WASHINGTON - O FBI negou nesta segunda-feira, 2, que o ataque a tiros na cidade americana de Las Vegas que deixou ao menos 59 mortos e mais de 500 feridos tenha sido realizado por um americano radicalizado pelo grupo terrorista Estado Islâmico (EI). Mais cedo, em um site de propaganda do grupo, os jihadistas informaram que o autor dos disparos era um soldado do EI.
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De acordo com o agente especial da polícia federal americana Aaron Rouse, responsável pelas investigações do caso, o autor do ataque, identificado como Stephen Paddock, de 64 anos, não tinha conexões com grupos terroristas internacionais.
Além de Rouse, duas autoridades graduadas dos governo americano disseram de forma anônima à agência Reuters que não havia evidência de que o atirador estivesse ligado a qualquer grupo militante internacional e uma outra autoridade americana disse haver motivos para acreditar que o atirador tinha um histórico de problemas psicológicos.
Horas antes, o EI usou uma página de propaganda na internet para alegar relação com a ação. "O ataque em Las Vegas foi conduzido por um soldado do Estado Islâmico e foi realizado em resposta ao chamado para que alvos da coalizão sejam atacados", escreveu o grupo, se referindo à coalizão aérea liderada pelos americanos que combate os extremistas na Síria e no Iraque.
"O autor do ataque em Vegas se converteu ao Islã há alguns meses", completou o EI em outra mensagem divulgada pouco depois no mesmo site, sem fornecer provas das alegações.
Nos últimos tempos, o Estado Islâmico tem assumido a autoria de ataques realizados por indivíduos inspirados em sua mensagem de terror mesmo quando não há evidências da ligação entre o autor do ataque e o grupo.
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Paddock abriu fogo contra o público de um shows de música country a partir da janela de seu quarto, no 32º andar do hotel Mandalay Bay - a cerca de 365 metros do palco. Ao menos 22 mil pessoas estavam no local, segundo a polícia. As causas do ataque ainda são desconhecidas. / AFP, REUTERS, EFE e AP