SEUL - A Coreia do Sul e os Estados Unidos reduzirão o alcance de suas manobras militares anuais conjuntas, levando em consideração a aproximação diplomática com o regime norte-coreano, informou a agência de notícias sul-coreana Yonhap.
Os exercícios costumam criar tensão com Pyongyang. A Coreia do Norte, país dotado com armamento nuclear, considera as manobras um teste para uma invasão de seu território.
As duas Coreias e os EUA estão em processo de aproximação desde os Jogos Olímpicos de Inverno, organizados na Coreia do Sul. Seul anunciou uma reunião de cúpula entre as Coreias em abril. Também está em análise uma possível reunião entre Coreia do Norte e EUA até o fim de maio.
Nesta sexta-feira, a Coreia do Sul anunciou que pretende propor a realização, no fim de março, de conversas de alto nível com a Coreia do Norte para preparar os detalhes da cúpula que manterão em abril o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un.
Moon e o presidente americano, Donald Trump, conversaram ontem por telefone e afirmaram que “ações concretas, não palavras” serão chave para conseguir a desnuclearização permanente da Coreia do Norte.
EUA e Coreia do Sul anunciarão na próxima semana a data dos exercícios conjuntos. As manobras militares foram adiadas em razão da Olimpíada de Inverno. A Yonhap cita uma fonte militar segundo a qual os exercícios durarão um mês, em vez de dois. As armas estratégicas americanas, como os bombardeiros B-1B e os grupos navais de ataque, desta vez não participarão das manobras. / AFP e EFE