Discussões de acordo nuclear avançam, mas ainda há muito trabalho a fazer, dizem diplomatas europeus


Reunião neste sábado, 1, deixou negociadores do Irã e da Rússia otimistas, mas alemães, franceses e ingleses esperavam mais

Por Redação
Atualização:

TEERÃ - Diplomatas de alto escalão da China, Alemanha, França, Rússia e Grã-Bretanha avançaram nas negociações da retomada do acordo nuclear com o Irã neste sábado, 1, focadas em trazer os EUA de volta ao compromisso, mas  disseram que precisam de mais trabalho e tempo para chegar a um consenso.

Sob anonimato, representantes dos três países da Europa Ocidental afirmaram à agência Associated Press que há muito trabalho a ser feito "e pouco tempo sobrando". "Neste cenário, teríamos esperado mais progresso nesta semana'', disseram. "Ainda temos que chegar a um entendimento sobre os pontos mais críticos. O sucesso não é de forma alguma garantido, mas também não é impossível".

Após a reunião deste sábado, o principal representante da Rússia, Mikhail Ulyanov, disse no Twitter que os membros do Joint Comprehensive Plan of Action, ou JCPOA, "notaram hoje o indiscutível progresso feito nas negociações de Viena sobre a restauração do acordo nuclear". A comissão se reunirá novamente no final da próxima semana, escreveu Ulyanov. "Nesse ínterim, os especialistas continuarão a esboçar elementos de um futuro acordo", informou. Ulyanov afirmou ainda ser muito cedo para "ficarmos animados". "Mas temos razões para cauteloso e crescente otimismo", disse. "Não há prazo, mas os participantes almejam a conclusão bem-sucedida das reuniões em aproximadamente 3 semanas".

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O principal negociador nuclear do Irã disse neste sábado que Teerã espera que as sanções dos EUA ao petróleo, bancos e outros setores e à maioria dos indivíduos e instituições sejam suspensas com base nos acordos alcançados até agora nas negociações em Viena, informou a mídia estatal iraniana.

"Sanções... no setor de energia do Irã, que incluem petróleo e gás, ou na indústria automotiva, sanções financeiras, bancárias e portuárias, todas devem ser levantadas com base nos acordos alcançados até agora",  disse o vice-ministro das Relações Exteriores, Abbas Araqchi, à mídia estatal.

Diplomatas de alto escalão da China, Alemanha, França, Rússia e Grã-Bretanha avançaram nas negociações deste sábado Foto: EU Delegation in Vienna/Handout via REUTERS
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Araghchi também participou das negociações em Viena. "Posso dizer que agora nossas discussões atingiram a maturidade, tanto nos temas em disputa quanto nas seções em que concordamos", disse ele à TV estatal iraniana. "Embora ainda não possamos prever quando e como seremos capazes de chegar a um acordo, ele está avançando, embora lentamente. ''

Os EUA não tinham um representante à mesa quando os diplomatas se reuniram em Viena porque o ex-presidente Donald Trump retirou unilateralmente o país do acordo em 2018. Trump também restaurou e aumentou as sanções para tentar forçar o Irã a renegociar o pacto com mais concessões. O presidente dos EUA, Joe Biden, quer voltar ao acordo, e uma delegação dos EUA em Viena estava participando de negociações indiretas com o Irã, com diplomatas de outras potências mundiais atuando como intermediários.

O governo Biden está considerando um retrocesso de algumas das sanções mais rigorosas da era Trump em uma tentativa de fazer o Irã voltar a cumprir o acordo nuclear, de acordo com atuais e ex-funcionários dos EUA e outros familiarizados com o assunto. Ulyanov disse que os membros do JCPOA se reuniram ao lado de funcionários da delegação dos EUA, mas a delegação iraniana não estava pronta para se encontrar com diplomatas dos EUA.

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O acordo nuclear prometeu incentivos econômicos ao Irã em troca de restrições ao seu programa nuclear. A reimposição das sanções dos EUA atingiu a economia do país. Teerã respondeu violando o acordo repetidamente, inclusive aumentando a pureza do urânio que enriquece e de seus estoques, em um esforço até agora malsucedido para pressionar os outros países a fornecerem alívio das sanções. O objetivo final do acordo é evitar que o Irã desenvolva uma bomba nuclear, algo que o país insiste que não quer fazer.

O Irã agora tem urânio enriquecido suficiente para fazer uma bomba, mas nada perto da quantidade que tinha antes da assinatura do acordo nuclear. As negociações em Viena começaram no início de abril e incluíram várias rodadas de discussões de alto nível. Grupos de especialistas também têm trabalhado em como resolver as questões em torno das sanções americanas e do cumprimento do Irã, bem como o "possível sequenciamento" do retorno dos EUA.

Fora das negociações em Viena, outros desafios permanecem. Um ataque suspeito de ter sido executado por Israel atingiu recentemente a instalação nuclear iraniana de Natanz, causando danos. Teerã retaliou começando a enriquecer uma pequena quantidade de urânio com até 60% de pureza, seu nível mais alto de todos os tempos. /REUTERS e AP

TEERÃ - Diplomatas de alto escalão da China, Alemanha, França, Rússia e Grã-Bretanha avançaram nas negociações da retomada do acordo nuclear com o Irã neste sábado, 1, focadas em trazer os EUA de volta ao compromisso, mas  disseram que precisam de mais trabalho e tempo para chegar a um consenso.

Sob anonimato, representantes dos três países da Europa Ocidental afirmaram à agência Associated Press que há muito trabalho a ser feito "e pouco tempo sobrando". "Neste cenário, teríamos esperado mais progresso nesta semana'', disseram. "Ainda temos que chegar a um entendimento sobre os pontos mais críticos. O sucesso não é de forma alguma garantido, mas também não é impossível".

Após a reunião deste sábado, o principal representante da Rússia, Mikhail Ulyanov, disse no Twitter que os membros do Joint Comprehensive Plan of Action, ou JCPOA, "notaram hoje o indiscutível progresso feito nas negociações de Viena sobre a restauração do acordo nuclear". A comissão se reunirá novamente no final da próxima semana, escreveu Ulyanov. "Nesse ínterim, os especialistas continuarão a esboçar elementos de um futuro acordo", informou. Ulyanov afirmou ainda ser muito cedo para "ficarmos animados". "Mas temos razões para cauteloso e crescente otimismo", disse. "Não há prazo, mas os participantes almejam a conclusão bem-sucedida das reuniões em aproximadamente 3 semanas".

O principal negociador nuclear do Irã disse neste sábado que Teerã espera que as sanções dos EUA ao petróleo, bancos e outros setores e à maioria dos indivíduos e instituições sejam suspensas com base nos acordos alcançados até agora nas negociações em Viena, informou a mídia estatal iraniana.

"Sanções... no setor de energia do Irã, que incluem petróleo e gás, ou na indústria automotiva, sanções financeiras, bancárias e portuárias, todas devem ser levantadas com base nos acordos alcançados até agora",  disse o vice-ministro das Relações Exteriores, Abbas Araqchi, à mídia estatal.

Diplomatas de alto escalão da China, Alemanha, França, Rússia e Grã-Bretanha avançaram nas negociações deste sábado Foto: EU Delegation in Vienna/Handout via REUTERS

Araghchi também participou das negociações em Viena. "Posso dizer que agora nossas discussões atingiram a maturidade, tanto nos temas em disputa quanto nas seções em que concordamos", disse ele à TV estatal iraniana. "Embora ainda não possamos prever quando e como seremos capazes de chegar a um acordo, ele está avançando, embora lentamente. ''

Os EUA não tinham um representante à mesa quando os diplomatas se reuniram em Viena porque o ex-presidente Donald Trump retirou unilateralmente o país do acordo em 2018. Trump também restaurou e aumentou as sanções para tentar forçar o Irã a renegociar o pacto com mais concessões. O presidente dos EUA, Joe Biden, quer voltar ao acordo, e uma delegação dos EUA em Viena estava participando de negociações indiretas com o Irã, com diplomatas de outras potências mundiais atuando como intermediários.

O governo Biden está considerando um retrocesso de algumas das sanções mais rigorosas da era Trump em uma tentativa de fazer o Irã voltar a cumprir o acordo nuclear, de acordo com atuais e ex-funcionários dos EUA e outros familiarizados com o assunto. Ulyanov disse que os membros do JCPOA se reuniram ao lado de funcionários da delegação dos EUA, mas a delegação iraniana não estava pronta para se encontrar com diplomatas dos EUA.

O acordo nuclear prometeu incentivos econômicos ao Irã em troca de restrições ao seu programa nuclear. A reimposição das sanções dos EUA atingiu a economia do país. Teerã respondeu violando o acordo repetidamente, inclusive aumentando a pureza do urânio que enriquece e de seus estoques, em um esforço até agora malsucedido para pressionar os outros países a fornecerem alívio das sanções. O objetivo final do acordo é evitar que o Irã desenvolva uma bomba nuclear, algo que o país insiste que não quer fazer.

O Irã agora tem urânio enriquecido suficiente para fazer uma bomba, mas nada perto da quantidade que tinha antes da assinatura do acordo nuclear. As negociações em Viena começaram no início de abril e incluíram várias rodadas de discussões de alto nível. Grupos de especialistas também têm trabalhado em como resolver as questões em torno das sanções americanas e do cumprimento do Irã, bem como o "possível sequenciamento" do retorno dos EUA.

Fora das negociações em Viena, outros desafios permanecem. Um ataque suspeito de ter sido executado por Israel atingiu recentemente a instalação nuclear iraniana de Natanz, causando danos. Teerã retaliou começando a enriquecer uma pequena quantidade de urânio com até 60% de pureza, seu nível mais alto de todos os tempos. /REUTERS e AP

TEERÃ - Diplomatas de alto escalão da China, Alemanha, França, Rússia e Grã-Bretanha avançaram nas negociações da retomada do acordo nuclear com o Irã neste sábado, 1, focadas em trazer os EUA de volta ao compromisso, mas  disseram que precisam de mais trabalho e tempo para chegar a um consenso.

Sob anonimato, representantes dos três países da Europa Ocidental afirmaram à agência Associated Press que há muito trabalho a ser feito "e pouco tempo sobrando". "Neste cenário, teríamos esperado mais progresso nesta semana'', disseram. "Ainda temos que chegar a um entendimento sobre os pontos mais críticos. O sucesso não é de forma alguma garantido, mas também não é impossível".

Após a reunião deste sábado, o principal representante da Rússia, Mikhail Ulyanov, disse no Twitter que os membros do Joint Comprehensive Plan of Action, ou JCPOA, "notaram hoje o indiscutível progresso feito nas negociações de Viena sobre a restauração do acordo nuclear". A comissão se reunirá novamente no final da próxima semana, escreveu Ulyanov. "Nesse ínterim, os especialistas continuarão a esboçar elementos de um futuro acordo", informou. Ulyanov afirmou ainda ser muito cedo para "ficarmos animados". "Mas temos razões para cauteloso e crescente otimismo", disse. "Não há prazo, mas os participantes almejam a conclusão bem-sucedida das reuniões em aproximadamente 3 semanas".

O principal negociador nuclear do Irã disse neste sábado que Teerã espera que as sanções dos EUA ao petróleo, bancos e outros setores e à maioria dos indivíduos e instituições sejam suspensas com base nos acordos alcançados até agora nas negociações em Viena, informou a mídia estatal iraniana.

"Sanções... no setor de energia do Irã, que incluem petróleo e gás, ou na indústria automotiva, sanções financeiras, bancárias e portuárias, todas devem ser levantadas com base nos acordos alcançados até agora",  disse o vice-ministro das Relações Exteriores, Abbas Araqchi, à mídia estatal.

Diplomatas de alto escalão da China, Alemanha, França, Rússia e Grã-Bretanha avançaram nas negociações deste sábado Foto: EU Delegation in Vienna/Handout via REUTERS

Araghchi também participou das negociações em Viena. "Posso dizer que agora nossas discussões atingiram a maturidade, tanto nos temas em disputa quanto nas seções em que concordamos", disse ele à TV estatal iraniana. "Embora ainda não possamos prever quando e como seremos capazes de chegar a um acordo, ele está avançando, embora lentamente. ''

Os EUA não tinham um representante à mesa quando os diplomatas se reuniram em Viena porque o ex-presidente Donald Trump retirou unilateralmente o país do acordo em 2018. Trump também restaurou e aumentou as sanções para tentar forçar o Irã a renegociar o pacto com mais concessões. O presidente dos EUA, Joe Biden, quer voltar ao acordo, e uma delegação dos EUA em Viena estava participando de negociações indiretas com o Irã, com diplomatas de outras potências mundiais atuando como intermediários.

O governo Biden está considerando um retrocesso de algumas das sanções mais rigorosas da era Trump em uma tentativa de fazer o Irã voltar a cumprir o acordo nuclear, de acordo com atuais e ex-funcionários dos EUA e outros familiarizados com o assunto. Ulyanov disse que os membros do JCPOA se reuniram ao lado de funcionários da delegação dos EUA, mas a delegação iraniana não estava pronta para se encontrar com diplomatas dos EUA.

O acordo nuclear prometeu incentivos econômicos ao Irã em troca de restrições ao seu programa nuclear. A reimposição das sanções dos EUA atingiu a economia do país. Teerã respondeu violando o acordo repetidamente, inclusive aumentando a pureza do urânio que enriquece e de seus estoques, em um esforço até agora malsucedido para pressionar os outros países a fornecerem alívio das sanções. O objetivo final do acordo é evitar que o Irã desenvolva uma bomba nuclear, algo que o país insiste que não quer fazer.

O Irã agora tem urânio enriquecido suficiente para fazer uma bomba, mas nada perto da quantidade que tinha antes da assinatura do acordo nuclear. As negociações em Viena começaram no início de abril e incluíram várias rodadas de discussões de alto nível. Grupos de especialistas também têm trabalhado em como resolver as questões em torno das sanções americanas e do cumprimento do Irã, bem como o "possível sequenciamento" do retorno dos EUA.

Fora das negociações em Viena, outros desafios permanecem. Um ataque suspeito de ter sido executado por Israel atingiu recentemente a instalação nuclear iraniana de Natanz, causando danos. Teerã retaliou começando a enriquecer uma pequena quantidade de urânio com até 60% de pureza, seu nível mais alto de todos os tempos. /REUTERS e AP

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