EUA assinam acordo de paz com o Taleban e devem retirar tropas do Afeganistão


Acordo assinado em Doha pode dar fim a guerra mais longa da história dos Estados Unidos; caso o grupo rebelde cumpra com os termos, retirada das tropas deve ocorrer dentro de 14 meses

Por Redação
Atualização:

CABUL - Os Estados Unidos e o grupo rebelde Taleban assinaram neste sábado, 29, um acordo de paz para o que pode ser o início da retirada das tropas americanas e de seus aliados do Afeganistão. Assinado em Doha, no Catar, o acordo prevê que, dentro de 14 meses, os americanos e os países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) vão retirar seus militares do país, caso o Taleban cumpra com uma série de compromissos estabelecidos.

Representante dos EUA,Zalmay Khalilzad, e o co-fundador do Taleban,Mullah Abdul Ghani Baradar, assinam acordo de paz em Doha, no Catar. Foto: KARIM JAAFAR / AFP

A assinatura do acordo de Doha reuniu autoridades dos EUA, como o Secretário de Estado, Mike Pompeo, e o Secretário de Defesa, Mike Esper, bem como uma delegação de lideranças talebans e observadores internacionais. Após a assinatura do acordo, Pompeo pediu que o grupo rebelde cumpra com a promessa de cortar os laços com o grupo jihadista Al-Qaeda.

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"Se o Taleban mantiver seus compromissos e o diálogo com o governo afegão, nós e o resto da comunidade internacional reunidos aqui estamos dispostos a fazer gestos recíprocos", declarou Pompeo.

Acordo de Doha pode dar fim ao conflito armado mais longo da história dos EUA. Foto: KARIM JAAFAR / AFP

Já Esper endureceu o discurso, advertindo que o descumprimento do acordo pode resultar em represálias para os Talebans. "Não hesitaremos em cancelar o acordo", declarou.

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O Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, chega a Doha para a assinatura do tratado de paz com o Taleban. Foto: Giuseppe CACACE / AFP

Um dos líderes talebans que estiveram à frente da negociação, Abbas Stanikzai comemorou os termos finais. Em um vídeo republicado por sites vinculados ao grupo rebelde, Stanikzai celebra a "vitória" alcançada. "Hoje é um dia de vitória, que chegou com a ajuda de Alá", disse.

Delegação Taleban desembarca em Doha, no Catar, para a assinatura do acordo de paz com os Estados Unidos. Foto: AP Photo/Hussein Sayed
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Termos da retirada

De acordo com o aviso conjunto divulgado pelos governos de EUA e Afeganistão, inicialmente haverá uma redução de tropas para 8.600, dentro de 135 dias a partir da assinatura do acordo. Após esse período os Estados Unidos e os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) "concluirão a retirada de suas forças restantes do Afeganistão dentro de 14 meses", afirma a declaração.

Soldados americanos carregam colega ferido por dispositivo explosivo no Afeganistão; possível acordo de paz poderia resultar na retirada das tropas dos EUA Foto: REUTERS/Shamil Zhumatov
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O acordo de Doha prevê que milhares de tropas americanas deixem o Afeganistão em um plano em etapas após mais de 18 anos de guerra. Em troca, o Taleban terá de assumir vários compromissos de segurança e manter uma promessa de dar seguimento às conversações com o governo em Cabul.

Guerra do Afeganistão

A guerra do Afeganistão, iniciada em 7 de outubro de 2001, como resposta aos atentados do 11 de setembro, é o mais longo conflito protagonizado pelos Estados Unidos.

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Ao todo, as tropas americanas já contabilizaram 1.909 soldados mortos em combate e 20.717 feridos até 20 de fevereiro, segundo dados do Pentágono.  Entre os países da Aliança, o Reino Unido é o segundo com o maior número de baixas, com 454 mortos em combate, seguido do Canadá, com 157. A ONU estima entre 32 mil e 60 mil como número de civis afegãos mortos durante a guerra.

Eleições presidenciais no Afeganistão ocorrem após onda de ataques terroristas Foto: Jawad Jalali / EFE

Em 30 de setembro de 2019, o Pentágono estimava que o custo das operações militares no Afeganistão chegou a US$ 776 bilhões desde 2001, incluindo os US$ 197,3 bilhões destinados à reconstrução do país e de suas instituições.

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No entanto, segundo estudo publicado pela Universidade Brown no final do último ano, o custo dos EUA com guerras é muito superior ao cálculo do Pentágono. Levando em consideração as guerras de combate ao terrorismo no Iraque, Afeganistão e em outros lugares, o estudo calcula que o gasto total foi de cerca de US$ 6,4 trilhões, desde 2001./ AFP, REUTERS e AP

CABUL - Os Estados Unidos e o grupo rebelde Taleban assinaram neste sábado, 29, um acordo de paz para o que pode ser o início da retirada das tropas americanas e de seus aliados do Afeganistão. Assinado em Doha, no Catar, o acordo prevê que, dentro de 14 meses, os americanos e os países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) vão retirar seus militares do país, caso o Taleban cumpra com uma série de compromissos estabelecidos.

Representante dos EUA,Zalmay Khalilzad, e o co-fundador do Taleban,Mullah Abdul Ghani Baradar, assinam acordo de paz em Doha, no Catar. Foto: KARIM JAAFAR / AFP

A assinatura do acordo de Doha reuniu autoridades dos EUA, como o Secretário de Estado, Mike Pompeo, e o Secretário de Defesa, Mike Esper, bem como uma delegação de lideranças talebans e observadores internacionais. Após a assinatura do acordo, Pompeo pediu que o grupo rebelde cumpra com a promessa de cortar os laços com o grupo jihadista Al-Qaeda.

"Se o Taleban mantiver seus compromissos e o diálogo com o governo afegão, nós e o resto da comunidade internacional reunidos aqui estamos dispostos a fazer gestos recíprocos", declarou Pompeo.

Acordo de Doha pode dar fim ao conflito armado mais longo da história dos EUA. Foto: KARIM JAAFAR / AFP

Já Esper endureceu o discurso, advertindo que o descumprimento do acordo pode resultar em represálias para os Talebans. "Não hesitaremos em cancelar o acordo", declarou.

O Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, chega a Doha para a assinatura do tratado de paz com o Taleban. Foto: Giuseppe CACACE / AFP

Um dos líderes talebans que estiveram à frente da negociação, Abbas Stanikzai comemorou os termos finais. Em um vídeo republicado por sites vinculados ao grupo rebelde, Stanikzai celebra a "vitória" alcançada. "Hoje é um dia de vitória, que chegou com a ajuda de Alá", disse.

Delegação Taleban desembarca em Doha, no Catar, para a assinatura do acordo de paz com os Estados Unidos. Foto: AP Photo/Hussein Sayed

Termos da retirada

De acordo com o aviso conjunto divulgado pelos governos de EUA e Afeganistão, inicialmente haverá uma redução de tropas para 8.600, dentro de 135 dias a partir da assinatura do acordo. Após esse período os Estados Unidos e os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) "concluirão a retirada de suas forças restantes do Afeganistão dentro de 14 meses", afirma a declaração.

Soldados americanos carregam colega ferido por dispositivo explosivo no Afeganistão; possível acordo de paz poderia resultar na retirada das tropas dos EUA Foto: REUTERS/Shamil Zhumatov

O acordo de Doha prevê que milhares de tropas americanas deixem o Afeganistão em um plano em etapas após mais de 18 anos de guerra. Em troca, o Taleban terá de assumir vários compromissos de segurança e manter uma promessa de dar seguimento às conversações com o governo em Cabul.

Guerra do Afeganistão

A guerra do Afeganistão, iniciada em 7 de outubro de 2001, como resposta aos atentados do 11 de setembro, é o mais longo conflito protagonizado pelos Estados Unidos.

Ao todo, as tropas americanas já contabilizaram 1.909 soldados mortos em combate e 20.717 feridos até 20 de fevereiro, segundo dados do Pentágono.  Entre os países da Aliança, o Reino Unido é o segundo com o maior número de baixas, com 454 mortos em combate, seguido do Canadá, com 157. A ONU estima entre 32 mil e 60 mil como número de civis afegãos mortos durante a guerra.

Eleições presidenciais no Afeganistão ocorrem após onda de ataques terroristas Foto: Jawad Jalali / EFE

Em 30 de setembro de 2019, o Pentágono estimava que o custo das operações militares no Afeganistão chegou a US$ 776 bilhões desde 2001, incluindo os US$ 197,3 bilhões destinados à reconstrução do país e de suas instituições.

No entanto, segundo estudo publicado pela Universidade Brown no final do último ano, o custo dos EUA com guerras é muito superior ao cálculo do Pentágono. Levando em consideração as guerras de combate ao terrorismo no Iraque, Afeganistão e em outros lugares, o estudo calcula que o gasto total foi de cerca de US$ 6,4 trilhões, desde 2001./ AFP, REUTERS e AP

CABUL - Os Estados Unidos e o grupo rebelde Taleban assinaram neste sábado, 29, um acordo de paz para o que pode ser o início da retirada das tropas americanas e de seus aliados do Afeganistão. Assinado em Doha, no Catar, o acordo prevê que, dentro de 14 meses, os americanos e os países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) vão retirar seus militares do país, caso o Taleban cumpra com uma série de compromissos estabelecidos.

Representante dos EUA,Zalmay Khalilzad, e o co-fundador do Taleban,Mullah Abdul Ghani Baradar, assinam acordo de paz em Doha, no Catar. Foto: KARIM JAAFAR / AFP

A assinatura do acordo de Doha reuniu autoridades dos EUA, como o Secretário de Estado, Mike Pompeo, e o Secretário de Defesa, Mike Esper, bem como uma delegação de lideranças talebans e observadores internacionais. Após a assinatura do acordo, Pompeo pediu que o grupo rebelde cumpra com a promessa de cortar os laços com o grupo jihadista Al-Qaeda.

"Se o Taleban mantiver seus compromissos e o diálogo com o governo afegão, nós e o resto da comunidade internacional reunidos aqui estamos dispostos a fazer gestos recíprocos", declarou Pompeo.

Acordo de Doha pode dar fim ao conflito armado mais longo da história dos EUA. Foto: KARIM JAAFAR / AFP

Já Esper endureceu o discurso, advertindo que o descumprimento do acordo pode resultar em represálias para os Talebans. "Não hesitaremos em cancelar o acordo", declarou.

O Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, chega a Doha para a assinatura do tratado de paz com o Taleban. Foto: Giuseppe CACACE / AFP

Um dos líderes talebans que estiveram à frente da negociação, Abbas Stanikzai comemorou os termos finais. Em um vídeo republicado por sites vinculados ao grupo rebelde, Stanikzai celebra a "vitória" alcançada. "Hoje é um dia de vitória, que chegou com a ajuda de Alá", disse.

Delegação Taleban desembarca em Doha, no Catar, para a assinatura do acordo de paz com os Estados Unidos. Foto: AP Photo/Hussein Sayed

Termos da retirada

De acordo com o aviso conjunto divulgado pelos governos de EUA e Afeganistão, inicialmente haverá uma redução de tropas para 8.600, dentro de 135 dias a partir da assinatura do acordo. Após esse período os Estados Unidos e os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) "concluirão a retirada de suas forças restantes do Afeganistão dentro de 14 meses", afirma a declaração.

Soldados americanos carregam colega ferido por dispositivo explosivo no Afeganistão; possível acordo de paz poderia resultar na retirada das tropas dos EUA Foto: REUTERS/Shamil Zhumatov

O acordo de Doha prevê que milhares de tropas americanas deixem o Afeganistão em um plano em etapas após mais de 18 anos de guerra. Em troca, o Taleban terá de assumir vários compromissos de segurança e manter uma promessa de dar seguimento às conversações com o governo em Cabul.

Guerra do Afeganistão

A guerra do Afeganistão, iniciada em 7 de outubro de 2001, como resposta aos atentados do 11 de setembro, é o mais longo conflito protagonizado pelos Estados Unidos.

Ao todo, as tropas americanas já contabilizaram 1.909 soldados mortos em combate e 20.717 feridos até 20 de fevereiro, segundo dados do Pentágono.  Entre os países da Aliança, o Reino Unido é o segundo com o maior número de baixas, com 454 mortos em combate, seguido do Canadá, com 157. A ONU estima entre 32 mil e 60 mil como número de civis afegãos mortos durante a guerra.

Eleições presidenciais no Afeganistão ocorrem após onda de ataques terroristas Foto: Jawad Jalali / EFE

Em 30 de setembro de 2019, o Pentágono estimava que o custo das operações militares no Afeganistão chegou a US$ 776 bilhões desde 2001, incluindo os US$ 197,3 bilhões destinados à reconstrução do país e de suas instituições.

No entanto, segundo estudo publicado pela Universidade Brown no final do último ano, o custo dos EUA com guerras é muito superior ao cálculo do Pentágono. Levando em consideração as guerras de combate ao terrorismo no Iraque, Afeganistão e em outros lugares, o estudo calcula que o gasto total foi de cerca de US$ 6,4 trilhões, desde 2001./ AFP, REUTERS e AP

CABUL - Os Estados Unidos e o grupo rebelde Taleban assinaram neste sábado, 29, um acordo de paz para o que pode ser o início da retirada das tropas americanas e de seus aliados do Afeganistão. Assinado em Doha, no Catar, o acordo prevê que, dentro de 14 meses, os americanos e os países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) vão retirar seus militares do país, caso o Taleban cumpra com uma série de compromissos estabelecidos.

Representante dos EUA,Zalmay Khalilzad, e o co-fundador do Taleban,Mullah Abdul Ghani Baradar, assinam acordo de paz em Doha, no Catar. Foto: KARIM JAAFAR / AFP

A assinatura do acordo de Doha reuniu autoridades dos EUA, como o Secretário de Estado, Mike Pompeo, e o Secretário de Defesa, Mike Esper, bem como uma delegação de lideranças talebans e observadores internacionais. Após a assinatura do acordo, Pompeo pediu que o grupo rebelde cumpra com a promessa de cortar os laços com o grupo jihadista Al-Qaeda.

"Se o Taleban mantiver seus compromissos e o diálogo com o governo afegão, nós e o resto da comunidade internacional reunidos aqui estamos dispostos a fazer gestos recíprocos", declarou Pompeo.

Acordo de Doha pode dar fim ao conflito armado mais longo da história dos EUA. Foto: KARIM JAAFAR / AFP

Já Esper endureceu o discurso, advertindo que o descumprimento do acordo pode resultar em represálias para os Talebans. "Não hesitaremos em cancelar o acordo", declarou.

O Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, chega a Doha para a assinatura do tratado de paz com o Taleban. Foto: Giuseppe CACACE / AFP

Um dos líderes talebans que estiveram à frente da negociação, Abbas Stanikzai comemorou os termos finais. Em um vídeo republicado por sites vinculados ao grupo rebelde, Stanikzai celebra a "vitória" alcançada. "Hoje é um dia de vitória, que chegou com a ajuda de Alá", disse.

Delegação Taleban desembarca em Doha, no Catar, para a assinatura do acordo de paz com os Estados Unidos. Foto: AP Photo/Hussein Sayed

Termos da retirada

De acordo com o aviso conjunto divulgado pelos governos de EUA e Afeganistão, inicialmente haverá uma redução de tropas para 8.600, dentro de 135 dias a partir da assinatura do acordo. Após esse período os Estados Unidos e os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) "concluirão a retirada de suas forças restantes do Afeganistão dentro de 14 meses", afirma a declaração.

Soldados americanos carregam colega ferido por dispositivo explosivo no Afeganistão; possível acordo de paz poderia resultar na retirada das tropas dos EUA Foto: REUTERS/Shamil Zhumatov

O acordo de Doha prevê que milhares de tropas americanas deixem o Afeganistão em um plano em etapas após mais de 18 anos de guerra. Em troca, o Taleban terá de assumir vários compromissos de segurança e manter uma promessa de dar seguimento às conversações com o governo em Cabul.

Guerra do Afeganistão

A guerra do Afeganistão, iniciada em 7 de outubro de 2001, como resposta aos atentados do 11 de setembro, é o mais longo conflito protagonizado pelos Estados Unidos.

Ao todo, as tropas americanas já contabilizaram 1.909 soldados mortos em combate e 20.717 feridos até 20 de fevereiro, segundo dados do Pentágono.  Entre os países da Aliança, o Reino Unido é o segundo com o maior número de baixas, com 454 mortos em combate, seguido do Canadá, com 157. A ONU estima entre 32 mil e 60 mil como número de civis afegãos mortos durante a guerra.

Eleições presidenciais no Afeganistão ocorrem após onda de ataques terroristas Foto: Jawad Jalali / EFE

Em 30 de setembro de 2019, o Pentágono estimava que o custo das operações militares no Afeganistão chegou a US$ 776 bilhões desde 2001, incluindo os US$ 197,3 bilhões destinados à reconstrução do país e de suas instituições.

No entanto, segundo estudo publicado pela Universidade Brown no final do último ano, o custo dos EUA com guerras é muito superior ao cálculo do Pentágono. Levando em consideração as guerras de combate ao terrorismo no Iraque, Afeganistão e em outros lugares, o estudo calcula que o gasto total foi de cerca de US$ 6,4 trilhões, desde 2001./ AFP, REUTERS e AP

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