EUA enviam tropas para possível retirada da embaixada no Sudão em meio a conflito no país


Violência em Cartum, a capital sudanesa, preocupa autoridades americanas; comboio da embaixada foi atacado no início da semana

Por Redação

O Pentágono afirmou nesta quinta-feira, 20, que está enviando tropas para a África Oriental caso funcionários da embaixada dos Estados Unidos no Sudão precisem ser retirados do país devido aos conflitos entre facções militares rivais. “Estamos destacando forças adicionais nas proximidades da região para fins de contingência para garantir e possivelmente facilitar a saída do pessoal da embaixada”, afirma o comunicado.

As tropas estão em direção à uma base naval de Djibuti, país próximo ao Sudão. Equipamentos militares também estão sendo enviados.

Segundo autoridades ouvidas pela agência de notícias Associated Press sob anonimato, o planejamento começou na segunda-feira, 17, após um comboio da embaixada americana em Cartum, a capital sudanesa, ser atacado.

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Cidadãos caminham em zona comercial fechada de Cartum, no Sudão, em imagem da terça-feira, 18. País vive conflitos entre grupos militares rivais Foto: Marwan Ali/AP

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, afirmou que não há nenhuma indicação de ameaça direta aos americanos, mas descreveu a situação como “perigosa” para justificar o envio. Mais de 300 pessoas foram mortas desde o início dos confrontos entre as forças leais ao chefe do Exército, o presidente Abdel Fatah al-Burhan, e as Forças de Apoio Rápido (FAR), uma milícia comandada pelo vice-presidente Mohamed Hamdan Dagalo, no sábado, 15.

O vice-porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel, disse que as condições ainda não são seguras para qualquer retirada, mas enfatizou que todo o pessoal da embaixada está seguro. Há cerca de 70 funcionários na embaixada, segundo assessores do Congresso.

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Estima-se que 16 mil cidadãos americanos estejam no Sudão, de acordo com os registros da embaixada, mas o Departamento de Estado alertou que o número provavelmente é impreciso porque não existe a obrigação de notificar a saída do país.

Desde que os conflitos eclodiram, os EUA têm avaliado a retirada de funcionários do governo e assegurado o transporte de suas casas para um local seguro e centralizado para se preparar para tal evento. O Djibuti será o ponto de partida para qualquer operação de retirada, afirmam as autoridades.

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No momento, qualquer operação de retirada é repleta de dificuldades e riscos de segurança por causa do fechamento do aeroporto de Cartum. As rotas terrestres da capital sudanesa para fora do país são perigosas mesmo sem as atuais hostilidades.

Se uma zona de desembarque segura dentro ou perto de Cartum não puder ser encontrada pelos militares, uma opção seria levar os evacuados para Port Sudan no Mar Vermelho. Para isso, seria necessário viajar 12 horas por estradas perigosas.

Outra opção é se dirigir até a Eritreia, país vizinho, mas a operação também seria arriscada visto que o líder da Eritreia, Isaias Afwerki, não tem uma boa relação com os EUA e com as nações ocidentais.

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A última vez que os EUA precisaram retirar funcionários por terra foi na Líbia em julho de 2014, quando um grande comboio de veículos militares levou funcionários da embaixada de Trípoli para a Tunísia. Retiradas mais recentes, como no Afeganistão e no Iêmen, foram realizadas principalmente por via aérea.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, pediu nesta quinta um cessar-fogo de “pelo menos três dias” no Sudão em meio às celebrações de Aid al Fitr, que marcam o fim do mês de jejum muçulmano do Ramadã. /AFP, AP

O Pentágono afirmou nesta quinta-feira, 20, que está enviando tropas para a África Oriental caso funcionários da embaixada dos Estados Unidos no Sudão precisem ser retirados do país devido aos conflitos entre facções militares rivais. “Estamos destacando forças adicionais nas proximidades da região para fins de contingência para garantir e possivelmente facilitar a saída do pessoal da embaixada”, afirma o comunicado.

As tropas estão em direção à uma base naval de Djibuti, país próximo ao Sudão. Equipamentos militares também estão sendo enviados.

Segundo autoridades ouvidas pela agência de notícias Associated Press sob anonimato, o planejamento começou na segunda-feira, 17, após um comboio da embaixada americana em Cartum, a capital sudanesa, ser atacado.

Cidadãos caminham em zona comercial fechada de Cartum, no Sudão, em imagem da terça-feira, 18. País vive conflitos entre grupos militares rivais Foto: Marwan Ali/AP

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, afirmou que não há nenhuma indicação de ameaça direta aos americanos, mas descreveu a situação como “perigosa” para justificar o envio. Mais de 300 pessoas foram mortas desde o início dos confrontos entre as forças leais ao chefe do Exército, o presidente Abdel Fatah al-Burhan, e as Forças de Apoio Rápido (FAR), uma milícia comandada pelo vice-presidente Mohamed Hamdan Dagalo, no sábado, 15.

O vice-porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel, disse que as condições ainda não são seguras para qualquer retirada, mas enfatizou que todo o pessoal da embaixada está seguro. Há cerca de 70 funcionários na embaixada, segundo assessores do Congresso.

Estima-se que 16 mil cidadãos americanos estejam no Sudão, de acordo com os registros da embaixada, mas o Departamento de Estado alertou que o número provavelmente é impreciso porque não existe a obrigação de notificar a saída do país.

Desde que os conflitos eclodiram, os EUA têm avaliado a retirada de funcionários do governo e assegurado o transporte de suas casas para um local seguro e centralizado para se preparar para tal evento. O Djibuti será o ponto de partida para qualquer operação de retirada, afirmam as autoridades.

No momento, qualquer operação de retirada é repleta de dificuldades e riscos de segurança por causa do fechamento do aeroporto de Cartum. As rotas terrestres da capital sudanesa para fora do país são perigosas mesmo sem as atuais hostilidades.

Se uma zona de desembarque segura dentro ou perto de Cartum não puder ser encontrada pelos militares, uma opção seria levar os evacuados para Port Sudan no Mar Vermelho. Para isso, seria necessário viajar 12 horas por estradas perigosas.

Outra opção é se dirigir até a Eritreia, país vizinho, mas a operação também seria arriscada visto que o líder da Eritreia, Isaias Afwerki, não tem uma boa relação com os EUA e com as nações ocidentais.

A última vez que os EUA precisaram retirar funcionários por terra foi na Líbia em julho de 2014, quando um grande comboio de veículos militares levou funcionários da embaixada de Trípoli para a Tunísia. Retiradas mais recentes, como no Afeganistão e no Iêmen, foram realizadas principalmente por via aérea.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, pediu nesta quinta um cessar-fogo de “pelo menos três dias” no Sudão em meio às celebrações de Aid al Fitr, que marcam o fim do mês de jejum muçulmano do Ramadã. /AFP, AP

O Pentágono afirmou nesta quinta-feira, 20, que está enviando tropas para a África Oriental caso funcionários da embaixada dos Estados Unidos no Sudão precisem ser retirados do país devido aos conflitos entre facções militares rivais. “Estamos destacando forças adicionais nas proximidades da região para fins de contingência para garantir e possivelmente facilitar a saída do pessoal da embaixada”, afirma o comunicado.

As tropas estão em direção à uma base naval de Djibuti, país próximo ao Sudão. Equipamentos militares também estão sendo enviados.

Segundo autoridades ouvidas pela agência de notícias Associated Press sob anonimato, o planejamento começou na segunda-feira, 17, após um comboio da embaixada americana em Cartum, a capital sudanesa, ser atacado.

Cidadãos caminham em zona comercial fechada de Cartum, no Sudão, em imagem da terça-feira, 18. País vive conflitos entre grupos militares rivais Foto: Marwan Ali/AP

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, afirmou que não há nenhuma indicação de ameaça direta aos americanos, mas descreveu a situação como “perigosa” para justificar o envio. Mais de 300 pessoas foram mortas desde o início dos confrontos entre as forças leais ao chefe do Exército, o presidente Abdel Fatah al-Burhan, e as Forças de Apoio Rápido (FAR), uma milícia comandada pelo vice-presidente Mohamed Hamdan Dagalo, no sábado, 15.

O vice-porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel, disse que as condições ainda não são seguras para qualquer retirada, mas enfatizou que todo o pessoal da embaixada está seguro. Há cerca de 70 funcionários na embaixada, segundo assessores do Congresso.

Estima-se que 16 mil cidadãos americanos estejam no Sudão, de acordo com os registros da embaixada, mas o Departamento de Estado alertou que o número provavelmente é impreciso porque não existe a obrigação de notificar a saída do país.

Desde que os conflitos eclodiram, os EUA têm avaliado a retirada de funcionários do governo e assegurado o transporte de suas casas para um local seguro e centralizado para se preparar para tal evento. O Djibuti será o ponto de partida para qualquer operação de retirada, afirmam as autoridades.

No momento, qualquer operação de retirada é repleta de dificuldades e riscos de segurança por causa do fechamento do aeroporto de Cartum. As rotas terrestres da capital sudanesa para fora do país são perigosas mesmo sem as atuais hostilidades.

Se uma zona de desembarque segura dentro ou perto de Cartum não puder ser encontrada pelos militares, uma opção seria levar os evacuados para Port Sudan no Mar Vermelho. Para isso, seria necessário viajar 12 horas por estradas perigosas.

Outra opção é se dirigir até a Eritreia, país vizinho, mas a operação também seria arriscada visto que o líder da Eritreia, Isaias Afwerki, não tem uma boa relação com os EUA e com as nações ocidentais.

A última vez que os EUA precisaram retirar funcionários por terra foi na Líbia em julho de 2014, quando um grande comboio de veículos militares levou funcionários da embaixada de Trípoli para a Tunísia. Retiradas mais recentes, como no Afeganistão e no Iêmen, foram realizadas principalmente por via aérea.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, pediu nesta quinta um cessar-fogo de “pelo menos três dias” no Sudão em meio às celebrações de Aid al Fitr, que marcam o fim do mês de jejum muçulmano do Ramadã. /AFP, AP

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