EUA, Europa e Japão enfrentam ondas de calor extremo de até 54° C


Autoridades em diferentes países adotam medidas para proteger população dos riscos à saúde; temperatura no Vale da Morte, na Califórnia (EUA), pode passar de 5O°C

Por Redação
Atualização:

Regiões dos Estados Unidos, da Europa, do Japão e de outras partes do mundo vivem recordes de calor, acima de 40° C. Autoridades locais tomaram medidas drásticas contra o perigo representado pelas temperaturas extremas, um exemplo concreto da ameaça das mudanças climáticas.

Na Grécia, até um dos principais pontos turísticos terá horário restrito. Nos Estados Unidos, o Vale da Morte, um trecho de deserto na Califórnia, pode chegar a 54°C no domingo, 16.

Na Itália, o Ministério da Saúde emitiu alerta vermelho para várias cidades do centro do país. Em Roma, as temperaturas devem ficar entre 36 e 37°C a partir de domingo e podem subir nos próximos dias para atingir entre 42 e 43°C na terça-feira, quebrando o recorde de 40,5°C de agosto de 2007.

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O centro meteorológico italiano disse que as pessoas devem se preparar para “a onda de calor mais intensa do verão e uma das mais intensas de todos os tempos”. Médicos já estão mobilizados em todo o país para cuidar de pessoas que venham a sofrer de desidratação.

Europa vive onda de calor intenso

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Europa vive onda de calor intenso

Foto: Armin Weigel / DPA / AFP
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Europa vive onda de calor intenso

Foto: Mohssen Assanimoghaddam / DPA / AFP
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Europa vive onda de calor intenso

Foto: Emilio Morenatti / AP
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Europa vive onda de calor intenso

Foto: Emilio Morenatti / AP
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Europa vive onda de calor intenso

Foto: Andreas Solaro / AFP
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Europa vive onda de calor intenso

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Europa vive onda de calor intenso

Foto: Boris Horvat / AFP
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Europa vive onda de calor intenso

Foto: Philippe Huguen / AFP
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Foto: Eric Gaillard / Reuters
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Europa vive onda de calor intenso

Foto: Eric Gaillard / Reuters

Na Espanha, a agência meteorológica local alertou neste sábado para a chegada de uma nova onda de calor entre segunda e quarta-feira.

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O país acaba de terminar uma semana marcada por temperaturas extremamente altas, que ultrapassaram os 40ºC, principalmente nas Ilhas Canárias e na Andaluzia.

Um incêndio neste sábado na ilha espanhola de La Palma já queimou uma área de mais de 2 mil hectares e obrigou partes de uma cidade de 2,5 mil habitantes a deixarem suas casas.

No leste da França, na Alemanha e na Polônia também são registradas ondas de calor.

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Na Grécia, a Acrópole de Atenas permanecerá fechada nas horas mais quentes de domingo, pelo terceiro dia consecutivo. O país vive uma onda de calor que em algumas regiões chega a 40 ºC.

O monumento mais visitado do país, classificado um património mundial pela Unesco, foi impedido de receber visitantes como uma medida de proteção para turistas e também funcionários que trabalham no local.

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Uma nova onda de calor pode afetar o país a partir da próxima quinta-feira, alertou o Observatório Nacional de Atenas.

Nos Estados Unidos, uma intensa onda de calor se estende da Califórnia ao Texas e um pico de temperatura é esperado neste fim de semana.

Nos Estados do sudoeste, milhões de pessoas foram atingidas pelo calor extremo esta semana, representando um risco para idosos, trabalhadores da construção civil, entregadores e moradores de rua.

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Phoenix, capital do Arizona, registrou na sexta-feira seu 15º dia consecutivo acima dos 43ºC, segundo o Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos (NWS).

Califórnia enfrenta incêndios em meio a temperaturas altas. Foto: DAVID MCNEW / AFP Foto: DAVID MCNEW / AFP

O Vale da Morte, na Califórnia, um dos lugares mais quentes da Terra, também pode atingir novos picos de temperatura no domingo com até 54ºC. Há vários incêndios ativos no sul da Califórnia.

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Na Ásia, algumas regiões da China, incluindo a capital, Pequim, vêm experimentando períodos de calor intenso combinados com fortes chuvas há semanas.

No Japão, são esperadas temperaturas de 38°C e 39 °C no domingo e na segunda-feira. Na cidade de Akita, a chuva intensa causou pelo menos um deslizamento de terra e forçou 9 mil pessoas a deixarem suas casas.

Globalmente, o mês passado foi o junho mais quente já registrado, de acordo com a agência europeia Copernicus e a Administração Oceânica e Atmosférica dos EUA (Noaa).

A primeira semana de julho foi a mais quente já registrada até agora, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM). O calor é um dos eventos climáticos mais mortais, também segundo a OMM.

Turistas na Grécia, que limitou horário de visitação por causa do calor. Foto: Petros Giannakouris/AP Photo Foto: Petros Giannakouris/AP Photo

Em 2022, o calor extremo causou a morte de 60 mil pessoas na Europa, com 18 mil mortes na Itália, o país mais afetado, segundo um estudo publicado segunda-feira na Nature Medicine. A onda de calor também aumenta o risco de incêndios.

Na Grécia, que sofreu violentos incêndios florestais em 2021 devido a uma onda de calor excepcional, as autoridades alertaram para um alto risco de incêndios.

Na América do Norte, este verão foi marcado por uma série de catástrofes climáticas. A fumaça de mais de 500 incêndios descontrolados no Canadá gerou vários episódios de poluição do ar que acabaram afetando vastas áreas dos EUA em junho, como Nova York.

O que é uma onda de calor?

Segundo a OMM, uma onda de calor é um período de clima quente estatisticamente incomum que persiste por vários dias e noites. Elas ocorrem quando um sistema de alta pressão se desenvolve em uma grande área, forçando o ar para baixo e prendendo o ar quente próximo ao solo. Dessa forma, esse ar quente se acumula na superfície da Terra sem conseguir escapar para atmosfera anterior.

Os cientistas dizem que as atuais ondas de calor na Europa estão aumentando em frequência e intensidade em um ritmo mais rápido do que praticamente em qualquer outro lugar do planeta. A previsão é que este verão seja pior do que o anterior por causa do El Niño, um padrão climático natural que se forma pela primeira vez em quatro anos e que promove condições para o aumento das temperaturas.

A OMM ainda frisa que as ondas de calor podem ser intensificadas pela poluição do ar ou por queimadas em floresta. O aquecimento global também desempenha um papel nisso, já que as temperaturas são, em média, cerca de 1,1° C mais altas do que eram no final do século 19, antes das emissões de dióxido de carbono e outros gases que aprisionam o calor na atmosfera se espalharem. /AFP

Regiões dos Estados Unidos, da Europa, do Japão e de outras partes do mundo vivem recordes de calor, acima de 40° C. Autoridades locais tomaram medidas drásticas contra o perigo representado pelas temperaturas extremas, um exemplo concreto da ameaça das mudanças climáticas.

Na Grécia, até um dos principais pontos turísticos terá horário restrito. Nos Estados Unidos, o Vale da Morte, um trecho de deserto na Califórnia, pode chegar a 54°C no domingo, 16.

Na Itália, o Ministério da Saúde emitiu alerta vermelho para várias cidades do centro do país. Em Roma, as temperaturas devem ficar entre 36 e 37°C a partir de domingo e podem subir nos próximos dias para atingir entre 42 e 43°C na terça-feira, quebrando o recorde de 40,5°C de agosto de 2007.

O centro meteorológico italiano disse que as pessoas devem se preparar para “a onda de calor mais intensa do verão e uma das mais intensas de todos os tempos”. Médicos já estão mobilizados em todo o país para cuidar de pessoas que venham a sofrer de desidratação.

Europa vive onda de calor intenso

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Europa vive onda de calor intenso

Foto: Armin Weigel / DPA / AFP
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Europa vive onda de calor intenso

Foto: Mohssen Assanimoghaddam / DPA / AFP
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Foto: Emilio Morenatti / AP
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Foto: Philippe Huguen / AFP
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Foto: Eric Gaillard / Reuters
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Foto: Eric Gaillard / Reuters

Na Espanha, a agência meteorológica local alertou neste sábado para a chegada de uma nova onda de calor entre segunda e quarta-feira.

O país acaba de terminar uma semana marcada por temperaturas extremamente altas, que ultrapassaram os 40ºC, principalmente nas Ilhas Canárias e na Andaluzia.

Um incêndio neste sábado na ilha espanhola de La Palma já queimou uma área de mais de 2 mil hectares e obrigou partes de uma cidade de 2,5 mil habitantes a deixarem suas casas.

No leste da França, na Alemanha e na Polônia também são registradas ondas de calor.

Na Grécia, a Acrópole de Atenas permanecerá fechada nas horas mais quentes de domingo, pelo terceiro dia consecutivo. O país vive uma onda de calor que em algumas regiões chega a 40 ºC.

O monumento mais visitado do país, classificado um património mundial pela Unesco, foi impedido de receber visitantes como uma medida de proteção para turistas e também funcionários que trabalham no local.

Uma nova onda de calor pode afetar o país a partir da próxima quinta-feira, alertou o Observatório Nacional de Atenas.

Nos Estados Unidos, uma intensa onda de calor se estende da Califórnia ao Texas e um pico de temperatura é esperado neste fim de semana.

Nos Estados do sudoeste, milhões de pessoas foram atingidas pelo calor extremo esta semana, representando um risco para idosos, trabalhadores da construção civil, entregadores e moradores de rua.

Phoenix, capital do Arizona, registrou na sexta-feira seu 15º dia consecutivo acima dos 43ºC, segundo o Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos (NWS).

Califórnia enfrenta incêndios em meio a temperaturas altas. Foto: DAVID MCNEW / AFP Foto: DAVID MCNEW / AFP

O Vale da Morte, na Califórnia, um dos lugares mais quentes da Terra, também pode atingir novos picos de temperatura no domingo com até 54ºC. Há vários incêndios ativos no sul da Califórnia.

Na Ásia, algumas regiões da China, incluindo a capital, Pequim, vêm experimentando períodos de calor intenso combinados com fortes chuvas há semanas.

No Japão, são esperadas temperaturas de 38°C e 39 °C no domingo e na segunda-feira. Na cidade de Akita, a chuva intensa causou pelo menos um deslizamento de terra e forçou 9 mil pessoas a deixarem suas casas.

Globalmente, o mês passado foi o junho mais quente já registrado, de acordo com a agência europeia Copernicus e a Administração Oceânica e Atmosférica dos EUA (Noaa).

A primeira semana de julho foi a mais quente já registrada até agora, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM). O calor é um dos eventos climáticos mais mortais, também segundo a OMM.

Turistas na Grécia, que limitou horário de visitação por causa do calor. Foto: Petros Giannakouris/AP Photo Foto: Petros Giannakouris/AP Photo

Em 2022, o calor extremo causou a morte de 60 mil pessoas na Europa, com 18 mil mortes na Itália, o país mais afetado, segundo um estudo publicado segunda-feira na Nature Medicine. A onda de calor também aumenta o risco de incêndios.

Na Grécia, que sofreu violentos incêndios florestais em 2021 devido a uma onda de calor excepcional, as autoridades alertaram para um alto risco de incêndios.

Na América do Norte, este verão foi marcado por uma série de catástrofes climáticas. A fumaça de mais de 500 incêndios descontrolados no Canadá gerou vários episódios de poluição do ar que acabaram afetando vastas áreas dos EUA em junho, como Nova York.

O que é uma onda de calor?

Segundo a OMM, uma onda de calor é um período de clima quente estatisticamente incomum que persiste por vários dias e noites. Elas ocorrem quando um sistema de alta pressão se desenvolve em uma grande área, forçando o ar para baixo e prendendo o ar quente próximo ao solo. Dessa forma, esse ar quente se acumula na superfície da Terra sem conseguir escapar para atmosfera anterior.

Os cientistas dizem que as atuais ondas de calor na Europa estão aumentando em frequência e intensidade em um ritmo mais rápido do que praticamente em qualquer outro lugar do planeta. A previsão é que este verão seja pior do que o anterior por causa do El Niño, um padrão climático natural que se forma pela primeira vez em quatro anos e que promove condições para o aumento das temperaturas.

A OMM ainda frisa que as ondas de calor podem ser intensificadas pela poluição do ar ou por queimadas em floresta. O aquecimento global também desempenha um papel nisso, já que as temperaturas são, em média, cerca de 1,1° C mais altas do que eram no final do século 19, antes das emissões de dióxido de carbono e outros gases que aprisionam o calor na atmosfera se espalharem. /AFP

Regiões dos Estados Unidos, da Europa, do Japão e de outras partes do mundo vivem recordes de calor, acima de 40° C. Autoridades locais tomaram medidas drásticas contra o perigo representado pelas temperaturas extremas, um exemplo concreto da ameaça das mudanças climáticas.

Na Grécia, até um dos principais pontos turísticos terá horário restrito. Nos Estados Unidos, o Vale da Morte, um trecho de deserto na Califórnia, pode chegar a 54°C no domingo, 16.

Na Itália, o Ministério da Saúde emitiu alerta vermelho para várias cidades do centro do país. Em Roma, as temperaturas devem ficar entre 36 e 37°C a partir de domingo e podem subir nos próximos dias para atingir entre 42 e 43°C na terça-feira, quebrando o recorde de 40,5°C de agosto de 2007.

O centro meteorológico italiano disse que as pessoas devem se preparar para “a onda de calor mais intensa do verão e uma das mais intensas de todos os tempos”. Médicos já estão mobilizados em todo o país para cuidar de pessoas que venham a sofrer de desidratação.

Europa vive onda de calor intenso

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Europa vive onda de calor intenso

Foto: Armin Weigel / DPA / AFP
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Europa vive onda de calor intenso

Foto: Mohssen Assanimoghaddam / DPA / AFP
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Europa vive onda de calor intenso

Foto: Emilio Morenatti / AP
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Europa vive onda de calor intenso

Foto: Emilio Morenatti / AP
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Europa vive onda de calor intenso

Foto: Andreas Solaro / AFP
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Europa vive onda de calor intenso

Foto: Andreas Solaro / AFP
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Europa vive onda de calor intenso

Foto: Boris Horvat / AFP
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Europa vive onda de calor intenso

Foto: Philippe Huguen / AFP
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Europa vive onda de calor intenso

Foto: Eric Gaillard / Reuters
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Europa vive onda de calor intenso

Foto: Eric Gaillard / Reuters

Na Espanha, a agência meteorológica local alertou neste sábado para a chegada de uma nova onda de calor entre segunda e quarta-feira.

O país acaba de terminar uma semana marcada por temperaturas extremamente altas, que ultrapassaram os 40ºC, principalmente nas Ilhas Canárias e na Andaluzia.

Um incêndio neste sábado na ilha espanhola de La Palma já queimou uma área de mais de 2 mil hectares e obrigou partes de uma cidade de 2,5 mil habitantes a deixarem suas casas.

No leste da França, na Alemanha e na Polônia também são registradas ondas de calor.

Na Grécia, a Acrópole de Atenas permanecerá fechada nas horas mais quentes de domingo, pelo terceiro dia consecutivo. O país vive uma onda de calor que em algumas regiões chega a 40 ºC.

O monumento mais visitado do país, classificado um património mundial pela Unesco, foi impedido de receber visitantes como uma medida de proteção para turistas e também funcionários que trabalham no local.

Uma nova onda de calor pode afetar o país a partir da próxima quinta-feira, alertou o Observatório Nacional de Atenas.

Nos Estados Unidos, uma intensa onda de calor se estende da Califórnia ao Texas e um pico de temperatura é esperado neste fim de semana.

Nos Estados do sudoeste, milhões de pessoas foram atingidas pelo calor extremo esta semana, representando um risco para idosos, trabalhadores da construção civil, entregadores e moradores de rua.

Phoenix, capital do Arizona, registrou na sexta-feira seu 15º dia consecutivo acima dos 43ºC, segundo o Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos (NWS).

Califórnia enfrenta incêndios em meio a temperaturas altas. Foto: DAVID MCNEW / AFP Foto: DAVID MCNEW / AFP

O Vale da Morte, na Califórnia, um dos lugares mais quentes da Terra, também pode atingir novos picos de temperatura no domingo com até 54ºC. Há vários incêndios ativos no sul da Califórnia.

Na Ásia, algumas regiões da China, incluindo a capital, Pequim, vêm experimentando períodos de calor intenso combinados com fortes chuvas há semanas.

No Japão, são esperadas temperaturas de 38°C e 39 °C no domingo e na segunda-feira. Na cidade de Akita, a chuva intensa causou pelo menos um deslizamento de terra e forçou 9 mil pessoas a deixarem suas casas.

Globalmente, o mês passado foi o junho mais quente já registrado, de acordo com a agência europeia Copernicus e a Administração Oceânica e Atmosférica dos EUA (Noaa).

A primeira semana de julho foi a mais quente já registrada até agora, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM). O calor é um dos eventos climáticos mais mortais, também segundo a OMM.

Turistas na Grécia, que limitou horário de visitação por causa do calor. Foto: Petros Giannakouris/AP Photo Foto: Petros Giannakouris/AP Photo

Em 2022, o calor extremo causou a morte de 60 mil pessoas na Europa, com 18 mil mortes na Itália, o país mais afetado, segundo um estudo publicado segunda-feira na Nature Medicine. A onda de calor também aumenta o risco de incêndios.

Na Grécia, que sofreu violentos incêndios florestais em 2021 devido a uma onda de calor excepcional, as autoridades alertaram para um alto risco de incêndios.

Na América do Norte, este verão foi marcado por uma série de catástrofes climáticas. A fumaça de mais de 500 incêndios descontrolados no Canadá gerou vários episódios de poluição do ar que acabaram afetando vastas áreas dos EUA em junho, como Nova York.

O que é uma onda de calor?

Segundo a OMM, uma onda de calor é um período de clima quente estatisticamente incomum que persiste por vários dias e noites. Elas ocorrem quando um sistema de alta pressão se desenvolve em uma grande área, forçando o ar para baixo e prendendo o ar quente próximo ao solo. Dessa forma, esse ar quente se acumula na superfície da Terra sem conseguir escapar para atmosfera anterior.

Os cientistas dizem que as atuais ondas de calor na Europa estão aumentando em frequência e intensidade em um ritmo mais rápido do que praticamente em qualquer outro lugar do planeta. A previsão é que este verão seja pior do que o anterior por causa do El Niño, um padrão climático natural que se forma pela primeira vez em quatro anos e que promove condições para o aumento das temperaturas.

A OMM ainda frisa que as ondas de calor podem ser intensificadas pela poluição do ar ou por queimadas em floresta. O aquecimento global também desempenha um papel nisso, já que as temperaturas são, em média, cerca de 1,1° C mais altas do que eram no final do século 19, antes das emissões de dióxido de carbono e outros gases que aprisionam o calor na atmosfera se espalharem. /AFP

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