WASHINGTON - O Departamento de Estado dos EUA impôs ontem novas sanções contra dois postos avançados e três colonos judeus na Cisjordânia, dizendo que eles são responsáveis pela “violência” contra os palestinos e alegando que suas ações “minam a paz, a segurança e a estabilidade” na região.
A Casa Branca baniu a entrada dos três nos EUA e congelou todos os bens deles no país, além de proibir qualquer transação de americanos com o grupo. Os bancos israelenses prometeram cumprir as sanções e congelar as contas dos envolvidos: Moshe Sharvit, Zvi Bar Yosef e Neriya Ben Pazi, responsáveis por ataques recentes contra palestinos.
Foi a segunda vez que o governo do presidente, Joe Biden, impôs sanções a colonos judeus na Cisjordânia, considerados pelo governo como uma ameaça às estabilidade da região. Cerca de 500 mil israelenses vivem em assentamentos nos territórios palestinos ocupados por Israel. Parte dos ultraconservadores e nacionalistas, muitos dos quais fazem parte da coalizão de governo do premiê, Binyamin Netanyahu, defendem a anexação total da Cisjordânia, onde os palestinos pretendem estabelecer um Estado independente – juntamente com o enclave de Gaza.
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O governo americano teme que a violência dos colonos judeus possa criar uma nova frente da guerra, piorando a crise na região. As tensões aumentaram desde o ataque terrorista do Hamas, no dia 7 de outubro, que matou 1,2 mil israelenses e desencadeou a guerra em Gaza. Mais de 400 palestinos morreram confrontos com forças israelenses na Cisjordânia, segundo a ONU.
As novas sanções americanas foram criticadas pelo ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, que vive em um assentamento na Cisjordânia. “Elas são parte de uma campanha criada para prejudicar o Estado de Israel, desmantelar os assentamentos e criar um Estado terrorista palestino”, disse.
O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, afirmou que a decisão dos EUA “é mais uma prova de que o governo americano não sabe quem é o inimigo”. “Os colonos merecem elogios, não uma punhalada pelas costas”, afirmou o ministro./Com EFE, AP e NYT