WASHINGTON - Os Estados Unidos superaram nesta terça-feira, 22, a marca de 200 mil mortes em decorrência da covid-19. O fato ocorre seis semanas antes da eleição presidencial em que Donald Trump tenta a reeleição contra o democrata Joe Biden.
Trump, que tem sido muito criticado por boa parte dos americanos pela forma como geriu a crise sanitária, usou nesta terça-feira a tribuna das Nações Unidas para criticar o que chamou de "vírus chinês" e culpar a China pela pandemia.
Até o momento, 8,6 milhões de americanos já foram infectados pelo novo coronavírus. O país é o mais atingido em número de mortes, seguido por Brasil - com 137 mil - e Índia - com 88 mil.
Os dados são do levantamento em tempo real produzido pela Universidade Johns Hopkins.
No total, mais de 31,4 milhões de pessoa foram infectadas pelo coronavírus e 966 mil morreram. O presidente americano insiste que sua gestão da pandemia foi positiva. Mas os críticos asseguram que as estatísticas expõem o fracasso de seu governo para lidar com o maior desafio que enfrentou em seu mandato iniciado em 2016.
Europa vive ameaça segunda onda
A marca de 200 mil mortes ocorre nos Estados Unidos no momento em que a Europa vive a ameaça de uma segunda onda do coronavírus. Os casos no continente ultrapassam números registrados no início do ano, e autoridades impõem restrições localizadas para evitar lockdowns.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Europa se vê diante de um cenário “alarmante”. Os motivos para a aceleração atual são diversos, mas vinculam-se à retomada das atividades após o fim dos lockdowns, entre maio e junho. Como o vírus nunca deixou de circular, bastou um relaxamento para que as taxas de infecção voltassem a crescer.
A Espanha, mais afetada pela ressurgência do coronavírus, adotou medidas restritivas e pediu ajuda do Exército para combater o coronavírus. Desde a segunda-feira 21, em Madri, um dos pólos de transmissão, cerca de 855 mil pessoas só podem sair de casa para trabalhar ou ir à escola, e reuniões estão limitadas a grupos de seis pessoas. / EFE, AFP, REUTERS e NYT