos, na fronteira com o México, para evitar a entrada de imigrantes clandestinos.

“A corrupção é um problema de todos os partidos e de todos os candidatos”, disse María Amparo Casar, diretora da ONG e pesquisadora do Centro de Investigación y Docencia Económicas (Cide). Para ela e para o economista Luis Carlos Ugalde, que também participou do relatório, o fluxo de dinheiro ilegal em campanhas no México é resultado da fiscalização frouxa e de multas irrisórias. 

Outra explicação para a corrupção eleitoral ter aumentado nos últimos anos é a competição partidária. Até o início dos anos 90, o Partido Revolucionário Institucional (PRI) governava todos os 32 Estados e nunca havia perdido uma eleição presidencial. Em 1989, pela primeira vez, o PRI perdeu uma eleição para governador – Ernesto Ruffo Appel, do Partido da Ação Nacional (PAN) foi eleito governador de Baja Califórnia.

A partir daí, PRI, PAN e o esquerdista Partido da Revolução Democrática (PRD), fundado por López Obrador, passaram a dividir o protagonismo e competir por cargos públicos. Em 2018, pela primeira vez, a legislação eleitoral permitiu candidaturas independentes, fragmentando ainda mais o cenário político. “A competição entre partidos significa que é preciso investir mais em publicidade, viagens, consultores e pesquisas de opinião”, diz o relatório. “Muitos políticos descobriram que fazer uma campanha, mesmo que seja derrotada, é um bom negócio.”

Na campanha presidencial, quem tem aproveitado melhor o ambiente de desconfiança é Obrador, que abandonou o PRD e se lançou candidato pelo Movimento da Regeneração Nacional (Morena). Nesta quarta-feira, 30, segundo pesquisa publicada pelo jornal Reforma, ele consolidou sua liderança e chegou a 52% das intenções de voto, 26 pontos porcentuais à frente de Ricardo Anaya, do PAN. O candidato governista, José Antonio Meade, do PRI, tem apenas 19%.

O que facilita o caminho do candidato esquerdista é que no México não há segundo turno, o que permite a um candidato vencer a eleição com menos da metade dos votos – em 2006, por exemplo, Felipe Calderón foi eleito com 36,9% dos votos, um ponto porcentual a mais do que o próprio Obrador. 

Segundo sondagem do instituto Consulta Mitofsky, divulgada no início do mês, o partido de Obrador também deve ser o maior na Câmara dos Deputados. O Morena faria de 115 a 142 parlamentares. A segunda força seria o PAN, com uma bancada que pode variar de 94 a 116 cadeiras. O PRI faria um mínimo de 54 e um máximo de 76 deputados. / AP e RETUERS

CIDADE DO MÉXICO - “Um político pobre é um pobre político.” O velho ditado mexicano descreve bem as eleições de 1.º de julho. Segundo relatório divulgado nesta quarta-feira, 30, por cientistas políticos e economistas, a votação está marcada pela corrupção. Para cada peso gasto legalmente na campanha, outros 15 entram de forma ilegal. Pesquisas divulgadas nesta quarta-feira, 30, mostram que o esquerdista Andrés Manuel López Obrador ampliou sua vantagem e está cada vez mais perto de se tornar o próximo presidente do país.

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O candidato Lopez Obrador em campanha em Zitacuaro, no Estado de Michoacan Foto: REUTERS/Alan Ortega

O relatório de 232 páginas foi elaborado pela ONG Mexicanos Contra a Corrupção e a Impunidade, chefiada por cientistas políticos e economistas ligados a universidades do México e dos EUA. Segundo o documento, o dinheiro ilegal vem de três fontes: desvio de recursos públicos, doações de indivíduos além do limite permitido por lei e financiamento do crime organizado. 

O objetivo de quem financia as campanhas com dinheiro ilegal também é claro, segundo a ONG. O desvio de recursos públicos usados em campanha é a ferramenta preferida de políticos para garantir apoio ou “imunidade” em processos judiciais. Já as doações privadas veem de empresários que esperam uma permuta em contratos públicos. Por fim, o crime organizado investe em candidatos em troca de proteção policial.

O relatório reconhece a dificuldade de quantificar de maneira precisa o financiamento ilegal das campanhas, mas registra que, durante o período eleitoral, o dinheiro vivo em circulação aumenta em média 5% – há cerca de 33 bilhões de pesos (R$ 6 bilhões) a mais nas mãos da população, segundo dados do Banco do México (o BC mexicano). 

Outra maneira de dimensionar o tamanho da corrupção são os valores gastos em eleições para governadores estaduais. O teto de gastos para uma campanha para governador é de 46,8 milhões de pesos (cerca de R$ 9 milhões) – no Brasil, o limite é maior: R$ 21 milhões em São Paulo, Estado mais populoso do País. No entanto, no México, turbinados por doações ilegais, os candidatos a governador gastam, em média, até dez vezes mais. Ou seja, uma candidatura pode custar 460 milhões de pesos (R$ 87 milhões).

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O presidente americano, Donald Trump, determinou a mobilização da Guarda Nacional para a região sul dos Estados Unidos, na fronteira com o México, para evitar a entrada de imigrantes clandestinos.

“A corrupção é um problema de todos os partidos e de todos os candidatos”, disse María Amparo Casar, diretora da ONG e pesquisadora do Centro de Investigación y Docencia Económicas (Cide). Para ela e para o economista Luis Carlos Ugalde, que também participou do relatório, o fluxo de dinheiro ilegal em campanhas no México é resultado da fiscalização frouxa e de multas irrisórias. 

Outra explicação para a corrupção eleitoral ter aumentado nos últimos anos é a competição partidária. Até o início dos anos 90, o Partido Revolucionário Institucional (PRI) governava todos os 32 Estados e nunca havia perdido uma eleição presidencial. Em 1989, pela primeira vez, o PRI perdeu uma eleição para governador – Ernesto Ruffo Appel, do Partido da Ação Nacional (PAN) foi eleito governador de Baja Califórnia.

A partir daí, PRI, PAN e o esquerdista Partido da Revolução Democrática (PRD), fundado por López Obrador, passaram a dividir o protagonismo e competir por cargos públicos. Em 2018, pela primeira vez, a legislação eleitoral permitiu candidaturas independentes, fragmentando ainda mais o cenário político. “A competição entre partidos significa que é preciso investir mais em publicidade, viagens, consultores e pesquisas de opinião”, diz o relatório. “Muitos políticos descobriram que fazer uma campanha, mesmo que seja derrotada, é um bom negócio.”

Na campanha presidencial, quem tem aproveitado melhor o ambiente de desconfiança é Obrador, que abandonou o PRD e se lançou candidato pelo Movimento da Regeneração Nacional (Morena). Nesta quarta-feira, 30, segundo pesquisa publicada pelo jornal Reforma, ele consolidou sua liderança e chegou a 52% das intenções de voto, 26 pontos porcentuais à frente de Ricardo Anaya, do PAN. O candidato governista, José Antonio Meade, do PRI, tem apenas 19%.

O que facilita o caminho do candidato esquerdista é que no México não há segundo turno, o que permite a um candidato vencer a eleição com menos da metade dos votos – em 2006, por exemplo, Felipe Calderón foi eleito com 36,9% dos votos, um ponto porcentual a mais do que o próprio Obrador. 

Segundo sondagem do instituto Consulta Mitofsky, divulgada no início do mês, o partido de Obrador também deve ser o maior na Câmara dos Deputados. O Morena faria de 115 a 142 parlamentares. A segunda força seria o PAN, com uma bancada que pode variar de 94 a 116 cadeiras. O PRI faria um mínimo de 54 e um máximo de 76 deputados. / AP e RETUERS

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