EUA confirmam chegada das controvertidas bombas de fragmentação na Ucrânia


Decisão americana de mandar arma proibida em mais de 100 países dividiu opiniões entre aliados da Otan e foi alvo de novas ameaças da Rússia

Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - As bombas de fragmentação que os Estados Unidos prometeram para Ucrânia chegaram ao destino final, confirmou o Pentágono nesta quinta-feira. O envio das controvertidas munições virou motivo de novas ameaças da Rússia e críticas ao governo americano já que esse tipo de arma é proibido em mais de 100 países, incluindo boa parte dos aliados da Otan.

As bombas de fragmentação fazem parte de um novo pacote de ajuda militar de US$800 milhões, que também prevê o fortalecimento da defesa aérea ucraniana com mísseis e munições para o sistema Patriot.

O envio das bombas foi justificado pela necessidade de artilharia no campo de batalha. O problema é que esse tipo de arma dispersa um grande número de pequenos explosivos pela área. Muitos, não explodem na hora e podem continuar no solo mesmo depois da guerra. Por isso, apresentam um grande risco para civis, em especial, as crianças que podem pegar bombas no chão por curiosidade.

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No fim de semana, o aliado Rishi Sunak, primeiro-ministro britânico, tentou desencorajar os EUA lembrando que o Reino Unido é signatário da convenção contra as bombas de fragmentação.

Do outro lado, a Rússia ameaçou dizendo que também tem estoques desse tipo de munição e que poderia usar armas “similares”.

A Ucrânia, por sua vez, agradece. O presidente Volodmir Zelenski aproveitou o encontro que teve com o americano Joe Biden durante a cúpula da Otan em Vilna e elogiou o que chamou de decisão “difícil” dos Estados Unidos de fornecer as bombas de fragmentação. Nas palavras de Zelenski, a Rússia tem usado o mesmo tipo de arma na guerra sem receber as mesmas críticas.

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“A decisão vai ajudar a nos proteger e, por isso, eu agradeço. E eu não ouvi de todas as partes do mundo, quando a Rússia começou a usar (bombas de fragmentação), eu não ouvi todos eles criticando a Rússia”, reclamou o presidente ucraniano.

Presidentes dos Estados Unidos, Joe Bien, e da Ucrânia, Volodmir Zelenski na cúpula da Otan. Foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP

Agora, Biden analisa se vai atender ao pedido dos ucranianos por mísseis de longo alcance, do tipo ATACMS que cobrem uma distância de cerca de 300 km. Durante a cúpula, a França prometeu os mísseis franceses SCALP, seguindo os passos do Reino Unido que manda desde maio as armas de longa distância do tipo Storm Shadow.

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Os ATACMS também vão muito mais longe que o sistema Himars, de até 80km já fornecido pelos Estados Unidos à Ucrânia. O temor da Casa Branca é que as armas de longo alcance sejam usadas para atacar alvos dentro da Rússia, acirrando ainda mais a tensão.

Questionado sobre o pedido, Biden respondeu que a prioridade é garantir o fornecimento de projéteis de artilharia que estão em falta. Isso no momento em que Kiev empreende sua contraofensiva em ritmo mais lento que o esperado.

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Zelenski pressionava por um cronograma de adesão da Ucrânia à Otan, mas a aliança se limitou a prometer que fará o convite um dia. A entrada de Kiev neste momento colocaria todos os países membros em guerra contra a Rússia e a definição de prazos - como pedia a Ucrânia - dividiu aliados.

Diante do impasse, a aliança reafirmou o compromisso em ajudar Kiev contra a invasão das tropas russas, que já dura há quase um ano e meio sem qualquer perspectiva de paz.

Zelenski voltou para casa com o documento assinado pelos líderes do G7, que assumiram o compromisso de garantir a segurança da Urânia a longo prazo. Além de novas rodadas de ajuda militar anunciadas pela França e pela Alemanha./EFE

WASHINGTON - As bombas de fragmentação que os Estados Unidos prometeram para Ucrânia chegaram ao destino final, confirmou o Pentágono nesta quinta-feira. O envio das controvertidas munições virou motivo de novas ameaças da Rússia e críticas ao governo americano já que esse tipo de arma é proibido em mais de 100 países, incluindo boa parte dos aliados da Otan.

As bombas de fragmentação fazem parte de um novo pacote de ajuda militar de US$800 milhões, que também prevê o fortalecimento da defesa aérea ucraniana com mísseis e munições para o sistema Patriot.

O envio das bombas foi justificado pela necessidade de artilharia no campo de batalha. O problema é que esse tipo de arma dispersa um grande número de pequenos explosivos pela área. Muitos, não explodem na hora e podem continuar no solo mesmo depois da guerra. Por isso, apresentam um grande risco para civis, em especial, as crianças que podem pegar bombas no chão por curiosidade.

No fim de semana, o aliado Rishi Sunak, primeiro-ministro britânico, tentou desencorajar os EUA lembrando que o Reino Unido é signatário da convenção contra as bombas de fragmentação.

Do outro lado, a Rússia ameaçou dizendo que também tem estoques desse tipo de munição e que poderia usar armas “similares”.

A Ucrânia, por sua vez, agradece. O presidente Volodmir Zelenski aproveitou o encontro que teve com o americano Joe Biden durante a cúpula da Otan em Vilna e elogiou o que chamou de decisão “difícil” dos Estados Unidos de fornecer as bombas de fragmentação. Nas palavras de Zelenski, a Rússia tem usado o mesmo tipo de arma na guerra sem receber as mesmas críticas.

“A decisão vai ajudar a nos proteger e, por isso, eu agradeço. E eu não ouvi de todas as partes do mundo, quando a Rússia começou a usar (bombas de fragmentação), eu não ouvi todos eles criticando a Rússia”, reclamou o presidente ucraniano.

Presidentes dos Estados Unidos, Joe Bien, e da Ucrânia, Volodmir Zelenski na cúpula da Otan. Foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP

Agora, Biden analisa se vai atender ao pedido dos ucranianos por mísseis de longo alcance, do tipo ATACMS que cobrem uma distância de cerca de 300 km. Durante a cúpula, a França prometeu os mísseis franceses SCALP, seguindo os passos do Reino Unido que manda desde maio as armas de longa distância do tipo Storm Shadow.

Os ATACMS também vão muito mais longe que o sistema Himars, de até 80km já fornecido pelos Estados Unidos à Ucrânia. O temor da Casa Branca é que as armas de longo alcance sejam usadas para atacar alvos dentro da Rússia, acirrando ainda mais a tensão.

Questionado sobre o pedido, Biden respondeu que a prioridade é garantir o fornecimento de projéteis de artilharia que estão em falta. Isso no momento em que Kiev empreende sua contraofensiva em ritmo mais lento que o esperado.

Zelenski pressionava por um cronograma de adesão da Ucrânia à Otan, mas a aliança se limitou a prometer que fará o convite um dia. A entrada de Kiev neste momento colocaria todos os países membros em guerra contra a Rússia e a definição de prazos - como pedia a Ucrânia - dividiu aliados.

Diante do impasse, a aliança reafirmou o compromisso em ajudar Kiev contra a invasão das tropas russas, que já dura há quase um ano e meio sem qualquer perspectiva de paz.

Zelenski voltou para casa com o documento assinado pelos líderes do G7, que assumiram o compromisso de garantir a segurança da Urânia a longo prazo. Além de novas rodadas de ajuda militar anunciadas pela França e pela Alemanha./EFE

WASHINGTON - As bombas de fragmentação que os Estados Unidos prometeram para Ucrânia chegaram ao destino final, confirmou o Pentágono nesta quinta-feira. O envio das controvertidas munições virou motivo de novas ameaças da Rússia e críticas ao governo americano já que esse tipo de arma é proibido em mais de 100 países, incluindo boa parte dos aliados da Otan.

As bombas de fragmentação fazem parte de um novo pacote de ajuda militar de US$800 milhões, que também prevê o fortalecimento da defesa aérea ucraniana com mísseis e munições para o sistema Patriot.

O envio das bombas foi justificado pela necessidade de artilharia no campo de batalha. O problema é que esse tipo de arma dispersa um grande número de pequenos explosivos pela área. Muitos, não explodem na hora e podem continuar no solo mesmo depois da guerra. Por isso, apresentam um grande risco para civis, em especial, as crianças que podem pegar bombas no chão por curiosidade.

No fim de semana, o aliado Rishi Sunak, primeiro-ministro britânico, tentou desencorajar os EUA lembrando que o Reino Unido é signatário da convenção contra as bombas de fragmentação.

Do outro lado, a Rússia ameaçou dizendo que também tem estoques desse tipo de munição e que poderia usar armas “similares”.

A Ucrânia, por sua vez, agradece. O presidente Volodmir Zelenski aproveitou o encontro que teve com o americano Joe Biden durante a cúpula da Otan em Vilna e elogiou o que chamou de decisão “difícil” dos Estados Unidos de fornecer as bombas de fragmentação. Nas palavras de Zelenski, a Rússia tem usado o mesmo tipo de arma na guerra sem receber as mesmas críticas.

“A decisão vai ajudar a nos proteger e, por isso, eu agradeço. E eu não ouvi de todas as partes do mundo, quando a Rússia começou a usar (bombas de fragmentação), eu não ouvi todos eles criticando a Rússia”, reclamou o presidente ucraniano.

Presidentes dos Estados Unidos, Joe Bien, e da Ucrânia, Volodmir Zelenski na cúpula da Otan. Foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP

Agora, Biden analisa se vai atender ao pedido dos ucranianos por mísseis de longo alcance, do tipo ATACMS que cobrem uma distância de cerca de 300 km. Durante a cúpula, a França prometeu os mísseis franceses SCALP, seguindo os passos do Reino Unido que manda desde maio as armas de longa distância do tipo Storm Shadow.

Os ATACMS também vão muito mais longe que o sistema Himars, de até 80km já fornecido pelos Estados Unidos à Ucrânia. O temor da Casa Branca é que as armas de longo alcance sejam usadas para atacar alvos dentro da Rússia, acirrando ainda mais a tensão.

Questionado sobre o pedido, Biden respondeu que a prioridade é garantir o fornecimento de projéteis de artilharia que estão em falta. Isso no momento em que Kiev empreende sua contraofensiva em ritmo mais lento que o esperado.

Zelenski pressionava por um cronograma de adesão da Ucrânia à Otan, mas a aliança se limitou a prometer que fará o convite um dia. A entrada de Kiev neste momento colocaria todos os países membros em guerra contra a Rússia e a definição de prazos - como pedia a Ucrânia - dividiu aliados.

Diante do impasse, a aliança reafirmou o compromisso em ajudar Kiev contra a invasão das tropas russas, que já dura há quase um ano e meio sem qualquer perspectiva de paz.

Zelenski voltou para casa com o documento assinado pelos líderes do G7, que assumiram o compromisso de garantir a segurança da Urânia a longo prazo. Além de novas rodadas de ajuda militar anunciadas pela França e pela Alemanha./EFE

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