WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, anunciaram uma nova aliança econômica nesta quinta-feira, 8, para responder aos desafios geopolíticos e, acima de tudo, às ambições da China.
A chamada declaração atlântica assinada na Casa Branca pelos dois líderes prevê uma maior cooperação na indústria de defesa e no fornecimento de metais essenciais para a transição energética.
Assim como outros aliados dos Estados Unidos, o Reino Unido está preocupado com as consequências da Lei de Redução da Inflação, de Biden, que inclui subsídios bilionários para a indústria de energia verde, além do impulso à indústria nacional e aos produtos fabricados nos Estados Unidos. Nesse sentido, Sunak obteve exceções para os industriais britânicos.
Em matéria de defesa, o presidente americano prometeu abrir o acesso ao mercado nacional para as indústrias britânicas, de modo a alavancar o desenvolvimento de armas sofisticadas, como mísseis hipersônicos.
Inteligência artificial
Biden disse que os dois países “farão mais em pesquisa e desenvolvimento conjuntos para garantir que o futuro permaneça fundamentalmente alinhado com os valores de Estados Unidos e Reino Unido”.
Sunak, que está organizando uma cúpula global para abordar a I.A. no final deste ano, disse que ele e o presidente concordaram em trabalhar juntos para garantir uma maior segurança no uso da inteligência artificial.
Ucrânia
Os líderes dos dois países também reforçaram que continuarão apoiando a Ucrânia na guerra contra a Rússia. O primeiro-ministro britânico apontou que o presidente da Rússia, Vladimir Putin está errado se avalia que os países do Ocidente irão se cansar de apoiar Kiev.
“Não faz sentido tentar nos esperar”, disse Sunak. “Estaremos aqui o tempo que for preciso.”, completou o político do Reino Unido. Biden disse que os Estados Unidos “fizeram tudo o que puderam” para preparar Kiev para montar uma contraofensiva agressiva nas linhas de frente russas. Ele disse que estava confiante de que o Congresso continuaria a aprovar o financiamento, apesar de divergências entre os republicanos./NY Times e AFP