EUA acusam Rússia de realizar teste 'perigoso e irresponsável' de arma antissatélite


Lançamento teria posto em órbita uma nuvem de fragmentos que, segundo os americanos, põe em risco 'os interesses de todas as nações'

Por Redação

WASHINGTON —Os Estados Unidos acusaram a Rússia, nesta segunda-feira, de testar uma arma antissatélite que gerou milhares de destroços espaciais. Os detritos, afirmaram os americanos, põem em xeque não só o funcionamento de outros satélites, mas também a segurança de astronautas e cosmonautas no espaço.

De acordo com especialistas, armas dese tipo são perigosas porque podem criam uma nuvem de fragmentos que podem colidir com outros objetos. Com isso, há o risco de haver uma reação em cadeia, ameaçando objetos já em órbita e viagens e lançamentos espaciais futuros.

Segundo o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, o teste “imprudente” foi realizado por Moscou contra um de seus próprios satélites. De acordo com ele, há mais de 1,5 mil fragmentos orbitando a terra devido ao teste, que ameaçam “os interesses de todas as nações”.

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“O comportamento perigoso e irresponsável põe em risco a sustentabilidade do nosso espaço e demonstra claramente que as declarações russas em oposição a armas espaciais são desonestas e hipócritas”, disse Price. 

Teste com arma antissatélite russa teria gerado milhares de destroços espaciais, segundo os EUA. Foto: NASA

Tom similar foi adotado pelos britânicos, alegando que a operação russa mostra um “desrespeito completo pela segurança e sustentabilidade” dos programas espaciais.

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Mais cedo nesta segunda, a Roscosmos, a agência espacial russa, havia dito que os sete astronautas na Estação Espacial Internacional precisaram se proteger devido a destroços em órbita. Não está claro se o incidente notificado pelos russos têm relação com o incidente notificado pelos americanos, que ainda não foi comentado pelo Kremlin.

"Amigos, está tudo normal conosco! Continuamos a trabalhar de acordo com o programa", disse o cosmonauta Anton Shkaplerov em seu Twitter.

Cosmos 1408

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A agência espacial russa Roscosmos disse, nesta terça-feira (16), que a "segurança da tripulação" da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) é sua "principal prioridade".

A declaração foi dada, depois de Washington acusar Moscou de ter lançado um míssil antissatélite que colocou a estação em perigo.

"Apenas os esforços conjuntos de todas as potências espaciais poderão garantir uma coexistência o mais segura possível e as operações no âmbito espacial", afirmou a Roscosmos em um comunicado, sem responder diretamente às acusações americanas feitas no dia anterior. 

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A agência espacial russa acrescentou que seu "sistema automatizado de alerta para situações de perigo" continua "monitorando a situação para prevenir e enfrentar qualquer ameaça para a segurança da Estação Espacial Internacional e de sua tripulação".

Segundo a agência de notícias russa Tass, citando uma fonte não identificada, o diretor da Roscosmos irá discutir o assunto com a Nasa na terça-feira, em uma conversa por telefone. A agência espacial americana, por sua vez, disse que está reunindo informações antes de fazer qualquer comentário formal.

De acordo com a companhia Leo Labs, que monitora objetos espaciais, os dados mostram “múltiplos objetos”perto do satélite Cosmos 1408. O equipamento foi posto em órbita ainda durante a Guerra Fria, em 1982.

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O porta-voz do Pentágono, John Kirby, disse que a preocupação mais imediata do governo americano é lidar com os destroços, mas que o teste demonstrou a necessidade de mais normas no espaço. O teste russo, contudo, não é sem precedentes.

Os EUA realizaram os primeiros testes antissatélites em 1959, quando os aparelhos eram novos e raros. Desde então, tornaram-se mais comuns, ganhando impulso nos últimos anos conforme a corrida espacial mais recente ganhou força. Com o aumento da competição, é possível que um número ainda maior de países busque desenvolver suas próprias tecnologias antissatélites.

Em 2020, a Rússia já havia testado armas do tipo ao menos três vezes, todos eles não destrutivos. Em 2019, a Índia derrubou um de seus próprios satélites que orbitava em baixa velocidade com um míssil lançado da Terra. Ele também deixou destroços, mas Nova Délhi agiu para contê-los. / AP, AFP e REUTERS 

WASHINGTON —Os Estados Unidos acusaram a Rússia, nesta segunda-feira, de testar uma arma antissatélite que gerou milhares de destroços espaciais. Os detritos, afirmaram os americanos, põem em xeque não só o funcionamento de outros satélites, mas também a segurança de astronautas e cosmonautas no espaço.

De acordo com especialistas, armas dese tipo são perigosas porque podem criam uma nuvem de fragmentos que podem colidir com outros objetos. Com isso, há o risco de haver uma reação em cadeia, ameaçando objetos já em órbita e viagens e lançamentos espaciais futuros.

Segundo o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, o teste “imprudente” foi realizado por Moscou contra um de seus próprios satélites. De acordo com ele, há mais de 1,5 mil fragmentos orbitando a terra devido ao teste, que ameaçam “os interesses de todas as nações”.

“O comportamento perigoso e irresponsável põe em risco a sustentabilidade do nosso espaço e demonstra claramente que as declarações russas em oposição a armas espaciais são desonestas e hipócritas”, disse Price. 

Teste com arma antissatélite russa teria gerado milhares de destroços espaciais, segundo os EUA. Foto: NASA

Tom similar foi adotado pelos britânicos, alegando que a operação russa mostra um “desrespeito completo pela segurança e sustentabilidade” dos programas espaciais.

Mais cedo nesta segunda, a Roscosmos, a agência espacial russa, havia dito que os sete astronautas na Estação Espacial Internacional precisaram se proteger devido a destroços em órbita. Não está claro se o incidente notificado pelos russos têm relação com o incidente notificado pelos americanos, que ainda não foi comentado pelo Kremlin.

"Amigos, está tudo normal conosco! Continuamos a trabalhar de acordo com o programa", disse o cosmonauta Anton Shkaplerov em seu Twitter.

Cosmos 1408

A agência espacial russa Roscosmos disse, nesta terça-feira (16), que a "segurança da tripulação" da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) é sua "principal prioridade".

A declaração foi dada, depois de Washington acusar Moscou de ter lançado um míssil antissatélite que colocou a estação em perigo.

"Apenas os esforços conjuntos de todas as potências espaciais poderão garantir uma coexistência o mais segura possível e as operações no âmbito espacial", afirmou a Roscosmos em um comunicado, sem responder diretamente às acusações americanas feitas no dia anterior. 

A agência espacial russa acrescentou que seu "sistema automatizado de alerta para situações de perigo" continua "monitorando a situação para prevenir e enfrentar qualquer ameaça para a segurança da Estação Espacial Internacional e de sua tripulação".

Segundo a agência de notícias russa Tass, citando uma fonte não identificada, o diretor da Roscosmos irá discutir o assunto com a Nasa na terça-feira, em uma conversa por telefone. A agência espacial americana, por sua vez, disse que está reunindo informações antes de fazer qualquer comentário formal.

De acordo com a companhia Leo Labs, que monitora objetos espaciais, os dados mostram “múltiplos objetos”perto do satélite Cosmos 1408. O equipamento foi posto em órbita ainda durante a Guerra Fria, em 1982.

O porta-voz do Pentágono, John Kirby, disse que a preocupação mais imediata do governo americano é lidar com os destroços, mas que o teste demonstrou a necessidade de mais normas no espaço. O teste russo, contudo, não é sem precedentes.

Os EUA realizaram os primeiros testes antissatélites em 1959, quando os aparelhos eram novos e raros. Desde então, tornaram-se mais comuns, ganhando impulso nos últimos anos conforme a corrida espacial mais recente ganhou força. Com o aumento da competição, é possível que um número ainda maior de países busque desenvolver suas próprias tecnologias antissatélites.

Em 2020, a Rússia já havia testado armas do tipo ao menos três vezes, todos eles não destrutivos. Em 2019, a Índia derrubou um de seus próprios satélites que orbitava em baixa velocidade com um míssil lançado da Terra. Ele também deixou destroços, mas Nova Délhi agiu para contê-los. / AP, AFP e REUTERS 

WASHINGTON —Os Estados Unidos acusaram a Rússia, nesta segunda-feira, de testar uma arma antissatélite que gerou milhares de destroços espaciais. Os detritos, afirmaram os americanos, põem em xeque não só o funcionamento de outros satélites, mas também a segurança de astronautas e cosmonautas no espaço.

De acordo com especialistas, armas dese tipo são perigosas porque podem criam uma nuvem de fragmentos que podem colidir com outros objetos. Com isso, há o risco de haver uma reação em cadeia, ameaçando objetos já em órbita e viagens e lançamentos espaciais futuros.

Segundo o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, o teste “imprudente” foi realizado por Moscou contra um de seus próprios satélites. De acordo com ele, há mais de 1,5 mil fragmentos orbitando a terra devido ao teste, que ameaçam “os interesses de todas as nações”.

“O comportamento perigoso e irresponsável põe em risco a sustentabilidade do nosso espaço e demonstra claramente que as declarações russas em oposição a armas espaciais são desonestas e hipócritas”, disse Price. 

Teste com arma antissatélite russa teria gerado milhares de destroços espaciais, segundo os EUA. Foto: NASA

Tom similar foi adotado pelos britânicos, alegando que a operação russa mostra um “desrespeito completo pela segurança e sustentabilidade” dos programas espaciais.

Mais cedo nesta segunda, a Roscosmos, a agência espacial russa, havia dito que os sete astronautas na Estação Espacial Internacional precisaram se proteger devido a destroços em órbita. Não está claro se o incidente notificado pelos russos têm relação com o incidente notificado pelos americanos, que ainda não foi comentado pelo Kremlin.

"Amigos, está tudo normal conosco! Continuamos a trabalhar de acordo com o programa", disse o cosmonauta Anton Shkaplerov em seu Twitter.

Cosmos 1408

A agência espacial russa Roscosmos disse, nesta terça-feira (16), que a "segurança da tripulação" da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) é sua "principal prioridade".

A declaração foi dada, depois de Washington acusar Moscou de ter lançado um míssil antissatélite que colocou a estação em perigo.

"Apenas os esforços conjuntos de todas as potências espaciais poderão garantir uma coexistência o mais segura possível e as operações no âmbito espacial", afirmou a Roscosmos em um comunicado, sem responder diretamente às acusações americanas feitas no dia anterior. 

A agência espacial russa acrescentou que seu "sistema automatizado de alerta para situações de perigo" continua "monitorando a situação para prevenir e enfrentar qualquer ameaça para a segurança da Estação Espacial Internacional e de sua tripulação".

Segundo a agência de notícias russa Tass, citando uma fonte não identificada, o diretor da Roscosmos irá discutir o assunto com a Nasa na terça-feira, em uma conversa por telefone. A agência espacial americana, por sua vez, disse que está reunindo informações antes de fazer qualquer comentário formal.

De acordo com a companhia Leo Labs, que monitora objetos espaciais, os dados mostram “múltiplos objetos”perto do satélite Cosmos 1408. O equipamento foi posto em órbita ainda durante a Guerra Fria, em 1982.

O porta-voz do Pentágono, John Kirby, disse que a preocupação mais imediata do governo americano é lidar com os destroços, mas que o teste demonstrou a necessidade de mais normas no espaço. O teste russo, contudo, não é sem precedentes.

Os EUA realizaram os primeiros testes antissatélites em 1959, quando os aparelhos eram novos e raros. Desde então, tornaram-se mais comuns, ganhando impulso nos últimos anos conforme a corrida espacial mais recente ganhou força. Com o aumento da competição, é possível que um número ainda maior de países busque desenvolver suas próprias tecnologias antissatélites.

Em 2020, a Rússia já havia testado armas do tipo ao menos três vezes, todos eles não destrutivos. Em 2019, a Índia derrubou um de seus próprios satélites que orbitava em baixa velocidade com um míssil lançado da Terra. Ele também deixou destroços, mas Nova Délhi agiu para contê-los. / AP, AFP e REUTERS 

WASHINGTON —Os Estados Unidos acusaram a Rússia, nesta segunda-feira, de testar uma arma antissatélite que gerou milhares de destroços espaciais. Os detritos, afirmaram os americanos, põem em xeque não só o funcionamento de outros satélites, mas também a segurança de astronautas e cosmonautas no espaço.

De acordo com especialistas, armas dese tipo são perigosas porque podem criam uma nuvem de fragmentos que podem colidir com outros objetos. Com isso, há o risco de haver uma reação em cadeia, ameaçando objetos já em órbita e viagens e lançamentos espaciais futuros.

Segundo o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, o teste “imprudente” foi realizado por Moscou contra um de seus próprios satélites. De acordo com ele, há mais de 1,5 mil fragmentos orbitando a terra devido ao teste, que ameaçam “os interesses de todas as nações”.

“O comportamento perigoso e irresponsável põe em risco a sustentabilidade do nosso espaço e demonstra claramente que as declarações russas em oposição a armas espaciais são desonestas e hipócritas”, disse Price. 

Teste com arma antissatélite russa teria gerado milhares de destroços espaciais, segundo os EUA. Foto: NASA

Tom similar foi adotado pelos britânicos, alegando que a operação russa mostra um “desrespeito completo pela segurança e sustentabilidade” dos programas espaciais.

Mais cedo nesta segunda, a Roscosmos, a agência espacial russa, havia dito que os sete astronautas na Estação Espacial Internacional precisaram se proteger devido a destroços em órbita. Não está claro se o incidente notificado pelos russos têm relação com o incidente notificado pelos americanos, que ainda não foi comentado pelo Kremlin.

"Amigos, está tudo normal conosco! Continuamos a trabalhar de acordo com o programa", disse o cosmonauta Anton Shkaplerov em seu Twitter.

Cosmos 1408

A agência espacial russa Roscosmos disse, nesta terça-feira (16), que a "segurança da tripulação" da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) é sua "principal prioridade".

A declaração foi dada, depois de Washington acusar Moscou de ter lançado um míssil antissatélite que colocou a estação em perigo.

"Apenas os esforços conjuntos de todas as potências espaciais poderão garantir uma coexistência o mais segura possível e as operações no âmbito espacial", afirmou a Roscosmos em um comunicado, sem responder diretamente às acusações americanas feitas no dia anterior. 

A agência espacial russa acrescentou que seu "sistema automatizado de alerta para situações de perigo" continua "monitorando a situação para prevenir e enfrentar qualquer ameaça para a segurança da Estação Espacial Internacional e de sua tripulação".

Segundo a agência de notícias russa Tass, citando uma fonte não identificada, o diretor da Roscosmos irá discutir o assunto com a Nasa na terça-feira, em uma conversa por telefone. A agência espacial americana, por sua vez, disse que está reunindo informações antes de fazer qualquer comentário formal.

De acordo com a companhia Leo Labs, que monitora objetos espaciais, os dados mostram “múltiplos objetos”perto do satélite Cosmos 1408. O equipamento foi posto em órbita ainda durante a Guerra Fria, em 1982.

O porta-voz do Pentágono, John Kirby, disse que a preocupação mais imediata do governo americano é lidar com os destroços, mas que o teste demonstrou a necessidade de mais normas no espaço. O teste russo, contudo, não é sem precedentes.

Os EUA realizaram os primeiros testes antissatélites em 1959, quando os aparelhos eram novos e raros. Desde então, tornaram-se mais comuns, ganhando impulso nos últimos anos conforme a corrida espacial mais recente ganhou força. Com o aumento da competição, é possível que um número ainda maior de países busque desenvolver suas próprias tecnologias antissatélites.

Em 2020, a Rússia já havia testado armas do tipo ao menos três vezes, todos eles não destrutivos. Em 2019, a Índia derrubou um de seus próprios satélites que orbitava em baixa velocidade com um míssil lançado da Terra. Ele também deixou destroços, mas Nova Délhi agiu para contê-los. / AP, AFP e REUTERS 

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