EUA buscam assento no Conselho de Direitos Humanos da ONU


Secretário de Estado americano, Anthony Blinken, afirmou em videoconferência que o país vai pleitear uma representação no órgão, encerrando a 'política da cadeira vazia' da era Trump

Por Redação

GENEBRA - Após anos encolhimento no cenário internacional, os Estados Unidos seguem fazendo acenos ao multilateralismo no começo da gestão de Joe Biden. Nesta quarta-feira, 24, o secretário de Estado do país, Anthony Blinken, revelou que o país vai buscar um assento no Conselho de Direitos Humanos da ONU (CDH), o que pode marcar o fim da "política da cadeira vazia" dos anos Trump.

"Tenho o prazer de lhes anunciar que os Estados Unidos buscarão uma cadeira no Conselho de Direitos Humanos da ONU para o mandato 2022-2024. Pedimos humildemente o apoio de todos os membros da ONU em nosso desejo de ter um assento nesta instituição", disse Blinken durante uma videoconferência no Conselho.

Visão geral de sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, durante discurso de Michelle Bachelet. Foto: REUTERS/Denis Balibouse - 27/02/2020
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Caso se confirme a volta do país ao CDH, encerra-se um período de pouco mais de dois anos de ausência da maior potência bélica e econômica mundial na principal organização de direitos humanos do mundo. Em junho de 2018, a administração de Donald Trump anunciou a saída da instituição com sede em Genebra acusando o Conselho de hipocrisia e perseguição a Israel. Logo após a saída, apenas EUA, Eritreia, Irã e Coreia do Norte não possuíam assentos no órgão.

"Neste ano, como nos anteriores, o conselho de direitos humanos aprovou cinco resoluções contra Israel, mas do que as aprovadas contra a Coreia do Norte, o Irã e Síria juntos. Esse foco desproporcional de hostilidade contra Israel é a prova clara de que a motivação do conselho é política, e não relacionada aos direitos humanos. Se o conselho vai atacar países que protegem direitos humanos, e proteger os que os violam, então os EUA não deveriam dar a ele nenhuma credibilidade", declarou Nikki Haley, embaixadora dos EUA na ONU na época.

O secretário de Estado americano, Anthony Blinken, em vídeo exibido na 46ª sessão regular do Conselho de Direitos Humanos da ONU. Foto: AFP PHOTO/ UNITED NATIONS
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A retomada de interesse no CDH é mais um passo do governo Biden em direção ao sistema internacional - na campanha presidencial, o presidente prometeu recolocar os EUA como protagonista no cenário mundial. Apenas neste começo de gestão, Biden já desfez alguns atos isolacionistas de Trump, recolocando o país no Acordo de Paris e na Organização Mundial de Saúde (OMS).

"Os Estados Unidos colocam a democracia e os direitos humanos no centro de sua política externa, porque são indispensáveis para a paz e a estabilidade", disse Blinken na videoconferência. "Este compromisso é firme e baseado em nossa própria experiência como uma democracia, imperfeita e muitas vezes abaixo de nossos próprios ideais, mas sempre buscando ser um país mais inclusivo, respeitoso e livre", disse, em um tom que contrasta com o de seu antecessor, Mike Pompeo, às vezes considerado arrogante./ AFP

GENEBRA - Após anos encolhimento no cenário internacional, os Estados Unidos seguem fazendo acenos ao multilateralismo no começo da gestão de Joe Biden. Nesta quarta-feira, 24, o secretário de Estado do país, Anthony Blinken, revelou que o país vai buscar um assento no Conselho de Direitos Humanos da ONU (CDH), o que pode marcar o fim da "política da cadeira vazia" dos anos Trump.

"Tenho o prazer de lhes anunciar que os Estados Unidos buscarão uma cadeira no Conselho de Direitos Humanos da ONU para o mandato 2022-2024. Pedimos humildemente o apoio de todos os membros da ONU em nosso desejo de ter um assento nesta instituição", disse Blinken durante uma videoconferência no Conselho.

Visão geral de sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, durante discurso de Michelle Bachelet. Foto: REUTERS/Denis Balibouse - 27/02/2020

Caso se confirme a volta do país ao CDH, encerra-se um período de pouco mais de dois anos de ausência da maior potência bélica e econômica mundial na principal organização de direitos humanos do mundo. Em junho de 2018, a administração de Donald Trump anunciou a saída da instituição com sede em Genebra acusando o Conselho de hipocrisia e perseguição a Israel. Logo após a saída, apenas EUA, Eritreia, Irã e Coreia do Norte não possuíam assentos no órgão.

"Neste ano, como nos anteriores, o conselho de direitos humanos aprovou cinco resoluções contra Israel, mas do que as aprovadas contra a Coreia do Norte, o Irã e Síria juntos. Esse foco desproporcional de hostilidade contra Israel é a prova clara de que a motivação do conselho é política, e não relacionada aos direitos humanos. Se o conselho vai atacar países que protegem direitos humanos, e proteger os que os violam, então os EUA não deveriam dar a ele nenhuma credibilidade", declarou Nikki Haley, embaixadora dos EUA na ONU na época.

O secretário de Estado americano, Anthony Blinken, em vídeo exibido na 46ª sessão regular do Conselho de Direitos Humanos da ONU. Foto: AFP PHOTO/ UNITED NATIONS

A retomada de interesse no CDH é mais um passo do governo Biden em direção ao sistema internacional - na campanha presidencial, o presidente prometeu recolocar os EUA como protagonista no cenário mundial. Apenas neste começo de gestão, Biden já desfez alguns atos isolacionistas de Trump, recolocando o país no Acordo de Paris e na Organização Mundial de Saúde (OMS).

"Os Estados Unidos colocam a democracia e os direitos humanos no centro de sua política externa, porque são indispensáveis para a paz e a estabilidade", disse Blinken na videoconferência. "Este compromisso é firme e baseado em nossa própria experiência como uma democracia, imperfeita e muitas vezes abaixo de nossos próprios ideais, mas sempre buscando ser um país mais inclusivo, respeitoso e livre", disse, em um tom que contrasta com o de seu antecessor, Mike Pompeo, às vezes considerado arrogante./ AFP

GENEBRA - Após anos encolhimento no cenário internacional, os Estados Unidos seguem fazendo acenos ao multilateralismo no começo da gestão de Joe Biden. Nesta quarta-feira, 24, o secretário de Estado do país, Anthony Blinken, revelou que o país vai buscar um assento no Conselho de Direitos Humanos da ONU (CDH), o que pode marcar o fim da "política da cadeira vazia" dos anos Trump.

"Tenho o prazer de lhes anunciar que os Estados Unidos buscarão uma cadeira no Conselho de Direitos Humanos da ONU para o mandato 2022-2024. Pedimos humildemente o apoio de todos os membros da ONU em nosso desejo de ter um assento nesta instituição", disse Blinken durante uma videoconferência no Conselho.

Visão geral de sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, durante discurso de Michelle Bachelet. Foto: REUTERS/Denis Balibouse - 27/02/2020

Caso se confirme a volta do país ao CDH, encerra-se um período de pouco mais de dois anos de ausência da maior potência bélica e econômica mundial na principal organização de direitos humanos do mundo. Em junho de 2018, a administração de Donald Trump anunciou a saída da instituição com sede em Genebra acusando o Conselho de hipocrisia e perseguição a Israel. Logo após a saída, apenas EUA, Eritreia, Irã e Coreia do Norte não possuíam assentos no órgão.

"Neste ano, como nos anteriores, o conselho de direitos humanos aprovou cinco resoluções contra Israel, mas do que as aprovadas contra a Coreia do Norte, o Irã e Síria juntos. Esse foco desproporcional de hostilidade contra Israel é a prova clara de que a motivação do conselho é política, e não relacionada aos direitos humanos. Se o conselho vai atacar países que protegem direitos humanos, e proteger os que os violam, então os EUA não deveriam dar a ele nenhuma credibilidade", declarou Nikki Haley, embaixadora dos EUA na ONU na época.

O secretário de Estado americano, Anthony Blinken, em vídeo exibido na 46ª sessão regular do Conselho de Direitos Humanos da ONU. Foto: AFP PHOTO/ UNITED NATIONS

A retomada de interesse no CDH é mais um passo do governo Biden em direção ao sistema internacional - na campanha presidencial, o presidente prometeu recolocar os EUA como protagonista no cenário mundial. Apenas neste começo de gestão, Biden já desfez alguns atos isolacionistas de Trump, recolocando o país no Acordo de Paris e na Organização Mundial de Saúde (OMS).

"Os Estados Unidos colocam a democracia e os direitos humanos no centro de sua política externa, porque são indispensáveis para a paz e a estabilidade", disse Blinken na videoconferência. "Este compromisso é firme e baseado em nossa própria experiência como uma democracia, imperfeita e muitas vezes abaixo de nossos próprios ideais, mas sempre buscando ser um país mais inclusivo, respeitoso e livre", disse, em um tom que contrasta com o de seu antecessor, Mike Pompeo, às vezes considerado arrogante./ AFP

GENEBRA - Após anos encolhimento no cenário internacional, os Estados Unidos seguem fazendo acenos ao multilateralismo no começo da gestão de Joe Biden. Nesta quarta-feira, 24, o secretário de Estado do país, Anthony Blinken, revelou que o país vai buscar um assento no Conselho de Direitos Humanos da ONU (CDH), o que pode marcar o fim da "política da cadeira vazia" dos anos Trump.

"Tenho o prazer de lhes anunciar que os Estados Unidos buscarão uma cadeira no Conselho de Direitos Humanos da ONU para o mandato 2022-2024. Pedimos humildemente o apoio de todos os membros da ONU em nosso desejo de ter um assento nesta instituição", disse Blinken durante uma videoconferência no Conselho.

Visão geral de sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, durante discurso de Michelle Bachelet. Foto: REUTERS/Denis Balibouse - 27/02/2020

Caso se confirme a volta do país ao CDH, encerra-se um período de pouco mais de dois anos de ausência da maior potência bélica e econômica mundial na principal organização de direitos humanos do mundo. Em junho de 2018, a administração de Donald Trump anunciou a saída da instituição com sede em Genebra acusando o Conselho de hipocrisia e perseguição a Israel. Logo após a saída, apenas EUA, Eritreia, Irã e Coreia do Norte não possuíam assentos no órgão.

"Neste ano, como nos anteriores, o conselho de direitos humanos aprovou cinco resoluções contra Israel, mas do que as aprovadas contra a Coreia do Norte, o Irã e Síria juntos. Esse foco desproporcional de hostilidade contra Israel é a prova clara de que a motivação do conselho é política, e não relacionada aos direitos humanos. Se o conselho vai atacar países que protegem direitos humanos, e proteger os que os violam, então os EUA não deveriam dar a ele nenhuma credibilidade", declarou Nikki Haley, embaixadora dos EUA na ONU na época.

O secretário de Estado americano, Anthony Blinken, em vídeo exibido na 46ª sessão regular do Conselho de Direitos Humanos da ONU. Foto: AFP PHOTO/ UNITED NATIONS

A retomada de interesse no CDH é mais um passo do governo Biden em direção ao sistema internacional - na campanha presidencial, o presidente prometeu recolocar os EUA como protagonista no cenário mundial. Apenas neste começo de gestão, Biden já desfez alguns atos isolacionistas de Trump, recolocando o país no Acordo de Paris e na Organização Mundial de Saúde (OMS).

"Os Estados Unidos colocam a democracia e os direitos humanos no centro de sua política externa, porque são indispensáveis para a paz e a estabilidade", disse Blinken na videoconferência. "Este compromisso é firme e baseado em nossa própria experiência como uma democracia, imperfeita e muitas vezes abaixo de nossos próprios ideais, mas sempre buscando ser um país mais inclusivo, respeitoso e livre", disse, em um tom que contrasta com o de seu antecessor, Mike Pompeo, às vezes considerado arrogante./ AFP

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