O Estadão publica a partir da terça-feira, 7, uma série de reportagens sobre a ascensão da Índia ao posto de potência emergente e país mais populoso do mundo.
Elaborada durante a cúpula G-20 pelo repórter Felipe Frazão, a série percorreu o país por quase duas semanas, na tentativa de trazer ao público reportagens sobre os costumes, os avanços e as contradições do país, que, segundo analistas, em alguns anos deve brigar com a China e Estados Unidos no topo das maiores economias do mundo.
As reportagens incluem textos que falam sobre o novo programa espacial indiano e a tentativa de inserir a mulher no mercado de trabalho, bem como as dificuldades enfrentadas pelo país nas áreas de saneamento básico, educação, infraestrutura e meio ambiente.
O Estadão visitou, por exemplo, a sede e uma das quatro fábricas da Skyroot Aerospace, a primeira startup indiana a concluir o lançamento de um foguete próprio, no ano passado. Em entrevista, o CEO da empresa Pawan Kumar Chandana fala sobre o ecossistema local privado, como pretendem colocar um foguete ainda maior em órbita nos próximos meses e o mercado aeroespacial, que devem atingir em breve a cifra de U$ 1 trilhão.
O texto analisa as implicações geopolíticas da missão lunar Chandrayaan 3, concluída pela agência espacial indiana em agosto, sendo o primeiro país colocar uma sonda na face oculta da Lua. O jornal mostra os esforços de diplomacia de Modi para projetar a si prório e seu países como um líder global.
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Na área ambiental, a reportagem esteve no Rio Yamuna, um afluente do Ganges também usado para fins religiosos e cerimônias funerais, e constatou os esforços do país para tratamento de água, recuperação da mata ciliar, assim como as queixas de catadores de material reclicável. A Índia tem uma matriz energética suja, usando principalmente a queima de carvão, e aposta na mudança de combustível no transporte e uso de placas solares para minimizar o impacto.
Outra reportagem, em texto e vídeo, abordará a histórica falta de banheiros na Índia, que foi alvo de uma missão do governo Narendra Modi, e as razões para, dez anos depois do programa oficial, 15% da população, segundo o Banco Mundial, ainda defecar a céu aberto.
As faces da Índia
Um vídeo mostra como a cidade de Nova Délhi convive com uma fauna urbana, que vai além das vacas, e incluem bandos de macacos reshus. Assim como os bovinos, os macacos são considerados sagrados no hinduísmo e dão trabalho para controle populacional.
A reportagem conversou também com mulheres indianas, para entender as raízes de fato estarem ainda longe do mercado de trabalho, e com professores para compreender os desafios da educação básica. As atendentes da rede de banheiros femininos Pink Toilets Geeta e Payal Chawla contam como sua família reagiu e como se sentem ao deixar o lar para trabalhar, ainda mais numa iniciativa voltara para o bem-estar de mulheres.