O ataque a drone lançada por uma milícia apoiada pelo Irã matou pelo menos 3 soldados americanos e feriu mais 25 na Jordânia, perto da fronteira com a Síria, informaram os Estados Unidos neste domingo, 28. Foi a primeira vez que militares dos EUA morreram por fogo inimigo desde que a guerra em Gaza elevou a tensão no Oriente Médio.
“Embora ainda estejamos reunindo as informações sobre o ataque, sabemos que foi conduzido por grupos radicais apoiados pelo Irã que operam na Síria e no Iraque”, afirmou o presidente Joe Biden ao lamentar as mortes em nota. “Não tenham dúvidas: os culpados serão responsabilizados quando e como nós decidirmos”, concluiu.
Ele foi informado sobre o ataque na manhã deste domingo, segundo a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre.
Os nomes dos soldados foram omitidos até que as famílias sejam avisadas, informou o Washington Post. As autoridades americanas tentam entender porque a defesa aérea da base falhou e ainda não se sabe de que país partiu o ataque, que ameaça elevar ainda mais a tensão na região.
A Resistência Islâmica no Iraque, grupo que está no guarda-chuva de milícias apoiadas pelo Irã, assumiu a responsabilidade. “Se os EUA continuarem a apoiar Israel, haverá escaladas. Todos os interesses dos EUA na região são alvos legítimos e não nos importamos com as ameaças de resposta dos EUA”, disse um integrante do grupo ao Washington Post sob condição de anonimato.
Até o momento, a Jordânia ainda não se manifestou. O reino faz fronteira com Arábia Saudita, Iraque, Israel e Síria, além do território palestino da Cisjordânia. E abriga bases americanas, que concentram cerca de 3 mil soldados.
Os Estados Unidos são o principal aliado de Israel, que trava uma guerra contra os terroristas do Hamas na Faixa de Gaza. Desde o início do conflito, as tropas dos EUA no Iraque e na Síria foram alvo de quase 160 ataques, que incluíram foguetes, mísseis e drones. Até agora, no entanto, nenhum soldado americano havia morrido e ainda não está claro como Washington vai responder.
Nas últimas semanas, Washington passou a enfrentar também os rebeldes Houthis, financiados pelo Irã. A milícia, que atua no Iêmen ameaça a rota do Mar Vermelho, fundamental para o comércio global, com ataques a navios. No domingo passado, o Pentágono confirmou a morte de dois Navy SEALs, a tropa de elite da marinha americana, que desapareceram no mar durante uma operação para interceptar armas iranianas enviadas para o grupo./Com informações de AP, NY Times e Washington Post