EUA alertam que Moscou quer anexar regiões do leste da Ucrânia com eleições simuladas


Segundo diplomata americano, planos seriam realizar eleições nos territórios separatistas em meados de maio

Por Redação
Atualização:

A Rússia parece estar se preparando para anexar duas regiões no leste da Ucrânia e possivelmente uma terceira no sul do país, disse um diplomata americano nesta segunda-feira, 2, citando relatórios “altamente confiáveis” sobre os planos de Moscou.

Michael Carpenter, embaixador americano na Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), disse que o Kremlin provavelmente realizará eleições “falsas” nos territórios separatistas de Donetsk e Luhansk -- apoiados pela Rússia -- em meados de maio para assumir formalmente o controle de ambos.

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O embaixador não especificou a origem desses relatos ou como conseguiu fazer tal previsão.

Um referendo semelhante em Kherson, no sul da Ucrânia, pode acontecer, disse ele. A língua russa é dominante em todas as três áreas. “Isso saiu direto da cartilha do Kremlin”, disse Carpenter a repórteres do Departamento de Estado nesta segunda-feira.

Em uma visita organizada pelos militares russos a Mariupol, o chefe da república separatista de Donetsk Denis Pushilin (E) e o novo prefeito da cidade escolhido por Moscou, Konstantin Ivashchenko (C), conversam com moradores, em 29 de abril Foto: Sergei Ilnitsky/EFE/EPA
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Ele disse que não era certo que a Rússia acabaria por anexar qualquer uma das regiões, muito menos ter sucesso em fazê-lo, mas que esse era o plano que o governo americano tinha conhecimento.

O presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu a independência da chamada República Popular de Donetsk e da República Popular de Luhansk alguns dias antes do início da invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro. Separatistas apoiados por Moscou nas regiões lutam contra as forças ucranianas desde 2014.

Putin anexou a Península da Crimeia em 2014, poucas horas depois de 97% dos eleitores em um referendo aprovarem a separação da Ucrânia. A votação foi criticada como fraudulenta e, desde então, grande parte do mundo se recusou a reconhecer a Crimeia como parte da Federação Russa.

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Carpenter disse que também é possível que os líderes russos tentem tomar outras partes da Ucrânia, impondo “marionetes e representantes” nos governos locais e forçando a saída de funcionários democraticamente eleitos.

Planos para Kiev

Ele disse que esse parecia ser o objetivo inicial de Moscou em Kiev -- um plano que incluía a instalação de uma nova Constituição na Ucrânia --, mas que as forças russas foram forçadas a recuar para o leste e o sul do país depois de não conseguirem tomar a capital.

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Agora, disse ele, Moscou parece ter a intenção de impor seu currículo escolar, moeda e liderança local em áreas onde as forças russas são suspeitas de sequestrar oponentes políticos, educadores e jornalistas e cortar os serviços de internet para isolar os moradores de fontes independentes de informação.

Carpenter reconheceu que havia pouco que o OSCE poderia fazer para deter a Rússia, embora ele tenha citado os esforços do Ocidente e de outros aliados internacionais para atacar Moscou com sanções econômicas e isolamento diplomático.

Ele disse que a organização está trabalhando para distribuir ajuda humanitária aos ucranianos que foram feridos na guerra ou forçados a deixar suas casas desde a invasão russa, e está ajudando a documentar crimes de guerra e outros abusos de direitos humanos para futuros processos.

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“Parte do que estamos tentando fazer é expor as intenções da Rússia”, disse Carpenter. “Infelizmente, estivemos mais certos do que errados ao expor o que acreditamos que pode vir a seguir.”/NYT

A Rússia parece estar se preparando para anexar duas regiões no leste da Ucrânia e possivelmente uma terceira no sul do país, disse um diplomata americano nesta segunda-feira, 2, citando relatórios “altamente confiáveis” sobre os planos de Moscou.

Michael Carpenter, embaixador americano na Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), disse que o Kremlin provavelmente realizará eleições “falsas” nos territórios separatistas de Donetsk e Luhansk -- apoiados pela Rússia -- em meados de maio para assumir formalmente o controle de ambos.

O embaixador não especificou a origem desses relatos ou como conseguiu fazer tal previsão.

Um referendo semelhante em Kherson, no sul da Ucrânia, pode acontecer, disse ele. A língua russa é dominante em todas as três áreas. “Isso saiu direto da cartilha do Kremlin”, disse Carpenter a repórteres do Departamento de Estado nesta segunda-feira.

Em uma visita organizada pelos militares russos a Mariupol, o chefe da república separatista de Donetsk Denis Pushilin (E) e o novo prefeito da cidade escolhido por Moscou, Konstantin Ivashchenko (C), conversam com moradores, em 29 de abril Foto: Sergei Ilnitsky/EFE/EPA

Ele disse que não era certo que a Rússia acabaria por anexar qualquer uma das regiões, muito menos ter sucesso em fazê-lo, mas que esse era o plano que o governo americano tinha conhecimento.

O presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu a independência da chamada República Popular de Donetsk e da República Popular de Luhansk alguns dias antes do início da invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro. Separatistas apoiados por Moscou nas regiões lutam contra as forças ucranianas desde 2014.

Putin anexou a Península da Crimeia em 2014, poucas horas depois de 97% dos eleitores em um referendo aprovarem a separação da Ucrânia. A votação foi criticada como fraudulenta e, desde então, grande parte do mundo se recusou a reconhecer a Crimeia como parte da Federação Russa.

Carpenter disse que também é possível que os líderes russos tentem tomar outras partes da Ucrânia, impondo “marionetes e representantes” nos governos locais e forçando a saída de funcionários democraticamente eleitos.

Planos para Kiev

Ele disse que esse parecia ser o objetivo inicial de Moscou em Kiev -- um plano que incluía a instalação de uma nova Constituição na Ucrânia --, mas que as forças russas foram forçadas a recuar para o leste e o sul do país depois de não conseguirem tomar a capital.

Agora, disse ele, Moscou parece ter a intenção de impor seu currículo escolar, moeda e liderança local em áreas onde as forças russas são suspeitas de sequestrar oponentes políticos, educadores e jornalistas e cortar os serviços de internet para isolar os moradores de fontes independentes de informação.

Carpenter reconheceu que havia pouco que o OSCE poderia fazer para deter a Rússia, embora ele tenha citado os esforços do Ocidente e de outros aliados internacionais para atacar Moscou com sanções econômicas e isolamento diplomático.

Ele disse que a organização está trabalhando para distribuir ajuda humanitária aos ucranianos que foram feridos na guerra ou forçados a deixar suas casas desde a invasão russa, e está ajudando a documentar crimes de guerra e outros abusos de direitos humanos para futuros processos.

“Parte do que estamos tentando fazer é expor as intenções da Rússia”, disse Carpenter. “Infelizmente, estivemos mais certos do que errados ao expor o que acreditamos que pode vir a seguir.”/NYT

A Rússia parece estar se preparando para anexar duas regiões no leste da Ucrânia e possivelmente uma terceira no sul do país, disse um diplomata americano nesta segunda-feira, 2, citando relatórios “altamente confiáveis” sobre os planos de Moscou.

Michael Carpenter, embaixador americano na Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), disse que o Kremlin provavelmente realizará eleições “falsas” nos territórios separatistas de Donetsk e Luhansk -- apoiados pela Rússia -- em meados de maio para assumir formalmente o controle de ambos.

O embaixador não especificou a origem desses relatos ou como conseguiu fazer tal previsão.

Um referendo semelhante em Kherson, no sul da Ucrânia, pode acontecer, disse ele. A língua russa é dominante em todas as três áreas. “Isso saiu direto da cartilha do Kremlin”, disse Carpenter a repórteres do Departamento de Estado nesta segunda-feira.

Em uma visita organizada pelos militares russos a Mariupol, o chefe da república separatista de Donetsk Denis Pushilin (E) e o novo prefeito da cidade escolhido por Moscou, Konstantin Ivashchenko (C), conversam com moradores, em 29 de abril Foto: Sergei Ilnitsky/EFE/EPA

Ele disse que não era certo que a Rússia acabaria por anexar qualquer uma das regiões, muito menos ter sucesso em fazê-lo, mas que esse era o plano que o governo americano tinha conhecimento.

O presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu a independência da chamada República Popular de Donetsk e da República Popular de Luhansk alguns dias antes do início da invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro. Separatistas apoiados por Moscou nas regiões lutam contra as forças ucranianas desde 2014.

Putin anexou a Península da Crimeia em 2014, poucas horas depois de 97% dos eleitores em um referendo aprovarem a separação da Ucrânia. A votação foi criticada como fraudulenta e, desde então, grande parte do mundo se recusou a reconhecer a Crimeia como parte da Federação Russa.

Carpenter disse que também é possível que os líderes russos tentem tomar outras partes da Ucrânia, impondo “marionetes e representantes” nos governos locais e forçando a saída de funcionários democraticamente eleitos.

Planos para Kiev

Ele disse que esse parecia ser o objetivo inicial de Moscou em Kiev -- um plano que incluía a instalação de uma nova Constituição na Ucrânia --, mas que as forças russas foram forçadas a recuar para o leste e o sul do país depois de não conseguirem tomar a capital.

Agora, disse ele, Moscou parece ter a intenção de impor seu currículo escolar, moeda e liderança local em áreas onde as forças russas são suspeitas de sequestrar oponentes políticos, educadores e jornalistas e cortar os serviços de internet para isolar os moradores de fontes independentes de informação.

Carpenter reconheceu que havia pouco que o OSCE poderia fazer para deter a Rússia, embora ele tenha citado os esforços do Ocidente e de outros aliados internacionais para atacar Moscou com sanções econômicas e isolamento diplomático.

Ele disse que a organização está trabalhando para distribuir ajuda humanitária aos ucranianos que foram feridos na guerra ou forçados a deixar suas casas desde a invasão russa, e está ajudando a documentar crimes de guerra e outros abusos de direitos humanos para futuros processos.

“Parte do que estamos tentando fazer é expor as intenções da Rússia”, disse Carpenter. “Infelizmente, estivemos mais certos do que errados ao expor o que acreditamos que pode vir a seguir.”/NYT

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